Chegamos ao nosso cantinho feliz, onde todas as preocupações se dissipam no ar. Edward me pegou no colo com mais carinho e cuidado que o habitual. Me deitou na cama, acariciando meus cabelos, sentindo seu cheiro de tempos em tempos, sussurrou em te amo nos meus ouvidos e me beijou com uma paixão incontrolável. Nos amamos por algumas horas e então ele me beijou repetitivas vezes, como se estivesse se despedindo, o que me fez lembrar de Alice.

Apenas sussurrei entre seus beijos:

-Edward, diga-me, por favor, a visão de Alice.

-Bella, eu sabia que você iria perguntar a Alice e eu achei melhor ela ver direito antes de tomarmos uma decisão. Tudo depende da decisão que irão tomar, pois a visão oscila entre duas versões. Acho que vou ter que me ausentar uns dias e te prometo que depois eu te esclareço.

-Não Edward, eu não vou deixar você ir antes de me esclarecer tudo. Você não vai a lugar nenhum sem mim.

-Bella, você tem as crianças, e se você fosse poderia mudar muito o curso do destino.

Edward me falando de destino? Ela sabia, vendo as visões de Alice, que o futuro muda a cada momento.

-Edward, por que você está me enrolando?

-Bella, tem a ver com Charlie. Ela está vindo de seu trabalho voluntário em Seattle em dois dias e sofre um acidente que o deixará em coma.

Por um momento o mundo girou e eu achei que iria desmaiar. Acredito que se fosse possível eu teria desmaiado. Charlie não riria conhecer seus novos netos? Charlie iria correr risco de vida? Agora eu entendia a agonia que Edward sentia quando eu era humana, como os humanos eram frágeis. O que eu poderia fazer por ele?

-Edward, o que eu posso fazer por ele?

-Bella, deixa que eu vou lá e trago Charlie em segurança. Fique com as crianças e confie em mim. – ele disse.

-Claro que eu confio em você, mas ele é meu pai!

-Agora ele é também da minha família, meu amor. – ele disse me abraçando e meus lábios alcançaram o seu em uma suplica por consolo.

Eu realmente estava muito preocupada e quis ir logo ver como estavam as visões de Alice.