Finalmente já estava chegando o dia que teríamos que voltar a Hogwarts.

Meus pais, James, Alvo e eu estávamos nos preparando para passar a ultima semana de férias na casa de meus avós.

Isso já era uma tradição, desde que Teddy, Victorie, Dominique, Roxanne e James começaram a frequentar a escola de magia e bruxaria.

Toda a família se reunia na casa de vovó e se curtia por uma semana, até por que, mais do que isso já começa a ser excesso de convivência. Não por nossa parte, mas minha mãe e os meus tios adoram se provocar, até que a brincadeira começa a ficar séria e eles brigam.

Enfim, já faz alguns dias que não vejo a Rose e precisamos por a fofoca em dia.

– Lily! – ouvi meu pai me chamando e estalando seus dedos em meu rosto.

– Oi pai?

– Santo Mérlin, Lily! Estou à meia hora tentado te chamar! – ok, deu par perceber que meu pai estava irritado. Na verdade ele sempre estava quando se tratava de ir à casa de meus avós, pois odiava chegar atrasado. Ele adorava minha avó e brigava com todos para sair de casa mais cedo.

– Sua mala já está pronta? – perguntou ele com impaciência.

– Já sim, trouxe aqui em baixo para levarmos ao carro. – Disse vendo um sorriso se formar na face de meu pai.

– Essa é a minha princesinha! - disse beijando minha testa.

Logo mais James e Alvo desceram discutindo quem iria sentar do lado das janelas do carro.

Revirei os olhos vendo que eu com catorze anos sou mais matura que o Al com 16 e o James com 17.

– Ginna!! Vamos logo, não quero me atrasar!!! - gritou meu pai.

– Calma Harry, por Merlin, por que você fica tão nervoso quando vamos a casa dos meus pais ? - perguntou minha mãe descendo as escadas, enquanto levitava sua mala.

– Ahh... finalmente já estamos todos prontos. Vamos logo! - disse meu pai ignorando a pergunta de minha mãe.

Sair de casa foi até que bem fácil, agora o problema era entrar no carro.

– Sai dai seu fedelho sonserino !! – gritou James querendo sentar na janela esquerda.

– Cala a boca, James! Você sabe que eu não entrei para a sonserina.

– É, mas o seu amiguinho é de lá! – nem preciso dizer q o James é tão preconceituoso com os sonserinos quanto meu tio Rony, certo?

Quando Al estava prestes a retrucar minha mãe falou:

– Parem de brigar vocês dois. A Lily vai no meio e os dois vão na janela. Problema resolvido.

– Nem pensar, não vou no meio dos dois idiotas.- disse fazendo bico.

– Vai sim, parem de brigar e entrem logo nessa droga de carro!- ótimo, minha mãe lançou um de seus olhares cortantes que faria até um leão raivoso recuar.

E quem se ferrou fui EU, claro. Fui no meio com James de um lado tentando bater na cabeça de Alvo e o mesmo se esquivando.

Não estava sendo uma das idas mais felizes a casa da minha avó, porém tive que fazer aquela maldita pergunta mentalmente: ‘’ será que pode piorar?’’.

Não é que eu vi que podia? Em alguns instantes depois minha mãe se virou no banco e perguntou:

– Lily seus uniformes estão bons ou vamos precisar comprar mais?

– Estão bons sim mãe, não se preocupe- falei meio receosa, adivinhando sua próxima pergunta.

– E seus sutiãs e calcinhas? Tem uns que estão bem esbagaçadinhos.

Bom nem preciso comentar que estar em um carro com três homens, sendo que dois deles tem nojo de mim (e tenha a certeza que o sentimento é mútuo) e um que acha que eu ainda tenho cinco anos, não é o melhor momento de conversar sobre meus sutiãs e calcinhas.

Mas com o pouco tato absurdo de minha mãe, ela continuou a comentar, ignorando os nossos rostos corados, até o momento que chegamos à casa da minha avó.

Logo que meu pai estacionou James abriu a porta correndo e saiu do carro. Quando já estava saindo Al me empurrou e como meu pé estava preso, cai em cima de James e fui esmagada por Alvo.

A cena teria sido muito cômica se não tivesse sido trágica.

