A Bela Não Está Adormecida escrita por Coala Voador


Capítulo 5
Eles... Eles não me amam!


Notas iniciais do capítulo

Amei todos os reviews que recebi, sério mesmo. Muito obrigada a todos os elogios e críticas, que estão me ajudando muito! -como sabem, eu estou dando uma editada nisso daqui por que tá f*da.- Mas mesmo com essa escrita possuida pelo ragatanga vcs estão comentando coisas lindas! *-* Obrigado!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/268097/chapter/5

Aurora novamente subiu as escadas, olhando para as mãos ensanguentadas.
Ela estava espantada com o fato do garoto ter aparecido tão de repente,e principalmente pelo fato dele não demonstrar  medo dela., isso estava irritando-a demais. Ela precisava urgentemente sumir com as roupas ensanguentadas e esconder a adaga que apareceu misteriosamente em suas mãos, antes que alguém pudesse suspeitas.

Amanheceu, e logo o castelo estava em pânico. Os guardas corriam de um lado para outro, para tentar amenizar a multidão que se formava em frente ao castelo devido ao boato que um dos guardas reais tinha sido assassinado. O rei estava sentado em seu trono ao lado da rainha, ele tinha as mãos apoiadas na testa em sinal de desespero caso seus pensamentos estivessem certos.

– Liza, você acha que... - ele tentou começar, mas não tinha forças para falar.

– Não ! – cortou a rainha – Não foi Aurora!

– Pare de defende-la ! - esbravejou, ele já estava farto da mulher defendendo a filha, estava farto de ter que fingir que amava aquele ser desprezível que residia no andar de cima do castelo, ele estava casado de Aurora.

– Ela é minha filha Algust! E sua filha também. Você deveria amá-la, defende-la! 

– Você sabe que em breve ela se tornará um monstro, não há motivos para amar uma criança como ela! 

– Poderíamos sim ter amado. - Ela lamentou não deixando esconder a raiva do marido - Poderíamos  tê-la criado com todo o amor carinho, Sé que você...

– Eu não. – cortou ele – Não tenho culpa, se minha única filha, em breve se tornará uma assassina.

– Ela não é uma assassina Algust! ELA É UMA CRIANÇA ! APENAS UMA CRIANÇA QUE QUER SER AMADA ASSIM COMO TODOS QUEREM !

– ELA NÃO MERECE AMOR ! - Ele se levantou, deixando transparecer o ódio que estava sentindo da esposa, o ódio que estava sentindo daquela garota. - É como se criássemos uma fera, um Leão. Não adianta dar amor a ele sendo que quando crescer ele vai te devorar da mesma forma.

– E O QUE PRETENDE FAZER ENTÃO! – Liza estava ficando fora de si, sabia que as soluções do marido seriam as piores possíveis. 

– Vamos prende-la... - sussurrou.

– NEM POR CIMA DO MEU CADÁVER ALGUST ! PRIMEIRAMENTE, NEM SABEMOS SE FOI ELA! 

– SE NÃO FOI ELA FOI QUEM?

– ELA É UMA GAROTA DE 08 ANOS, COMO ACHA QUE ELA PODERIA MATAR UM DOS GUARDAS ?

– VOCÊ SABE MUITO BEM QUE ELA NÃO É UM CRIANÇA NORMAL. MESMO SE NÃO TIVESSE AQUELE DEFEITO, ELA NÃO SERIA NORMAL!

– ELA É NORMAL SIM!

– ELA É UM MONSTRO! - O homem se descontrolou, e deferiu um tapa no rosto da mulher, que caiu de joelhos no chão em frente ao trono. 

Um barulho foi ouvido vindo das escadas, e os dois olharam rapidamente tendo receio de ser algum empregado curioso que havia testemunhado o ato inadmissível de agressão.
Eles viram apenas um dos sapatinhos de aurora, que provavelmente tinham sido deixados para trás.

– ESTÁ VENDO ? – Bradou a rainha raivosa, levantando-se.

