Folhas De Outono escrita por Sheeranator Mafia


Capítulo 96
Flashback




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Conheci uma menina chamada Kelly-Anne e ela era sensitiva. A apresentei para Mary e depois ela me disse para eu aproveitar a minha mãe enquanto estava viva. Confesso que não entendi. Eu não acreditava muito nessas coisas, mas depois de Amy, tudo seria válido pra mim. A levei para o meu quarto e a aguardei dizer alguma coisa. Não havia falado sobre Amy para ela. Kelly ficou olhando para cada detalhe do quarto e nada disse sobre forças desconhecidas.

“Não vai dizer nada?” –Perguntei.

“Não.” –Ela me olhou. –“Ah! Tem sim!”

Ela parecia séria e me aproximei.

“Seu quarto é muito fofo.”

Respirei fundo. Não estava acreditando que ela não sentia a presença de alguma coisa ali. Talvez eu que estivesse maluca. A levei para o porão e nada sentiu também.

“Já te falei sobre meu tio Bruce? Ele é um idiota!” –Ela gargalhava.

Enquanto subíamos as escadas do porão, algo caiu.

“Ouviu?” –Perguntei.

“Sim. Caiu uma caixa.” –Ela disse, ainda gargalhando. –“Voltando ao Bruce...”

Ela contou a história do seu tio mochileiro que já foi preso em quinze países por fugir dos lugares sem pagar a comida. Ela não mentia, ela realmente sabia fazer essas coisas. Sua mãe, Madeleine, previa o futuro das pessoas. Um dia, ela apertou minha mão e ficou me olhando assustada, disse para eu tomar cuidado com meu passado. A família Anderson me deixava realmente confusa. Kelly-Anne não era do colégio. Ela morava do outro lado da rua, próxima a esquina. A conheci porque Mary conhecia sua mãe. Mary já visitou o quarto o qual Madeleine fazia suas apostas sobre o futuro dos outros. Já presenciei dois barracos na porta da casa de Madeleine porque ela errou o futuro de alguém. Ou acertou. Não entendi muito bem, mas a mulher gritava que era a culpa dela o marido ter a deixado. A mulher, a qual não sei o nome, estava culpando Madeleine por ter perdido o marido para uma mulher de vinte e cinco anos. Ela deve ter achado que Mary colocou essa tal mulher do caminho do marido, porque de acordo com fofoca dos vizinhos, essa mulher e o marido eram unha e carne e chegavam a ser melosos demais. E minha teoria sobre casal muito meloso começa a se concretizar. Um dos dois está sendo falso.

Kelly-Anne me levou para conhecer o quarto da mãe, o qual ela chama “quarto do futuro”. Kelly tinha quinze anos. 2005 estava sendo um ano de descobertas. Kelly contou que uma vez, a mulher tomou quase todo o pote de remédios na frente de sua mãe, quando ela disse que a mulher ficaria viúva em breve. A mulher ficou viúva mesmo. Dez meses após a visita. Tinha uma bola de cristal no centro da mesa, mas Kelly disse que era só para enfeite. Eu estava prestes a tocá-la, quando Madeleine entrou por uma porta atrás de mim. Levei um susto quando ela abriu a porta com violência. Elas começaram a rir de mim e eu tentava rir, mas estava sem graça. Mary apertou minha mão e seu sorriso no rosto sumiu. Ela queria soltar minha mão e eu permanecia segurando a dela.

“O que está vendo?”

“Nada.”

“Me diz!”

Ela ficou em silêncio e soltei sua mão. Ela olhou para Kelly, que saiu, nos deixando sozinha no quarto. Madeleine colocou seu cabelo atrás da orelha direita e voltou a me olhar.

“Você viajará no reveillon?”

Afirmei com a cabeça.

“América do sul?”

Afirmei novamente. Ela negou.

“O que vai acontecer?”

“Eu te juro que não sei. Apenas consigo ver isso e...não será um bom ano.”

Fiquei encarando ela e Madeleine me olhava com pena e aflição. A deixei e sai correndo do quarto. Kelly-Anne tentou me impedir, mas dei uma desculpa qualquer, dizendo que Mary havia me ligado, sendo que nem com o celular eu estava. Caminhei até em casa e ficava imaginando o que poderia acontecer comigo em 2006. Pude ver Teddy tocar a campainha e os maus pensamentos sumiram. Fui na ponta dos pés atrás dele. Mary atendeu a porta e olhou por cima do ombro dele.

“Shhhh...” –Eu fiz com o dedo na boca.

Ela puxou assunto com Teddy. Apertei a cintura dele. BU! Ele nem se mexeu. Comecei a rir e parei assim que notei que ele não havia levado susto. Bati nele e o abracei. OO puxei para dentro de casa e Ethan estava no sofá. Soltei o braço de Teddy.

“O que faz aqui?”

“Sua mãe deixou eu entrar.” –Ele disse, se levantando.

Olhei para Mary. Teddy. Ethan.

“Eu posso voltar depois.”

“Não!” –Eu disse.

