Pov Jacob

            Fui buscar Dean e Sam e irei tirar minhas duvidas quanto à transformação dos meus novos primos. Cheguei em casa e pude ouvir a risada de sinos do meu querido pai todo saudoso conversando com seus sobrinhos sobre seu querido irmão.

            Cheguei de fininho sem querer atrapalhar o momento nostalgia, me encostei ma batente da porta e fiquei ouvindo as estórias, depois de mais de meia hora, como em um estalo, me lembrei o que estava fazendo ali e me fiz ser visto.

            -Oi. – disse apenas.

            -Oi Jake, você não imagina cada coisa que lembramos sobre seu tio. – falou meu pai.

            -Pai, podemos conversar sobre isso depois? Tenho que levar Sam e Dean para conversar com os Cullen e antes preciso falar a sós com você pai. – falei.

            -Ihhh! Acho que sobramos Dean, mas sabe eu estou com uma fome, você me acompanha até a cozinha?

            -Claro Sam! – falou Dean já puxando Sam.

            Quando me vi a sós com meu pai, fui direto ao ponto de minhas duvidas, eu estava muito agoniado.

            -Pai, estou muito preocupado. – meu tom de voz deve estar muito tenso, pois consegui total atenção de meu pai me dando mais segurança para continuar minhas indagações – Estou realmente preocupado com Sam e Dean. Porque a transformação deles não foi completada ainda? Alias, porque parou de evoluir?

            Meu pai ficou uns cinco minutos divagando, até que me olhou com um olhar vazio por mais uns cinco minutos.

            -PAI – gritei, eu nunca tinha meu pai tão alheio, tão catatônico, e eu já estava ficando apavorado.

            -Jake, eu não sei!

            -Como pai, o que você está falando? – eu tinha que confirmar minhas suspeitas sobre o quê ele estava falando.

            -Eu nem tinha percebido que tinha parado a transformação, eu não sei o porquê eles não se transformaram ainda! Será que é por eles verem que os Cullen não nos representa perigo?

            -Pai, eu nunca vi perigo neles, eu nunca nem acreditei nas lendas que você me falava e me transformei do mesmo jeito.

            -É... – e novamente meu pai ficou divagando, eu nunca tinha visto meu pai pensando a respeito de algum assunto, ele sempre sabia tudo a todo respeito.

            -E onde entra a ajuda deles à Carol? – falei mais pra mim mesmo, mas meu pai virou o rosto tão rápido que parecia que tinha levado um choque.

            -O que eles têm a ver com Carol? Alem do imprinting, claro! – perguntou meu pai.

            -Zafrina os trouxe aqui por saber que eles tinham meios alternativos pra resolver o assunto “Carol”. – meu pai continuou me olhando com o olhar de duvida dele, o que me fez virar os olhos antes de continuar meu pensamento. – Amuletos, bruxas, feitiços, coisas desse tipo ela disse.

            -Óbvio, depois do que eles são, filhos de lobisomem com aquilo que a mãe deles era. Ela era maravilhosa, mas a natureza dela me assustava. – Billy me olhava triunfante, como se tivesse matado a charada, o que realmente deveria, mas eu não sabia do que ele estava falando. Lancei meu melhor olhar de inocência e rebati outra frase, tentando fazer com que ele não percebesse que estava falando sobre um assunto nunca antes mencionado.

            -E o que ela era, pai? – imediatamente o olhar dele ficou desconfiado e ele respondeu mais ríspido do que o necessário.

            -Não cabe a mim te responder ainda, não sei nem se eles sabem sobre sua própria mãe.

            Ok, eu fiquei muito frustrado.

            -Desse jeito eu não serei capaz de ajudar pai! – Lancei minha ultima cartada.

            -Tudo bem Jacob, eu falo sobre suas origens, mas ainda não posso te falar o que ela realmente era. – bom já era um progresso.

            -Me fale então pai.

            -Uma vez eu ouvi dizer que a mãe da minha cunhada era uma linda fada ninfa que a amada rainha da fadas Aine enviou como agente secreta para espionar a terrível Medeia e descobrir porque ela estava transformando os Deuses em estatuas e qual seria o próximo a ser transformado. Ela era a melhor pessoa a ser enviada, pois era a melhor ninfa, com o mais puro coração, mas ela era a mais esperta e sagaz, então Medeia não a faria de boba. Ela era a melhor garantia de missão cumprida. Até hoje não se sabe o que ouve, mas Medeia descobriu seu plano e tentou forçá-la a olhar suas horríveis cobras. Assim que ela olhou as cobras não conseguiram olhar para ela tamanha sua compaixão com aquelas criaturas bizarras. Medeia ficou tão transtornada que drenou uma quantidade de seu sangue e colocou Titânia para tentar transformá-la em um ser não tão puro. Claro que ela passou a ter um sangue demoníaco, trazendo com sigo todas as obrigações que esse sangue exigia consigo, mas seu coração continua um dos mais puros. Medeia não tinha mais o que fazer e a expulsou enviando-a novamente ao seio das fadas ninfas.

            -Aine quando a viu percebeu a sua natureza alterada e explicou-lhe que ela não poderia permanecer ali. Ela começou uma jornada em busca de ajuda para eliminar os vestígios de sangue demoníaco em seu corpo. Nessas andanças pelo mundo do irreal ao ser humano, ela conheceu um mago que aceitou tentar de tudo para ajudá-la chamado Oberon. Antes dele conseguir purificar seu sangue ela ficou grávida dele, mas ele não desistiu, mas infelizmente ele conseguiu apenas depois do nascimento de minha cunhada. Minha nora tem sangue de mago, fada ninfa e da Medeia. Não sabemos do que ela era capaz, pois quando ela estava começando a conhecer seus poderes, a grande responsabilidade do sangue demoníaco a cobrou, levando-a depois. Meu irmão ficou inconsolável.

            -Minha cunhada nos deixou dois grandes presentes misteriosos, meus sobrinhos, uma mistura de lobisomem, fada ninfa, Medeia e mago. Não sabemos como eles podem lidar com todos os poderes que eles possam vir a ter ou não.

            -Caramba, essa nem eu sabia. – exclamou Dean com seu sorriso torto de deboche, mostrando que a muito deveria estar escutando.  –Acho que para descobrir um pouco precisamos bater um papinho com a tal da Medeia!