Quando cheguei ao Hotel, vi que tudo estava super organizado. Meu pequeno Edward tinha transformado bastante água em sangue, então estávamos estocados por algum tempo. No quarto de Rose e Emmet estava o berço de Ed, pois ele não iria dormir sem andar de carro com Emmet. Reenesme estava no quarto de Esme aguardando Carlisle que chegaria em 1 hora. Alice e Jasper iriam dormir com a pequena encrenqueira Carolyne, onde Jasper a manteria sob controle o tempo todo. O meu quarto e de Edward seria apenas para termos onde nos trocar e passar um tempo juntos, a sós, pois Edward insistiu ficar o tempo todo comigo no Hospital.

Alimentei meus bebês, tomei um banho para tirar a sensação da viagem e fomos ao Hospital, eu e Edward. Ele ficou o tempo todo ao meu lado, pegando nos meus ombros, me abraçando, me dando forças o tempo todo.

Fomos ver meu pai primeiro e não gostei do que vi, ele parecia mais inchado, com mais hematomas pelo corpo e seu coração não parecia tão forte como era em Forks. Peguei sua mão e senti um pequeno recuo de algum músculo, como a responder a minha pele gelada. Foi um movimento muito pequeno, quase imperceptível. Sussurrei no seu ouvido o quanto eu o amava, que agora ele tinha mais dois netos para amar e que ele precisava acordar para conhecer. Não sei se foi por ter a chance de ele não estar escutando, ou pela minha fragilidade naquele momento, mas eu continuei falando no seu ouvido que Reenesme era sua neta verdadeira, do seu sangue, assim como seus novos netos, Ed e Carolyne. Naquele momento eu vi seus olhos se moverem, mesmo fechados e eu tive a certeza que ele estava me ouvindo.

-Edward, ele está me ouvindo! Você viu seus olhos se moverem? – disse muito surpresa.

-Bella, ele tem movimentos involuntários. Pode ser que tenha escutado como pode ser que não, meu amor. Você está preocupada que ele possa ter te escutado? – ele me perguntou meio confuso.

-Não, não estou preocupada. Estou feliz que ele possa ter me escutado. Você acha que ele me escutou?

-Sim, acredito que sim. Existe vários relatos de pessoas em coma que quando acordam lembram de algumas coisas que lhe foram ditas enquanto estavam em coma.

Naquele momento eu vi Carlisle entrando na UTI sendo acompanhado por uma enfermeira mostrando-lhe o caminho. Assim que ele nos avistou ela saiu para nos dar privacidade.

-Bella, minha querida, como você esta? Sinto tanto por ter acontecido isso. – ele disse comum olhar cheio de compaixão.

-Carlisle, que bom ter você aqui, agora eu fico mais tranqüila. – eu disse ao abraçá-lo.

-Fui conversar com o médico da UTI e já estou a par do caso. O caso do seu pai é realmente complicado. Tudo depende do organismo dele responder ou não. Soube que ele quebrou varias costelas, por isso ele está respirando com dificuldades e pode ter uma hemorragia interna. Ele está entubado para ajudar na respiração. Quanto ao traumatismo craniano o medico já te orientou sobre as possíveis seqüelas?

-Já. – eu respondi em um sussurro de dor.

-São possibilidades verdadeiras, lamento. Agora temos que esperar para ver como seu corpo irá reagir a tanta violência sofrida pelo acidente. Vou ajudar o médico. Quanto a sua mãe, ele acordou a 15 minutos, eu falei com ela. Ela está sentindo muita dor, mas está bem. Você não quer vê-la?

-Quero, vamos Edward?

-Você não quer ir primeiro para ouví-la sem a minha presença? – ele sabia que minha mãe queira falar primeiro comigo.

-Mas você vem logo depois?

-Claro, assim que eu falar com Carlisle e já vou. – ele ouviu alguma coisa na mente de Carlisle, mas depois eu perguntaria, agora apenas quero ver minha mãe.