Dont Let Me Fall escrita por alwaysbemyBela


Capítulo 13
Capítulo Extra 3 - POV CHRISTIAN


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meninas, primeiro quero agradecer a recomendação da Carla, eu vi ontem, mas só depois de postar o cap! Adooorei!
Gente, eu estou achando meio meloso, é dificil fazer o POV do Chris, ele sempre sarcástico e provocativo, mas espero que vocês gostem!
E me desculpem, mas estou com preguiça de revisar o cap UASHUAHUHUAS Qualquer coisa avisem ;D



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— Tente dormir Rose. – Eu disse afagando a mão que ela segurava firmemente na minha.

— Eu não consigo! Esses remédios não estão fazendo efeito. – Resmungou sobre os calmantes que até agora não tinham feito efeito.

Então levantei o braço da poltrona e a puxei para o meu peito, apertando levemente suas temporãs em movimentos circulares até que ela dormiu se sentindo melhor.

Eu terminava de fazer o molho enquanto ia colocando a comida na mesa. Um pequeno chester, arroz, uma travessa de salada e algumas frutas. Esse seria nosso primeiro natal que passaríamos sozinhos, tínhamos acabado de chegar a São Francisco e preferi cozinhar a passar a ceia em um restaurante lotado.

— Está achando que vai alimentar um exército? – A voz de Rose soou atrás de mim e eu me virei para olha-la.

Ela estava no mínimo linda. Um vestido de alças em um tom de amora caia por seu corpo levemente, deixando apenas seus seios em evidencia no pequeno decote de seda. O cabelo quase preto estava preso em um coque alto, com alguns fios escapando e a franja solta, ela tinha pouca maquiagem no rosto, o essencial para destacar sua beleza natural, e uma sandália de salto baixo preta completava o visual.

— Irei alimentar você, Hathaway, será que tem comida o suficiente? – Respondi fingindo preocupação fazendo Rose revirar os olhos.

— Não sei para que tudo isso. – Ela apontou para o vestido e para a mesa. – Somos só nós dois, nada que um moletom e uma pizza não resolva.

— Me deixe aproveitar a chance de cozinhar e pare de reclamar, depois eu que sou o insuportável. – Disse tentando não parecer irritado, mas falhei quando o olhar que recebi dela dizia claramente ‘Mas você é’ – E a propósito, você está linda nesse vestido. – Sorri voltando ao meu humor e me sentando na mesa.

— Você também não está nada mau garoto tocha. – Rose respondeu sorrindo ao se sentar ao meu lado e começar a se servir.

Como eu já imaginava, Rose comeu quase tudo sozinha e ainda conseguiu ter espaço para o mouse de chocolate com maracujá na sobremesa.

— Eu tenho um presente para você. – Ela anunciou quando colocou seu prato na pia e correu para o quarto, voltando logo em seguida com uma caixa em mãos.

Abri sem dizer nada e senti um sorriso enorme estampar meu rosto quando dei de cara com uma estaca de prata.

— Você já está treinado o suficiente para usar uma. – Rose disse com um tom meio profissional, o que ela costumava usar sempre que treinávamos.

— Obrigada Rose, agora os Strigois não serão palhos para nós. – Disse com um sorriso travesso e ela riu.

— Feliz natal Chris. – Me deu um beijo na testa e foi para seu quarto.

A voz do capitão anunciando que pousaríamos ecoou por todo o avião e eu me vi sorrindo pela lembrança. Comecei a balançar Rose com cuidado, até que depois de um bom tempo consegui acorda-la e saímos em direção ao aeroporto de Palm Spring.

Antes que pudéssemos sair para procurar um taxi Jill pulou no colo de Rose a abraçando fortemente e pude ver Rose ficando os olhos marejados só de olha-la. Puxei Jill para mim assim que consegui fazer Rose soltá-la, a abraçando apertado.

— Senti sua falta, pequena. – Eu sorri para ela.

— Eu também, Chris. Você faz falta, não tenho ninguém para me ensinar a lutar aqui. – Ela resmungou.

— Assim você me ofende. – Eddie disse atrás dela.

Rose se jogou em seu colo e eles conversaram rapidamente sobre algo que não ouvi, minha atenção toda focada em Jill e nos seus olhos jades que eu morria de saudade.

