Litoral Dos Mortos escrita por Renan


Capítulo 1
Litoral dos Mortos - Prologo


Notas iniciais do capítulo

Essa parte é apenas introdutoria.



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Vamos pra um lugar um pouco mais deserto - disse o namorado.

– Porque você quer ir pra um lugar mais deserto? - Pergunto a linda moça com rosto de modelo e corpo tipicamente brasileiro, seus olhos verdes indicavam que já sabia a resposta pra sua pergunta, mas mesmo assim a fazia.

– Carol, você nunca quis "brincar" na areia?

– Então você quer fazer castelinhos? Não teve infância é, até parece que seu pai não ti levava pra lugares mais lindos do que esse - E realmente o levava, afinal Alê vinha de familia rica, seu pai era dono uma empresa biomédica e sua mãe tinha ações em varias empresas, por isso mesmo com seus 25 anos nunca havia trabalhado, os empregos que arumara largava em questão de dias, seu pai não gostava nada daquilo, mas a mãe o apoiava. Ao contrario de Carol, que via a praia pela primeira vez, havia planejado tudo pra ver o litoral, até a data foi ela mesmo que escolheu.

– Você vai ou não? - insistiu, nem precisava, ela queria e ele sabia disso. Foram pra um canto da praia onde havia pedras. Depois dessas pedras tem uma pequena praia que ninguém chega, ele disse. Claro que nibguém chega, é perigoso, as pedras escorregam e as ondas chegam até aqui, não vou morrer só porque você é um pervertido, ela argumentava. Mas mesmo assim enfrentou e lá estavam, num lugar que de tão pequeno nem poderia ser chamado de praia, entre o começo do mar e o enorme pedra onde a areia acabava tinha apenas 4 metros, não precisaria nem de um temporal pra agua levar eles dali.

Quando veio todo o tipo de palavrões a cabeça pra dizer a Alê viu que este já estava despido, não sabia se ria ou se batia nele.
– Mor, não vai acontecer nada, o maximo é agua bater em nossas bundas - disse enquanto estendia a toalha na areia.
– É agua salgada idiota, eu não quero sal em minha bunda, muito menos... - Foi enterrompida com um beijo caloroso, e viu que já tinha cedido, foi deitando na toalha enquanto Alê lhe tirava a parte de cima do biquini, mas logo sentiu a gelada agua do mar em seus pés e um subito medo tomou seus pensamentos.
A agua ia e vinha até a altura dos joelhos, até que levou uma pancada nos pés de uma coisa gelada, deu grito e saltou pra trás comprindo com as mãos os seios nus. Era um corpo de um homem gordo, estava com a cara virada na areia. Alê cutucou com o pé com o intuito da pessoa levantar, em seguida verificou o pulso e pôs a cabeça em su peito Nada, nem um batimento, tá morto.Constatou.

– Então para de botar a mão nisso - esbravejou Carol - Temos que chamar a policia, isso tá estranho, ele tá de terno, então não morreu afogado, que pessoa vai a agua de terno?

– Sei lá Alê, caiu de algum barco...e o ferimento na perna, parece uma mordida, será que um tubarão o mordeu.

– Não havia reparado nisso - Alê se agachou perto da perna e de repente o homem gordo se levantou, inclinou o corpo até a altura de sua cabeça e lhe arrancou a orelha com uma mordida

– Filha da puta, esse gordo me mordeu! - gritou enquanto o sangue escorria por seu rosto. O Homem se pôs de pé e Alê lhe deu um chute lançando em direção ao mar, tentou se levantar novamente, mas as ondas lhe derrubaram, Carol estava chorando e olhou o machucado de seu namorado.

– Ele arrancou sua orelha amor... - não conseguiu dizer mais nada, apenas soluçava, Alê estava estranho, olhando pra frente e imovel

– O que você tem? - Ele virou a cabela lentamente em sua direção e tentou lhe abocanhar - O que é isso Alê, endoidou - continuava a vir em sua direção, Carol apenas correou em direção as pedras, sentiu as mãos dele em sua perna, deu um arranco pelas pedras escorregadias, queria logo chegar a praia, nem ligava que estava seminua. Mas antes tivesse ficado ali, Ipanema que a poucos minutos estava lotada agora era apenas um monte de areia sem ninguém, havia guarda-soís no chao, carrinhos de vendedores revirados, a agua bateu em seu pé, junto com mais alguma coisa, pulou, e viu que era uma mão. Virou-se em direção ao mar e este estava vermelho de sangue e se podia ver partes de corpos mutilados boiando na agua. Carol havia escolhido a data errada pra visitar o litoral.


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