... quando entrei no quarto, vi Flávio na cama com um tiro no peito. Estava escuro, nem me aproximei para ver, entrei em estado de choque. Peguei minhas coisas, saí correndo e fiquei a noite inteira andando e refletindo. Fiquei pensando em todos os momentos que passamos juntos, em como nós nos amávamos. Quando amanheceu, fui para a rodoviária para comprar uma passagem de ônibus para um lugar bem longe dalí. Queria recomeçar minha vida, por mais difícil que fosse continuar minha vida sem ele. Esperando o embarque, não parava de pensar como fui feliz com ele. Estava arrasada. Entrei no ônibus e sentei do lado da janela. Passamos por vários lugares que eu e Flávio fomos. Não parava de pensar nos momentos que passei com ele naqueles lugares. Passamos pelo primeiro lugar onde nos conhecemos e onde aconteceu nosso primeiro beijo. Olhei para a árvore onde tínhamos nos beijado. De repente, levei um susuto: vi um cara de baixo da árvore muito parecido com Flávio. Fiquei pasma. Só que não poderia ser, eu vi ele morto a noite passada. Mesmo assim, continuei olhando. Cada vez mais, o achama mais parecido aindo com Flávio. Estava convencia que era ela, na verdade, nunca acreditei mesmo que ele tinha morrido. Então, pedi para o motorista do ônibus parar. Desci do ônibus e fui correndo em direção a árvore onde estava ele. Quando cheguei lá, vi que era ele mesmo. Acho que esse foi o memento mais feliz da minha vida. Nos abraçamos, sem dizer nada um para o outro. Flávio me explicou tudo. Disse que no dia em que eu estava trabalhando, um homem entrou na casa, apontou a arma na cabeça dele e disse que queria todo o dinheiro que ele tivesse. Flávio então, disse que não tinha nada de grande valor alí dentro. O homem se revoltou, e foi pra cima dele para matá- lo. Flávio reagiu, conseguiu pegar a arma do homem, e, como o homem foi para cima dele com tudo tentando pegar a arma de volta, a arma desparou sem querer q acabou acertando bem no peio do assaltante, que caiu na cama. Flávio então, foi para delegacia, registrar todo o ocorrido, pois não queria ser incriminado injustamente pela morte do cara. Quando cheguei em casa, estava tudo muito escuro, e. como a fisionomia parecia muito com a de Flávio, pensei que fosse ele. Agora a história já estava toda explicada. Alí mesmo, de baixo daquela mesma árvore onde aconteceu nosso primeiro beijo, Flávio me pediu em casamento. Fui pega de surpresa, mais lógico que aceitei na hora. Essa foi o dia mais feliz de minha vida. Finalmente tive a sensação que nada mais podia nos separar...