Akai Ito escrita por Ushio chan


Capítulo 26
Aparição


Notas iniciais do capítulo

Yooo! Voltei com um capítulo para vocês! :D Espero que gostem e... Tem uma surpresa no final!



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__PDV NEAR__

– Leila, está tudo bem... Entendo que ache desagradável pensar no que aconteceu aqui noite passada, mas não é assim tão nojento.

– Near, tem sangue na cama. Não um sangue de corte, o sangue que saiu da sua irmã quando ela transou com o Mello pela primeira vez. E sabe-se lá se não tem gozo aqui também. – Reclama. Ok, ela tem um ponto. Mas eu sinceramente gostaria de dormir esta noite e sinto que não poderei fazer isso imaginando o que Mello está fazendo com a minha irmã na cama que deveria estar sendo usada pela minha namorada.

– Leila? Olha, eu entendo o que sente. Mas é preciso que você também entenda a questão do Near. – Minha irmã entra no quarto, os dedos entrelaçados aos de Mello.

– Ciúmes, Near? Achei que tivesse parado com isso. – A ruiva questiona. Sim! Ciúmes! Eu estou me estrangulando por dentro de ciúmes e me odeio por isso. Eu não tenho o direito de mantê-los afastados, mesmo porque isso arrasaria Kim.

– Desculpe... – Digo em alto e bom tom para que todos no recinto me escutem. Fecho os olhos, meus dedos adentrando minha franja bagunçada. – Não é intencional.

– Vem aqui, Ne-Ne. – Ela abre os braços para mim e eu rapidamente me encaixo neles. Não importa o quão mais alto eu seja ou o quanto os anos passem, o abraço da minha irmã mais velha sempre me fará me sentir o Near de dez anos de idade, pequeno, indefeso e inexpressivo, buscando pela proteção do terno abraço de Kim. – Não há necessidade de se sentir assim.

– Eu sei. – Sussurro enquanto fecho os olhos. Eu não entendo isso. Talvez tudo se resuma a culpa. Talvez eu me sinta culpado por tê-los separado e não queira vê-los juntos de novo por medo de acabar fazendo o mesmo. – Me perdoe, Kim... Eu nunca quis te machucar.

– Não precisa exagerar, Near, não é o fim do mundo. – Ela responde, não compreendendo que não mais falo de meus ciúmes.

– Não é disso que ele está falando, Snowdrop. – O louro entendeu que esta é a hora na qual falaremos daquele assunto com ela. Deus... Espero não perder minha irmã para sempre. – Ele está falando do que viemos falar.

– Então já pretendiam conversar sobre isso? – Pergunto. Kim se afasta de mim, assentindo. – Bem... Leila, se importa de nos deixar sozinhos? – Peço. A menina deixa o quarto, fechando a porta pesada ao sair. Minha irmã morde o lábio inferior, nervosa. Mello passa um braço ao redor de seus ombros, como que para ampará-la.

– Kim, antes de isso tudo começar, note que o que fizemos foi para a sua segurança. – O louro quase implora. Kim faz que sim brevemente, como que incerta sobre o que pensar.

– Bem, o que quer saber? – Pergunto.

– O que aconteceu. Eu quero saber o que aconteceu para você começar a me tratar daquele jeito, Mello. Você me ignorava e... Eu sentia você tão distante! Você não me abraçava da mesma forma... Ou me beijava. Nem mesmo falava comigo com o mesmo carinho... Por quê? – É doloroso me lembrar daquele tempo. Kim passava todos os dias comigo, montando quebra-cabeças. E eu a via sofrer por causa de Mello e o odiava por isso.

– Bem, É melhor você se sentar. – Diz o louro. Minha irmã se acomoda na cama. – Por onde começar?

– Pelo começo, suponho. – A resposta vem em um tom sarcástico, quase magoado.

– Certo. Tudo começou... – Ele para e faz alguns cálculos – onze anos atrás, quando a minha família e a do Matt estavam acampando juntas. Eu saí por alguns instantes para pegar água em um riacho próximo e, quando voltei... – Outra pausa, desta vez para que seus dedos entrem em seus cabelos. – Não posso falar isso. Não sem a permissão do Matt.

