Jane Volturi - A Historia escrita por Ditto
Os gêmeos-demônios estavam de volta a vila, agora como prisioneiros. Jane lacrimejava de raiva tentando se soltar das cordas que a prendiam, já Alec seguia pelo caminho impassivel, como se não sentisse nada.
Os dois tinham se saido bem nos primeiros dias, encontrando pequenos frutos como alimento e dormindo nos galhos nas árvores. Porém, por mais que tivessem tentado esconder seu rastro pela floresta, não conseguiram enganar os cães farejadores.
– Queimem os bruxos! Queimem os bruxos – as pessoas gritavam enlouquecidas.
– Não dá, eles precisam da ultima missa – o padre respondeu
– São demônios, não precisam de missa!
– São demônios em corpo de crianças humanas, preciso salvar as almas das crianças se estiverem aqui, caso contrário, Deus não perdoará e a peste irá piorar.
As pessoas acabaram por fim a concordar, não podiam aumentar a ira de Deus. Os gêmeos foram jogados na pequena cela da aldeia.
– Pela manhã iremos fazer a missa e vocês serão queimados logo depois – um homem avisou antes de tranca-los.
Quando tudo estava silencioso, Jane chamou o irmão:
– É isso então? Vamos morrer?
– Acho que agora acabou Jane. Desculpe não conseguir salvá-la.
Jane olhou para a pequena cela que estavam presos, nunca poderia ter imaginado que seria assim que acabaria, nunca pensou que morreria dessa forma. Os dois irmãos se encaram sem nada a dizer, o silêncio já dizia tudo, aquilo era um adeus.
Pela manhã Alec e Jane foram empurrados para a pequena igreja da vila, a missa correu rapidamente, a mente de Jane vagava para longe dali. Ela nunca fora religiosa e não seria agora que ela se tornaria.
Depois os dois foram puxados até o centro da cidade, onde uma pilha de madeira já estava a postos para o espetáculo que iria começar. Foram amarrados ao mastro principal da pilha e Jane encarou friamente toda a população da vila que vinha se juntando para assistir.
Odiava a todos eles, odiava por tudo que tinham a feito passar e ao que estavam por fazer. Um homem começou a caminhar entre a multidão com uma tocha, era aquele fogo que ia começar com tudo.
Jane fechou os olhos esperando que não fosse doer, ela não ia gritar, não ia dar esse gostinho à todas aquelas pessoas.
– Adeus Alec – murmurou.
– Adeus Jane – ele respondeu.
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