Harry Potter e o Livro da Ressurreição escrita por FFFelicis


Capítulo 1
Capítulo 1 - Os Potter




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Uma manhã ensolarada com uma leve brisa, muito agradável. Essa era a sensação dos que moravam na casa de número 12 do Largo Grimmauld.


Na casa não se via sujeira, papéis de parede descascando e uma mobília surrada, como era visto durante o período em que a casa ficou sob os cuidados do elfo Kreacher, que fazia questão de mantê-la descuidada para lembrar ao máximo seus amados membros da família Black, os antigos moradores da casa. Muito pelo contrário, aparentava ser uma casa muito aconchegante. E era nessa casa que a família Potter vivia.


Por ser quem destruiu o maior bruxo das trevas anos atrás, era muito surpreendente ver que Harry Potter habitava a mesma casa que pertencia a família de seu padrinho, Sirius Black. Mas era nessa casa que Harry realmente se sentia bem, o número 12 do Largo Grimmauld já fazia parte de suas lembranças.



— Alvo, sabia que você tem de matar um trasgo para passar para o segundo ano em Hogwarts? Muitos alunos não conseguem e acabam sendo esmagados. A direção da escola envia as partes do corpo para os pais como prova — disse James para seu irmão Alvo, enquanto entravam na sala de jantar no início da manhã.


Alvo Severo Potter era o irmão do meio. Seu cabelo bagunçado e olhos verdes eram algumas das notórias semelhanças com o pai. Alvo havia terminado seu primeiro ano em Hogwarts, onde pertencia à casa da Grifinória.


James Sirius Potter era o filho mais velho dos três. Era evidentemente o irmão mais extrovertido. Estava sempre de bom humor e muitas vezes fazendo brincadeiras com os irmãos. James, ao contrário de Alvo, já iria para seu terceiro ano em Hogwarts. Assim como o irmão do meio, pertencia à casa da Grifinória.


A sala de jantar que os garotos adentravam era muito espaçosa. Havia uma mesa retangular no centro cheia de pães e bolos. O clima sombrio transparecido na época de cuidados de Kreacher dava lugar a uma sala viva e iluminada.


Uma mulher com vestes vermelhas, cabelos muito ruivos e pele branca já estava presente na sala. Era Gina Weasley, mãe dos garotos. Estava terminando de dispor todos os alimentos na mesa para o café da manhã. Era impressionante como após todos aqueles anos após o término da chamada "Batalha de Hogwarts", o semblante de Gina fosse exatamente o mesmo.


Além de Gina, uma garotinha estava presente na sala. Lilian Luna Potter era a irmã mais nova dos três irmãos. Lilian tinha incrivelmente a mesma fisionomia de sua mãe.


— James, não conte mentiras a seu irmão — disse rispidamente a mãe dos garotos.


— Estava apenas brincando, mãe — respondeu James descontraído.


— Mas você — dirigindo-se à Lilian — nem te deixariam tentar. Um trasgo iria te esmagar logo no primeiro ano.


— Muito engraçado, bobão — respondeu Lilian debochando.


— Não diga isso, James — disse o pai dos garotos, Harry Potter, ao entrar na sala.


Os mesmo óculos, o mesmo cabelo bagunçado, a mesmo olhar penetrante. Harry não havia tido mudanças físicas notáveis. Parecia até que tinha sido ontem que ele derrotou o maior bruxo das trevas. Estava usando uma capa preta muito espessa, típica dos aurores.


Papai! esbravejou Lilian enquanto seu pai vinha de encontro a eles.


— Minha princesa! Dormiu bem essa noite? — perguntou Harry enquanto pegava a filha no colo.


— Sim, papai — respondeu Lilian.


Harry colocou-a de volta à cadeira e dirigiu-se aos outros dois irmãos. Dando-lhes um leve tapinha nos ombros.


— Pai, vem comer com a gente — disse James ao pai.


— Claro, James — respondeu Harry.


Mas antes de se juntar aos filhos na mesa, Harry foi de encontro à esposa, Gina.


Assim como quando eram adolescentes, Harry deu um beijo molhado em sua esposa, que o recebia com um largo sorriso.


— Eles se comportaram durante a noite? — perguntou Harry à esposa enquanto mantinha os olhos fixos a ela.


— Sim, amor, nenhum problema — respondeu Gina.


Harry e Gina juntaram-se aos filhos na mesa.