Eddie nos guiou até um sedan prata e sentei com ele na frente, enquanto Jill falava sem parar sobre como estava sendo morar ali e Rose murmurava algumas coisas em resposta.

— E como vocês estão? – Ele perguntou cortando a conversa delas.

— Bem. Vivendo entre os humanos também. Passamos a última semana na Corte, vimos Mia. – Respondi simplesmente.

— E ela está bem? Faz tempo que não falo com ela.

— Sim. Noiva e do mesmo jeito de sempre.

— Eu soube do noivado, estou feliz por ela. E você Rose, tem aguentado bem o Christian aqui? – Eddie perguntou brincalhão.

— Nada fácil, mas você sabe nada é impossível para uma Hathaway. – Rose respondeu com o tom jocoso.

— Você deveria agradecer pela vida que tem. – Eu disse fingindo indignação.

Então o carro parou, parando assim a conversa também, e caminhávamos pelo jardim de uma pequena escola humana. Estávamos próximos dos prédios quando uma garota loira se aproximou correndo fazendo Rose parar para falar com ela.

Elas conversavam animadamente, como se fossem muito amigas que não se viam há tempos. Rose começou a pedir desculpas por ter colocado a garota no meio dessa confusão e logo me dei conta que ela deveria ser a Alquimista que tinha ajudado ela na fuga, e meus pensamentos se confirmaram quando percebi a pequena tatuagem dourada em sua bochecha.

— Ah, esse é Christian Ozera. Meu protegido. – Rose me apresentou quando percebeu que Sydney, esse era o seu nome, agora me olhava.

Estendi minha mão para cumprimenta-la, colocando toda minha educação e gentileza raramente usadas em práticas e recebi um olhar orgulhoso de Rose que fez meu coração inflar no peito.

— E Adrian? – Rose perguntou depois que Eddie avisou que nos levaria para os quartos que ficaríamos.

— Deve estar dormindo, você sabe como ele é. – Jill respondeu.

— Sei bem. – Ela riu e vi Sydney fazendo uma pequena careta. De ciúme?

Eddie nos guiou até um corredor cheio de portas.

— Separamos esses quartos para vocês. – Ele apontou para uma porta em frente da outra. – Qualquer coisa me chame, estou no fim do corredor.

— Vou tomar um banho. – Rose me avisou depois de agradecê-lo e entrou no quarto e eu fiz o mesmo.

O quarto era aconchegante, uma grande cama de casal e tudo em tons neutros. Joguei minha mala em cima da cama e me joguei ao lado, relaxando um pouco e me permitindo tirar um pequeno cochilo. Acordei logo depois, ou pelo menos foi isso que me pareceu, e sai para procurar por todos, mas quando estava prestes a bater na porta de Rose, ela sai e tromba com tanta força em mim que quase cai.

Segurei seu braço antes que ela caísse no chão, passando a outra mão pela sua cintura para nos dar equilíbrio enquanto eu estava inclinado contra ela. Nossos rostos quase colados e tive que rir da posição que qualquer filme romântico invejaria.

Comecei levanta-la com cuidado, passando a mão que estava em seu braço até seu queixo, mantendo seu rosto firme, seus olhos nos meus. Aqueles olhos castanhos que brilhavam como faroletes me encaravam com expectativa até que se desfocaram de desejo enquanto eu me aproximava e se fecharam esperando pelos meus lábios.

— Que porra é essa? – A voz de Adrian chegou aos meus ouvidos fazendo Rose se afastar de mim.

Xinguei mentalmente Adrian por ter chegado naquela hora. Não poderia ter esperado uns cinco minutos? Ou quem sabe dez.

— Nada que lhe diga respeito. – Respondi presunçoso.

— Você só pode estar brincando. – Adrian disse balançando a cabeça exasperadamente.

— Adrian. – Rose o chamou dando um passo em sua direção.

— Não precisa, Rose, eu posso ver o que está acontecendo. Mas sério? Sério mesmo? Depois de todo aquele tempo falando que me daria uma chance você está com ele? – Sua voz saiu estrangulada.

— Nós não estamos juntos. – Ela tentou dizer, mas foi interrompida por ele.

— Imaginem se estivessem. Olhe só para as auras de vocês, vocês estão se apaixonando um pelo outro. Ridículo. Vocês são ridículos. – Ele gritou balançando a mão em nossa direção.

