Apparent Killer. escrita por SevenSeasTreasure


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! Espero que apreciem o último capítulo de minha história. Vejo vocês nas notas finais. :D



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Ninguém ousou demonstrar algo.

O que aquilo significava? Por que diabos um psicopata mataria quase todos os alunos do Ensino Médio de uma escola, para juntar alguns poucos sobreviventes, e dizer que “eles estão salvos”? Isso não fez sentido para nenhum dos doze adolescentes ali presentes.


— O que quer dizer com isso? — uma garota oriental do primeiro ano perguntou, com a voz fraca e hesitante.

— Exatamente o que você ouviu, srta. Kobayashi. — Gabe continuou a falar, andando de um lado para o outro, como se procurasse algo. — Eu vou dar uma chance a vocês. Ah, não tentem mentir. Eu vou saber se estiverem tentando me enganar.

— Só pra avisar, não somos psicólogos que entendem o que você pensa. — um garoto alto chamado Kevin perguntou de forma ousada. — Seja mais claro.


Gabe chutou um cadáver para o lado, e pegou um grande pedaço de madeira que estava no chão. Lentamente, ele voltou a ficar exatamente na frente dos alunos.


— Vocês são doze. Um número maior do que eu esperava, devo confessar. Talvez ainda haja esperança para esse mundo. — Gabe apoiou uma ponta da madeira no chão, e o braço na outra ponta. — Vou explicar. Eu recebi a ficha detalhada de cada um de vocês. Sei as matérias em que vocês são ruins, e sei as que são bons. Sei o endereço de cada um. Observei-os pessoalmente algumas vezes. Levou tempo. Estou preparando o terreno há uns bons vinte e quatro meses. Hackeei os computadores e celulares de cada um. Posso simplificar dizendo que vocês não têm privacidade alguma desde que resolvi persegui-los. Mas não se preocupem, está tudo aqui. — Gabe sorriu, dando uma batidinha na lateral da cabeça com a ponta do indicador. — E daqui não sai. Prometo.

— Com que direito e motivo você fez isso? — uma menina do primeiro ano perguntou, em estado de pânico.

— Acho que não é preciso dizer isso, mas — Rose começou a falar, um pouco mais calma que os outros — qualquer um que faça isso, viola uma boa centena de leis, e tudo o mais.

— Eu sei disso. — Gabe estava sorrindo — Não é divertido?

— Não, não é. Prossiga, por favor. — ela revirou os olhos.

— Certamente, senhorita. — o ruivo tossiu falsamente — O ponto é que vocês sobreviveram porque eu os escolhi. E vou explicar por quê. — Gabe desapoiou-se do pedaço de madeira, começando a passar a ponta dele pelo chão, desenhando alguma coisa. — Como os senhores bem sabem, eu venho assassinando várias pessoas há algum tempo. E eu sei que vocês já leram sobre mim naquele blog muito inteligente chamado Sociedade Cega. Não neguem, eu sei que vocês o acessam regularmente. Enfim, aquele texto que postaram sobre mim estava certo. Mas não é um simples texto de alguns parágrafos que vai demonstrar tudo o que eu penso. Eu estou cansado de pessoas alienadas e hipócritas que parecem robôs. Estou cansado de gente que não pensa, que não é capaz de pensar no que há além do que a mídia mostra. Estou cansado de gente que não procura construir uma opinião própria, e ainda se acha no direito de reclamar de alguma coisa. Gente que não faz nada pra mudar. Gente que não tem um mínimo de respeito por pessoas “diferentes”. Desde que eu era criança penso que estou cercado de pessoas burras que se deixam levar pela maioria. Estou farto de pessoas que não percebem que as coisas grandes começam com pequenas atitudes. Estou farto de jovens que só pensam em sexo, em arranjarem um namorado ou uma namorada. — conforme ele falava, o ódio em sua voz ia aumentando. — Gente que não questiona. Simplesmente aceitam. E desprezam as pessoas que pensam diferente. E isso vai desde gosto musical e literário, até opiniões sobre política e psicopatia.

Gabe parou de falar. Ele estava pronto para ouvir os doze jovens se revoltando contra ele, como sempre acontecia quando ele tentava falar com alguém. Bem, pelo menos ele tinha tentado. Podia ter feito as coisas do jeito errado, mas tinha tentado.

