A Floresta Negra escrita por Lolita Moe
Notas iniciais do capítulo
Olha um capítulo chegando!
Já de antemão, vou pedindo que, por favor, não me matem! (ah, eles vão sim...)
Lembrando que esse é o antepenultimo capítulo!
Os portões do castelo estavam destruídos, seus muros haviam caído completamente. Vários corpos de soldados tanto humanos quanto lobos estavam no chão. Porém a guerra continuava, alguns lutavam ainda fora, outros dentro do castelo:
–Como vamos chegar lá dentro? –Darten pergunta:
–Simples, vamos entrando, se alguém quiser nos matar, é só corta-lo ao meio –Rendel mostra as garras, porem ao olhar Kurayami, percebe algo –você não tem nenhuma arma...
–Não preciso. –ela responde como se fosse a coisa mais natural:
–Como assim “não preciso”? É claro que precisa, estamos em uma guerra!
–Tenho Althair lembra? –ela mostra o colar –e sei me desviar, é só vocês me protegerem até o Selen.
–Achei que íamos impedir do seu Rei ser morto... –Darten a olha:
–Isso também. Vamos logo! –os três saem de seu esconderijo correndo, interceptando qualquer um que se colocava no caminho deles.
Rendel habilmente decepou a cabeça de um guarda humano enquanto chutava outro longe, já Darten arrancou a cabeça de um lobo com as próprias mãos:
–Vocês são macabros demais... –Kurayami comenta, olhando os dois se divertindo com a mutilação:
–Faz tempo que não lutamos, então não reclame! –Rendel corta o peito de outro soldado:
–Já estamos chegando. –Darten avisa, apontando para a porta arrombada.
Os três passam pelos corredores cobertos de sangue e corpos, mas não havia nenhum inimigo:
–Talvez eles estejam todos no grande salão. –Rendel fala –já estamos perto.
De fato, o som de espadas e gritos podia ser ouvido. Mesmo antes de entrar no salão, Kurayami já sabia que Selen estava lá dentro:
–Que bela cena hein. –Rendel assobia ao olhar o salão inteiro, chamando a atenção do Rei lobo:
–Ora ora, quem veio se juntar nesta guerra, o traidor impuro. –o Rei ri –veio implorar misericórdia?
–Até parece! –Rendel pega uma espada do chão –vim acabar com a tua vida, seu filho da puta! –ele fica em posição de ataque:
–Acabem com ele! –o Rei ordena. Endair tenta se avançar em Rendel, porém é impedido por Darten:
–A sua batalha é comigo agora. –Darten saca um machado, onde havia conseguido, não se sabia:
–Acha que tem chances contra mim, assassino? –Endair faz surgir uma espada em chamas:
–Claro! –e os dois partem para o duelo.
Rendel e o Rei chocavam as espadas velozmente, Kurayami não conseguia acompanhar o ritmo deles com o olhar. Ela busca o seu Rei pelo salão e o vê perto de seu trono, lutando contra ninguém menos que Selen:
–Selen! –ela grita, correndo em sua direção. O mesmo se distrai e o Rei o chuta para longe, arrancando um rosnado dele:
–Que merda, mais humanos idiotas para me encher o saco! –Selen olha Kurayami, que fica na sua frente:
–Selen, você está sendo usado por seu pai! Foi enfeitiçado por Endair! –ela fala:
–Do que esta falando humana? –ele cospe a palavra –e quem lhe deu o direito de ter toda essa intimidade comigo?
–Kurayami, não se esqueça que neste momento ele é nosso inimigo... –Althair aparece para ela –vai demorar um pouco para que eu descubra o ponto fraco do feitiço...
Selen saca sua espada e rosna para ela:
–Eu odeio quando não me respondem! –ele se avança nela, que se desvia do ataque:
–Tá maluco? Quer me matar?!
–Essa é a ideia! –ele dá outros ataques, ela consegue se desviar por pouco.
Selen decide dar uma estocada para frente, o ataque seria certeiro no peito de Kurayami, não havia como ela se desviar. Ela fecha os olhos, não havia o que fazer:
–Você não pode desistir agora Kurayami... –a voz de Natasha soa em sua cabeça e sente seu braço direito esquentar. A espada de Selen se choca com algo que parecia ser metal:
–Mas que merda é essa?! –Selen exclama e Kurayami abre os olhos. Seu braço direito estava inteiramente revestido com alguma espécie de metal que ela não sabia dizer o que era, e estava bloqueando a espada de Selen:
–Isso...
–É o meu poder... –Althair se manifesta –você não pode se defender de uma espada de mãos vazias... –uma espada surge na mão dela e seus olhos mudam, estavam iguais ao de Althair:
–Obrigada Althair. –ela sorri, deixando Selen ainda mais furioso:
–Não vá se achando! –ele grita e parte para cima, sendo bloqueado pela espada de Kurayami. Não importava quantos ataques consecutivos ele desse, ela sempre o bloqueava ou com a espada, ou o braço metálico –porque não me ataca?! Está se achando com esse seu bracinho de metal!