– Obrigado por isso, Mello. – O ruivo também entra no quarto. – Deixe que eu conto. Quando o Mello voltou, todos eles estavam mortos, menos eu. Eu fui covarde e me escondi no mato e assisti tudo enquanto aquele cara... Ele... Ele veio. Ele estava com uma faca enorme e... Deus... Ele os matou. Matou todos eles. E... Eu o vi... Eu só conseguia olhar sem me mexer enquanto ele estuprou a minha mãe enquanto a esfaqueava... Ela gritava tanto... – O ruivo tem algumas lágrimas nos olhos, mas as enxuga rapidamente. – Ele fez o mesmo com a sua mãe, Mello. E eu só conseguia ficar ali, parado.

– Filho da puta! – Mello dá um murro na parede, fazendo-a tremer. Ouvimos o grito de Ken dizendo para não destruirmos sua casa.

– Desculpe, eu queria me mexer, queria pará-lo... Mas eu não conseguia. Não conseguia correr e nem gritar por socorro. Só observar.

– Não estou bravo com você, eu também não conseguiria, Matt.

– Obrigado. Bem, quando ele foi embora, eu finalmente consegui sair. Eu as vesti e arranquei a faca do coração da minha mãe. Eu não podia deixá-las daquele jeito, entende? Foi então que você chegou e... Viu o que viu. Entendo que tenha interpretado errado e não te culpo se ainda pensar que fui eu. – Agora o ruivo conta a história mais para seu amigo do que para Kim.

– Eu não penso isso. Você não faria uma coisa daquelas. Enfim, Kim, era impossível naquele momento provar a inocência do Matt. Ele estava cheio de sangue que não era dele e as impressões digitais estavam na faca.

– Mas... E o DNA do esperma dele? – Questiona.

– Pessoalmente eu nem sabia sobre a existência disso. – Diz Mello. Rio baixinho. – Não. É. Engraçado. – Agora a voz do louro carrega um tom de ameaça.

– De qualquer forma, queimamos o acampamento e fugimos. Note que isso aconteceu na Escócia, onde morávamos até então. – Conta Mello. – Fomos para Winchester, onde fomos adotados uma vez por famílias diferentes. Quando nos devolveram, Matt mudou nossos nomes para Michael Night e Matthew McCarthy, uma vez que descobrimos que estávamos sendo procurados. Então fomos para o Wammy’s. Quatro anos depois você e Near chegaram e nossas histórias convergiram.

– Então... Vocês saíram porque acharam vocês? – Kim começa a entender.

– Acharam o Matt. Eu apenas fui junto, porque sabia que logo me achariam também e eu não podia arriscar. Então eu saí. Fiz todo aquele teatro para sair e disse que não te amava. – Ele explica. Kim encontra seu olhar, finalmente parecendo furiosa.

– Por que mentiu?

– Kim, eu... Eu menti porque era a única forma de ter certeza de que ninguém iria te ferir para me atingir. E que você não seria sequestrada para que eu me entregasse.

– Você não me deixou tão melhor. Você já tinha me deixado muito tempo antes de ir embora... Por quê?

– Eu precisava pensar. Eu tentei milhões de vezes achar uma forma de não te deixar, Kath, mas não consegui. E quando o Near veio falar comigo, então eu tive certeza de que era a única forma.

– Near... – Ela rosna. Matt sai do quarto e eu me aproximo de minha irmã.

– Você estava sofrendo naquela época, eu via isso. Eu fui falar com o Mello e perguntar o que estava acontecendo, dizer para ele terminar logo ao invés de te deixar ter esperanças, se ele não te amasse. Ele disse que te amava mais do que tudo, mas que teria que fazer uma escolha e só uma opção faria sentido. Mas ela não permitia que vocês ficassem juntos.

– Mas te deixaria viva, o que já é um ganho considerável. – Mello explica, tocando o rosto de Kim. Minha irmã se afasta dele e a mágoa nos olhos do louro parece se espalhar pelo quarto, esfriando o ambiente e escurecendo-o.

– Desculpe. – Ela sussurra. – Agora não, ok? – Em resposta, o garoto faz que sim com a cabeça.

