A História De Uma Paixão escrita por Mariana


Capítulo 2
Capítulo 2




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Hoje foi a festa de comemoração do meu colégio de 50 anos. A Bianca, menina da minha sala que se acha "A popular" e que adora me humilhar, me trancou na sala de aula sozinha na hora em que todos estavam descendo para o pátio para a comemoração. Fiquei lá a manhã inteira, só ouvindo a bagunça que todos estavam fazendo. Pareciam estar se divertindo bastante. Até que não foi tão ruim, porque entre ficar na sala de aula sozinha e ficar sozinha na festa e sendo motivo de piadas, prefiro ficar na sala. Fiquei lá até a fachineira aparecer para limpar a sala. Logo quando cheguei em casa, minha tia começou a falar que não iria mais pagar as minhas despesas, se eu quisesse alguma coisa, teria que ajudar nas coisas de casa. Então, comecei a brigar com ela falando que por mim eu não ficaria nem mais um segundo naquele inferno, toda noite com um homem diferente saindo do quarto dela. Ela acabou ficando ainda mais furiosa com o que eu disse, e acabou me dando um tapa na cara. Não reagi. Apenas subi correndo para o meu quarto, arrumei minhas coisas e saí de casa. Minha tia começou a correr atrás de mim como uma louca, gritando dizendo que eu não podia sair assim, porque ainda era menor de idade e não tinha para onde ir. Continuei andando e fingindo que nem estava ouvindo. No primeiro ônibus que apareceu na minha frente, nem vi para onde iria, entrei e desci no ponto final. Era um lugar muito estranho, nunca tinha passado por lá. Fiquei andando o dia inteiro. Quando chegou a noite, parei em uma pensão só para passar aquela noite. Era uma pensão caindo aos pedaços, mas era a única que podia pagar. Passei a noite lá. Acabei gastando todo o meu dinheiro naquela pensão. Logo de manhã, saí e continuei andando sem um rumo certo. Já a tarde, como já estava cansada de andar, sentei um pouco na calçada para descansar. Era uma rua bem deserta. De repente, apareceram uns caras todos encapuzados. Estavam vindo em minha direção. Continuei a andar. Eles chegaram até mim e começaram a mecher comigo e roubaram minha bolsa com tudo que tinha. Agora, além de não ter para onde ir, estava sem absolutamente nada. Parei em frente a um restaurante e comecei a chorar. Estava desesperada, mas não me arrependi de ter saído de casa. Acho que essa foi a melhor coisa que eu fiz. Um garçon do restaurante, aparentemente jovem, ouviu meu choro e foi me perguntar o que está acontecendo. Expliquei tudo à ele. Ele, muito atencioso, me levou para dentro e me serviu um prato de comida. Conversamos muito. Ele se chamava Flávio. Depois de muito conversarmos, ele me perguntou se tinha algum lugar para ficar, eu disse que não. Então, ele me convidou para passar um tempo na casa dele até eu arrumar um lugar para ficar. Flavio morava sozinho. Pensei em não aceitar, mas como já não tinha nada a perder mesmo, aceitei. As coisas não poderiam piorar ainda mais. No dia seguinte, Flávio me levou para um parque muito arborizado e bonito. Ele, de repente, me beijou, quando estávamos conversando de baixo de uma linda árvore. A cada dia que passava, ficávamos mais envolvidos ainda. Quando me dei conta, já tinham se passado três meses que eu estava na casa dele. Quando estava ao lado dele, nada mais importava para mim, esquecia de todos os meus problemas, me sentia leve. Nunca tinha sentido isso por alguém. Ele concerteza era muito especial para mim. Acabei arrumando um emprego, como caixa de um supermercado. Quando estava voltando para a casa, depois do trabalho, entrei em casa. Estava tudo muito silencioso...


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