As notas finais são grandes, mas leiam.

Capítulo 30 O Espião - PVO Annabeth

Annabeth se sentia acuada, afinal mesmo derrotando o exercito de Gaia o insuportável Octavian havia adquirido muito poder e influencia no Acampamento Jupiter, a aliança havia ganho força, porém o método dos romano era mais politizado que o dos gregos e a voz de Octavian poderia por tudo a perder.

O plano para a grande união dos acampamentos era apenas uma primeira etapa, a filha de Atena queria mover toda a força grega e romana para enfrentar Gaia, sabia que lutar contra um exercito era algo que sete meio-sangues não podiam fazer; era ai que entrava sua parte na grande batalha que estaria por vir, ela estava destinada a guiar o exercito, esta era sua grande missão. Antes de unir os acampamentos Annabeth ainda enfrentava problemas, Octavian havia sido o primeiro a ir para o acampamento meio-sangue e segundo outros filhos de Atena o rapaz estava se entrosando muito com Rachel, o que era um problema, embora ele estivesse aparentemente a favor da união e estava ajudando a construção da nova Roma em sua nova localidade, a filha de Atena sabia que o garoto tinha algum truque; outro grande problema que Annabeth enfrentava era a mudança em si, o processo era lento e demorado, se tornou impossível mover grandes grupos de uma vez e ela fez questão de acompanhar cada grupo, cada viajem levaria em torno de cem campistas, dentre estes incluindo os residentes e moradores da Nova Roma (crianças e velhos também), o ultimo grupo incluiria a estatua de terminus o deus dos terminais que iria reforçar as defesas mágicas do acampamento.

A viajem em si não era perigosa, pois seria necessário um exercito para para-los, afinal eles eram um exercito, e Gaia não teria forças para lutar em duas frentes, Annabeth sabia que sua força principal estaria defendendo as portas da morte e protegendo seu próprio templo, pois ambos os lugares eram a fonte de seu poder e poderiam originar sua vitória; o que tornava as viagens um problemas eram os grupos de lestrigões e telquines que apareciam em seu caminho, claro que Annabeth não era tola, ela havia posto batedores para guiarem o caminho de forma que ela era sempre informada quando os grupos eram encontrados, dessa forma ela podia pensar na melhor maneira de agir e atacar os monstros, mas isso a preocupava, não era normal grupos de monstros agirem daquela forma, a impressão que ela tinha era que eles aguardavam algo, isso a assustava.

Em cada viajem Will Solange e Eleine Vitore eram seus guarda-costas, depois de tudo que haviam passado juntos eles haviam se tornado as pessoas ideais para acompanhá-la, afinal depois de cumprir uma missão juntos era difícil não se tornar amigos.

Quando finalmente chegaram no acampamento Annabeth mal pode reconhecer o lugar, além dos chalés e da casa grande, o acampamento possuía um grande e vasto emaranhado de construções estilo romanas, porém elas não eram nem de longe imponentes como as do acampamento júpiter, pareciam mal feitas e estranhamente erradas, ela sabia que podia ter feito melhor.

A primeira coisa que Annabeth fez foi ir ao chalé de Atena e pedir a um de seus irmãos que mostrasse o lugar aos novos campistas, ela mesmo teria adorado fazer como já havia feito com muitos novos recrutas, porém agora ela não conhecia todo o lugar, simplesmente haviam muitas modificações; enquanto os novos membros eram guiados pelo “acampamento Greco-romano” Annabeth foi com Will e Eleine para a casa grande, apenas precisava falar com Quiron para notificá-lo e descobrir quem era o encarregado daquelas obras.

A filha de Atena se deparou na entrada da casa grande com Octavian e Rachel “se pegando”, se fosse em outra situação ela talvez não tivesse interrompido, porem aquela situação lhe deu uma grande vontade de vomitar, apenas sentiu que deviam interromper; Rachel e Octavian se separaram com um estranho barulho de sucção que lembrava um desentupidor, Octavian parecia indiferente a situação e Rachel um pouco constrangida.

– Oi Annabel, você voltou agora? – perguntou Rachel um pouco corada.

– É Annabeth e sim eu voltei agora – disse Annabeth rispidamente.

– Você mudou de nome? – perguntou Rachel.

– Acho que vou andando – disse Octavian cortando o assunto dando um beijo de despedida e de embrulhar o estomago em Rachel – te vejo a noite, tenho que supervisionar as obras.

– Você está comando as construções? – perguntou Annabeth surpresa, Octavian nunca havia tido interesse por arquitetura.

