Estranho Encontro escrita por Isabella Cullen


Capítulo 9
Capítulo 9 Eterno


Notas iniciais do capítulo

Gente mais um cap dessa fic que me emociona! Queria dizer para todas as leitoras que agradeço aos comentários e também pela sinceridade de vocês. É complicado perder um filho eu emsma sei disse e também chorei quando escrevi o cap porque sabia como a Bella estava s sentindo. Mas a vida continua pessoas lindas e queria muito que continuassem a abrir seus corações para essa fic!
bEIJINHOS MEUS LINDOS!



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“Se eu pudesse por um dia 
Esse amor, essa alegria 
Eu te juro, te daria 
Se pudesse esse amor todo dia 
Chega perto, vem sem medo 
Chega mais meu coração 
Vem ouvir esse segredo 
Escondido num choro canção 
Se soubesses como eu gosto 
Do teu cheiro, teu jeito de flor 
Não negavas um beijinho 
A quem anda perdido de amor 
Chora flauta, chora pinho 
Choro eu o teu cantor 
Chora manso, bem baixinho 
                                                   Nesse choro falando de amor”   Tom Jobim – Falando de amor

Ela acordou e saiu da cama em que estava deitada com Charlotte. Não vi e nem ouvi mais nada. Olhei Charlotte por alguns segundos e depois fui descer. Queria vê-la... Procurei pela casa e só então percebi como era grande e linda. Será que ela venderia? Ouvi risos da cozinha e fui para lá, não tinha entrado ali antes e me surpreendi com o tamanho dela, era toda branca e cinza, tinha uma grande bancada no meio de mármore e Bella estava descalça rindo com Marta e fazendo algo no fogão.

- Eu lembro... Marta Charlotte não faz isso também?

- Faz e só bastou cinco minutos com ela para ver isso. Ela é linda Bella.

Elas perceberam minha presença e Marta se ajeitou.

- Bom dia Sr. Cullen.

- Edward por favor.

- Dormiu bem? – Bella perguntou.

- Sim... – lembrei da dor nas costas.

- Imaginei. – disse ela divertida.

- Vou ver se Charlotte já acordou e tomem café com calma sim?

Marta saiu da cozinha e Bella sorriu.

- Estamos mais calmos hoje? – disse indo para uma mesa de vidro no canto da cozinha.

- Dormi bem. Gosta de panquecas?

- Sim.

- Estou fazendo para um batalhão. Cozinhar é uma paixão secreta.

- Secreta? – sorri.

- Bom... não tinha tempo e nem muita vontade nesses dias. Mas quando cheguei aqui hoje de manhã me deu vontade.

- Que bom. Amo panquecas e Charlotte deve comer também, não se preocupe, ela ama tudo que faz.

- É verdade.

E ela nos serviu um café farto  comemos rindo das histórias dela de faculdade, Bella era uma menina muito divertida e alegre mesmo. Invadiram a reitoria várias vezes, foram a muitos shows e ela quase foi expulsa da escola quando tinha doze anos. Falei que sempre fui muito certinho e ela riu dizendo que eu tinha cara mesmo. Não percebi a hora passar, Charlotte se juntou a nós e Marta cuidou de seu café. Tinham coisas de criança na casa e percebi que Bella não se abalou tanto em vê-las, ela estava melhor, ainda triste. Mas melhor.

- Não quero estragar seu dia, mas precisamos ir no banco.

Ela olhou para a casa da árvore em que Charlotte estava brincando lindamente e respirou fundo.

- Também acho. Marta pode ficar com Charlotte.

- ótimo.

- Vamos agora? Se pensar muito desisto.

- Claro, pegue seus documentos e a...o..

- óbito já sei.

Ela se levantou e saiu. Bella voltou alguns minutos depois com os cabelos presos, um calça jeans e uma blusa fechada. Formal, os saltos davam uma elegância sem igual e fiquei me perguntando como ela deveria ser casada e com Brian. Eu vi seus carros na garagem, dois eram de uso pessoal. E tinha um que era a cara dela, um novo fusca vermelho. Algo que deveria para um fim de semana em família.

- Vamos no seu carro sim?

- Sim.

Ela não estava pronta para usar nada ainda. Imaginei o dilema com as roupas.

- Preciso passar numa loja e comprar roupas para Nessie, me ajuda. Nunca fiz isso.

- Claro. – ela sorriu.

A viagem foi silenciosa e Bella segurava a pasta com os documentos as vezes suspirando, as vezes triste... variava. Ela me deu o endereço e chegamos rápido. O gerente assim que nos viu se levantou e veio a nosso encontro, ele conhecia Bella.

- Sra. Martin.

Não conhecia o nome de Bella de casada.

- Bom dia Sr. Brown. Esse é Edward Cullen e ele está me ajudando nesse processo.

- Bom saber que não veio sozinha. Vamos até minha sala.

E ele nos guiou até sua sala que ficava no fundo do banco. Todos não disfarçaram a surpresa de vê-la ali comigo. Sentamos na sala e tomei as rédeas.

- Soube que Bella tem contas bloqueadas e uma conta conjunta. Precisamos resolver isso.

- A conta conjunta é a mais tranqüila. Os documentos Sra. Martin, por favor.

Bella mexeu nas patas e ele chamou a secretária, ela os levou.

- Ela vai resolver isso rapidamente. Agora as contas bloqueadas, ela tem uma senha de acesso e para abrir elas a senhora precisa digitar a senha no cofre.