– De qualquer forma, eu disse ao Mello que, se você morresse por causa dele, eu o mataria. Ele disse que também se mataria e concordamos que te tiraríamos daquela situação. Mello disse que falaria para você que...

– Eu te deixaria. Sabíamos que você ficaria abalada, mas era necessário. Não contávamos com tudo o que você fez a si mesma ou com aquele tipo de depressão. E então eu disse que, para te deixar, eu teria que mentir. Seu irmão não achou uma boa ideia, mas concordou em manter a mentira, em fingir que não sabia de nada, se fosse para te manter em segurança. – Mello conclui a história e o olhar furioso de Kim se volta para mim.

– Você... Near... Você mentiu para mim... Como pode mentir para mim daquela forma?! – Grita. Não um grito de susto ou de dor, uma voz alta e aguda de pura raiva.

– Kat, tente entender que...

– Não importa! - Ela se levanta. - Não importa a razão, você mentiu para mim. Me convenceu de que ele não me amava... Você é meu irmão, deveria me dizer a verdade! E por que não me contou ao longo do tempo? Não notou que seria muito menos pior?

– Snowdrop... – Mello tenta interferir, mas Kim logo o cala.

– Não me chame de Snowdrop neste tipo de situação, Mello! – Dispara, fazendo-o recuar. – Você... Você fez o meu irmão mentir para mim! Tem ideia do quanto isso dói? Vocês têm ideia do quanto eu fiquei magoada? Eu queria morrer! Todos os dias antes de dormir eu rezava internamente para não acordar na manhã seguinte para ter que encarar outro dia.

– Kim... – Mello tenta interromper, mas ela continua falando.

– Ou para acordar, mas descobrir que tudo foi um pesadelo. Têm ideia do inferno no qual a minha existência se transformou por causa do que fizeram? – Sua voz não mais carrega fúria, mas dor. Mágoa. Angústia. Amargura. A voz embargada revela o choro que está por vir, assim como os olhos excessivamente molhados. Suas palavras sussurradas finalmente revelam o que ela sentiu durante os últimos anos.

– Kat, por favor... – Imploro, mas também sou ignorado.

– No final, eu não estava mais viva. Não houve razão alguma para me deixar, porque internamente eu estava morta. Eu preferiria estar morta, porque assim não sentiria dor. – Revela. O fim de seu discurso penetra em meu coração de forma a deixar uma ferida incurável. Ela sentiu tudo isso... Por minha causa. Porque eu nunca consegui reunir coragem o bastante para contar a verdade. Provavelmente tudo teria se amenizado muito se eu tivesse dito isso algumas semanas depois da partida de Mello. Eles teriam ficado juntos logo, sem dor ou dúvidas.

– Kim... – O louro quase implora, segurando seu rosto em direção ao dele e forçando-a a olhar em seus olhos. – Kim, preste atenção, nós não pensamos que fosse te magoar desta forma. Sabíamos que ficaria triste, mas achávamos que se recuperaria e, por mais doloroso que fosse, encontraria alguém melhor para você, que não precisasse fugir e te abandonar, que não fosse te colocar em risco. Que fosse te amar tanto quanto eu, mas sem te ferir.

– É o que você preferiria? – Soluça, a primeira lágrima escorrendo por seu rosto delicado. Mello a solta como se tivesse levado um choque, aparentemente tão magoado quanto ela.

– Não. – Responde. Kim se retira do quarto aos soluços e Mello a deixa ir. Provavelmente precisa de um tempo sozinha. O louro se senta na cama, esmurrando desta vez o colchão enquanto um gemido de raiva sai de sua garganta.

– Mello...

– Cale-se, Near. Agora não é o momento.

– O que você sinceramente acha que eu vou dizer.

– Não sei, mas não quero escutar. Nós a perdemos, Near. Para sempre, possivelmente. Nunca achei que escutaria Kim se tão sincera sobra algo que a machuca.

