Anjos X Vampiros escrita por PBeatriz


Capítulo 3
Capítulo 3POV.: Angelina


Notas iniciais do capítulo

Oiee.
Eu sei, hoje eu também postei mais tarde, desculpem.
Aí vai um capítulo fresquinho para vocês.
XOXO



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Agora eu entendia o motivo de tanto cochicho sobre o aluno novo, vindo das meninas. Ele era lindo, tinha cabelo preto, a pele tão clara quanto a minha, corpo todo definido e sua blusa polo branca destacava os seus músculos, alto, possui covinhas, olhos verdes que brilhavam como duas esmeraldas, tinha uma beleza indescritível, que todas as minhas palavras não são capasses de descrevê-lo por completo.

Daniel caminhava em minha direção e todos os olhares o seguiam, mas seu olhar estava direcionado a mim, sua nova parceira de biologia.

 Sentou-se na cadeira.

-Oi, sou Daniel – Cumprimentou ele, com um sorriso que mostra suas lindas covinhas.

-Oi, sou Angelina – Me apresentei do um jeito mais normal que consegui naquelas circunstâncias, retribuindo seu sorriso com outro, igualmente simpático. Mas por dentro estava totalmente travada. Sempre achei que o menino mais bonito era Lucas, mas parece até que Daniel tinha superado essa escala de beleza.

A diretora, vendo que eu tinha sido simpática, achou melhor interferir, para que as conversinhas sobre Daniel parassem, ou se tivesse sorte diminuíssem.

-Bom, estou feliz pelo modo como a turma lhe acolheu, Daniel. Continuem assim. Obrigada professor. Pode prosseguir com a aula.

Então ela saiu da sala, e o barulho das conversas aumentou ainda mais, os únicos que não conversaram eram alguns meninos, nenhuma menina, eu e Daniel. Até que:

- Ela até que é divertida, mas é um pouco fria, não acha? – Disse Daniel, que teve que se inclinar em minha direção para que eu escutasse, apontando para a porta aonde a diretora passou.

A aproximação entre nós trouxe o cheiro de seu perfume, uma fragrância com um cheiro meio amadeirado, que só podia seu um perfume de marca cara, com a mistura de um doce aroma de café fresco e hortelã. Eu estava totalmente embriagada por esse cheiro, as palavras estavam presas na garganta. Esforcei-me um pouco para fazê-las sair, e disse:

-Se você notou isso, significa que vai se dar bem nessa escola, geralmente o aluno leva alguns dias para desvendar esse grande mistério – Respondi, tentando fazer graça, mas estava sufocada demais para parecer engraçada, naquele momento.

Não é que eu enjoasse o perfume, ou não gostava daquele aroma, não, não era nada disso, muito pelo contrário, aquele cheiro era maravilhoso, tão maravilhoso que se você associasse o cheiro com a pessoa que exalava esse aroma, não daria para acreditar.

Ele ri.

-Então, parceira de laboratório, oque exatamente é para se fazer nessa aula de biologia? – Perguntou ele, sorrindo de um jeito carinhoso para mim, quase me deixando sem ar novamente.

-Bom, pelo que eu entendi, e acredite, foi muito pouco – Rimos – É para colocar esse líquido nesse tubo de ensaio, - Apontei para os objetos na medida em que falava – E depois acrescentar esse outro líquido. E anotar oque acontece.

-Ok. Então vamos lá – Disse ele, se abaixando para pegar seu caderno dentro da mochila.

Quando ele se abaixou, percebi que Júlia estava na cadeira ao lado de Daniel. Ela olhava pra mim de boca aberta, usando a mão como abanador e comum sorriso no rosto, apontando para Daniel. Quase tive um ataque de riso, mas segurei, não queria que ele pensasse que eu era louca.

Quando ele voltou, eu já havia colocado o primeiro líquido no tubo de ensaio e esperava por ele para colocar o outro, de modo que ele pudesse ver oque aconteceria. Quando seu caderno estava aberto e sua caneta estava pronta para anotar, ele voltou sua completa atenção para mim. Eu coloquei o segundo líquido, e a cor mudo completamente com a mistura. Começamos a fazer anotações. Depois que terminamos, levamos nossos cadernos para o professor.

-Muito bem – Falou o professor, com um sorriso no rosto - Para vocês dois.

Quando começamos a voltar para nossa mesa, o professor chamou a nós dois, e quando voltamos novamente, ele fala:

-Angelina, já que você é uma das minhas alunas mais promissoras, e levando em conta que Daniel é novato e percebi que se deram bem hoje – Eu e Daniel trocamos um olhar de constrangimento -, pensei que você poderia ser tutora dele, até ele aprender tudo. Quero que mostre a escola a ele e o ajude com matérias difíceis que ele ainda não teve aula – Olhei para Daniel, que tinha seus olhos fixos no professor, e depois olhou para mim com a mesma rapidez que eu levei para voltar a olhar para o professor.

-Claro. Sem problema – Respondi com um murmúrio.

-Ótimo, sabia que podia contar com você. Podem retornar para suas cadeiras. Era só isso.

De volta para nossa mesa, Daniel fala:

-Ele faz isso com todos os novatos ou sou eu em particular?

-Não é nada pessoal, ele faz isso com todos que entram no meio do ano.

-Que bom.

-Tanto faz, o que importa é que agora sou seu guarda-costas – Falo, e nós rimos – então, no intervalo te mostrarei a escola, ok?

-Ok. Obrigada – Dessa vez quando ele sorrir, não apenas suas lindas covinhas aparecem, mas também seus perfeitos dentes brancos.

