I Cant Wait Forever escrita por badgalvivi


Capítulo 4
E se eu for derrotado, nem sei como me render.


Notas iniciais do capítulo

Bom, desculpem pela demora, mas eu realmente estava sem tempo e sem ideias para fazer esse capítulo e como recompensa eu vou postar dois hoje ô/ Desculpem pela demora e espero que gostem.



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Gray estava sentado no vagão olhando a paisagem lá fora. Estava escuro e cinzento por conta da fina chuva que caia lá fora. Os animais se escondiam e algumas flores se fechavam esperando o frio passar.

Porém para Gray, as coisas dentro do vagão pareciam estar mais frias. Não pelo fato dele ser um mago do gelo, mas sim porque as únicas coisas que eram ouvidas na viajem eram os suspiros tediosos da Juvia.

Ele estava frustrado. Mas, o que ele esperava? Bom, ele esperava, no mínimo, que Juvia o olhasse o tempo todo, e em alguns momentos, tentasse puxar uma conversa sem pé nem cabeça.

Mas ela não estava. A azulada tinha o braço apoiado na janela, que segurava o queixo, onde por vezes, ela soltava suspiros tediosos.

Juvia estava estranha com ele. Parecia mais madura e sensata. Mas Gray não gostava dessa Juvia, ele gostava da mulher sorridente e falante que sempre vivia o chamando de Gray-sama e tentando abraça-lo.

Com pouco tempo depois, eles chegaram à cidadezinha e foram juntos até ao local onde o Prefeito os esperava.

Juvia carregava a sua mochila e andava a frente do mago em direção a residência que estava informada no papel da missão.

– Juvia, diz exatamente onde fica a casa do prefeito? – Gray perguntou olhando para Juvia que puxava o papel do bolso e ia ao seu lado.

– Apenas diz que ela se localiza ao oeste da cidade. – Ela enrolou o papel e o guardou.

Gray continuou a observado. Ela não parecia a Juvia de antes. Ela não era a Juvia de antes. Claro! Quem em plena consciência iria querer sair com Lyon?! Aquele caolho idiota.

Juvia avistou uma grande casa, onde um homem baixinho e gordo acenava para os magos, ambos apressaram o passo e chegaram ao encontro do prefeito.

– Okaerinasai! – Ele saudou apertando a mão da Juvia e logo em seguida a de Gray. – Vocês são os magos da Fairy Tail certo?

– Sim, - Juvia sorriu e Gray sentiu um calafrio na espinha. Talvez, pelo fato daquele sorriso não ser para ele. – Nós viemos por conta da missão do Festival da Cidade.

– Oh, claro! Venham, entrem. – Ele mostrou duas poltronas dentro da imensa sala luxuosa da casa. – O caso é que...

Ele começou a explicar o que os magos deveriam fazer até o Festival da Cidade, que seria realizado em três dias.

– Bom, vocês acham melhor começarem a investigação hoje ou hospedarem-se aqui e amanhã darem um ponto de partida? – O homenzinho estava mais entusiasmado com a missão do que os próprios magos.

– Não será necessário, começaremos hoje a amanhã já teremos um bom ponto de partida. – Juvia falou levantando-se da poltrona e lançando um olhar meio repreensivo a um Gray sonolento.

– Hai. – Gray levantou-se e se pôs ao lado da maga.

Juvia se levantou e andou na frente e Gray ainda a observando foi andando mais vagarosamente com seus pensamentos.

– A sua namorada é uma mulher bem marcante não é? – O pequeno homem falou observando Juvia olhar um mapa ao lado de Gray.

Ele arregalou os olhos e se engasgou com a própria saliva.

– Como? – Ele olhou para o homenzinho que sorria nostálgico.

– Vocês formam um belo casal... Ela é muito bonita, sim. Decidida e forte! Um ótimo exemplo de mulher. Sem falar que você tem as suas qualidades não é mesmo?

– Eu não... Nós não... – Gray tentou dizer quando viu Juvia ao seu lado olhando-o de modo impaciente.

– Gray, porque você está demorando? Ande logo. – Ela virou-se.

– Nós estávamos comentando Juvia-chan, como vocês formam um lindo casal. - Juvia olhou para Gray um pouco surpresa.

– Desculpe, mas nós não somos um casal. – Juvia desviou o olhar do Prefeito para Gray. – Nunca seremos. Sabe, certas coisas não dão certo. – Ela sorriu docemente e Gray sentiu o estômago se afundar. – Somos apenas nakamas de guilda.

– Ah... Gomen, - Ele se mostrou surpreso e decepcionado. – Mas vocês realmente formam um lindo casal.

Juvia voltou-se a caminhada completamente irritada. Que idiota! Ele havia deixado bem claro, com todas as virgulas, que nunca teriam nenhuma relação, e de uma hora para outra, comentava com as pessoas como eles eram um casal lindo. Por Kami-sama!

