Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2 escrita por Susana


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Lamento imenso a espera, mas este tem sido um pouco complicado.
Porém também já falta pouco para acabar.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/270745/chapter/16

POV Crystal

Voltei para Volterra, ainda espantada com o que havia acontecido na floresta. “Como assim usá-lo bem?”. Eu remoía aquela questão desde que a terceira mulher tinha desaparecido. O que é que ela queria dizer com aquilo? Por muito que me esforçasse não consegui encontrar resposta a essa questão.

Quando estava quase a chegar ao “nosso palácio” decidi que ainda não queria voltar para lá e fui dar uma volta por cidades vizinhas.

Eu estava a passear no meio da rua, envolta nos meus inúmeros pensamentos, quando um homem e uma mulher, com ar de “finórios” (calão português para ricos) vieram ter comigo.

- Olá, minha querida. - disse a mulher com um sotaque francês horripilante.

Eu só assenti e ela continuou.

- Tu és trés belle!

E, eu continuei a olhar para ela sem perceber o que ela queria dizer. Então o homem falou:

- Minha querida, nós somos de uma agência de modelos muito conceituada cá em Itália e tu tens o perfil perfeito para representares a nossa agência em desfiles e em campanhas.

Olhei para eles com cara de parva e pasmada. Normalmente, apesar de atraídos pela nossa beleza, existe algo em nós que repele os humanos, e, no entanto, aqueles estavam a perguntar-me se queria ser modelo na agência deles... Ou eram muito estúpidos ou eram mesmo franceses... ahahahhaha!

- Não estou interessada.

- Mas, não seja precipitada na sua decisão, tens tempo para pensar. - eu neguei com a cabeça – Por favor! Tens um futuro brilhante à tua espera! Não podes fugir dele! - disse o homem indignado – És a pessoa certa para a nossa nova campanha da “Prada”. Ganharás milhões de euros numa futura carreira de modelo que comece com uma campanha da “Prada”!

- Não estou interessada.

O homem tinha perdido a compostura e estava todo desengonçado com os olhos esbugalhados.

Eu, como se não fosse nada comigo, comecei a caminhar de novo para Volterra. Com vampiros eu podia estar mais à vontade, mesmo que esses vampiros sejam o meu clã e os meus inimigos simultaneamente.

Durante o caminho de volta a Volterra, fui-me mentalizando do que tinha de fazer a partir daquele momento. Até fiz uma lista mental:

Comportar-me como se nada tivesse acontecido;

Perceber o que a 3ª mulher queria de mim;

Fazer o que quer que seja que a 3ª mulher queria;

Voltar a cumprir as minhas funções de Volturi como se nada tivesse aconteci.

Era uma lista pequena, mas parecia-me tão difícil de cumprir, principalmente o ponto 1 e o ponto 4, os outros dois eu não me daria ao luxo de falhar. Era o “meu povo”. Se eu pudesse fazer algo para os proteger e ajudar, eu faria sem hesitar.

Ao chegar, encontrei uma comitiva com os melhores guardas e, os próprios Aros, Caius e Marcus, já preparados para partir.

Jane chegou perto de mim e sorriu-me de uma forma afetada que me deixou desconfiada, afinal ela não me sorria assim, não a mim... Ela gostava de mim e quando me sorria era sincera, o mais sincera que ela conseguia ser.

- Vamos, Eva, temos muito para fazer, a viagem é longa e a tarefa é complicada portanto temos de nos despachar – disse ela ainda a sorrir com aquele ar afetado.

Aquilo era inquietante, sentia o peso confortante do punhal na minha bota.

- Jane?

- Sim.

- Sabes para onde vamos? - perguntei.

- Não, mas não te preocupes, Aros sabe. - respondeu-me e, em seguida, virou-me as costas indo de encontro ao grupo.

Eu seguia, tentando acalmar-me, não deveria ser nada de mal. Afinal qual poderia ser a pior coisa que poderia acontecer? Eles descobrirem o meu segredo e matarem-me?

