Capitulo 17 – Carlisle e suas teorias. Um dia eu enlouqueço com elas!

Encontrei-me no mesmo lugar novamente.

 Mais havia duas pequenas mudanças: eu estava sozinha, e estava com frio, eu não me lembro de ter ficado com frio! Eu ainda estava com dor, tentei agarrar em uma arvore para me levantar, e com muito esforço consegui. Eu andava lentamente pela floresta escura de Forks porque havia muito nevoeiro sobre o chão, mais aquele nevoeiro era desconhecido, ele era escuro. Nevoeiros que eu conheço são brancos, até que parei de olhar para o chão e olhei para frente e o vampiro de olhos de rubi estava ali parado me observando.

Na realidade eu sabia que havia algo mais naquela história de Alec em Forks. Com certeza tem! Uma boa coisa é que ele não é um Volturi quando está perto de mim, ele até deu risada, coisa que pelas histórias que Emmett e Jasper contam para mim é impossível de se presenciar!Perto de mim, ele é apenas um vampiro...eu acho.

Eu iria descobrir, eu iria!

- Querida, acorde! Você está bem? – Abri lentamente os olhos, ainda sobre os efeitos dos remédios de Carlisle. Esme sorria docemente para mim, desde quando eles foram caçar naquele dia eu não consegui ve-lá, eu a amava e a considerava como a minha segunda mãe!

- Estou com frio, só isso. Esme, eu estou dormindo desde que dia?

- Carlisle te sedou era na quarta-feira e hoje é sábado. – arregalo os olhos para ela e ela apenas sorri fracamente. Porque eu dormi tanto assim? Será que Carlisle exagerou na dose dos remédios?

- Que horas é vovó? – tento me ajeitar na cama e rapidamente Esme coloca um travesseiro em baixo do meu pescoço, me deixando mais confortável.

- Agora são duas da madrugada de sábado meu amor. Vou chamar seu avô, não se mecha está bem? – Minha avó planta um beijo gelado em minha testa que fez meu corpo todo se estremecer.

- Tudo bem. - Ela está sofrendo por eu estar desse jeito, todos estão e é minha culpa! Apenas tenho que ficar quieta e deixar que o meu corpo se cure.

- Concordo plenamente com essa sua cabecinha dura. Não se mova e deixe Carlisle te examinar está bem? – Meu pai estava no pé da minha cama e Carlisle estava sentado na minha cama pegando uma lanterna que parecia muito mais uma caneta. Eu não tinha visto os dois entrar no meu quarto! Eu acho que ainda são os remédios.

Carlisle me examinou e quando ele foi afagar meu rosto, senti um frio muito grande e no mesmo momento Carlisle retirou a sua mão. Ele ficou me observando silenciosamente.

- Ainda não abaixou a febre dela? Carlisle será que a quantidade de remédio que você injetou... – Meu pai me encarava. Mais ele estava com a sua mascara, estava escondendo sua cara de dor. Eu me odiava por o fazerele sofrer!

- Edward, eu apliquei nela a quantidade que eu aplicaria em você se fosse um humano! – Ele se virou para mim docemente e puxou um cobertor. – Você sente frio Renesmee?

- Não muito, só quando um de vocês me toca. – Carlisle novamente olhou para o meu pai que apenas acenou, e como um vulto, meu avô saiu do quarto.

- Onde o meu avô foi?

- Ele acha que os remédios não estão fazendo efeito por causa do seu lado vampiro. Sua febre não está abaixando e Carlisle vai coletar seu sangue para analisar o que está acontecendo. Ele tem uma teoria para fazer a sua febre abaixar se for comprovado isso, eu sei que você não vai gostar muito desta idéia. Eu pessoalmente não deixaria, mais se é para fazer essa febre ir embora eu faço qualquer coisa!

- Que teoria? – Espero que não sejam mais remédios para dormir!

- Jacob.

