A Floresta Negra escrita por Lolita Moe


Capítulo 4
Capítulo 3 -A história dos lobos


Notas iniciais do capítulo

Nyan~Voltei!
Sei, sei, foi estranho o nyan, mas fiquei com vontade, e daí?
Bem, agradeço ao apoio de meus leitores, e sem mais delongas, porque provavelmente eu estou enchendo o saco de vocês, vamos ao capítulo!



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            Os dois estavam em silêncio, que só era quebrado pelo crepitar da fogueira:

            -Não vai falar nada? –o garoto pergunta, quebrando o gelo:

            -F-falar o que com esta notícia?! –ela ficou totalmente nervosa –você quer que eu faça o que? Jogar rosas para o alto, sorrir e dançar depois de descobrir que tenho um colar com a alma de um morto?!

            -Olhe como fala, garota! É a alma de um dos meus primeiros ancestrais que estamos falando! –ele aponta para ela:

            -Não me chame de garota, eu tenho um nome, seu idiota! –ela reclama com ele, também apontando:

            -Então qual é? –ele recolhe o dedo, mas com cara de bravo:

            -Kurayami... –ela desvia o olhar:

            -Kura-o quê? –e ele começa a rir feito um doido:

            -Não reclame! Nomes são apenas nomes, só isso!

            -Coitada de você, olha o nome que a criatura foi dar, Kurayami! –ele ria tanto que começa a segurar a barriga e a bater com a palma da mão no chão:

            -Pare de me ridicularizar! –ela começa a ficar vermelha –se esse é o caso, então qual é o seu nome?!

            -É Selen. –ele para de rir escandalosamente, deixando apenas um sorriso bobo na boca:

            -Selen? Que raios de nome é esse? –Kurayami começa a rir –pior que o meu!

            -O que tem de errado em Selen? –ele a olha com cara de como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo:

            -Hein? –ela para de rir instantaneamente, olhando para ele –olha só o seu nome! Selen! Isso é bizarro!

            -Não vejo nada de bizarro em meu nome.

            -Bem, vou fingir então que o seu nome é mais normal que o meu. –Kurayami se rende:

            -Certo, certo, então paramos de discutir sobre os nossos nomes. Agora diga, onde você conseguiu esse colar?

            -SERÁ QUE EU TENHO QUE REPETIR MAIS DE MIL VEZES PARA ENTRAR NESSA SUA CABEÇA OCA?! ELE ESTÁ NA MINHA FAMÍLIA HÁ MUITO TEMPO, VÊ SE METE ISSO NESSA SUA CABEÇA DE CACHORRO!!! –Kurayami não aguenta e grita:

            -Tá, tá entendi! –Selen se encolhe de medo, arregalando os olhos:

            -Mais alguma pergunta?

            -Há quanto tempo esse colar está na sua família?

            -Sei lá, há uns cem anos.

            -Cem? Que tal cento e cinquenta? –Selen palpita:

            -E eu vou lá saber a idade certa desse colar! Acho que é isso. –Kurayami resmunga:

            -Então faz sentido... –Selen fica pensativo:

            -O que faz sentido?

            -O tempo em que o colar ficou desaparecido até hoje. São cerca de uns cento e cinquenta anos desde a última vez que o vimos.

            -Peraí, você tem mais de cento e cinquenta anos? –a curiosidade de Kurayami vem à tona:

            -Olha, se for pra você ficar me chamando de velho eu não vou te dizer minha idade. –Selen a fita com um olhar assassino:

            -Caraca, mas você tá bem conservado! –ela faz piada e começa a rir:

            -Ah, cale a boca! –ele fica com as bochechas vermelhas:

            -Desculpe, não pude aguentar. –ela ri mais um pouco –agora você tem que me contar a história, você prometeu.

            -Eu não prometi nada!

            -Sim, você prometeu! –ela o olha, com os olhos tomados por curiosidade –anda logo, conte!

            -Tá, eu conto! –ele se dá por vencido –foi à uns duzentos anos atrás:

            “Os lobos, nessa época, eram poucos. Eram cerca de cinquenta lobos espalhados por todo mundo. Desses cinquenta, haviam os sete lobos chamados de os sete sábios, que na verdade eram os primeiros que nasceram.

            Um deles, que era o terceiro sábio, estudou certos livros de magia e fez esse colar, na esperança de depositar todas as magias que conhecia.

            Mas um tempo mais tarde os sábios começaram a discutir entre si por causa da magia, pois uns eram mais poderosos que os outros.

            O pior veio depois de cem anos de discussões.

            Os lobos finalmente haviam aumentado em número, estavam finalmente prosperando, mas os humanos também. E logo os humanos começaram a invadir nossos lares, e vários lobos começaram a lutar contra os humanos. Foi então que começou uma guerra entre humanos e lobos.

            Os humanos estavam nos vencendo, e os sábios resolvem a lutar entre si, abalado pelas discussões. Dos sete, sobraram apenas quatro.

            O terceiro sábio sobreviveu, e após ser procurado por um dos lobos remanescentes da guerra, ele finalmente enxerga quem é o verdadeiro inimigo. Então ele decide entrar nessa batalha.

            Apesar de terem a vantagem de ter um dos sábios, os lobos continuavam perdendo. Quando o fim era iminente de todos os lobos, o sábio decide fazer um sacrifício: ele selou sua alma dentro do colar.

            O colar, com a alma do sábio, ganhou grandes magias, e os lobos põem um fim na guerra.

            Nenhum dos lados venceu, mas, após o colar ser usado, duas noites depois, ele desapareceu de um altar construído pelos lobos. Acredita-se que, raivosos pelo empate, os humanos o tenham tomado para si, assim tendo uma grande arma poderosa capaz de nos dizimar”.

            -Que história maluca! –Kurayami exclama:

            -Mas é a mais pura verdade. –Selen cruza os braços –tanto é  que você está com o colar na sua mão.

            -Certo, certo, mas vocês não descobriram quem o pegou? E se não for um humano que o pegou?

            -Então quem seria? Não pode ser nenhum de nós, afinal foi ele que nos salvou da extinção total. Você acha que foi o quê? Um veado foi lá e o pegou? Tá doida? Foi um humano, tá na cara!

            -Bem, é que é meio estranho isso... –ela fica pensativa –eu deveria perguntar melhor a história para a minha mãe, ela deve saber, eu é que nunca prestei atenção.

            -Bem, então o que está esperando? –Selen se levanta –vamos lá!

            -Que horas são? Quanto tempo eu dormi?

            -Bem, ainda está amanhecendo, e você ficou desacordada por um dia inteiro.

            -Um dia inteiro?! Minha nossa, minha mãe já deve ter chamado toda a guarda real!

            -Sério? –Selen a encara, dando um sorriso:

            -Nada é impossível se tratando de minha mãe. –ela se levanta, mas ainda sente dores de seus ferimentos:

            -Quer que eu a ajude? –ele estende a mão para ela:

            -Não, eu posso me virar. –Kurayami dá um passo, mas a dor faz com que ela tropece, mas ela só não cai porque Selen a agarra a tempo:

            -Tem certeza que não quer que eu a ajude?

            -Tá, me ajuda logo. –ela olha para ele, dando-se por vencida.

            E os dois partem para a cidade, com Kurayami reclamando o tempo todo.

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Notas finais do capítulo

Yay, pra quem não notou, os dois últimos "anexos" são nada mais, nada menos que os nossos dois personagens (tá, eu sei, eles estão uma porcaria, mas fazer o que!)
Bem, comentem, critiquem, e se não der muito trabalho, elogiem! Sou movida a comentários (mentira, não sou não. Kukuku).



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