Eu abro os olhos e me espreguiço no sofá da sala, olho ao redor e já estava escurecendo me levanto de uma vez só, havia me esquecido de pegar Lindsay na escola eu corro em direção a porta e vejo um bilhete pregado na porta. “não se preocupe, fui buscar a Lindsay. Eddie!” – arranco o bilhete e vou para a cozinha jogo o bilhete no lixo e tomo um copo de água, ouço o barulho do carro e volto para sala. Olho pela janela e vejo Eddie carregando todas as bolsas de Lindsay todo atrapalhado e a garota pulando logo atrás com um sorvete na mão, a garota coloca o pé na frente dele e ele tropeça, fazendo nós três sorrirmos, a garota passa na frente do pai e ele dá um chute na bunda da garota de brincadeira, fazendo-a sorrir ainda mais.

            Lindsay entra e me abraça toda suja de sorvete, ela me beija na bochecha

- oi meu amor.

- papai comprou sorvete. – diz ela toda animada.

- é?! Que delicia. Vai lá em cima tomar um banho você está toda melada. – a garota sobe as escadas toda feliz. Eddie coloca as coisas em cima do sofá.

- você poderia ter me acordado. – eu digo a ela e ele se aproxima de mim.

- por quê? Não confia em mim nem para buscar nossa filha na escola? – ele se aproxima ainda mais, isso estava ficando perigoso.

- não é que eu não queria te incomodar. – ele segura nos meus pulsos delicadamente me puxando para frente, mas eu me seguro.

- Lindsay sujou você de sorvete. – ele diz e beija minha bochecha limpando o sorvete próximo a minha boca e logo me solta e se afasta.

- Catherine, ela é minha filha também, não se esqueça disso. – eu balanço a cabeça e agradeço.

- obrigado.

- não precisa me agradecer, já disse. – ele me dá mais um beijo no rosto

- vou indo, eu te ligo para combinar sobre o final de semana, já disse a Lindsay e ela adorou. – balanço a cabeça em afirmativa e ele vai embora. Fico na sala, pensando no quanto ele finge bem, Eddie nunca vai mudar ele era um cafajeste e sempre seria, mas pelo menos ele estava tentando participar da vida de sua filha e isso eu não poderia tirar dele.

- eu não acredito que estou fazendo isso. – eu dizia enquanto ligava para ele. – Eddie, oi tudo bem? – eu digo assim que ele atende.

- tudo e você?

- bem, posso te pedir uma coisa? – escuto uma voz ao fundo – Eddie volta pra cama amor. – cala boca garota. – ele diz – percebo que ele tampa o telefone para eu não ouvir, mas em vão.

- está acompanhado? Eu posso pedir a outra pessoa.

- não Cath pode falar.

- poderia ficar com a Lindsay ate eu chegar vou me atrasar hoje.

- claro. – ele diz prontamente, me surpreendendo.

- tem certeza de que não vai te atrapalhar? Eu posso dar um jeito, é só que minha mãe não esta na cidade então...

- Cath está tudo bem, vou com ela para sua casa no caso dela querer dormir é mais fácil e você não precisa buscar ela depois tudo bem?

- tudo, passa aqui no lab. e eu te entrego a chave.

- está bom, até mais.

- até. – desligo o telefone.

Eddie vai até o lab. para buscar a chave com Catherine.

Ele liga para ela do estacionamento.

- estou aqui

- ta! – desligo e depois de um minuto chego ao estacionamento, ele fica me olhando andar em direção a ele meus cabelos balançarem com o vento,

me aproximo de Eddie e jogo a chave para ele e ele pega

- muito obrigado viu. – digo o olhando

- meu deus tinha me esquecido do quanto você é teimosa, já disse pra você não me agradecer, eu sou pai dela não a baba. – eu sorrio e ele também. – caso difícil? – ele me pergunta tirando o sorriso do rosto

- uh, talvez eu demore e muito viu? – o aviso.

- tudo bem, thau.

- thau. – me viro e volto para dentro, Eddie entra no carro e vai buscar Lindsay, eles chegam em casa e Eddie põe ela para tomar banho, ele pede uma pizza, pois era um desastre na cozinha os dois comeram e depois Lindsay dormiu no sofá vendo TV, então Eddie a colocou na cama e se sentou no sofá vendo TV e esperando Cath chegar.

            Minutos depois eu chego e o encontro cochilando no sofá da sala sentado com a cabeça caindo para trás, sorrio e tiro meus sapatos e minha bolsa. Aproximo-me dele e o sacudo de leve.

- Eddie?... Eddie?

- hum? – ele acorda assustado.

- calma você dormiu no sofá, eu já cheguei se quiser pode ir. – ele se levanta e esfrega os olhos.

- como foi o trabalho? – eu o olho com uma cara de quem achou aquilo estranho.

- isso parece uma pergunta de marido para mulher.

- desculpa, força do hábito. – os dois sorriem.

- deixei um pedaço de pizza para você no micro-ondas.

- comprou pizza? – eu pergunto surpresa.

- você sabe como eu cozinho bem não é?

- se sei!

- então eu vou indo.

- é... Não quer me fazer companhia enquanto eu como? Não gosto de comer sozinha. – droga o que estou fazendo?

- eu sei, seria um prazer. – ele sorri para mim e vamos para a cozinha.

            Uma garrafa de vinho já estava quase no fim e quem mais bebia era eu, não sabia por que, mas aquilo estava me relaxando. Conversávamos sobre Lindsay até então.

- serio, eu sinto muito por ter estragado a sua noite com a garota.

- pois lhe garanto que está sendo melhor do que ficar com ela.

- pode parar Eddie. – eu digo já sem paciência.

- o que?

- pode parar com esse seu joguinho, pois eu o conheço muito bem.

- como assim? – ele faz cara de desentendido.

- você começa a agradar a mulher a dizer coisas que ela quer ouvir para levar ela para a cama, mas isso não funciona mais comigo

- e o que funciona com você agora? – ele pergunta em uma voz provocante. Me dizendo que faria exatamente como eu quisesse.

- para você nada. – eu digo o cortando.

- olha, eu só estou tentando deixar as coisas melhores entre nós por causa da Lindsay. – ele diz em um tom calmo.

- você está usando ela para se aproximar de mim de novo.

- não é isso Cath, não que eu não queira, mas eu estou tentando mudar e eu quero cuidar dela estando com você ou não. Você precisa me dar mais uma chance para te provar que eu mudei; pela Lindsay e por você, eu sinto falta da minha família Cath.

- deveria ter pensado na sua família na hora de ir para cama com outra mulher. – ele sabia que aquilo ainda me incomodava e eu não fazia o menor esforço para esconder dele.

- eu sei, mas não vamos discutir isso agora, você está cansada e já bebeu demais, vem vou te levar para cama. – ele me leva para o quarto com a mão nas minhas costas. Ele me conduz até meu quarto por um caminho que ele já havia feito diversas vezes e me coloca sentada na cama. Me levanto e pego uma camisola no guarda roupa, tiro a blusa na frente dele e ele fica desconfortável.

- vou sair para você se trocar.

- não precisa você já viu o que tem aqui embaixo milhões de vezes. – mesmo assim ele se vira de costas. Coloco a camisola e depois tiro a calça. Me deito na cama e ele me cobre e vai embora. Parecia que ele estava pelo menos tentando mudar, pois se fosse antes ele tentaria de todas as formas transar comigo ainda mais eu estando um pouco bêbada.