Mas não foi isso que aconteceu.

— Está certo. — disse Naomi Kobayashi, a garota oriental do primeiro ano. E ela soava sincera. E se levantou. — Agora eu entendo o porquê disso tudo.

— Você quer tentar mudar o mundo, não quer, Gabe? — Gregory Philip, um garoto moreno do primeiro ano também começou a falar. — E por isso nos investigou. Estava procurando pessoas pra ajudar.

Gabe não respondeu. Apenas continuou observando e ouvindo. Todos os jovens levantaram-se. Eles não pareciam mais ter medo.

— Eu não concordo com a maneira com que as coisas foram feitas, mas concordo plenamente com a sua opinião. — Stacy Shannon, uma garota do segundo ano deu um passo para frente, na direção de Gabe. — E eu vou ajudar, mas do meu jeito.

Todos os alunos concordaram. Alguns iriam agir futuramente, outros iriam começar desde já. Mas todos os doze jovens iriam colaborar entre si para mudar a sociedade, nem que seja um pouco.

E, depois de tanto tempo, Gabe Hillen finalmente estava feliz.

— Então mudem o mundo. Estou confiando em vocês.



Lily afastou-se da janela.

— Parece que alguns escaparam. — ela disse, olhando para Trisha e Lucas. — Doze pessoas.

— Sim, eu conheço todos eles. — Trisha ajeitou os óculos, usando um tom de voz que demonstrava leve orgulho. — Eu ajudei Gabe a escolhê-los.

— Como assim? — perguntou Lucas.

— Ele me pediu para observar os alunos do Ensino Médio, para ver se tinha alguém qualificado para sobreviver. E foi isso que eu fiz. — ela sorriu, sem graça. — Parece que deu certo.

— Como eles foram escolhidos? — Lily perguntou.

— Principalmente pelo jeito como agiam e tratavam as pessoas... — Trisha respondeu. Ela planejava acrescentar mais alguma coisa, mas foi interrompida,

— Para serem aprovados por você e por aquele demônio, com certeza também são loucos. — a voz de Amy estava fraca e carregada de ódio. — Ainda não entendi o porquê de eu estar aqui. — ela olhou diretamente para Trisha, transbordando de raiva.

— Porque o Gabe pediu. E se ele pediu, é importante. Agora cala a boca e espera. — Trisha se segurava para não dar um soco em Amy, que se calou novamente.



— Esse é o caminho que vocês seguirão. — Gabe começou a dar as devidas instruções para os sobreviventes, usando como modelo o mapa que havia desenhado no chão. — Sigam essa trilha pela floresta. A trilha é bem clara, não tem perigo de se perder. Mas não saiam dela de jeito nenhum. Alguém aqui é bom com armas?

— Eu sei me virar. — Kevin, o garoto do terceiro ano se manifestou.

— Certo. — Gabe tirou uma pistola do cinto, segurou-a pelo cano e a entregou para Kevin. — Qualquer coisa, usa isso. Não tem animais perigosos na floresta, mas nunca é boa ideia andar desarmado no meio do mato. — o ruivo ainda tirou uma faca razoavelmente grande do cinto, e a ergueu um pouco. — Essa é “A Faca”. É uma das melhores que eu tenho. Quem se habilita?

— Eu. — Suzanne, a garota loira do primeiro ano, deu um passo a frente e segurou o cabo da faca. Gabe parecia orgulhoso.

— Ok... Essa trilha é um atalho. Peguem comida e água no refeitório antes de irem. O caminho é longo, mas nada impossível. Quando chegarem ao fim da trilha, vão estar em uma parte bem deserta da cidade. Se livrem da pistola e da faca, e procurem ajuda, como se milagrosamente tivessem escapado daqui. E boa sorte. Quando eu terminar aqui, vou embora, mas sempre vou vigiar vocês à distância. Agora vão. — Gabe deu uma última olhada para eles. Todos os doze ajeitaram-se e seguiram o seu caminho.

Gabe virou as costas e pôs as mãos nos bolsos. E foi em direção à sua última missão da noite. Gabe Hillen foi reencontrar a sua filha.



Nicholas tinha acabado de sair da floresta. Se olhasse para trás, ainda conseguia ver o acampamento, mas com certeza ninguém iria vê-lo. Ele tinha escapado. Um psicopata assassinou todo o Ensino Médio de uma escola, e Nicholas era praticamente o único que conseguiu escapar. O único que poderia contar a história para quem quer que fosse. O único...