–Eu não vou te atacar! Você é meu amigo! –ela grita, bloqueando mais golpes dele:
–Desde quando?!
–Desde que me salvou do Lenhador!
–Lenhador? –por um instante ele recua, aquilo lhe soava familiar:
–É isso. Faça ele se lembrar de quem foi antes, quando lhe conheceu, fale sobre o homem que estava morto na casa de sua avó! –Althair fala –talvez me dê mais tempo para descobrir como quebrar o feitiço ou...
–Acabe quebrando ele. –ela completa:
–Não sei de Lenhador nenhum! –ele ataca mais uma vez, e sendo novamente bloqueado por ela:
–Aquele que você matou alguns dias atrás! Na casa da minha avó! –ela percebe algo –não é a toa que você matou ele!
–Do que está falando?! –ele desfere o golpe e segura desta vez, competindo forças com Kurayami e fazendo os dois ficarem cara a cara:
–Você matou um homem em uma casa na floresta... –ela fala:
–Um homem que se meteu no meu caminho...
–Será mesmo? –ela ri –ou será porque antes você não havia o matado? –como ele não fala nada, ela continua –quando você me salvou dele na casa de minha avó, tentou mata-lo, mas ele fugiu. Não seria coincidência demais tê-lo encontrado lá e o matado? Justamente ele?
Selen não sabia como prosseguir. Ele sentia que havia algo errado consigo desde que acordou em seu quarto, três dias atrás. E agora tudo o que aquela humana falava mexia com ele, tudo aquilo que lhe parecia errado estava começando a se encaixar, a pergunta “e se...” ficava pairando em sua mente:
–Selen! –o chamado do Rei lobo interrompeu o combate dos dois –faça o que tem que ser feito, AGORA!
Sem nem ao menos hesitar, Selen jogou Kurayami para trás com um chute e sai correndo, em direção ao Rei humano. Kurayami entendeu o que ia acontecer.
Selen ia matar o Rei.
–O destino tem muitas linhas... –a voz de Natasha ecoa na mente dela, tudo parecia correr mais devagar no local - com suas próprias mãos, só você pode mudar os destinos traçados. –a conversa com Natasha surge em sua mente - Mas por pior que seja o que terá que fazer, você irá fazer? Estará pronta no momento?
A pergunta pairava, estaria ela pronta para fazer o que fosse necessário?
– Você descobrirá quando estiver frente ao momento que os destinos se colidem.
Num rompante, ela finalmente entende o que Natasha quis dizer com aquilo. O que era necessário para parar tudo aquilo, para parar Selen:
–Obrigado por tudo Althair... –ela fala e corre em direção ao Rei humano e Selen, e o tempo volta a transcorrer normalmente.
Selen estava frente ao Rei, a espada pronta para perfura-lo, iria direto a seu coração.
Mas a espada sequer atinge o seu alvo.
E sim Kurayami:
–O-o que esta fazendo sua louca?! –Selen grita ao ver sua espada perfurar o corpo dela, que estava a sua frente. Gritos daqueles que a acompanharam durante sua jornada gritaram seu nome ao ver a mesma deixando seu corpo cair em cima de Selen, seu queixo em cima do ombro dele –p-porque fez isso?
–Porque... Eu te amo... –ela sussurra, sangue escorre de sua boca e ela cai para trás, a espada sendo retirada de seu corpo. Antes de seu corpo bater ao chão, Selen a segura, o brilho de seus olhos estava retornando aos poucos:
–N-não pode ser... –Rendel olha aquilo pasmo, lágrimas começavam a cair de seu rosto:
–Garota... –Darten interrompeu sua luta e uma expressão triste estava em seu rosto.
Den e Zendal estavam naquele salão, mesmo não tendo sido percebidos por ela antes, mas ao verem quem havia se jogado na frente da espada salvando a vida do Rei, começam a chorar por aquela que sempre lhes alegrava, e agora não iria mais sorrir.
Selen, agora com o feitiço em sua mente quebrado, viu o que havia feito, abraça o corpo de Kurayami:
–Eu... Também te amo... –e um grito de desespero sai de sua garganta.
–O sacrifício final foi feito...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Como eu sou fdp, vcs devem estar pensando. Mas tudo isso foi necessário -3-
E o pior foi a declaração antes de morrer, a coitada nem recebeu um beijinho sequer e morre. Como ela sofre...
E como sou esta fdp, dessa vez vai demorar um pouco para sair o resto, só que vou postar direto os dois ultímos.
Agora podem me apedrejar (não prefere um tiro na cabeça? -cale a boca, não dê ideias à eles -.-)