– Ela está magoada. Muito magoada. Mas a minha irmã te ama, Mello, ela te ama mais do que a própria vida, como demonstrou há pouco. – Digo, sentando-me a seu lado. O louro está sentado na borda da cama, as pernas abertas e cada cotovelo apoiado em uma delas, as mãos enterradas em seus cabelos apoiando a cabeça, jogada pela frente por causa das costas curvadas. O cabelo louro cobre seu rosto, mas imagino que ele carregue uma expressão muito infeliz. Em suma, Mello adotou uma postura incrivelmente triste.

– Eu... Eu a tinha pedido em casamento agora há pouco, sabe? Ela aceitou. Agora não sei mais como vai ser isso. Não sei se ela vai me perdoar, não sei se não vai mudar de ideia agora que sabe...

– Ela não vai mudar de ideia. A Kim vai te perdoar, Mello, se você pedir desculpas do jeito certo. Imagino que seu noivado esteja seguro.

– Obrigado, Near. Eu vou tentar falar com ela. – O louro se levanta e sai do quarto, ainda com as costas meio curvadas.

__PDV MELLO__

Eu sabia. Sabia que acabaria com Kim magoada e chorando. Sabia que ela se enfureceria comigo. Ela nunca vai me perdoar. Minha Kim... Minha Snowdrop... Eu a perdi para sempre desta vez? Será? Não duvido. Mas ela tinha todo o direito de saber. A culpa é inteiramente minha. Bem, em parte é do assassino de meus pais, mas fui eu quem a magoou. Passo pela sala, procurando pela albina. Ela não está aqui, apenas Ushio e Ino, que estão ouvindo música e lendo um mangá, ela sentada no colo dele.

– Ei! Viram a Kim? – Pergunto. Os dois me encaram com um tipo de piedade nos olhos. Merda.

– Ela passou chorando e foi para o jardim. Tentamos ir atrás dela, mas pediu para ficar sozinha.

– Merda... Em qual jardim?

– Lá atrás, saindo pela cozinha. Boa sorte. – Ushio responde rapidamente. Corro para a porta, saindo para o jardim escuro. O perfume das flores noturnas é bem forte e a grama parece um tapete negro sob o luar. A única coisa que estraga a beleza desta noite são os soluços agudos de Kim.

– Kim? – Chamo. Os sons param instantaneamente. Ok, ela não quer falar comigo. – Kim, sabe que eu não queria te machucar... Eu jamais faria isso para... Sabe que eu jamais mentiria para você se não fosse para te proteger, Kim. – Digo bem alto, para que ela me ouça de onde quer que esteja.

– Ainda assim, isso não perdoa o fato de ter mentido e feito meu irmão mentir. – Soluça.

– Cadê você? – Pergunto. Sem resposta desta vez. Então a natureza resolve me ajudar ao menos uma vez. Uma nuvem escura é soprada por uma brisa fraca para longe da lua, cujo brilho reflete nos cabelos brancos de Kim e denunciam sua localização. Ela está sentada, encostada à grande cerejeira em flor do jardim de Akira e Ken. Aproximo-me de Katherine, observando-a abraçar os joelhos com força, apertando-os contra o peito como se quisesse se manter inteira. Como ela fez no dia em que descobriu que iria para o Japão. Sento-me a seu lado, abraçando seus ombros e acariciando seus cabelos brancos com a mão livre.

– Mello... – Suspira, a voz ainda carregando sua mágoa.

– Eu sei. Eu sei que machuca. Me machuca também, você sabe que sim. Sabe que isso foi necessário.

– Eu sei que sabe. E sei que foi preciso, mas não me importa, Mello. Mesmo que me matassem... Eu preferiria ter ido com você, ou...

– Eu teria te levado comigo sem pensar, se soubesse que seria seguro. Mas você precisava ficar com o seu irmão e eu iria seguir caminhos perigosos e... Eu não podia permitir a possibilidade de te estuprarem na minha frente sem eu poder fazer nada... Ou te matassem diante dos meus olhos.

– Eu sei. Mas por que ao menos não me explicou o que estava acontecendo? Você não me deixou nenhuma pista... – Ela faz uma pausa para soluçar e enxugar algumas lágrimas. – De que me amava. Você me deixou pensando que vivi uma mentira durante quase três anos. Eu quase enlouqueci, Mello. A cada vez que eu fechava os olhos eu te via, sentia você me abraçar... Beijar. E pensava em como você devia estar mais feliz sem mim e, Deus, por mais egoísta que seja... Dói tanto te imaginar com outra pessoa! – Kim fala rápido, finalmente desabafando. Ela cospe as palavras que, em forma de sentimentos, tanto feriram seu frágil coração.