– Vocês realmente... – Ele continuou olhando para ambos.

– Não mesmo. – Gray respondeu suspirando pesadamente depois,

– Eu percebi como você olhava para ela, então... – Ele sorriu e se despediu de Gray que continuou a caminhada.

As palavras não saiam de sua cabeça. Primeiro desde quando eles começaram a formar um lindo casal? Desde quando Juvia tinha aquele comportamento? E ele a olhava? Nunca havia percebido essas constantes olhadas para a maga.

Ele não sabia mais de nada.

****

Juvia bufou após sair dão banheiro e jogar as suas roupas em cima da cama. Ela estava totalmente frustrada. Um, faltava apenas um dia para o Festival e o criminoso não havia dado as caras, dois, ela quase não tinha pistas de como poderia ser esse bandido e três, ele.

Sim, ele. Gray Fullbuster. Quem mais seria?

Ele havia deixado tudo claro, agora parecia jogar algumas “indiretas” para Juvia que sempre ignorava.

Ela esticou o corpo na cama do pequeno hotel da cidade e afofou os travesseiros. Gray saiu do banheiro e sentou no sofá.

Ah, sim. Quando eles foram pedir um quarto, o único disponível era um de casal, mas não havia problemas, tinham decidido que Juvia ficava com a cama e ele com o sofá que havia no quarto.

Ele suspirou pesada e dolorosamente e Juvia deixou de prestar atenção no trecho do livro que lia e levantou a vista para ele.

– Algum problema? – ela perguntou com um toque sarcástico no fim.

– Minhas costas estão completamente quebradas. – Ele esticou o corpo e Juvia tentou não prestar atenção nos músculos definidos. – Não vejo a hora de voltar para a minha cama.

Juvia olhou para ele. Realmente parecia acabado, com olheiras profundas e o cabelo mais desgrenhado que o habitual, os olhos escuros estavam opacos e transmitiam cansaço.

– Temos uma cama imensa, você pode dormir aqui esta noite. – Ela voltou a folhear o livro com as mãos um pouco suadas. – Afinal, pretendo terminar essa história amanhã mesmo.

Ele a olhou, e de certa forma o convite parecia como um tipo de teste. Ele pegou os travesseiros que estavam sobre o sofá e uma colcha, que ele nunca usava, por conta da sua dificuldade de sentir frio.

– Tudo bem – Ele se ajeitou ao lado da cama e esticou novamente o corpo. Como estava precisando daquilo.

Juvia estava lendo. O tronco encostado na cabeceira da cama e os olhos fixos no livro. Seus cabelos, que agora estavam longos e ondulados deixavam uma parte da franja cair sobre os olhos. Ela mordia o canto do lábio inferior e se estava visivelmente concentrada nas palavras do texto.

Ela estava tão...

Tão... tão... linda.

Os gestos delicados dos dedos cuidados passando as páginas, os suspiros cansados e o repetitivo movimento que retirava as mechas teimosas dos olhos.

Gray suspirou e continuou olhando, contemplando, admirando.

Ele não podia imaginar, mas estava se sentindo tão estranho, eram sensações diferentes e desconhecidas então ele cobriu o rosto que inacreditavelmente ficou corado, depois do sorrisinho que ela deu durante a leitura.

Juvia terminou o capítulo e fechou o livro e o colocou no criado mudo que tinha ao lado da cama.

Estralou os dedos em um único movimento e sorriu, de certa forma, satisfeita. Não havia sido de propósito, mas ela sabia que ele estava olhando cada movimento seu, mas ele olhando era diferente. Ela se sentida a vontade, de modo causal, como se não tivesse que agradar a todos.

Gray pegou no sono com as cobertas no rosto. Juvia achou estranho alguém como ele estar todo coberto até o nariz, quando não sentia frio. Parecia uma criança com medo de que um monstro fosse sair do armário a qualquer momento. Sorriu com o pensamento e desligou a luz da lamparina, deitando-se em seguida.

******

Os primeiros raios sol nasciam, iluminando toda a planície da Cidade, e Gray foi acordado por um dos raios luminosos que escapavam por entre as grosas cortinas. Se espreguiçou e agradeceu por ter dormido em uma cama, estava com muitas dores nas costas.

Virou-se de lado e olhou o relógio, ainda eram 7:30, Juvia havia dito na noite anterior que iriam sair apenas as 9:00. Ainda tinha muitas horas de sono.

Revirou-se na cama e deu de cara com o emaranhado de cabelos azuis acariciando suas bochechas. Ele inspirou e o aroma floral e leve que emaranhou seus sentidos. Ele suspirou e fechou os olhos notando a movimentação do lado dela na cama. Ela havia virado e seu rosto estava voltado em sua direção.

Gray olhou as suas feições relaxadas. O contorno dos lábios cheios e rosados, o nariz que atualmente ela andava empinando bastante, ainda os cabelos que caiam delicadamente no rosto e os olhos azuis e profundos que agora estavam fechados.