“Só vim pra aula de violino.”

Era domingo, ele tinha razão. Olhei para Teddy.

“Tudo bem. De noite eu ligo pra você. Só queria saber como estava.”

Fui até ele e o abracei apertado. O acompanhei até a porta e pedi desculpas vinte vezes. Ele apenas ria, dizendo que tudo estava bem. Me sentei ao lado do Ethan.

“Não precisava ter expulsado ele.”

“Não expulsei. Ele me liga depois.”

Ethan pegou seu violino. O meu estava no quarto e eu estava com preguiça de ir até lá. Aliás, preguiça para ter aula. Eu não estava me sentindo bem. Deixei meu corpo escorregar um pouco no sofá e coloquei os pés, descalços, sobre a mesa de centro.

“Ethan, por que você gosta de mim?”

“Pelo mesmo motivo que outras pessoas gostam de você.”

“Não são muitas pessoas que gostam de mim, Ethan.”

“Tem o Ed e a Mary, já não são importantes?”

“E você.”

“Sim.”

“Por quê?”

Me sentei direito. Tirei os pés da mesa.

“Você conversa olhando nos olhos.”

“Ah claro. E pra onde mais eu poderia olhar?”

“Não sei explicar, Yolanda. Não enrola e pega seu violino.”

Fiz o que ele pediu. Subi correndo e em menos de cinco minutos, eu já estava de volta. Deixei Ethan dar sua aula de uma hora. Quando paramos para tomar água, voltei com a pergunta e ele demorou para beber sua água, para não ter que responder.

“Está bem. Se eu não der uma responda convincente você não me deixará em paz.”

Eu afirmei com a cabeça, sorrindo.

“Okay. Eu não sou tão bom com palavras, mas eu gosto do seu sorriso.”

“Gay.”

“O que? Não! Seu sorriso é realmente muito bonito.

“Gay. Gay.”

Ethan ficou me olhando sério e depois começou a rir.

“Você é divertida.”

“Talvez eu seja mesmo.”

Ethan continuou rindo. O abracei e voltamos para a aula de violino. Era 8 p.m quando Teddy ligou. Ethan ainda guardava seu violino. Me deitei no sofá e comecei a conversar com Teddy. Ele contou uma piada e eu não conseguia parar de rir. Quando dei conta. Ethan já tinha ido embora. Corri até a porta e estava muito frio lá fora, eu estava e shorts e rapidamente entrei. Me despedi de Teddy e disquei o número de Ethan.

“Ethan? Me desculpa! Era para ter falado comigo. Quando ouvir essa mensagem me...”

“A conversa parecia boa.” –Ele atendeu.

“Sim, estava. Mas eu parava tudo pra...”

Ele desligou.

“... me despedir de você.”

Coloquei o telefone, sem fio, no gancho e Mary apareceu na sala. Me perguntou se tudo estava bem, enquanto secava suas mãos em um pano de prato azul. Eu disse que era algo que eu poderia resolver. Cocei os olhos e quando eu ia desabafar com Mary, ela já havia voltado para a cozinha. Fiquei lamentando e olhando para o violino que Ethan tinha me emprestado para treinar no fim de semana. O que eu raramente fazia, era treinar no violino. Pelo menos, não como ele queria que eu fizesse. Eu sei que eu não amava os dois. Com um deles eu estava confundindo meus sentimentos, mas ainda não descobri com quem. Li na internet uma garota chamada Lucy, sugerindo como saber quem é o amor da sua vida e ela disse para eu pensar na palavra futuro. Para eu me imaginar nele e colocar um deles na história. O primeiro, era quem eu amava. Dizem também que, para eu estar em dúvida entre dois amores, eu na verdade nunca amei o primeiro. O que não era verdade, considerando que o primeiro era Teddy e era sempre ele quem eu imaginava na minha meditação sobre o futuro. Só queria compreender o que eu sentia por Ethan, talvez fosse fisicamente, porque ele era lindo. Não que Teddy não fosse. Ethan não era o mais bonito do colégio e nem o mais popular, só pelo fato de ser bonito, mas ele seria capaz de conquistar Framlingham inteira se ele quisesse. Ele fisicamente e Teddy com suas músicas, com suas palavras. Na escola, Teddy não era considerado bonito, mas eu o achava. Ruivo, é diferente. Eu não conseguia criar um raciocínio lógico. Sabe o que um dia eu pensei? Que era bonita. Sim, bonita o suficiente para atrair os dois. Olho no espelho e vejo uma pessoa normal, eu mudaria quase tudo em mim, talvez tudo, se fosse possível. Eu não sabia mais o que pensar.

Dezembro de 2005.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, sábado foi minha festa de aniversário e bla bla, tive que ajudar nas coisas e bla bla, ENFIM!
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OBRIGADA POR LER A FANFIC *______* E não chamem mais a Yolanda de Bella Swan, pelo amorrrrrrrrrrrrr de DEUS! nem gosto de crepúsculo, a comparem com Herminone u_u KKKKKKKKKKKKKKKKK
bjs, little leaves ♥



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