– O QUE ? NÃO VEJO NADA ! – Zombou o rei rindo com escárnio, ele era realmente um homem desprezível.

– Pois bem... – disse a mulher subindo as escadas – Espero que logo você veja, e bem de perto.

Liza subiu as escadas para o quarto de aurora, adentrou o local e viu a garota brincando de bonecas no chão.

– Filha ?

A garota se virou e com um olhar assombroso fitou a mãe que deu alguns passos para trás mais logo se recompôs.

– O que foi mãe ? – Disse voltando a brincar com suas bonecas de pano.

– Está...tudo bem...? – Perguntou se aproximando receosa.

– Tudo bem sim...Tudo ótimo. - Ela não iria deixar transparecer nada do que estava sentindo, ela tinha vontade de matar a mulher a sua frente assim como fez com o guarda.

– Sobre...O acontecido de ontem, você sabe alguma coisa ? - A mãe encorporou seu melhor sorriso acolhedor e tocou os cabelos da filha, em sinal de carinho.

– Poderia ter sido melhor. – Aurora fitou a mãe enquanto sorria, a mulher pareceu aterrorizada com os olhos que mais pareciam dois diamantes azuis.– Mais sabe, aconteceram alguns pequenos imprevistos.  – Ela se levantou com uma de suas bonecas na mão, e permaneceu olhando para o chão. – Eu sei... Sei que todos vocês me odeiam e que querem a minha morte.

– Aurora não é isso! - A mulher tentou se defender enquanto se afastava da garota.

– Se não é isso, é o que ?É arrependimento ? - A boneca na mão de aurora começou a se rasgar, braços, pernas, cabeça, tudo caia como se fosse simplesmente arrancado, quando  na verdade Aurora mal estava tocando no brinquedo - Eu poderia escolher não matar. Essa maldição poderia ter acontecido mais tarde, as coisas poderiam ter sido diferentes...Liza...Mas vocês fizeram de tudo para que as coisas acontecessem como estão acontecendo agora.

– Filha... - Liza estava encostada na porta, pronta para abrir e sair correndo caso algo desse errado. 

– Eu suspeito que eu não seja sua filha. 

– VOCÊ É MINHA FILHA AURORA!

– Está bem...Se você diz eu não vou discutir. - A frieza das palavras de Aurora estava deixando Liza sem razão, até ontem no jantar, Aurora era apenas  uma menininha, uma criança doce e inocente - Pode me deixar sozinha ?

A rainha não respondeu, apenas virou as costas e saiu andando extremamente rápido, ela estava simplesmente com medo..Ela passou pelo trono onde o rei estava sentado, o fitou de canto e continuou a andar indo para seu quarto, ela precisava ficar um pouco sozinha para pensar na decisão de contar ou não o que tinha ouvido de Aurora. 

A garota sentou-se novamente no chão de seu quarto, e a grande janela estava aberta, deixando uma fria corrente de ar entrar.

Uma coruja enorme, de penas negras pousou na janela, uma coruja com os amarelos, garras afiadas e bico reluzente estava fitando a garota fixamente. A garota estava com um sobrancelha arqueada, apenas olhando o ser em sua janela.

– Não entendeu o que eu disse Bela ?

A garota se espantou pelo fato da coruja estar falando com ela, se espantou pelo fato da coruja aos poucos ir se transformando no garoto que tinha visto na noite passada .

– Você de novo. - Ela revirou os olhos e voltou o olhar para suas bonecas destroçadas. - O que quer aqui ?

– Você está se condenando, Bela. - Ele parecia preocupado enquanto sentava-se na sacada da janela. 

– Tsc... - resmungou - Quero que todos morram, quero matar um por um.

– Não agora, você sabe disso.

– E quem é você pra me impedir, garoto ? - Rosnou, estava claramente irritada com a ousadia do garoto. 

– Meu nome é Hiei, e eu vou ser o seu protetor de agora em diante.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Bela Não Está Adormecida" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.