— Pai, como foi a noite no Ministério? — indagou Alvo enquanto mordia algo que aparentava ser um delicioso bolo de abóbora.


— Ah, Alvo. Seu tio Rony e eu estávamos espreitando alguns bruxos e lobisomens que talvez tivessem assaltado algumas lojas próximas ao Gringotes. Mark Cossbell pediu para que fizessemos isso junto com outros aurores.


— Por falar nisso, amor, onde está Greyback? — perguntou Gina à Harry enquanto levantava uma xícara branca de café.


— Por incrível que pareça, ele não vêm dando trabalho ao Ministério, faz um tempo que não temos sinal do paradeiro dele — respondeu Harry enquanto dirigia-se para pegar um outro pedaço de uma torta que havia na mesa.


Por ser um auror, Harry muitas vezes era levado de onde estava para o Ministério da Magia ou qualquer outro lugar que fosse necessário. Embora o Lord das Trevas tenham sido morto, pequenos focos de problemas na comunidade mágica eram constantes. Harry passou toda a noite anterior fora de casa.


Harry tinha seu melhor amigo desde a infância, Rony, também auror, como companheiro de trabalho.


— E você, Alvo, pronto para seu segundo ano em Hogwarts? — perguntou Harry ao filho.


— É, pai, só não fui muito bem com as aulas de Transfiguração esse ano. Transfigurar um prego num rato não parece ser fácil — respondeu Alvo, deprimidamente.


— Na minha época foi assim mesmo. Não se preocupe, Alvo. Fique atento às observações da professora Button que vai ser mais fácil do que você pensa — disse Harry encorajando o filho.


Os Potter continuavam a tomar tranquilamente seu café da manhã. Não poderiam imaginar que ao mesmo tempo, do céu ensolarado no Largo Grimmauld descia uma espécie de bola azulada e um tanto transparente que acabou por atravessar a porta do hall de entrada do número 12 do Largo Grimmauld. A luz azulada atravessou outras paredes quando entrou e se estabeleceu na sala de jantar, onde estava Harry e o resto da família tomando o café da manhã.


A primeiro momento, todos olharam assustados para a luz. Harry chegou até a sacar sua varinha e apontá-la para a bola azulada.


Olhando fixamente ainda com a varinha empunhada, Harry pôde perceber que o objeto era um patrono e acabou por baixar sua varinha. E que o mesmo pertencia a Kingsley Shacklebolt, o Ministro da Magia, pois o patrono se desfez em forma de um lince.


Do patrono ecoou uma voz que percorreu a sala, com uma mensagem enfática de Kingsley, dizendo:


"Potter, o ministério precisa urgentemente da presença de todos os aurores, sem exceções, no segundo andar do Ministério da Magia na seção do Quartel dos Aurores. Urgentemente, repito."


Após transmitir a mensagem, o lince se desfez no ar. Tanto Gina quanto os filhos ficaram um tanto surpresos, e começaram a fitar Harry.


Harry não havia recebido mensagens desse tipo, característico da Ordem da Fênix, desde o período de ascensão de Voldemort.


— Mas o que será que eles querem? — Perguntou Lilian.


Mesmo sem perguntarem ao pai, James e Alvo indagavam-se sobre o motivo dessa tal mensagem urgente de Kingsley.


— Eu realmente não sei. Mas como é urgente, tenho de ir — disse Harry.


Mas o que seria? Voldemort estava morto. Mas não haveria mensagens que usassem patronos se realmente não fosse importante.


Gina afastou-se das crianças e chegou mais perto de Harry, dizendo-lhe:


— Tenha cuidado.


Gina deu um beijo em Harry, que fitou-a.


— Não se preocupe, eu vou ficar bem. Cuide das crianças — respondeu Harry.


— Vou ficar de olho nelas — disse Gina.


Mesmo não querendo estar indo para o Ministério da Magia, por conta de sua mulher e filhos, Harry tentou manter o foco.


— Crianças, eu tenho que ir — disse Harry, agora dirigindo-se aos filhos.


— Se cuida, pai — disse Alvo à Harry enquanto lhe dava um abraço.

— Não se preocupe, eu mantenho a ordem aqui — disse James rindo para o pai.

— Obedeça sua mãe, ela que manda aqui — Harry respondeu sorrindo à James.


— E você, princesa, também obedeça a mamãe. — disse Harry para Lilian enquanto a abraçava.

Harry dirigiu-se ao hall da casa, olhou para todos eles, abriu a porta de entrada e desaparatou.


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