Adrian estava alterado, a escuridão do espírito com certeza levando a melhor já que suas emoções não eram lá as melhores. Me coloquei protetoramente em frente da Rose, ele poderia estar sofrendo e os caralhos, mas não tinha o direito de falar assim com ela.

Ele começou acusa-la de estar com o namorado da melhor amiga morta, falando de Lissa como se ela não fosse ninguém, fazendo uma raiva se acender em mim. Depois tocou no nome do Belikov, o que fazia com que Rose se sentisse ainda pior. Adrian estava tão descontrolado que nem percebeu a chegada de Sydney.

Eu não podia aceitar isso, ele se fazendo de vítima, traído e coitado quando estava fazendo Rose ficar naquele estado. Ela tremia ao meu lado e sabia que estava lutando para manter as lágrimas presas nos olhos. Rose não podia ficar assim, mesmo estando estável agora, qualquer coisa poderia fazer com que a escuridão do espírito voltasse e a tomasse de mim.

Eu o segurei pelo braço quando ele ia seguindo Sydney que estava com os olhos cheios de lágrimas e tinha saído correndo depois de entender do que se tratava toda a discussão. O prendi contra a parede, colocando toda a minha raiva para fora.

— É melhor você medir suas palavras antes de insinuar alguma coisa sobre a Rose. – Rosnei. - Você diz que esperou por ela todo esse tempo, mas em momento algum foi atrás dela. Você não sabe por tudo o que ela passou, ou acha só porque a loucura do espírito estava controlada tudo estava bem?

Eu estava mais uma vez virando a noite jogando vídeo game. Sempre que tentava dormir sonhava com os olhos jade de Lissa se fechando para sempre e aquilo se repetia inúmeras vezes em minha mente, até que eu desistia e ia jogar.

— Dimitri. Dimitri. – Ouvi Rose chamando por Dimitri do quarto. Me levantei e fui até ela, sabendo que era apenas mais um sonho, ou melhor, um pesadelo. – Por favor, Dimitri, fique.

Deitei ao seu lado, puxando sua cabeça para meu peito e acariciando seus cabelos até que sua expressão se tornasse serena, acabei dormindo junto, dessa vez sem pesadelos graças a presença dela.

— Você não tem o direito de cobrar nada dela, você não sabe por tudo que nós passamos nesse último ano, você não sabe o que está acontecendo entre nós, então não venha se fazer de vítima enquanto está na cara que tem algo entre você e a Alquimista. – Acusei. - E nunca, nunca mais fale de Lissa nesse tom.

Soltei o aperto contra o se pescoço quando Jill chegou parecendo preocupada, puxei Rose avisando que iríamos embora e quando consegui arrasta-la para o quarto, se desmanchou em lágrimas. Ficamos ali por um tempo, até que ela se recompôs e fomos embora, sendo levados de volta por Eddie que me ameaçou com gentileza para cuidar de Rose. Não que fosse preciso.

Eu estava meio aleatório a tudo que acontecia, fizemos a entrada no hotel e pedi nosso jantar. Mas a única coisa que eu conseguia pensar era no que Adrian havia dito:

‘Olhe só para as auras de vocês, vocês estão se apaixonando um pelo outro. ’

Me deitei com Rose depois de tomar um banho com os pensamentos confusos a respeito disso.

— Você acha que Adrian estava certo, sobre nossas auras? – Perguntei depois de decidirmos nossa próxima parada. - Você acha que estamos nos apaixonando? – Completei quando ela se levantou para me olhar.

— Acho que não. – Respondeu pensativa. - Você acha? – Perguntou depois de um tempo.

Eu estava? Não podia negar que Rose estava mexendo muito comigo. Não só depois dos nossos beijos, mas em todos os momentos que havíamos passado. Eu tinha conseguido me abrir novamente com alguém, algo que só tinha conseguido com Lissa. Eu me sentia bem ao seu lado, sentia vontade de estar sempre em contato com ela, a tocando, abraçando. E sim, eu queria muito estar sempre beijando ela.

Mas isso significava que eu estava apaixonado?

— Não sei. Acho que também não. – Respondi perdido em pensamentos e acabei dormindo no meu conflito mental.


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Notas finais do capítulo

Aiiii Christian, você não engana ninguém! *--*