A Garota Dos Deuses escrita por CamsLaFont


Capítulo 9
Sentença


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, notas finais, por favor!



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-Então, como vai ser? – ele disse e tentou ir para o lado, mas o impedi.

Eu não respondi, pois apenas ataquei ele, que devolveu o golpe, quase me fazendo perder a espada.

Bati com tudo minha espada na dele e um choque percorreu meu corpo, por causa da eletricidade dos metais.

Percy também havia sentido, mas ignorou.

Ele deu dois passos na direção do lado e estreitei os olhos, Percy é filho de Poseidon, o que significa que se ele estiver na água algo realmente bom – para ele – pode acontecer – e no momento, eu estou contra ele, o que pode não ser muito bom.

Um. Dois. Três.

Contei e ataquei ele novamente, ele cortou minha perna, e eu caí com um joelho na areia da pequena praia que havia ali, ele cortou a outra perna e caí com os dois joelhos, fervendo de raiva, mas segurei suas pernas e as puxei para o chão, com tudo.

Ela caí de costas e rapidamente se virou, me dando um chute no maxilar.

Passei minha espada pelo seu calcanhar e cortei sua panturrilha, fazendo ele uivar de dor.

Ele tentou se levantar e ir para a água, mas o derrubei.

-Ah, mas não vai mesmo! – falei e primeiro segurei seu pé direito, e então o esquerdo, e subi por cima dele, tentando incapacita-lo.

Ele me deu um murro no estomago e revirei os olhos, sentindo o céu girar, e ele arregalou os olhos...

-Oh.. – ele parou com tudo, quando percebeu que havia pegado bem onde estava meu machucado. – Desculpa! Cams, desculpa mesmo! – ele disse e balancei a cabeça, e logo depois segurei ele novamente.

-Tudo bem. – disse irônica. – doeu um pouco, mas passou.

Ele revirou os olhos e tentou soltar os pulsos de minhas mãos, mas não deu certo, pois eu estava fazendo a maior força possível.

Foi quando eu ouvi o barulho do lago – que até agora não havia feito barulho algum.

Olhei para o lado com tudo, vendo uma enorme parede de água, e olhei para Percy, surpresa.

-Vai soltar ou quer tomar banho?

Bufei e estava pronta para falar, quando eu vi que ele estava aproximando a parede.

Abaixei minha cabeça e tranquei a respiração exatamente quando ele derrubou a parede em cima de nós.

Abri os olhos quando ele me empurrou com tudo para trás e eu caí na areia.

Percy ficou por cima de mim e pegou sua espada, colocando-a em meu pescoço.

Ele havia jogado sujo, mas ainda sim, havia jogado certo, afinal, ele havia usado o que tinha.

Ele se levantou, e sem nem olhar para trás, foi caminhando até a bandeira, quando vi que Annabeth se meteu entre ele e a mesma.

Percy levantou uma sobrancelha, mas sorriu e ele e Annabeth começaram a lutar.

Foi então que eu percebi que todos estavam ali e olhei para Clarisse, e apontei para a floresta, ela entendeu também, e saímos do meio de todos, e começamos a correr pela floresta, procurando pela bandeira deles.

Apontei para uma clareira, bem ao longe, e começamos a correr para lá.

Vi que Sr. D. nos acompanhava ao longe, e ele apenas fez um aceno quando me viu olhando para ele, continuei correndo.

Paramos na clareira e eu e Clarisse se entreolhamos.

Não havia exatamente ninguém! Estava totalmente vazio, ninguém a vista.

Peguei a bandeira, enquanto Clarisse cuidava para ver se não havia ninguém por perto mesmo e então saímos correndo, só precisávamos chegar no nosso território.

Assim que pisamos em nosso território, as trompas soaram e pude ver todos vindo em nossa direção, e Annabeth sorria orgulhosa para mim, já Percy estava meio triste, e eu dei um sorriso vencedor para ele.

Clarisse e eu levantamos a bandeira juntas e os filhos de Ares começaram a pegar no pé dos filhos de Hermes, que estavam meio irritados por terem perdido – e agora eles pareciam até me querer no time deles.

Logo depois jantamos, nos reunimos na fogueira, conversamos, fui parabenizada e tudo mais, e a maioria dos campistas não tinha mais medo de mim – a não ser o chalé de Afrodite, que tinha mais era raiva.

