A Floresta Negra escrita por Lolita Moe


Capítulo 19
Capítulo 18 -Sacrifício final


Notas iniciais do capítulo

Olha um capítulo chegando!
Já de antemão, vou pedindo que, por favor, não me matem! (ah, eles vão sim...)
Lembrando que esse é o antepenultimo capítulo!



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Os portões do castelo estavam destruídos, seus muros haviam caído completamente. Vários corpos de soldados tanto humanos quanto lobos estavam no chão. Porém a guerra continuava, alguns lutavam ainda fora, outros dentro do castelo:

–Como vamos chegar lá dentro? –Darten pergunta:

–Simples, vamos entrando, se alguém quiser nos matar, é só corta-lo ao meio –Rendel mostra as garras, porem ao olhar Kurayami, percebe algo –você não tem nenhuma arma...

–Não preciso. –ela responde como se fosse a coisa mais natural:

–Como assim “não preciso”? É claro que precisa, estamos em uma guerra!

–Tenho Althair lembra? –ela mostra o colar –e sei me desviar, é só vocês me protegerem até o Selen.

–Achei que íamos impedir do seu Rei ser morto... –Darten a olha:

–Isso também. Vamos logo! –os três saem de seu esconderijo correndo, interceptando qualquer um que se colocava no caminho deles.

Rendel habilmente decepou a cabeça de um guarda humano enquanto chutava outro longe, já Darten arrancou a cabeça de um lobo com as próprias mãos:

–Vocês são macabros demais... –Kurayami comenta, olhando os dois se divertindo com a mutilação:

–Faz tempo que não lutamos, então não reclame! –Rendel corta o peito de outro soldado:

–Já estamos chegando. –Darten avisa, apontando para a porta arrombada.

Os três passam pelos corredores cobertos de sangue e corpos, mas não havia nenhum inimigo:

–Talvez eles estejam todos no grande salão. –Rendel fala –já estamos perto.

De fato, o som de espadas e gritos podia ser ouvido. Mesmo antes de entrar no salão, Kurayami já sabia que Selen estava lá dentro:

–Que bela cena hein. –Rendel assobia ao olhar o salão inteiro, chamando a atenção do Rei lobo:

–Ora ora, quem veio se juntar nesta guerra, o traidor impuro. –o Rei ri –veio implorar misericórdia?

–Até parece! –Rendel pega uma espada do chão –vim acabar com a tua vida, seu filho da puta! –ele fica em posição de ataque:

–Acabem com ele! –o Rei ordena. Endair tenta se avançar em Rendel, porém é impedido por Darten:

–A sua batalha é comigo agora. –Darten saca um machado, onde havia conseguido, não se sabia:

–Acha que tem chances contra mim, assassino? –Endair faz surgir uma espada em chamas:

–Claro! –e os dois partem para o duelo.

Rendel e o Rei chocavam as espadas velozmente, Kurayami não conseguia acompanhar o ritmo deles com o olhar. Ela busca o seu Rei pelo salão e o vê perto de seu trono, lutando contra ninguém menos que Selen:

–Selen! –ela grita, correndo em sua direção. O mesmo se distrai e o Rei o chuta para longe, arrancando um rosnado dele:

–Que merda, mais humanos idiotas para me encher o saco! –Selen olha Kurayami, que fica na sua frente:

–Selen, você está sendo usado por seu pai! Foi enfeitiçado por Endair! –ela fala:

–Do que esta falando humana? –ele cospe a palavra –e quem lhe deu o direito de ter toda essa intimidade comigo?

Kurayami, não se esqueça que neste momento ele é nosso inimigo... –Althair aparece para ela –vai demorar um pouco para que eu descubra o ponto fraco do feitiço...

Selen saca sua espada e rosna para ela:

–Eu odeio quando não me respondem! –ele se avança nela, que se desvia do ataque:

–Tá maluco? Quer me matar?!

–Essa é a ideia! –ele dá outros ataques, ela consegue se desviar por pouco.

Selen decide dar uma estocada para frente, o ataque seria certeiro no peito de Kurayami, não havia como ela se desviar. Ela fecha os olhos, não havia o que fazer:

Você não pode desistir agora Kurayami... –a voz de Natasha soa em sua cabeça e sente seu braço direito esquentar. A espada de Selen se choca com algo que parecia ser metal:

–Mas que merda é essa?! –Selen exclama e Kurayami abre os olhos. Seu braço direito estava inteiramente revestido com alguma espécie de metal que ela não sabia dizer o que era, e estava bloqueando a espada de Selen:

–Isso...

É o meu poder... –Althair se manifesta –você não pode se defender de uma espada de mãos vazias... –uma espada surge na mão dela e seus olhos mudam, estavam iguais ao de Althair:

–Obrigada Althair. –ela sorri, deixando Selen ainda mais furioso:

–Não vá se achando! –ele grita e parte para cima, sendo bloqueado pela espada de Kurayami. Não importava quantos ataques consecutivos ele desse, ela sempre o bloqueava ou com a espada, ou o braço metálico –porque não me ataca?! Está se achando com esse seu bracinho de metal!