Porém, uma faca cravada nas suas costas perfurou seu coração.

Jenny realmente fez bem em ir até ali.


A porta do chalé foi aberta. Imediatamente, Lily, Trisha, Lucas e Amy ficaram atentos, e assistiram a figura alta e esguia de Gabe Hillen surgir.

— Como está a situação aqui? — o ruivo perguntou.

— Tudo como você pediu. — Trisha acenou com a cabeça para Amy.

Gabe deu uma olhada em Amy. A garota estava acabada. Ela tinha se debatido e protestado muito, isso era evidente. Suas roupas estavam completamente bagunçadas, tanto que a camisola havia subido até a sua cintura. O cabelo estava emaranhado, a pele suada, e os pulsos machucados por causa das cordas. Nada além do esperado.

— Ah, certo. — Gabe se aproximou de Amy, sentando-se na ponta da cama.

Amy olhou diretamente para o rosto de Gabe, encarando-o. Ele era um pouco diferente da foto que a mídia exibia nos jornais e programas de TV. Seu rosto, quando tomado por uma expressão diferente da foto, poderia ser considerado muito bonito. Os cabelos ruivos, agora mais compridos, caíam muito bem sobre a testa. Os cantos dos lábios finos estavam levemente curvados em um mínimo sorriso, e os olhos verdes tinham uma cor mais viva.

Aqueles olhos... Amy já tinha visto aqueles olhos em algum lugar.

— Não é nada pessoal. — Gabe começou a falar. Amy nunca havia ouvido a voz de Gabe tão calma assim. E era melhor do que ela imaginava. — Sabe, por mim você já tinha morrido lá fora, logo depois do seu namorado, junto com todo mundo. Mas não, estou deixando você viver mais um pouco para ter o privilégio de poder olhar para mim, falar comigo e até ser torturada por mim. Não é legal?

Amy não respondeu de imediato. Engoliu em seco, olhando para o ruivo, sem conseguir esconder o fato de que estava com medo.

— E por que não me deixou morrer lá fora? — a garota perguntou, com a voz rouca.

— Ah, você sabe. Foi um pedido pessoal da minha filha. — Gabe sorriu. Havia algo naquele sorriso... algo era familiar.

E de repente Amy Hughes sentiu como se jogassem um balde d’água sobre sua cabeça. Gabe tinha uma filha. E com o pouco de sanidade que ainda lhe restava, ela conseguiu ligar os pontos. Os olhos verdes. O sorriso que ninguém conseguia dizer se era sincero, provocativo ou forçado, mas que ao mesmo tempo era bonito. Com a afirmação que Gabe acabara de fazer, era óbvio que a filha dele conhecia Amy...

— Quando ela me pediu isso, confesso que fiquei um pouco surpreso. — Gabe coçou a bochecha. — Mas, sabe como é, sou um pai muito sentimental. E por que ela me pediu para te dar um tratamento especial? Por causa daquele garoto chamado Joshua. Sabe, se não fosse você atrapalhando a vida dele, com certeza aquele menino ia ser de grande utilidade para os meus planos. Ele tinha potencial. Mas o “amor” deixa as pessoas cegas, não? É uma pena. — ele suspirou, e olhou para os outros três que estavam ali. — Por que não esperam lá fora, ou em outro chalé? Podem tomar um banho, trocar de roupa, juntar as coisas de vocês... ou dormir, sei lá. Já é meio tarde. Falo com vocês daqui a umas horas.

— Não tem perigo? — Lucas perguntou. — Sabe, de a polícia chegar...

— Não, nenhum. — o ruivo respondeu. — Ela pode achar que eu não sei disso, mas minha namorada deu um jeito de vir pra cá. Ela vai cuidar de quem tentar fugir. Não tem ninguém pra avisar a polícia.

— Bem pensado. — o garoto respondeu. Lily e Trisha juntaram as suas coisas, que não estavam tão espalhadas assim, e os três saíram do chalé.

Gabe olhou para Amy, e seu sorriso desapareceu. Levantou-se e trancou a porta, encontrando-se sozinho com a garota. Jogou a corda que ainda estava enrolada em seu corpo no chão – não havia precisado dela, afinal. Mas não importa. Quando Amy olhou novamente para o rosto de Gabe, ela sabia o que estava por vir.