Nesse momento, eu estava deitada no chalé de Hermes, tentando pegar no sono, ouvindo alguns campistas roncarem.

Já deviam ser que horas? Três da manhã? Quatro?

Não sei, só sei que logo estaria amanhecendo e eu não havia conseguido pregar o olho. Havia algo de errado e eu sabia disso, sabia que algo muito ruim estava acontecendo essa noite, eu só não queria pensar nas probabilidades.

Eu estava pensando seriamente em não ir me encontrar com Ele. Mas eu não queria perder a chance de conversar com ele. Por incrível que pareça, eu acho que Ele estava sendo uma das pessoas mais legais que eu já conheci em toda a minha vida, e Ele estava sendo uma das pessoas mais legais comigo no Acampamento, depois de Annabeth, Percy e alguns outros.

Me sentei no beliche, olhando em volta.

Todos dormiam tranquilamente, sonhando – ou não -, todos alheios ao que poderia estar acontecendo, e ao que eu estava fazendo.

Pulei da cama e coloquei uma sandália, sem nem trocar de roupa, pus um short velho e uma blusa velha não era exatamente feio, apenas não era tão apropriado.

Corri rapidamente pelo Acampamento, torcendo para nenhuma harpia me ver, e logo eu já estava na praia.

Ele não estava lá, apenas eu, as ninfas da água e o mar.

Suspirei e me sentei em uma pedra, e logo tirei as sandálias, as jogando para longe.

Fiquei olhando o mar, as ondas subirem, quebrarem e voltarem e repetirem a mesma coisa inúmeras vezes.

Foi quando eu ouvi passos.

Olhei na direção do som e sorri instantaneamente.

Ele estava ali.

Ele também sorriu quando me viu e aumentou o passo, e quando chegou até mim, parou na minha frente.

-Desculpe-me por eu não vir antes. – dei de ombros. – eu tive uns... problemas no caminho. – levantei uma sobrancelha e ele deu de ombros.

Dei espaço para ele sentar ao meu lado e assim feito, quando ele se virou para me encarar.

-Dormiu bem? – ele tinha um sorriso risonho no rosto e eu dei um sorriso sem jeito.

-Como adivinhou? – falei, suspeitando que ele havia adivinhado que eu não havia dormido nada.

-Os olhos deduram. – dei de ombros.

Ele me encarou por alguns segundos, sem tirar os olhos dos meus.

-Eu queria poder ter conhecido de um modo diferente. – ele falou baixinho, quase num sussurro. – queria poder ter me apresentado, queria poder ouvir você falar meu nome. – um sorriso apareceu em meu rosto. – queria poder dizer que eu posso te levar num encontro. – ai, gente, ele gosta de mim? – eu queria poder fazer tudo da maneira certa.

Eu dei um risinho nervoso e olhei para a água, que agora estava mais revolta.

Então tive uma ideia.

-Vamos fazer nosso próprio encontro. – levantei num pulo da pedra e ele me olhou curioso. Eu olhei para a água e ele gargalhou. – estamos na praia, você acabou de me conhecer, eu gostei de você e nós queremos nos conhecer melhor. Eu gosto da água, e você?

Ele riu e se levantou, tirando a camisa – oh céus – e correu até minha direção, então me colocou em suas costas e entrou comigo na água, me encharcando inteira.

Quando ele me soltou estávamos os dois rindo feito idiotas.

-Idiota. – dei um tapa fraco em seu peito e ele gargalhou. – Mas... – continuei. – posso saber qual é a sua cor preferida? – ele sorriu.

-Azul. – ele disse.

-Por que azul? – perguntei levantando as sobrancelhas, minha cor preferida era verde água.

-Eu poderia dizer que é a cor do oceano, poderia dizer que eu acho bonito, poderia dizer qualquer coisa... Mas, eu vou ser sincero. – levantei as sobrancelhas. – eu, antes, gostava bastante da cor do pôr-do-sol, que muda de acordo com o tempo, amarelo, laranja, até vermelho... Mas, eu gosto da cor dos seus olhos. – dei um sorriso sem jeito, ele é romântico. – e a sua?

-Verde água. – falei e ele sorriu.

-Posso saber por que?