– Foi o que eu disse – respondeu Octavian maliciosamente e se afastando com um sorriso igualmente maligno, um frio passou pela espinha de Annabeth.

– Will, Eleine podem me esperar na casa grande? – perguntou Annabeth, com a maioria dos romanos ela usaria um tom mandão, mas com Will e Eleine não havia necessidade eram amigos e foram sem questionar. Annabeth não sabia como começar, afinal qual devia ser a melhor forma de dizer a alguém que seu namorado não presta? Rachel olhava para ela intrigada.

– Rachel, você e Octavian? – perguntou Annabeth procurando uma brecha.

– Sim – disse Rachel ligeiramente desafiadora.

– Acha que ele é o cara certo? – perguntou Annabeth.

– O que quer dizer? – rebateu Rachel.

– Ele é um falso e fingindo – disse Annabeth.

Como você pode dizer isso depois de tudo que ele fez por você, por todos nós!? – disse Rachel ofendida.

– O que exatamente ele fez? – perguntou Annabeth chocada – lutar contra a aliança entre os acampamentos? Criar problemas para Percy? Atrasar a partida do Percy e dos outros? Octavian é uma pequena cobra que só se importa com o poder e influencia.

– Ele mudou! Libertou os gregos durante o ataque de Gaia – retrucou Rachel -, ele me contou tudo...

– Tenho certeza que contou – cortou Annabeth ironicamente.

– De como falou no senado em prol da aliança – disse Rachel sem se importar com a intromissão -, até mesmo se voluntariou para vir aqui e está supervisionando a construção das novas áreas do acampamento!

– Rachel ele não é de confiança, por que você não entende? – perguntou Annabeth exasperada, tudo certo que havia alguma verdade no que Rachel dizia, ele realmente havia feito tudo aquilo, porém Annabeth sabia que o garoto agia apenas em prol de seus objetivos e nesse caso era Rachel; no passado a filha de Atena havia até considerado a possibilidade de Octavian ser o espião, porém Reina havia dito que o garoto possuía uma profunda lealdade com Roma e que não faria nada contra a legião, a própria Annabeth podia dizer que ele era leal a Roma, mas não podia deixar de notar que havia algo errado com ele, segundas intenções, tudo que ele fazia tinha um motivo e não seria algo bom.

– Você só diz isso porque está com ciúmes – disse Rachel parecendo ofendida colocando ênfase em cada palavra.

– Ciúmes? De que exatamente? – perguntou Annabeth sem conseguir disfarçar o riso.

– Do meu namorado estar aqui e do seu não! – disse Rachel se afastando.

Annabeth observou Rachel se afastar parecendo furiosa, os outros campistas passavam e olharam para elas, a discussão havia atraído vários olhares de outros campistas, mas ela não se importava, pensava apenas em como agir em seguida. Quando entrou na casa grande pôs Quiron a par de tudo, o centauro parecia compartilhar de sua desconfiança para com Octavian e ficou feliz com as noticias dos novos Argonautas.

– Então que acha que podemos fazer? – perguntou Annabeth – aquele garoto pretende fazer algo e acho que não será algo bom.

– Não vamos fazer nada com ele – disse Quiron sentado em sua cadeira de rodas.

– Como nada!? - perguntou Annabeth exasperada.

– Annabeth tenha calma, a pressa não combina com as crianças de Atena – disse Quiron sabiamente – você mesma organizou a união dos acampamentos, não podemos fazer nada que manche essa união e Octavian é um dos lideres do acampamento júpiter, e quando a união estiver completa será um dos lideres do acampamento Greco-romano.

– Mas... – começou Annabeth.

– Sim, ele tem algo ruim em mente, também acho isso, porém que provas temos? Ele mostra para todos apenas seu bom lado, ande pelo acampamento e pergunte aos campistas gregos ou romanos, ninguém falará sequer uma palavra de ruim sobre ele – disse Quiron – quanto à construção de nova Roma eu não tenho os conhecimentos em arquitetura que você possui e não vejo nada de maligno que possa haver nas construções, não terem um alto padrão de qualidade é ruim, porém o que pode haver ali? Afinal é onde os campistas aposentados viverão e um dia ele mesmo, se algo sobre isso te incomoda mesmo que você não goste recomendo falar com Octavian ele é o encarregado.

Annabeth sabia que Quiron tinha razão, porém isso não aliviava, ela permanecia furiosa, talvez fosse isso ou talvez fosse intuição, porém ela fez algo impensado que ia contra seus instintos racionais, mandou uma mensagem de Iris para Reina e contou tudo para ela.