Fomos todos para o aeroporto onde estava um jato particular à nossa espera.

Ninguém falou durante a maior parte da viagem, até que Aros começou a dar ordens a cada um sobre a estratégia que deviam seguir assim que estivéssemos frente a frente com o clã.

Assim que saí do avião e começámos a andar pelas ruas eu percebi onde estávamos. SEATTLE!!!! Eu não me lembrava de ter visto lá mais nenhum clã, nenhum além da minha família...

Nesse momento o mundo caiu-me em cima, eles sabiam que eu tinha estado com eles, ou simplesmente queriam acabar com aquilo que haviam começado na batalha que acabou com a minha morte. E, desta vez eu estava do lado dos Volturi, supostamente, sem me lembrar da minha antiga vida, mas eu já não era a Eva. Eu não os ia matar. Não a minha família, eu não deixaria que isso acontecesse.

Percebi, ou comprovei, se preferirem, que o caminho que seguia-mos nos levava diretamente para a casa dos Cullen.

Sabia que se eles os quisessem matar eu não conseguiria detê-los por muito tempo, mas talvez conseguisse aguentar o suficiente para que eles, ou alguns deles, conseguissem fugir. O meu elemento surpresa poderia dar tempo para eles fugirem.

Talvez fosse disto que a terceira mulher estava a falar. Desta vez ela não queria que eu morresse se dar luta e, desta vez, eu não me iria matar, teriam de me matar!

A poucos metros da casa percebi que já sabiam da nossa chegada e estavam à nossa espera.

“Parvos!”. Eles já deveria ter fugido antes de nós chegarmos, mas também, do que é que eu estava à espera? “Parvos orgulhosos!”

Os primeiros guardas começavam a alinhar-se à frente da minha família. Alec e Demitri estavam à minha frente e da Jane. Quando eles saíram da nossa frente vi toda a minha família, e percebi o choque nos seus olhares ao me verem.

Não procurei olhar para Paul, nem para Rose ou para Edward, pois eles sabia que eu não estava ali porque queria ser uma Volturi, mas olhei sim para Carlisle e para os outros em que pude ver o desapontamento nos seus olhos.

Entretanto, os três, Aros, Caius e Marcus, já tinham chegado à linha da frente e Aros já tinha iniciado o seu discurso.

- Como suponho que saibam a revelação da nossa natureza a humanos é proibida. - ele sorria enquanto falava – E, quem quebra esta regra tem direito a um castigo, que, normalmente, é a morte.

- Não percebo onde quer chegar, Aros. - disse Carlisle passivamente.

Aros voltou a sorrir, desta vez um sorriso maldoso e cínico.

- Uma certa noite, um dos meus guardas encontrou uma jovem bêbada e desolada infestada com o cheiro dos Cullen. Esse meu guarda achou por bem levá-la até mim, para que decidíssemos o que fazer com ela. O interessante é que ao ler a mente dela percebi que ela sabia exatamente quem eram vocês e mais! Que vocês achavam que ela era a reencarnação da minha querida Crystal. Então decidi transformá-la e esperar até que ela estivesse controlada para que ela mesma vos aplicasse o castigo. A morte! - disse ele com uma gargalhada horripilante.

- Então tu vieste estudar-nos... - disse Carlisle quase sem voz.

Depois virou-se para o resto da família e disse:

- E não vos disse que ela era um monstro!

Aros olhou para mim a sorrir e ordenou:

- Mata-os!

Eu dei um passo à frente e olhei para onde estava o Paul, a Rose e o Edward.

- Se me quiserem ajudar é agora o momento! Temos muitos Volti para matar e Aros não quer esperar!

- Bem vinda de volta, Crystal! - disse Rose a sorrir enquanto se juntava a mim com os outros dois.

O resto olhava para nós sem perceber.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então????
Gostaram???
Bem provavelmente o próximo capitulo será o ultimo.
Beijinhos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Só Podem Estar A Brincar Comigo!!! 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.