–Eu não vou te atacar! Você é meu amigo! –ela grita, bloqueando mais golpes dele:

–Desde quando?!

–Desde que me salvou do Lenhador!

–Lenhador? –por um instante ele recua, aquilo lhe soava familiar:

É isso. Faça ele se lembrar de quem foi antes, quando lhe conheceu, fale sobre o homem que estava morto na casa de sua avó! –Althair fala –talvez me dê mais tempo para descobrir como quebrar o feitiço ou...

–Acabe quebrando ele. –ela completa:

–Não sei de Lenhador nenhum! –ele ataca mais uma vez, e sendo novamente bloqueado por ela:

–Aquele que você matou alguns dias atrás! Na casa da minha avó! –ela percebe algo –não é a toa que você matou ele!

–Do que está falando?! –ele desfere o golpe e segura desta vez, competindo forças com Kurayami e fazendo os dois ficarem cara a cara:

–Você matou um homem em uma casa na floresta... –ela fala:

–Um homem que se meteu no meu caminho...

–Será mesmo? –ela ri –ou será porque antes você não havia o matado? –como ele não fala nada, ela continua –quando você me salvou dele na casa de minha avó, tentou mata-lo, mas ele fugiu. Não seria coincidência demais tê-lo encontrado lá e o matado? Justamente ele?

Selen não sabia como prosseguir. Ele sentia que havia algo errado consigo desde que acordou em seu quarto, três dias atrás. E agora tudo o que aquela humana falava mexia com ele, tudo aquilo que lhe parecia errado estava começando a se encaixar, a pergunta “e se...” ficava pairando em sua mente:

–Selen! –o chamado do Rei lobo interrompeu o combate dos dois –faça o que tem que ser feito, AGORA!

Sem nem ao menos hesitar, Selen jogou Kurayami para trás com um chute e sai correndo, em direção ao Rei humano. Kurayami entendeu o que ia acontecer.

Selen ia matar o Rei.

O destino tem muitas linhas... –a voz de Natasha ecoa na mente dela, tudo parecia correr mais devagar no local - com suas próprias mãos, só você pode mudar os destinos traçados.a conversa com Natasha surge em sua mente - Mas por pior que seja o que terá que fazer, você irá fazer? Estará pronta no momento?

A pergunta pairava, estaria ela pronta para fazer o que fosse necessário?

– Você descobrirá quando estiver frente ao momento que os destinos se colidem.

Num rompante, ela finalmente entende o que Natasha quis dizer com aquilo. O que era necessário para parar tudo aquilo, para parar Selen:

–Obrigado por tudo Althair... –ela fala e corre em direção ao Rei humano e Selen, e o tempo volta a transcorrer normalmente.

Selen estava frente ao Rei, a espada pronta para perfura-lo, iria direto a seu coração.

Mas a espada sequer atinge o seu alvo.

E sim Kurayami:

–O-o que esta fazendo sua louca?! –Selen grita ao ver sua espada perfurar o corpo dela, que estava a sua frente. Gritos daqueles que a acompanharam durante sua jornada gritaram seu nome ao ver a mesma deixando seu corpo cair em cima de Selen, seu queixo em cima do ombro dele –p-porque fez isso?

–Porque... Eu te amo... –ela sussurra, sangue escorre de sua boca e ela cai para trás, a espada sendo retirada de seu corpo. Antes de seu corpo bater ao chão, Selen a segura, o brilho de seus olhos estava retornando aos poucos:

–N-não pode ser... –Rendel olha aquilo pasmo, lágrimas começavam a cair de seu rosto:

–Garota... –Darten interrompeu sua luta e uma expressão triste estava em seu rosto.

Den e Zendal estavam naquele salão, mesmo não tendo sido percebidos por ela antes, mas ao verem quem havia se jogado na frente da espada salvando a vida do Rei, começam a chorar por aquela que sempre lhes alegrava, e agora não iria mais sorrir.

Selen, agora com o feitiço em sua mente quebrado, viu o que havia feito, abraça o corpo de Kurayami:

–Eu... Também te amo... –e um grito de desespero sai de sua garganta.

O sacrifício final foi feito...

Kurayami na batalha


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Notas finais do capítulo

Como eu sou fdp, vcs devem estar pensando. Mas tudo isso foi necessário -3-
E o pior foi a declaração antes de morrer, a coitada nem recebeu um beijinho sequer e morre. Como ela sofre...
E como sou esta fdp, dessa vez vai demorar um pouco para sair o resto, só que vou postar direto os dois ultímos.
Agora podem me apedrejar (não prefere um tiro na cabeça? -cale a boca, não dê ideias à eles -.-)



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