– Então, quero apressar a mudança, traga todos de uma vez – disse Annabeth sem apresentar um motivo.

– Annabeth, você mesma disse que são muitas pessoas para mover de uma única vez, e o acampamento meio sangue ainda não tem a estrutura para receber a todos – disse Reina.

– Eu sei, mas sinceramente ficarei mais segura quando tudo estiver nos eixos e preciso de você aqui, simplesmente é muito para lidar – disse Annabeth, ela não queria parecer ansiosa, mas queria que Reina entendesse o quando era importante esta mudança nos planos -, sinto que correremos risco até tudo estar bem, acho que pode ser Gaia ou Octavian, mas algo está prestes a explodir.

Reina olhou Annabeth profundamente, era formidável como a imagem era realista, melhor que qualquer vídeo conferencia, por fim a garota respondeu.

– Verei o que posso fazer, chegaremos em três dias – disse Reina.

Annabeth ficou satisfeita que tudo acabaria em três dias, porém as coisas não iam bem, tentou falar com Octavian para assumir a liderança nas construções e a resposta foi “Eu sou o encarregado da construção de nova Roma, qualquer sugestão será bem vinda se colocada na caixinha de sugestões”, parecia algo convidativo a qualquer um que quisesse por suas sugestões, mas Annabeth sabia que tudo o que ela sugerisse seria negado e também as palavras do garoto pareciam cheias de veneno; a atitude dos outros campistas apenas piorava seu humor, todos pareciam gostar de Octavian, ninguém tinha a menor queixa e Rachel ainda parecia furiosa, cismava de beijar o garoto sempre que sabia que Annabeth estava olhando.

A filha de Atena passou o dia organizando as papeladas, a união do acampamento Jupiter com o meio-sangue significava a união de duas culturas, deviam unir o que havia de melhor em ambas e havia realmente muita coisa sobre o que analisar, o habito de jogar comida nas chamas e a festa da fortuna ficaria, porém o augúrio parecia desnecessário visto que tinham uma oráculo, porém a influencia de Octavian seria prejudicada e significava problemas.

Annabeth passou os dias cuidando de suas responsabilidades, ficou satisfeita ao saber que no dia seguinte tudo estaria bem, porém a impressão de que tudo daria errado não desaparecia, foi dormir com a cabeça inquieta. Deviam ter passado apenas algumas horas, porem algo despertou Annabeth, o barulho de explosões gritos e batalha encheu o acampamento, ela pegou sua adaga e seu boné e saiu do chalé topando com um verdadeiro pandemônio.

Haviam monstros no acampamento, campistas lutando, fogo e explosões, porém isto devia ser impossível, afinal monstros não podiam passar as fronteiras mágicas do acampamento.

– Alguém deve ter deixado eles entrarem – disse Annabeth tirando a adaga e se preparando para a batalha, porém sentiu uma dor atrás da cabeça e tudo o que viu em seguida foi a escuridão; quando acordou estava em uma sala, suas mãos e pés amarrados com cordas apertadas, e sua boca amordaçada, ela olhou em volta, havia um rapaz conversando com um lestrigão apressadamente.

– Garanta nossa saída segura, Gaia ficará feliz – disse Octavian enquanto o lestrigão se retirava, então ele se virou para Annabeth ainda amordaçada, a garota ainda podia ouvir o barulho da luta, sentiu a dor aguda na cabeça fruto de um grande galo. – nossas convidadas acordaram!

Annabeth olhou em volta, Rachel também estava lá e estava acordada, com olhos cheios de lagrimas; o cérebro da filha de Atena trabalhou em alta velocidade tentando juntar os pontos e bolar uma maneira de fugir, porém a dor em sua cabeça minava sua concentração. Ela tentou falar “você era o espião o tempo todo”, porém não emitiu som algum devido à mordaça.

– Você quer dizer algo? – disse Octavian removendo sua mordaça – não se incomode em gritar, você é esperta demais para isso, ninguém irá ouvir no meio deste caos.

– Você era o espião! Todo este tempo, era tão obvio, como não pude perceber? – Annabeth se sentia ofendida, queria manter Octavian falando, fazê-lo revelar o máximo possível enquanto bolava um plano de fuga.

– Porque você não é tão inteligente quanto pensa – disse Octavian – dizem que Atena sempre tem um plano, onde está seu plano agora?