-É a cor das partes mais bonitas do oceano. – dei de ombros. – eu não consigo definir qual é a cor dos seus olhos, então, eu não poderia dizer que minha cor preferida é essa. – ele sorriu. – mas... – tentei fazer alguma pergunta que... eu realmente estivesse curiosa. – Por que você... estava aqui... da primeira vez? – perguntei e ele suspirou.

-Eu... – ele respirou fundo. – eu não posso falar sobre isso, Cams. – ele olhou na direção do acampamento. – eles não permitiriam.

-Quem são “eles”? – perguntei e ele olhou para mim.

-Os Deuses. – eu engoli em seco ao mesmo tempo que um raio cortou o céu. O mar ficou ainda mais agitado.

Ele se aproximou de mim e segurou minha mão, e logo depois entrelaçou nossos dedos.

-Posso? – ele perguntou, céus. Assenti fraquinho, sabendo o que viria á seguir.

Ele aproximou seu rosto do meu, e eu sabia o que viria logo á seguir.

Eu fechei os olhos instantaneamente, me sentindo meio triste por estar meio que traindo Jensen, mas eu estava feliz, pois eu estava com Ele.

Os lábios dele – finalmente – tocaram os meus e começamos um beijo lento, o que quase me levou á loucura.

Estava tudo simplesmente perfeito, nada podia piorar, e eu até tinha esquecido da sensação ruim que eu estava durante a noite.

O beijo parou um tanto quanto cedo de mais, mas estávamos sorrindo.

Ele passou a mão pelo meu rosto e eu ri sem graça.

Cutuquei sua barriga e ele riu baixo.

-O que? – ele disse.

-Nada. – dei um sorriso, mas então imediatamente a profecia me veio na cabeça e uma voz apareceu.

Sinto muito, filha. Era uma voz masculina, que eu não reconheci.

Eu arregalei os olhos e arfei.

-O que foi? – disse Ele olhando em volta preocupado.

Puxei o ar, tentando pensar o que estava acontecendo, quando ouvi as trompas do acampamento soarem, sendo que o dia ainda não havia amanhecido completamente.

-Droga  - ele falou em grego, mas eu entendi.

-Tem algo errado. – eu me afastei dele e tentei olhar por cima dos montes, esperando que alguém aparecesse ali, mas não encontrei nada.

-Você precisa ir. – Ele disse desesperado.

-O que está acontecendo? – perguntei enquanto ele me puxava para fora da água.

-Os Deuses... – ele engoliu em seco. – não estão felizes. Seus pais estão tentando arrumar a merda que eu fiz... mas... – ele olhou triste para mim.

-O que? – perguntei em desespero, quando eu ouvi alguém entrar na praia e ele já não estava mais na minha frente, apenas ouvi a voz feminina de minha mãe em minha cabeça.

Ele assinou sua sentença de morte, filha.

Eu estava paralisada, as coisas haviam mudado tão drasticamente que eu não sabia mais o que fazer, e eu tinha uma pequena ideia do que estava acontecendo no acampamento, apesar de realmente não querer acreditar nisso.

Me virei para o som de passos e vi Annabeth correndo em minha direção, ela chorava desesperadamente.

Ela correu mais rapidamente em minha direção e me abraçou com tudo quando me encontrou, chorando em meu ombro.

-O que foi? – perguntei ainda surpresa por tudo.

Ela se acalmou um pouco, antes de entrar em desespero de novo e me olhar nos olhos.

-Percy desapareceu.


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Notas finais do capítulo

É o seguinte amores: eu postei esse capitulo por que já tinha ele pronto á seculos mas não tinha me lembrado disso! ): Não sei quando posto o próximo, mas quanto mais comentários (e recomendações né?!) mais fácil fica pra mim ter inspiração e vontade de escrever... Então, é isso. Boas férias (feliz natal atrasado e feliz ano novo atrasado) e que tal eu ganhar um presente de aniversário atrasado? (recomendações? kakaka), meu aniversário foi dia 6, e eu adoraria que vocês me deixassem mais feliz me dando os melhores presentes que eu poderia esperar :D
É isso gatas (e gatos), até o prox.
Avisando: eu já tenho o capitulo 10 com mais de 1900 palavras, o que significa que logo eu posto ele, por que ou eu vou cortar ele, ou logo eu já termino ele. As coisas tão esquentando hahah