Logo nos levantamos e entramos na casa. Como ainda eram 10:00 Horas da manhã, quem havia chegado ontem devia estar tomando café da manhã, fomos a cozinha e encontramos meu tio Carlinhos tomando café na mesa, nos deu um grande abraço e presas de dragões.

O tio Carlinhos é muito legal, pena que não se casou, acho que o mesmo daria um ótimo pai!

Ao lado dele avistamos Roxanne e Dominique, discutindo sobre o modo de Rox se vestir.

Roxanne é filha do tio Jorge, isso significa que herdou o sangue maroto dos gêmeos, sendo assim ela é super maloqueira, não liga para maquiagens, sapatos, bolsas, roupas... sempre com um shorts de fácil mobilidade, uma camiseta e seu cabelo ruivo e comprido solto de qualquer jeito (o mais engraçado é que ela ficava muito bonita assim).

Já Dominique poderia ser confundida com aquelas bonecas de porcelana antigas. Tem seus cabelos compridos e loiros igual a tia Fleur, Seu cabelo possui cachos grandes nas pontas, diferente do de Rox que é liso. Se veste sempre muito bem, mesmo que seja para ficar em casa e odeia esportes.

Demos um beijo rápido nas duas e já emendamos um em Louis, que estava com uma cara horrível de sono, e em Lucy e Molly que riam de como Louis encarava seu prato sem comer.

Do outro lado da mesa estavam sentados os meus tios: Gui e Fleur; Percy e Audrey; Fred e Angelina.

Logo que terminei de cumprimentar todos na cozinha aparece minha avó puxando a orelha de meu tio Rony por estar comendo escondido alguns de seus maravilhosos doces.

Assim que nos viu, o soltou e puxou nós três para um abraço muito apertado.

– Que bom que vocês chegaram meus queridos!!- disse minha avó nos soltando. - onde estão seus pais?

– Bem aqui Molly !- disse meu pai entrando na cozinha e sendo puxado para um abraço de urso da vovó Weasley.- só estávamos pegando as malas.

– Harry querido, já tomou café da manhã? Você anda muito magro, tem que se alimentar direito! – disse vovó extremamente rápido, é incrível como ela sempre acha que ninguém está se alimentando direito.

Antes de ouvir a resposta de meu pai fui para a sala de estar, onde encontrei minha tia Hermione, sentada escrevendo algo.

– Oi tia, tudo bem?-entrei perguntando

– Oi querida, tudo e você?- perguntou me abraçando.

– Tudo também, tia sabe onde esta a Rose?-perguntei, pois não a vi no café da manhã.

– Está no quarto que vocês dividem, Lily pode me fazer um favor?- perguntou minha tia um pouco receosa.

– Claro que sim, o que precisa?

–Queria que visse o que a Rose tem, ela anda se isolando muito no quarto ultimamente.

– claro, vou falar com ela e depois te conto se estiver acontecendo algo, ok?

– Ok, obrigada- disse minha tia, minha resposta foi um rápido ‘‘magina’’ e fui subir as escadas da toca.

Como a família aumentou durante os anos, a toca foi crescendo junto, não que tenha feito com que ela ficasse menos torta, ou menos aconchegante.

Logo que entrei no quarto que minha prima e eu dividíamos, a vi deitada em sua cama e virada para a parede com um papel em sua mão.

Me aproveitei do fato de ela estar concentrada e não me ouvir, cheguei pertinho de seu ouvido e gritei:

– OI ROSEEEEEEE- após gritar joguei um travesseiro que estava sobre a minha cama em seu roso e pulei em cima da mesma.

Depois de minha entrada triunfal, vi minha prima ficar tão vermelha que eu achei que ela poderia explodir de raiva a qualquer momento.

– LILIAN LUNA POTTER, QUAL É A DROGA DO SEU PROBLEMA??- perguntou louca da vida e começando a me bater com todos os travesseiros da cama.

Assim que paramos com nossas claras demonstrações de carinho, pedi desculpas umas 500 vezes. Só então ela olhou para a minha cara e agora seus olhos estavam brilhando. Achei esquisito e fui logo perguntando o que estava acontecendo.

– Lily ele me mandou uma carta!- disse toda animada.

– Sério? Scorpius Malfoy te mandou uma carta?? – gritei animada.