– É agora em que você me conta seu grande plano certo? – perguntou Annabeth, ela não soube bem o que a fez fazer o que fez em seguida, foi algo que não sabia que podia fazer; as crianças meio sangue às vezes nasciam com um poder especial, algumas crianças de Afrodite podiam enfeitiçar com a voz e aparência, alguns filhos de ares tinham a benção de ares que os tornavam temporariamente invisíveis, todos os deuses tinham suas “habilidades secretas”, Atena não era exceção, era um poder lendário que Annabeth apenas havia ouvido falar, era a marca de Atena.

A marca de Atena era a arma suprema da deusa da guerra, sabedoria e estratégia em batalha, consistia em “unidade de pensamento”, todos os soldados que ficavam sob seu comando adquiriram a capacidade por um curto período de tempo de ver e ouvir o que os outros viam, podiam até ouvir as ordens do líder em suas cabeças como pensamento; parecia confuso, porém gerava uma impressionante unidade na hora da batalha, se tornava uma arma quase insuperável e foi o que aconteceu; o cérebro de Annabeth se ligou ao de todos no acampamento, ela podia ver e ouvir tudo o que eles diziam e passar instruções de como lutar, começou a comandar todos os meio-sangues ao mesmo que mostrava o que acontecia, era questão de tempo até vencerem, agora fazer Octavian falar era vital, pois seria como uma confissão televisionada.

– Por que deveria? Eu já venci, Gaia venceu – disse Octavian sem saber que tudo que dizia era visto e ouvido por todos.

– Por que tem coisas que eu mesma não entendo – disse Annabeth tentando parecer lisonjeira, sabia que um elogio seria ótimo para fazer o garoto se gabar – como você nos enganou?

– Por que não? – disse Octavian cheio de si – o começo foi simples, começou com a união dos acampamentos, eu sabia que era uma péssima idéia, mas ninguém me ouvia, seu namorado Percy conseguiu acabar com minha popularidade! Os falsos presságios já não eram o bastante para manter minha posição, então com a saída do Argo II minha grande oportunidade surgiu...

“Enquanto eu dormia ouvi a voz de Gaia, então tive um sonho, ela me mostrou o que nos esperava e o que me aguardaria caso me juntasse a ela, tudo que ela precisava era informações e eu estava disposto a fornecer, em troca ela me daria tudo o que devia ser meu.”

– Você passava informações para os arautos e Gaia, mas porque deixou capturarem seus aliados no senado? – perguntou Annabeth com repulsa, podia ouvir o barulho da luta, porém o barulho do caos parecia diminuir, a marca de Atena estava pouco a pouco os conduzindo para a vitória.

– Muito simples, o plano era o acampamento cair, os aliados que eu tinha me abandonavam! Se voltavam contra a minha Roma para ficar do lado dessa estúpida aliança fadada ao fracasso – disse Octavian parecendo meio demente – então eu tive que agir, quando eles foram capturados todos se viraram para mim porque estava certo o tempo todo, minha voz recuperou a força.

– Mas você falhou – disse Annabeth com desprezo e satisfação, o barulho da batalha começava a aquietar, ela podia sentir mais pensamentos de aliados se unido aos outros e a luta se tornar ainda mais desigual a favor de seu lado – vencemos aquele ataque, o acampamento júpiter jamais será seu!

– Não será? – disse Octavian cuspindo no rosto de Annabeth – você realmente me atrasou, nos atrasou, aquele reforço realmente me surpreendeu, quando vi você chegando liderando aquelas tropas vi uma segunda oportunidade de recuperar meu poder e influencia, sabia que libertar os gregos devia fazer parte dos planos de vocês e tive que agir antes de Reina, libertei os gregos para a guerra e pude ocupar meu merecido lugar como o salvador de Roma!

– Traidor! Você vendeu o acampamento júpiter para Gaia em troca de poder!? – perguntou Annabeth, a marca de Atena ainda estava funcionando, ela sabia que já haviam ganho a batalha, porém todos esperavam o seu comando para invadir o lugar, eles estavam nas novas construções da nova Roma.

– Traidor? Os traidores são os campistas idiotas que se uniram aos gregos! Roma deve ser sempre soberana e Gaia irá dar o que mereço – disse ele – irei reconstruir Roma maior e melhor, não serviremos mais aos olimpianos, apenas Gaia!

– Você nunca vai conseguir nada Octavian! Todos perceberam nosso sequestro, você não poderá sair impune! – gritou Annabeth.

– O sequestro de vocês é algo trivial! O acampamento Jupiter ainda tem muito poder para ser conquistado, então voltarei para lá ainda como herói, contarei como o acampamento meio sangue foi tomado e massacrado, liderarei a busca por sobreviventes e encontrarei seu corpo como o de muitos outros em baixo das pedras dessas construções mal feitas que tive o cuidado de projetar.

