Spectres In The Fog escrita por Aislinn Adler
Era um salão amplo, com altas abóbadas no teto e as paredes brancas de mármore ricamente esculpidas em pedra. Guardas nas laterais da entrada erguiam-se imponentes em seus uniformes preto e prata, onde se desenhava a altiva Árvore Branca de Gondor, circundada por um céu de estrelas cintilantes.
Homens conversavam animadamente na grande sala, bebendo seus vinhos e discutindo seus argumentos, porém silenciaram quando ouviram nossos passos a adentrar o cômodo. O regente e seu filho ergueram-se para cumprimentar-nos, e lhes retribuímos com um mesura cortês e respeitosa.
- É um prazer tê-las aqui, minhas jovens – Ecthelion disse, quebrando o silêncio que se adensava. O regente, apesar da fama de pulso firme, mostrava-se um velho afável e bonachão – Angelimir fala-nos muito sobre as duas, temo que as tenha mimado demais em infância com tamanho zelo. Juntarão-se a nós para jantar, sim?
- Claro, senhor regente. Será uma alegria imensa. – Ivriniel dissera, ao sorrir e mesurar novamente.
- Acredito que ainda não tenham sido apresentados aos nossos demais convidados – continuou o regente, colocando a mão sobre o braço de minha irmã como se fosse a própria filha. – Ao lado de seu Imrahil, reservamos um lugar para as duas, e defronte às vossas altezas estão Rei Théoden de Rohan e sua esposa, e seus marechais, os guardiões da Terra dos Cavalos. Nunca conheci cavaleiros tão bravos e habilidosos como os da tua cavalaria, Théoden, e nem tão valorosos como os teus. Deve-se...
Não pude mais ouvir o que falava Ecthelion, pois subitamente meus sentidos ficaram nebulosos e senti-me aturdida, como se atingida por algo inesperado, senti meus joelhos afrouxarem, e segurei a mão de Ivriniel para certificar-me que não atingiria o chão.
Eu o reencontrara, e sentar-me-ia à mesa com ele, jantaríamos. Não era um vassalo, afinal, como dissera minha irmã. Sentava-se ao lado da rainha, um lugar de ênfase, para um guerreiro de valor.
Fui tirada deste sonho pela voz familiar de Imrahil, convidando-me a sentar. Encontrei sua mão no braço da cadeira, toquei-a sem dizer uma palavra, mas lhe sorri, e sorri a todos os presentes para demonstrar minha satisfação em desfrutar de suas companhias. Era o melhor a fazer – fingir que nada nunca acontecera. Embora eu tivesse o olhar atento de Ivriniel para lembrar-me do contrário.
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