-De nada – Respondi, guardando o material de volta na mochila, tentando não derreter com aquele sorriso de tirar o fôlego, e Daniel faz o mesmo.

Quando guardei o estojo e ele o caderno, nossos olhos se encontraram no meio do caminho. Fiquei hipnotizada pela segurança e a resistência que aquele olhar provocava em mim. Era gentil e carinhoso, mas ao mesmo tempo irradiavam uma ideia de força. Continuamos assim por mais um longo tempo, ou melhor, até quando todos notaram e começaram a falar. Voltei a sentar normalmente na minha cadeira, tentando esconder minha terrível e enorme vergonha, não apenas porque nossos olhos se encontraram, mas porque nossos rostos estavam a apenas uns poucos centímetros de distância.

Seus olhos não refletiam apenas sua alma, mas o seu ser também, não sei como explicar, era como se seus olhos fossem as portas para oque havia dentro dele. Eram bonitos, quase uma beleza angelical. Bom, nunca soube mesmo como era essa tal de “beleza angelical” que todos viviam falando, mas agora entendia, mas duvido muito que já houvera beleza maior do que aquela ou olhos tão verdadeiros quanto aqueles.

Eu tentava ficar o mais longe possível dele, torcendo para que ninguém notasse minha vergonha. Ele soltou um risinho baixo, quase imperceptível, mas eu percebi.

A campa do recreio tocou, antes que eu pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, minha mesa estava lotada de pessoas. Ou melhor, minha mesa e a de Daniel. Fiquei feliz que pelo menos uma pessoa da sala não estava dando atenção apenas para Daniel. Júlia estava na minha frente, morrendo de felicidade.

-Não vamos falar sobre isso – Ela levantou as sobrancelhas e apontou para Daniel – agora. Estou com fome, vamos para lanchonete?

-Não vai dar, hoje tem que passar o recreio sem mim. Sou tutora do Daniel.

-Não me diga! – Seu sorriso triplica.

-Pois é, e agora tenho que levar ele para conhecer a escola. Mas nem sei se vai dar como você pode ver, ele já tem muitas opções.

Tinha certeza que ele me ouvira, pois no instante depois ele me cutucou pelas costas e disse:

-Já podemos ir? – Perguntou ele, ignorando as perguntas de muitas meninas que estavam descaradamente dando em cima dele.

 Olho para Júlia, mas antes que eu possa dizer algo, ela praticamente grita:

-Pode. Vejo vocês depois, estou louca por um sanduiche de atum. Tchau.

-Tchau – Viro para Daniel – Vamos?

-Vamos – Coloca a mochila no ombro e me segue em direção à porta.

-Então... – Falei tentando puxar assunto - Soube que acabou de se mudar, né? Pelo menos era oque estava no relatório completo que minha amiga fez sobre você em apenas alguns segundos.

Rimos.

-Sou de uma cidade bem longe daqui.

-Não precisa preocupar com muita coisa. Quando você for almoçar e não saber aonde sentar. Relaxe. Alguém acaba te convidando para sentar-se à mesa. Tipo como eu fiz.

-Eu me esqueci de agradecer. Obrigada. Sei que você esta fazendo isso porque é gentil, e não só porque o professor mandou, apesar de eu desconfiar que também seja por causa disso - Falou ele com um tom brincalhão.

- Na verdade, estou fazendo isso porque te achei um cara legal. E porque sei como é ser novata numa escola – Apontei para a porta à direita – Sala de Física – Apontei para a porta da esquerda – Biblioteca, dizem que lá tem livros – Rimos. Aponto para a porta do meio – Lanchonete.

Abri a porta. A luz clara do sol ardeu em meus olhos, então virei o rosto para diminuir o impacto da luz em meus olhos, encontrando o olhar de Daniel, olhando pra mim com tanto carinho e delicadeza, que os olhos pararam de arder na mesma hora, e um sorriso de alegria se formou em meus lábios.

A lanchonete ficava na parte não coberta da escola, então os melhores lugares eram em baixo de um mini palco que ficava a quase três metros de altura do chão, fazendo uma boa sombra em algumas mesas. Apontei para uma das mesas que estavam vazias.

-Está com fome? As boas mesas são as da sombra, mas hoje não fomos rápidos o bastante para pegá-las.

-Pra falar a verdade, não estou com fome, não, você está?

-Não, nunca como de manhã, não tenho muito apetite há essa hora – Apontei com o polegar a porta atrás de nós – Então quer continuar o tour?

-Claro. Vamos logo para a sala da próxima aula? É... – Ele puxou um papel do bolço de traz, e nós falamos juntos: “Matemática II”.

Ele olhou para mim e me seguiu até a porta, agudando-me a abri-la.

-Espera você não quer guardar o material no armário antes? – Apontei para o corredor, repleto de armários na parede.

-O meu é o número... – Olhou para o papel, ainda em sua mão – 79 – Disse, guardando o papel novamente no bolço.

-Sério? – Parei e olhei para ele – O meu é o 78 – Sorrimos – Como conseguiu esse armário? Geralmente é por ordem de chegada aqui na escola, eu entrei dês de pequena, no maternal, por isso meu armário é um dos primeiros.

-Parece que o aluno que guardava seus cadernos nele saiu da escola, então era esse ou o 1789 – Sorriu.

- Realmente muito sortudo – Voltamos a andar.


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Notas finais do capítulo

Então, oque acharam?
Deixem reviews
XOXO



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