Percy Jackson em O Rapto De Silena escrita por L Snow, Lover Girl


Capítulo 22
Capítulo 22 - A Versão Malvada da Branca de Neve


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3



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Percy

Assim que Nico desapareceu pelas sombras fomos para a entrada da construção. Eu já havia enfrentado o Deus da guerra, mas só de pensar em Erís, eu sentia calafrios percorrendo minha espinha.
Apesar do meu vasto conhecimento sobre a mitologia grega (que adquiri por experiência própria) eu não sabia nada sobre a Deusa da Discórdia, e tinha medo do que ela poderia fazer.
Paramos em frente a uma grande porta de ouro maciço com floreios em volta, no lugar da maçaneta tinha um grande rubi em forma de uma maçã. Antes mesmo que eu pudesse tocar nela, a porta abriu sozinha, com um rangido.
Entramos em um grande saguão, as paredes eram de um vermelho sangue, corri os olhos pelo lugar. Tudo que você pudesse imaginar era decorado com maçãs douradas.
No centro na sala havia um grande trono dourado, do tamanho daqueles em que os 12 Deuses sentavam no Olimpo, nele estava sentada uma mulher.
Ela tinha longos cabelos pretos brilhantes e lisos, seus olhos eram castanhos achocolatados, a pele era branca, com exceção das maçãs do rosto, que tinham um tom levemente rosado. A mulher a nossa frente seria praticamente a descrição da Branca de Neve, se não fosse o sorriso maldoso, com um ar cínico. Ela usava um vestido vermelho cor de sangue em estilo grego com detalhes dourados na cintura e nas bordas.
– Olá, semideuses... - diferente de sua aparencia, sua voz era cortante como uma lamina bem afiada.
– E... E... Erís - Gaguejei nervoso.
– Sim, criança, não sou muito conhecida no Olimpo, tudo por causa de um mero casamento - Ela dizia enquanto se levantava e erguia o braço, na palma de sua mão, um maça dourada apareceu, o pomo reluzia e girava na mão de Erís.
– O Pomo da Discórdia - Annabeth sussurrou para mim.
– Hmm, o que temos aqui? Uma filha de Atena... - Erís disse enquanto percorria o saguão com a delicadeza se uma bailarina.
Agora a idéia de enfrentar uma Deusa me parecia meio idiota.
– O que vamos fazer? - Disse baixinho para Charles e Annabeth.
– Se faça de bobo, distraia ela com perguntas. - Annabeth disse e deu um suspiro.
Me fazer de bobo? Onde foram parar os planos brilhantes e dignos de Atena?
– O que quer dizer com um mero casamento? - Eu falei, tentando parecer muito interessado.
– Ah querido, eu praticamente comecei a Guerra de Tróia. - Ela disse enquanto se virava de costas, De esguelha vi Annabeth colocando seu boné. - Eu me lembro como se fosse ontem, teria um casamento no Olimpo, mas não me chamaram. Segundo Hera, ninguém quer a discórdia em um casamento.
– Mas o que isso tem haver com a Guerra de Tróia? - Charles disse, também cooperando no plano "Se faça de bobo".
– Eu decidi me vingar - Erís disse voltando se para nós e dando um sorrisinho maligno, nem percebendo a ausência de Annabeth - Deixei no Olimpo, digamos que um presente de casamento... Isso aqui. - Ela disse apontando para a maça dourada, que agora continha a inscrição "kallisti".
– A mais bela... - Charles arfou.
– Isso mesmo - Erís soltou uma gargalhada, maravilhada com seu próprio plano - As Deusas foram orgulhosas demais para perceber a armadilha, ficaram discutindo afim de saber para quem era a maça, ou seja, quem era a mais bela!

(N/A: Para quem não sabe, depois disso Hera, Afrodite e Atena ficaram discutindo sobre quem era a mais bela, París, um jovem camponês da cidade de Tróia, foi chamado no Olimpo para decidir quem era a verdadeira dona da maçã. A partir da aí, se você não sabe, eu recomendo que vá estudar história!)

Antes que Erís pudesse continuar, ela foi jogada para frente por uma força invisível.
– Traição! - Ela berrava.
Annabeth surgiu atrás dela brandindo sua faca.
– Andem! Me ajudem, não fiquem ai parados! - Ela vociferou.
Destampei contracorrente e avancei com Charles nos meus calcanhares.
De fato, era meio inútil lutar com uma deusa, Erís fazia macieiras mutantes crescerem do chão do saguão, os galhos agiam como mãos e jogavam maçãs douradas (que a propósito eram bem pesadas) em nossas cabeças. Uma delas prendeu Annabeth em um emaranhado de galhos, ela se debatia e tentava alcançar sua faca.
Erís não lutava, apensas se defendia, isso nos dava uma chance de vencer. Pulei em um galho de uma das árvores mutantes e fiquei de ponta cabeça. Erís estava exatamente embaixo de mim, distraída demais com Charles, que desferia golpes e mais golpes contra a Deusa, que apenas se defendia.
Com um salto, saltei da árvore e fiquei cara a cara com ela, avancei e em meio minuto eu tinha o pescoço da Deusa atrás de contracorrente, que estava encurralada entre eu e a parede.
Com a Deusa imobilizada, as macieiras se foram e Annabeth caiu no chão, ela se levantou rapidamente e tirou o resto de folhas e galhos da roupa.
Ainda arfando, disse - Eu posso te soltar, se libertar os semideuses que estão presos aqui.
– O Sr.Di Ângelo, já os encontrou, agora e trabalho de vocês tirarem eles de lá... - Ela deu um sorriso sarcástico e uma gargalhada digna da Cruela de Vil, com isso desapareceu deixando apenas, adivinhem? Uma maçã, aquela Deusa tem uma séria obsessão por maças.
– Vamos achar Nico, ainda temos que descobrir como abrir a cela. - Não era para ser uma ordem, mais saiu mais como um rosnado.


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Notas finais do capítulo

Mereço Reviews?? Deixem uma Autora feliz, o dedo não cai e aquece meu coração ...