E veio um soco no meu estomago. Carlisle queria que eu bebesse o sangue de Jacob?

Meu pai começou a rir, vindo se sentar na minha cama.

- Tenho certeza que você não iria gostar do sangue de Jacob filha! Carlisle quer usar o calor de Jacob pra afastar o frio que você sente! A teoria dele é que vocês durmam juntos por uma noite na mesma cama. – Ele quer que Jacob faça sexo comigo? Carlisle deve estar pirando ou caducando de vez! Meu pai revira novamente os olhos, rindo mais alto. Eu o olhei seriamente, repreendendo-o e ele ficou sério. Ou estava tentando pelo menos. – Acho que essa febre está afetando não só o corpo, mais o cérebro também! Quando eu disse dormir na mesma cama, eu quis dizer que o calor do Jacob vai ser o seu cobertor. Se fosse pra você transar com ele, eu ia deixar você com febre!

Meu pai e eu, conversando sobre sexo. Aquilo era inédito! Mais assuntos como esse não era para a mãe tomar a decisão de se sentar com a filha e conversar sobre o assunto? Ou os pais também podem fazer isso? Meu pai tem razão, Carlisle precisa moderar essas doses de remédios porque eu estou ficando louca já.

Carlisle e minha mãe abriram a porta, ficando ao lado de meu pai, minha mãe me fitou seriamente.

- Como se sente?

- Um pouco quebrada. – Sorri mais ela não sorriu, continuou com a sua face fechada.

- Acho que você não tem idéia de onde se enfiou não é Renesmee? Espero que tenha a idéia sobre isso.

- Bella, agora não é...

- Edward, é melhor ficar em silencio se não vai sobrar para você também! – eu e o papai nos olhamos e eu lhe perguntei se eu estava muito encrencada com a mamãe. Ele me olhou e somente assentiu. - Isso não é brincadeira Renesmee, nós vivemos em um mundo diferente dos humanos. Um passo em falso pode levar todos ao fogo!

- Vocês não entendem não é? Eu não pensei em mim, apenas em você. Ele queria te matar e eu sei que se ele te matasse, papai não iria ficar em um mundo no qual você não existe. – naquele momento em senti que estava mais encrencada do que antes. Senti o corpo de Edward ficar rígido, o que foi que eu disse?

- Você ia morrer no lugar da sua mãe, por mim? Não passou pela sua mente, que morrendo no lugar de sua mãe, ia fazer com que nós dois sofrêssemos? Iria fazer Jacob sofrer? – Jacob não tem nada a ver com essa história, parem de falar dele! – Jacob tem tudo a ver com essa história, ele é da família, mesmo que tivesse tentado tirar sua mãe de mim e estando apaixonado por você! – ele fez uma pequena careta. - Você sabe o que ia acontecer com ele no momento em que ele soubesse da sua morte. Lembre-se das histórias que ele te contou Renesmee!

E aquela memória veio como um sopro em minha mente.

[...]

- O que foi? – seu olhar mudou de sério para super preocupado.

- Uma vez, minha irmã e o Paul tiveram uma briga e Rachel acabou terminando com ele! Dias depois Paul entrou em um terrível estado de depressão: ele não queria comer e nem beber nada, não tinha vontade de fazer mais nada; ele só pedia pela Rachel! Billy teve que contar sobre o imprint para a Rachel que logo foi atrás de Paul! Aos poucos Paul estava morrendo, perdendo a vontade de viver, porque a razão de sua existência não queria mais ele por perto! – ele pegou na minha mão, suas mãos estavam muito quentes e tremulas. – Nós quase tivemos uma briga há poucas horas atrás. Isso que aconteceu com o Paul pode acontecer com qualquer lobo! – antes que ele terminasse de falar, eu já estava em seus braços.

- Isso não vai acontecer com você porque agente nunca vai brigar! E Mesmo que eu tivesse que escolher você e outra pessoa, seria você! – na hora senti minhas bochechas corarem.

[...]