Ah, aqueles olhos. Ele ainda lembrava-se nitidamente de quando a conheceu, de quando olhou naqueles olhos e viu o misto de sentimentos que havia lá, lembrava também quando naquele mesmo dia, viu seus olhos cobertos de lágrimas brilharem a luz do sol.

Suspirou e fechou os olhos novamente, como estava arrependido. Ele queria ter notado tudo isso antes, queria ter visto a quão magnífica ela é, quão linda, quão perfeita.

Aspirou o perfume de seus cabelos novamente e adormeceu.

**

Sono, ela estava com muito sono. Em geral acordava cedo, mas em alguns dias, Juvia gostava ser preguiçosa e dormir até tarde. E infelizmente com tudo aquilo que estava acontecendo ela não podia.

Mesmo não acordando tão cedo como nos outros dias ela estava cansada.

Olhou em volta enquanto caminhava para a floresta que havia ao leste da pequena cidade, como queria topar com aquele cara para acabarem logo com isso e irem pra casa.

Bocejou e continuou andando. Como aquilo era entediante.

Gray estava um pouco atrás, verificando as trilhas da floresta em um mapa, que Juvia julgava desnecessário.

Escutou um barulho e parou e andar. Eram folhas sendo remexidas por algo, ou alguém. Fechou os olhos e aguçou a audição.

As pessoas não sabiam, ou talvez não quisessem saber, mas Juvia tinha os sentidos bastante aguçados e desenvolvidos. Nunca chegaria aos pés de um Dragon Slayer e seus instintos animais, mas dava para o gasto.

Juvia se aproximou do arbusto e remexeu na sua raiz com o pé. E em alguns segundos, um pequeno coelho com uma frutinha saiu de trás das folhas.

– Alguma coisa? – Gray perguntou olhando para Juvia que parecia frustrada.

– Nada – Ela voltou a andar cautelosamente. – Apenas um coelho.

Gray continuou olhando a trilha pelo mapa quando sentiu algo estranho. O ar ao seu redor parecia ficar mais rarefeito, sentiu uma leve pontada na boca do estômago.

Ele porém ignorou e continuou a caminhar junto de Juvia, que parecia alheia ao que acontecia no ambiente ao meu redor.

E novamente uma sensação de estar sendo observado o encheu. Tentou olhar disfarçadamente em sua volta, porém uma pontada na cabeça o invadiu.

Gray apoiou as costas no tronco de uma árvore e apoiou o corpo com as mãos no joelho. Ele ofegou e fechou os olhos.

Estava se sentindo tonto.

Milhares de imagens passavam aleatórias em sua mente, imagens dos seus pais, de Deliora, da Ur e do Lyon, de quando ele se juntou a guilda, das brigas com o Natsu, das missões.

Eras lembranças. Suas lembranças.

Gray respirou fundo. O ar parecia ao chegar aos seus pulmões.Sentia sua pulsação acelerada e agora de olhos abertos, via apenas imagens embaçadas.

As lembranças continuavam em sua mente, e dessa vez, parecia que apenas as más,foram escolhidas a dedo e se reproduziam em uma velocidade incrível.

Ele achou um fato cômico. Então ele iria morrer? Assim, do nada?

Morrer. É isso que dizem não é? Que todas as suas lembranças passam bem em frente dos seus olhos quando você está prestes a morrer.

E ainda em suas lembranças ela a viu. Relembrou a primeira vez que se encontraram, como inimigos. Relembrou do brilho que havia naqueles olhos depois deu se abrir e o dia chuvoso dar lugar a um dia claro e radiante.

Gray respirou fundo, enchendo os pulmões de ar, quando inesperadamente, sentiu algo quente envolver seu braço, o fazendo parar com todo o “filme” que passava na sua cabeça.

Levantou a cabeça e deu de cara com aqueles olhos azuis hipnotizantes.

– Gray? – Ela perguntou o olhando em dúvida. – Você tá bem cara?

Ele balançou a cabeça para os lados e assentiu logo sem seguida.

– Eu... – Ele tentou falar, porém Juvia assentiu e olhou compreensivamente.

– Eu sei. – Ela respondeu. – Deve ter alguma coisa por perto.

Eles olharam ao redor e Juvia sentiu aquela sensação de algo querer penetrá-la. Ela respirou fundo e tentou não pensar em nada que a fizesse ficar emocionalmente abalada.

Juvia escutou um barulho. Como se fossem chaves batendo uma nas outras.

Mago Estrelar? Não... tem cara de ser algo... exótico.

A azulada voltou o rosto para local onde ouviu o barulho e em segundos depois sentiu uma dor imensa nas costas.

Droga.


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Notas finais do capítulo

O.O Quem será esse misterioso mago? OMG! O que ele vai tentar? descubram no próximo capítulo MUAHAHAHA. Comentem :)



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