Gabe Hillen assumiu a expressão que usava quando torturava alguém.


Winter Camp, algumas horas depois.

Às seis da manhã, Gabe Hillen estava sentado em uma das mesas do refeitório. Como previsto, nenhum sinal da polícia. Quanto aos doze adolescentes que salvara, não havia perigo de virem até o Winter Camp depois de falarem com eles. Gabe não os escolheu a toa. Ele sabia que os jovens seriam espertos o suficiente para aparecerem na cidade só no fim do dia. Com certeza a maioria das pessoas acharia muito mal-explicada a história de doze alunos sobreviventes que chegaram à cidade tão rápido, como se já conhecessem o caminho.

Jenny estava ao seu lado, observando Gabe dar uns goles em uma xícara de café. Ele havia tomado um banho em algum chalé aleatório e se trocado, usando a pequena muda de roupas que trouxera. Gabe parecia cansado. E realmente estava.


— Saiu tudo como planejado? — Jenny perguntou, olhando para o rosto dele.

— Sim, não aconteceu nada imprevisto. E ainda consegui mais três pessoas para me ajudarem. — Gabe forçou um sorriso leve. Ele realmente estava cansado. — Depois de tudo, eu vou embora dessa cidade.

— Eu posso ir junto? — Jenny murmurou. Ela sabia a resposta. Mas, mesmo assim...

— Acho melhor não, Jenny. — Gabe fitou a xícara de café. — Você ainda pode ter uma boa vida. Achar alguém melhor que eu, e tudo o mais.

— Mas eu amo você.

Gabe imediatamente olhou para ela. Ele não parecia bravo, muito menos irritado. Se Jenny prestasse atenção, ele até parecia feliz.

— É por isso que não posso te levar junto. Você nunca vai conseguir ser feliz comigo. — ele acariciou o rosto dela levemente — Eu me importo com você.

— Tá certo. — Jenny forçou um sorriso leve. Sentia seu coração apertado, porém, aquecido. Um “eu me importo” era o mais próximo que Gabe conseguia chegar de um “eu te amo”. E ela estava feliz por isso.

— Prometo que não vou esquecer você. — Gabe lhe deu um beijo na testa, e se levantou. — Se cuida.

Jenny assentiu, e se levantou também. No último momento, ela ficou na ponta dos pés, e deu um selinho razoavelmente demorado em Gabe. E, depois disso, foi embora.


Gabe estralou as costas. Não olhou mais para Jenny. Foi em direção ao chalé que na noite anterior pertencia a Lucas, Nicholas e Joshua, mas que agora abrigava Trisha, Lily e Lucas. Ele se aproximou e abriu a porta, olhando o interior do ambiente.

As três camas estavam ocupadas. Os três estavam dormindo. Usavam roupas casuais, como se a qualquer momento precisassem pular da cama e ir viajar. Roupas usadas estavam jogadas pelo chão, como um sinal de que eles haviam tomado banho na noite passada, antes de dormir. Gabe riu, e se aproximou da cama em que Lucas dormia, rapidamente o derrubando no chão.


— QUE QUE É ISSO?! — Lucas soltou um grito, subitamente acordando Trisha e Lily também. — Ah, é você. — os três se levantaram, espreguiçando-se.

— Que delicadeza. — Lily resmungou, coçando os olhos.

Gabe olhou para Lily atentamente. Ela estava com os cabelos bagunçados, e a roupa também estava levemente fora de ordem. Seus movimentos graciosos traziam boas lembranças para Gabe. Lily era realmente muito parecida com a mãe. O mesmo corpo, o mesmo rosto, o mesmo carisma, o mesmo encanto. Do pai, Lily só havia herdado os olhos e o sorriso. E talvez parte da personalidade. Gabe lembrou-se da época em que ele e Ariane, a mãe de Lily, namoraram. Era um tempo feliz. Porém, é claro que não deu certo. Se o atual marido de Ariane não tivesse aparecido, talvez Gabe estaria agora casado com Ariane, com uma família de verdade... e talvez o ruivo não teria violentado Ariane na noite de 15 de janeiro de 1994. Mas, se isso não tivesse acontecido, Lily não teria nascido nove meses depois. E muita coisa seria diferente.