– Eu sei. Kath... Eu estou aqui com você agora e não vou mais me afastar. Não por opção minha. – Deito sua cabeça em meu peito em uma falha tentativa de consolá-la. – Vai querer que eu me afaste?

– Não. – A voz ainda está embargada.

– Vai me perdoar?

– Vou. Por mais que magoe, não quero mais ficar longe de você. Nunca. Nem por um dia. Talvez demore um pouco para que eu me recupere emocionalmente, mas considere-se perdoado. – Ela para de chorar, acomodando-se em mim e suspirando.

– E o seu irmão? – Acaricio seu cabelo.

– Também vou perdoá-lo. Eu não consigo ficar brava com ele por muito tempo.

– Eu sei. Você é mesmo a menina mais doce que existe. Eu te amo.

– Hm... – Geme preguiçosamente. – Eu te amo. – Seu rosto se vira para cima, os lábios encontrando os meus brevemente. – Vamos entrar. Preciso de um banho.

– É, eu também. – Pego sua mão e voltamos para o quarto que usamos esta noite, já com as roupas para vestirmos depois. Deito-me na cama para esperar que ela termine de se lavar.

– Não quer vir comigo? – Chama, corando violentamente. Sinto um forte calor dentro das calças, meu membro imediatamente ficando na expectativa e, infelizmente, parcialmente desperto.

– Ok. – Levanto-me e a sigo até o banheiro, onde tiro minhas roupas rapidamente. Kim remove os jeans, a calcinha e, lentamente, abre os botões de sua blusa. Devo admitir que a vontade de tocá-la é quase maior que a minha consciência. Depois se vira, ficando de costas para mim e exibindo o fecho do sutiã.

– Se importa de abrir o sutiã para mim? – Pede. Meu deus...

– Está tentando me seduzir, Kath? – Pergunto enquanto abro a peça de roupa íntima.

– Está funcionando? – Vejo-a morder o lábio inferior. Desço as alças por seus ombros, beijando um deles. Meus lábios sobem por seu pescoço, depositando beijos molhados e lambidas por todo o percurso antes que eu chegue a sua orelha e a mordisque de leve. – Oh! – Geme a menina.

– Você não faz ideia. – Minhas mãos passam a passear por suas costas, deslizando para sua barriga e, por fim, subindo para os seios macios.

– Ainh... Mihael... Hmm... – Continuo o trabalho de lhe dar prazer enquanto seu corpo relaxa cada vez mais e meu membro se ergue. Uma das mãos de Kim toca a base de meu abdome e acha seu caminho até meu “amigo”.

– Hm... Ah! Kath... Quero você. – Sussurro. Sua mão me masturba rapidamente, fazendo-me gemer baixinho ao seu ouvido. Uma de minhas mãos desce por ela, chegando a sua feminilidade e tocando seu ponto sensível. Kim leva a mão livre a boca, tapando-a e segurando um gemido alto.

– Então me tenha. Faça-me sua novamente. Agora. – Ela está ofegante ao falar. Continuo tocando-a, agora penetrando-a com um dedo. – Ah... Mello... Isso é tão delicioso! Oh! Mello... Quero algo maior... – Sinto leves contrações ao redor de meu dedo. Bem, se ela quer algo maior, terá algo maior. Viro Kath para mim, beijando seus lábios. A menina olha para baixo e fica vermelha. – Hm... Acho que você ainda precisa ficar um pouquinho mais duro.

– Meu deus... – Sussurro, sorrindo para ela.

– O que foi? – Minha albina morde meu lábio inferior.

– Eu criei um monstro! – Mordo-a de volta, porém com um pouco mais de força. Isso a faz gemer.

– Imagino que seja só por que foi a primeira vez... Eu devo me acalmar em breve. – Sua mão se fecha em torno de minha sensibilidade, me fazendo gritar dentro de sua boca.

