Subitamente, Karol parou de se mexer e olhou fixo em um ponto da grama alta perto da fonte. L percebeu e olhou para o mesmo lugar que ela olhava.

Naquela grama alta havia um objeto pequeno e colorido, cabia na mão. L foi em direção da grama para pegar a coisa. Quando obteu o objeto em suas mãos, viu que era um cubo mágico. Ele voltou para a fonte com o cubo na mão, mas logo Karol o pegou. Ela analisava o cubo como se aquilo fosse de outro planeta.

—Você sabe o que é? — Perguntou L

—Não — respondeu Karol entortando a boca —... Bem, até que eu entendi agora como funciona, mas não entendo muito bem qual é o objetivo.

—É um cubo mágico — falou o garoto enquanto pegava o cubo de volta — É só virar desse jeito... E... Thans! — o garoto havia acabado de completar um lado do cubo — Você tem que fazer isso com todos os lados do quadrado, um de cada cor.

L devolveu o cubo para Karol, que logo quando recebeu, já começou a girá-lo rapidamente. No momento seguinte todos os lados estavam completados.

—Foi legal — disse a garota com um grande sorriso no rosto — Pena que foi rápido demais.

L não sabia o que falar, estava pasmo. Como ela conseguiu completar aquilo tão rápido? E pela primeira vez!

—Tem certeza que você nunca viu isso antes? — perguntou o garoto

—Tenho — respondeu Karol olhando o cubo, como se contemplasse o seu trabalho bem feito — Ficou bom, não ficou?

—Bom?... É, vamos dizer que ficou... bom

 A garota sorriu mais uma vez.

L acreditava somente em fatos, então não acreditava que isso havia passado por sua mente, mas... Será que ela tem poderes?

—Karol, o que é isso que você tem?

—O que eu tenho o que? — perguntou com aquele mesmo ar de inocente que havia feito antes

—Aquela coisa de você saber o meu sabor favorito, saber o nome do sorveteiro, sendo que claramente ele não te conhecia e conseguir completar um cubo mágico em menos de 5 minutos.

Karol permaneceu com um ar de boba por mais alguns segundos, em silêncio. Mas depois ela abaixou a cabeça e um rosto sério que L nunca tinha a visto fazer antes tomou o rosto sorridente daquela menina.

—Eu tenho desde que eu me conheço por gente — ela parou de falar por um segundo para dar uma profunda suspirada — Eu sei das coisas, entende? É só eu prestar um pouquinho de atenção que eu sei das coisas que eu quero saber — parou mais uma vez de falar por um instante — Estou falando isso para você porque acho que você tem capacidade de entender... Você me entende, não é, L?