Mas essa vida que Gabe poderia ter tido não seria nem te longe tão divertida quanto a que tem agora. E além de tudo, era confortante saber que a sua filha tinha interesses parecidos com os dele. Tanto que ela escreveu cartas para ele. Gabe, no fundo, sabia que Lily tinha uma habilidade incrível para localizar pessoas. Era uma stalker nata. Talvez isso tivesse a ver com o DNA. Gabe prometeu à Jenny que mataria “a garota das cartas” assim que a encontrasse. Mas, ela que o desculpasse, isso não seria possível.

Lily olhou para Gabe.

— O que você tá olhando? — ela perguntou, com uma expressão confusa.

— Nada não. — Gabe desviou o olhar, e deu um passo para trás, de forma que pudesse olhar para os três. — Então, tenho uma proposta para vocês.

— O que é? — Trisha se apressou em perguntar.

— Bem... acho que seria meio chato eu simplesmente deixar vocês irem embora. Principalmente depois de me ajudarem tanto. Claro que vou entender se vocês disserem “não”, mas... gostariam de me acompanhar? — Gabe falou cuidadosamente.

— Você quer dizer, te acompanhar nos lugares que você vai? Nos crimes que você comete? — Trisha estava claramente interessada.

— Tipo, morar com você? — Lucas também parecia interessado, mas lançava um olhar meio estranho para Gabe. Como se estivesse apaixonado.

— Não sei vocês, mas eu aceito. — Lily rapidamente respondeu, sorrindo. — Não tô nem um pouco a fim de continuar no mesmo tédio de sempre. — a pequena juntou as suas coisas, e logo se aproximou de Gabe.

— É claro que eu também vou. — Trisha falou como se fosse o Capitão Obvious. Juntou as suas coisas, e se aproximou também. Lucas seguiu o exemplo das duas, apenas soltando uma risada.

— Beleza. Vamos direto pra fora da cidade. Lá nós vemos o que vamos fazer. — Gabe começou a andar, seguido dos três adolescentes.


Na próxima cidade, iria mudar de nome. Aproveitaria que estava acompanhado, e poderia até pensar em juntar um grupo de pessoas com ideais parecidos com os dele. Agora que conhecia a sensação, Gabe Hillen nunca pararia de tentar mudar o mundo.


***


No dia 1º de março de 2010, uma reportagem foi publicada no principal jornal da cidade de Toronto. A reportagem informava aos cidadãos o que havia acontecido no Winter Camp. A reação da população foi mais do que previsível. Quase cem por cento dos cidadãos acharam horrível tudo o que aconteceu, e toda essa coisa de sempre. A reportagem dizia que Gabe Hillen ainda era foragido, mas a polícia estava se empenhando em procurá-lo. Ele foi acusado de assassinar uma boa quantia de alunos do Ensino Médio de uma escola de Toronto. Apenas doze alunos voltaram vivos e sem nenhum machucado grave. Os alunos Gregory Philip, Suzanne Clark, Richard Jones, Rose Taylor, Michel Williams, Carolyn Hernandez, Kristen Gulliver, Kevin Johnson, Stacy Shannon, Thresh Thompson e os irmãos Naomi e Akira Kobayashi voltaram para a cidade quase vinte e quatro horas depois do início do massacre, sem nenhum ferimento grave.

Os cadáveres que estavam espalhados pelo Winter Camp foram todos identificados. Três alunos estão desaparecidos. Não foram encontrados entre os mortos, muito menos vieram junto com os sobreviventes. São eles: Lily Collins, Lucas Parker e Trisha Aundrey. O jornal publicou a ficha completa de cada um.


Enquanto isso, em uma cidade um pouco longe de Toronto, um grupo de criminosos ainda não identificados começava a agir...



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Notas finais do capítulo

Bem... essa é a primeira história em anos que eu termino. Essa é, na verdade, uma segunda tentativa de escrevê-la. Mas foi. Espero que esse capítulo tenha saído como planejado, sem nenhuma inconveniência. Eu realmente não quero ter que editá-lo mais.
Enfim, agradeço a todos que acompanharam minha história até o fim. Agradeço pela paciência, empolgação e carinho com que trataram Apparent Killer. Realmente espero que essa não seja a última vez que posto algo aqui no Nyah. :D
See ya!



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