– Espero que não, pequenininha. Agora vem aqui me excitar, vem.

– E como quer ser excitado, Mello? – Ela aperta mais meu membro e um gemido rouco me escapa. – Assim?

– N... Não. Faça... Faça com a boca... Só um pouquinho... Só para eu ficar duro... – Imploro. Nunca em minha vida pensei que fosse implorar para ela me dar prazer. Mas eu a quero. Quero senti-la ao meu redor, e é este o caminho para poder entrar na minha Kim. Ela se ajoelha diante de mim, colocando meu pênis em sua boca. Automaticamente meus dedos se enroscam em seus cabelos e a puxam mais para mim, obrigando-a a chupar meu membro inteiro. – Ah! Ah! Ah, Kim! Isso! Mais! Mais forte... Ah! – Começo a estocar em sua boca, deleitando-me com o prazer que o sexo oral feito por Kim me proporciona. Também nunca achei que receberia sexo oral e, por Deus, é excitante. – Kiiiiim! – Eu preciso soltar... Preciso deixa-la soltar... O plano era eu apenas ficar duro e depois ela parar... Deus! Não... Não posso gozar agora... Controle-se, Mello... Isso... Controle-se. Relaxe... Agora solte. Obedeço minhas ordens mentais e solto seus cabelos. – Acho que abusei um pouco. Agora estou muito perto.

– Tudo bem. Eu também estou. – Ela se ergue. – Vem. – Jogo seu corpo contra a parede e seguro suas pernas ao meu redor, imediatamente penetrando-a de uma única vez e já começando a estocar, massageando seu clitóris e o busto. Como é macio! Um grito abafado de prazer sai de sua garganta enquanto pela segunda vez em minha vida sinto sua vagina ter uma série de contrações ao meu redor e ela arranha minhas costas. Não demora para que eu também chegue ápice, meu líquido esguichando dentro de seu corpo mais uma vez. – Isso foi tão bom! – Ela está quase surpresa... E cansada.

– Sim. – Digo em meio a minha respiração irregular. Beijo seus lábios antes de pegá-la no colo e leva-la para dentro do box, onde tomamos um banho não muito demorado. Saímos cobertos por toalhas e, desta vez, não me preocupo em desviar o olhar enquanto ela se veste. – Anda, vamos comer alguma coisa... Concordemos que cansa. – Ela assente e seguimos de mãos dadas até a cozinha e Kim faz o jantar para nós todos.

__ PDV INO__

Ushio está feliz hoje. Nós estamos prestes a terminar nossa investigação particular e ela sabe disso. Mal para de falar de tão excitada que está para o dia no qual terá sua vingança psicológica sobre o assassino de seus pais. Ela perguntou se não quer ajuda para encontrar o causador do meu sofrimento, mas se alguém deve ser punido este alguém sou eu.

De qualquer forma, estamos comendo o jantar que Kim preparou para nós. Ela até cozinha bem, para ser sincero. Um som preenche a sala, um som ao mesmo tempo natural e gerado por tecnologia humana. A campainha.

– Eu posso atender. – A pequenina Leila se ergue de sua cadeira e sai da sala de jantar, abandonando nosso campo de visão.

– Quem será? – Pergunta Akira, obviamente estranhando a visita.

– Algum vizinho? – Arrisca Matt. Ken faz um biquinho de dúvida, colocando a suposição do ruivo como real possibilidade. Um berro de pânico vem da sala de estar. Near dispara para a porta, logo depois estão Kim e Mello seguidos por Ushio e por mim. Os outros estão logo atrás.

Quando chego ao hall de entrada, Near mantém Leila atrás de si, ambos com os olhos cheios de pânico e fixos na porta. Mello e Kim se abraçam, também desesperados e olhando para o visitante inesperado. Meus próprios olhos se dirigem para a fonte de tanto medo e, quando a encontro, também grito. Grito e abraço Ushio.

Grito porque, parados e apoiandos no batente da porta, estão Beyond Birthday e L.



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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Surpreenderam-se? Sim? Poxa! Acharam mesmo que eu poderia deixá-los mortos? *magoada*
Beijos! deixem reviews!
- Ushio