Charles

Aos poucos Hazel foi acordando, abrindo os olhos e finalmente ela se sentou.
Hazel olhou para nos com certa surpresa, ela levou a mão na testa, como se estivesse com uma grande dor de cabeça.
– Ai - Ela resmungou.
– O que aconteceu Hazel? - Nico perguntou ajoelhando ao lado dela.

(N/A: woont :3)

– Hmm, eu enfrentei a Quimera, controlei o ouro, na coleira dela, para enforca-la. Mas depois eu fiquei tão cansada e ficou tudo escuro... - Ela disse, ainda com a mão na cabeça.
– Consegue levantar? Precisamos ir a Dean St. - Annabeth falou, estendendo a mão para Hazel.
Ela levantou e cambaleou para frente.
– Estou bem, estou bem... - Ela disse
– Só temos 3 dias para resgatar Silena, precisamos de um carro! - Eu disse.
– Podemos ter um um, mas depende, você e Julie conseguiriam consertar-lo? - Percy perguntou olhando para o nada.
Eu e Julie trocamos olhares, consertar um carro era fácil, mas dependia do estado dele, se os problemas fossem no motor, poderia levar um certo tempo.
– Acho que sim - nos dizemos em uníssono.
– Mas onde pretende arrumar um carro, Percy? - Nico perguntou.
– Vocês vão ver - Ele disse.
Percy nos levou para trás do monumento e mostrou um velho jipe.
Ele esticou os braços em direções opostas, como se dissesse "tharaam".
O carro parecia abandonado já fazia um bom tempo. A relva crescia em torno de seus pneus e a pintura bege estava gasta e arranhada. Os bancos estavam em farrapos, com molas soltas e cheios de buracos e o vidro do retrovisor estava quebrado.
A única coisa, que com sorte, parecia intacta era o volante.
– É... Da para consertar. - Julie disse, tirando a poeira do freio de mão.
– Vamos parar para descansar e amanha de manha, vemos como podemos fazer o jipe andar. - Annabeth falou.
– Acampar? Aqui? - Nico perguntou, olhando ao redor.
– Não necessariamente, podemos levar o jipe para um lugar mais deserto e acampar lá. - Percy falou.
– Que tal mais adentro da reserva? - Eu perguntei.
Todos concordaram e percorremos uma trilha até uma campina, reservada para os turistas acamparem.
Ascendemos uma pequena fogueira, feita com gravetos, encontrados na trilha.
Como não tínhamos barraca, deitamos na grama e cada um usou sua mochila como travesseiro.
Assim que fechei os olhos comecei a sonhar.
Eu estava na maior oficina do mundo, pense no lugar mais equipado tecnologicamente e cheio das mais incríveis invenções, tudo isso em um espaço do tamanho de uns 10 campos de futebol.
Pensou? Pois saiba que isso nem chegaria aos pés de onde eu estava.
Caminhei pela sala, tentando captar cada detalhe de cada projeto, que estavam espalhados em prateleiras, ninchos, balcões, e bancadas.
No fundo da oficina, estava o nosso jipe, sem duvida era o nosso jipe.
Mas com a tinta renovada, pneus de ultima geração bem calibrados, um motor turbinado, o vidro do retrovisor trocado, um volante novinho e assentos de couro com porta copos e um frigobar embutidos. Mas, ainda sim, era o nosso jipe.
Eu estava tão perplexo com o carro, que nem notei o enorme sujeito metido em um macacão sujo de graxa, barbicha rala, e meio corcunda.
Ele estava ao lado do carro, também o admirando, mas com orgulho, como um pintor ao olhar sua obra.
– Pai? - Eu perguntei.
– Ah, olá Charles, você gostou do Robert?
– Robert?
– O Jipe, claro - Hefesto falou apontando para o carro.
Ignorando o nome besta que o foi batizado, respondi - Se eu gostei? Ficou perfeito, impossível melhorar!
– Isso não é nada, eu apenas lhe fiz um favor, afinal eu precisava ajudar não é mesmo? Sua irmã Julie, já esteve aqui e até me ajudou nos assentos de couro - Hefesto falou, coçando o queixo pensativo.
– Bom, já esta quase amanhecendo, melhor você voltar, Robert estará lá, pronto para servir vocês! - Ele falou em meio a gargalhadas.
Hefesto estalou os dedos e a oficina desapareceu, junto com ele.
– Charles, acorde! - Eu ouvi Julie dizendo.