Annabeth

Assim que Erís desapareceu, Percy e Charles queriam achar Nico. O único problema era que não sabíamos como era a cela que prendia os semideuses e nem como abri-la.
– Vão indo, depois eu acho vocês, eu só preciso fazer uma coisa - Eu disse a eles, enquanto percorria a sala, procurando por lugares onde fosse possível esconder alguma coisa.
– Hmm, tem certeza, Annabeth? - Falou Percy parando no ato de abrir a porta do saguão.
– Pode deixar, tenho tudo sobre o mais absoluto controle. - Eu disse.
– Hamm, tudo bem, se estiver demorando demais eu vou voltar para procura-la, okay? - Ele falou nervoso. Ri baixinho e assenti com a cabeça.
Eu ouvi a porta se fechando com um rangido, e ao mesmo tempo algo me chamou a atenção. Esculpido na parede, estava um círculo, e no centro a forma de uma adaga, esperando qu alguém pusesse uma arma ali.
Vasculhei a sala inteira a procura do objeto, até eu notar um leve brilho vindo do trono, lá estava ela, uma adaga exatamente do mesmo tamanho do buraco na parede.
Sua lamina era branca como marfim, mas bem afiada, o cabo era de ouro com diamantes e rubis incrustados.
A arma estava presa ao trono, de modo que quando Erís sentava nele, não era possível ve-la.
Achei que seria difícil tira-la dali, mas assim que encostei meus dedos em seu cabo, ela se soltou. Era leve, apesar dos diamantes brutos.
Estava tudo fácil demais, pequei a adaga. Quase que imediatamente, uma explosão de raiva me dominou.
Aos poucos senti como se meu corpo e minha mente fossem controlados por outra pessoa.
A ganância, a fúria, o ódio e o ressentimento começaram a pensar por mim.
"Você não merece essa vida, Annabeth, minha querida, você sempre foi brilhante e nunca foi reconhecida... Mas agora voce pode ter tudo que você sempre quis. Pode ser a arquiteta do século, pode ser lembrada por milênios e projetar Nova York.."
Eu ouvi uma voz ecoar em minha cabeça.
– Quem é você? - Perguntei a voz.
"Quem sou eu? Isso não é importante... O que importa aqui é você, Annabeth, vamos tratar de negócios?"
Para minha surpresa eu me vi dizendo - O que eu preciso fazer?
"Basta comer a maçã..."
Antes que eu dissesse qualquer coisa, um pomo dourado surgiu em minha frente, ele flutuava e cintilava graciosamente, me convidando a prova-la.
Não! A parte de mim ainda controlada berrava. Eu sabia que era um truque, mas minha mão continuava a avançar.
Me concentrei em tentar assumir o controle, me concentrei em lembrar, mas as lembranças sumiam e me escapavam com uma grande rapidez.
Vasculhei minha mente em busca de pequenos fatos - Eu sou Annabeth Chase, estou em uma missão para resgatar Silena e não para comer uma maçã estúpida por causa de um sonho ganancioso - Suspirei.
Com um movimento rápido, afastei minha mão da maçã, que evaporou em uma fumaça dourada, não antes de dizer em minha mente:
"Sua vez ainda chegará filha de Atena"
Cambaleei um pouco, me acalmei e lembrei de meu objetivo - colocar a adaga na parede e abrir o cofre - respirei fundo e finalmente cheguei ao outro lado da sala, coloquei a adaga no buraco.
Primeiro ela brilhou com uma intensidade digna se Apolo, depois ficou quente, rapidamente afastei minha mão da arma. Devagar, o círculo em volta da adaga começou a girar e uma portinha redonda se abriu.
Diferente do exterior, dentro o cofre era mais discreto, era feito do que parecia um metal, porém mais brilhante.
Com medo de outra armadilha, terminei de abrir a portinha com a ponta de minha faca.
Dentro havia apenas uma chave preta cintilante, o cofre era um tanto exagerado para o que tinha dentro, portanto aquela deveria ser a chave da cela dos semideuses.