– Seu louco! Este lugar é uma armadilha! – exclamou ela, então tudo fez sentido, o ataque e os monstros deviam servir para recuar as forças do acampamento para nova Roma de maneira a soterrar os soldados nos escombros quando o garoto já tivesse fugido, essa cidade havia sido construída justamente para cair.

– Sim isso mesmo, este lugar é um cemitério – disse Octavian com o olhar fanático – o seu! Irei levar a oráculo comigo e extrair o espírito de delfos, não precisarei mais de falsos presságios para manter minha posição, terei a coisa real e eventualmente conquistarei o acampamento júpiter! Colocarei todos os meus opositores em celas e a bela Reina será minha escrava particular! Como irei adorar ver aquele rosto orgulhoso cheio de remorso a meus pés! Mas ainda sim é um destino melhor que a morte, talvez eu leve você para me servir junto com ela, mas apenas se você implorar.

– A bela Reina jamais irá te servir Octavian, muito menos minha amiga Annabeth – disse a voz de Reina da porta, ela havia chego a tempo, visto e ouvido tudo – você falhou de novo e pela ultima vez.

– Você!? Como? – os olhos de Octavian saltaram, ao mesmo que ele finalmente percebeu o fim da batalha.

– Annabeth me pediu para adiantar a chegada de todos, então logo em seguida a chegada dela tratei de convencer o senado a mover todo o acampamento de uma única vez, foi mais fácil do que achei que seria sem você para atrapalhar, porém chegamos na melhor parte da festa – disse Reina triunfante – não que Annabeth precisasse de ajuda, a batalha já estava ganha, porém foi bom ouvir seu discurso estúpido.

– Sua vadia! – rugiu Octavian se atirando sobre Reina, Eleine se pôs entre eles e atirou Octavian na parede como se ele fosse um boneco de pano, ele caiu gemendo e rindo demente – eu ainda não perdi, vocês perderam, Gaia venceu.

– Levem este idiota daqui, mas não o matem ele pode ter alguma informação valiosa – disse Reina desamarrando Annabeth e Rachel.

– Eu fui tão idiota – disse Rachel chorando encolhida. Eleine tomava o cuidado de prender as mãos e pés de Octavian com uma brutalidade complemente necessária e o levar para fora. Annabeth tratou de usar este ultimo delírio de Octavian para ligar os pontos, e se todos os ataques e problemas no acampamento fossem apenas distrações para ganhar tempo? Claro que se por ventura triunfassem Gaia apreciaria, mas e se fosse apenas para atrasar? Então Annabeth percebeu que a deusa da terra nunca se importou realmente com o acampamento, o que ela temia era a união do exercito grego e romano para lutar contra ela na Grécia, tudo que ela queria era tempo para derrotar os sete.

– Um momento – disse Annabeth para Eleine – quero falar algo para ele.

– Annabeth...? – perguntou Reina, a marca de Atena ainda funcionava, Annabeth achava importante todos verem como isso iria terminar e como Gaia os temia.

– Você desde o começo não passou de um fantoche para Gaia – disse Annabeth para Octavian – ela nunca se importou se você conseguiria ou não uma vitória, apenas te usou para ganhar tempo, pois nossa união era e é o que ela mais teme e graças a você conseguimos, a aliança mais forte da história foi formada! Viva o acampamento Greco-romano! Pelo Olimpo!

Sua voz foi ecoada por todo o acampamento, Octavian foi arrastado por Eleine gritando “Roma, Roma, Roma” debilmente, incapaz de aceitar a derrota e sem ser ouvido, os campistas entoavam um coro unido de “pelo Olimpo”, Annabeth finalmente desativou seu recém descoberto poder, mas o coro continuou a ser ouvido.

– Agora vamos sair dessa armadilha mortal – disse Annabeth e acrescentou -, antes que ela desabe e mate todos nós.

Enquanto caminhava Annabeth chegou à conclusão que haviam vencido uma batalha, mas não a guerra, levaria tempo para reconstruir os danos e cuidar dos feridos, não poderiam se organizar para ir a Grécia, Gaia podia ter perdido, mas conseguiu seu intento de deixar os sete meio sangue sozinhos; Annabeth iria fazer seu melhor para guiar a todos para irem a Grécia o mais rápido possível, mas não podia garantir ajudar seu namorado a invadir o templo de Gaia e seria perigoso, tudo agora dependia dos novos argonautas.