Bella pareceu confusa e pensou um pouco.

- Não sei disso... posso acessar de outro jeito.

- O seu falecido marido falou e deixou bem claro que você saberia a senha. Ele mesmo fez questão de fazer isso desse jeito.

- Bella... – queria ajudar, mas como? Eu via na sua expressão que ela não fazia a menor idéia. Vamos mudar de assunto. Isso pode esperar. – Bella tem algum cofre aqui?

- Sim. A senhora trouxe sua chave?

- Sim, ela tirou um cordão com uma pequena chave.

- Bella quer olhar? – perguntei.

- Sim.

E ele nos levou para uma sala do outro lado do prédio e numa sala com várias gavetas e Bella se direcionou na que ela sabia que era dela. Ela respirou fundo novamente e abriu com o gerente.

- Vou dar privacidade. Toquem a campinha quando acabarem. – ele apontou para um botão e saiu.

- O que tem aí? – disse me aproximando.

- Minhas jóias e alguns presentes pessoais.

Ela abriu a caixa e vi as jóias. Lindas. Cartier, Tiffany.. tudo muito caro e de ótimo gosto. Bella pegou um cordão fino de outro. Ele tinha um coração de prata. O mais bonito e menos valioso com certeza.

- Quando ele te deu?

- No dia em que Brian nasceu. Está aqui. – ela mostrou por trás do coração. – ETERNO. Essa é a senha. – ela sorriu.

- Como sabe?

- Ele me deu e disse que quando precisasse era só pegar o coração dele que tudo se resolveria. Não entendi na época, mas faz sentido hoje.

- Ele deve ter feito no dia em Brian nasceu, ele era um homem único. O admiro por isso.

- Ele foi um grande homem Edward, mas você também é.

Ela disse isso e tocou a campainha. Fechou o cofre e guardou tudo menos o coração. O que ela queria dizer com aquilo? Meu Deus! Era para mim fazer o que depois daquilo? O gerente nos guiou até outra sala, Bella digitou a senha e as contas foram desbloqueadas. Passamos horas resolvendo como lidar com aquele dinheiro e resolvemos por transformar tudo num única conta e o cartão de Bella com seu nome de solteira chegou assim que terminamos todos os procedimentos. Ela deixou a senha e colocou o cordão. Estávamos mentalmente e emocionalmente esgotados e queria tirar aquele clima fúnebre que se  instalou depois que ela viu as recordações, mesmo bem melhor ela ainda ficou abatida. E o cordão parecia tão leve e lindo no seu colo. Admirei Bella enquanto ela ia para o carro, mulher forte, bonita e determinada. Bella era uma mulher espetacular e tínhamos  algo em comum, a dor.

- Charlotte. – o que foi que eu perdi? Tínhamos ela também em comum.

- O que foi Edward? – ela perguntou se ajeitando no carro. – Está preocupado? Marta mandou mensagens... ela está bem.

- Não... é que pensei alto demais.

- As roupas... isso mesmo! Vamos? Preciso de futilidades agora. – ela sorriu e acompanhei.

Bella se divertiu escolhendo roupas para ela, não compramos o shopping como Alice faria, mas ela sabia os gosto de Charlotte e sempre me dava dicas. Não tinha muito mais a fazer e fomos andando lentamente para o estacionamento.

- Edward, vamos no cinema? – gelei. Ela queria sair comigo? Bella estava se abrindo ou era só uma reação aos dias que passamos juntos?

- Hum... tem certeza?

- Olha, memórias são muito desgastantes. Preciso de um momento real, aqui e agora. Podamos?

- Claro!

E como um adolescente feliz, coloquei as coisas no carro e voltamos. Descobri que ela adorava filmes de ação e detestava melodrama, ela gostava de comédia inteligente e eu me abri falando que não ia no cinema a anos. Tânia não gostava. Nessa hora ela disse riu dizendo que eu precisava me abrir para o mundo e vimos um filme 3D, morremos de rir com os efeitos e saímos mais leves e tranqüilos. A companhia dela era agradável.

- Amanhã quero levar Charlotte num parque. Podemos?

- Ela não está acostumada a lidar com crianças Bella.

- Então, por isso mesmo.

Ela sabia o que estava fazendo e eu precisava confiar. Chegamos na entrada da casa e vimos o portão que tinha a voz de Michael para cumprimentá-la.

- Bella, Brian também tinha alguma recepção?

Ela sorriu.

- Bata palmas Edward.

E fiz o que ela pediu.

- BEM-VINDO FILHO QUERIDO!

E rimos, o portão não abriu, mas era divertido pensar neles ouvindo suas vozes quando entrassem.

- Isabella. – ela falou e mais uma vez Michael a cumprimentou. Ela sorriu e voltou para o carro. Olhei ela sondando alguma tristeza.

- Estou bem. Posso lidar com isso agora.

Entramos coma s bolsas e rindo de uma piada que Bella estava empolgada contando, ela era péssima nisso. E ela parou quando chegou na sala.

- Jacob?

E vi a figura musculosa, de cabelos pretos e um pouco moreno em pé em frente a lareira. Ele cerrou os punhos quando me viu e Bella se virou para mim.

- Eu lido com isso Edward, ele é problema meu.


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Notas finais do capítulo

Para quem não conhece a musica é muito bonita vale a pena ter na playlist! e SIM, ELA É VELHA PARA CACETE!KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Beijos leitores lindos