Sara Potter E O Baú Dos Segredos escrita por Victane


Capítulo 5
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/263473/chapter/5

Acordei dos meus pesadelos de sempre, parecia que estavam cada vez mais próximos de acontecer. Quando me levantei da cama, escovei meus dentes, tomei meu banho e desci as escadas, lá estavam eles com a mesma cara de defunto de sempre, você podia acordar com a maior felicidade do mundo e chegando lá embaixo só olhava tristeza. Foi aí que antes mesmo de eu dar bom dia, meu namorado veio até mim e me deu o maior beijo, e sempre que ele me beijava eu sentia como se eu fosse ser devorada pelos músculos de sua boca, ele era bem mais forte que eu, afinal todos nessa casa eram mais fortes que eu, principalmente Jennifer. Depois que David me beijou, olhei a cara de Arthur e Jennifer, e parece que cada vez que nos beijamos na frente deles, eles ficavam irritados e saíam de perto da gente.

Foi aí que Arthur falou:

- Eu preciso te levar em um lugar hoje.

David se intrometeu, rapidamente:

- Claro que não, ela vai comigo.

E Arthur se pronunciou novamente com um tom de arrogância:

- Nós já falamos sobre isso, não foi?

Então em meio aquela confusão toda eu falei, desmerecendo qualquer ciúme que havia ali:

- Que lugar é esse?

Os dois pararam com aquela discussão e disseram juntos:

- Em um cemitério.

Todos os meus pensamentos sumiram e minha cabeça ficou em branco. Foi aí que alguém falou, era Allan:

- Você está bem Sara?

Eu não me dei o trabalho de responder, estava totalmente desiludida, será que meus pais estavam enterrados lá? Será que eles morreram mesmo? Minha cabeça só conseguia processar isso. Do nada eu falei em um som de angústia e medo:

- David, relaxa eu vou com ele.

David me olhou com uma cara de espanto, mas concordou afirmando com a cabeça. Eu fui logo passando pela porta, e alguém me interrompeu dizendo com um tom de preocupação, e por incrível que pareça era a voz de Arthur:

- Vai sair sem comer nada?

- Não estou com fome.

- Mas, você vai comer sim, peraí que vou pegar uma maçã pra você.

Ele voltou com a maçã e veio com ela até a minha boca, todos olharam espantados é claro, afinal Arthur nunca demonstrou carinho por mim. Foi quando David disse com um tom cheio de raiva:

- Vocês vão logo, ou vão ficar brincando de mãe e filha.

Eu ri silenciosamente, mas depois tive certeza de que todos ouviram e eu saí pela porta antes que alguém notasse que eu estava morrendo de vontade de rir mais daquela cena patética entre os dois. Arhtur abriu a porta do carro pra mim, bem educado, percorremos uma estrada de barro, mais além da casa dele, uns 10 km, chegamos á um local escuro da floresta, acho que é por isso que chamam de Floresta Negra, só existem locais escuros lá. Estava nevando naquela manhã foi quando chegamos em um cemitério bem no meio da floresta, e antes que eu pudesse tomar conclusões precipitadas, Arthur falou sem nenhum aviso prévio:

- Olha, sei que é triste de dizer mais seus pais morreram e estão enterrados aqui.

Eu olhei para sua expressão pra ver se realmente o que ele disse era verdade, Artur estava sério como sempre, mas preocupado. Eu desci do carro e fui direto até o cemitério, pra ter certeza, eu não conseguia acreditar, minha esperança havia morrido. E com um tom de arrogância eu gritei para ele:

- E porque não me contou, logo de uma vez.

- Eu não sabia que eles estavam mortos.

- É e aquele dia no carro quando você disse pra mim, que não tivesse tanta certeza de que eles estariam vivos.

- É mais eu só queria deixar uma dúvida na sua cabeça. Foi quando David resolveu procurar por aí, enquanto você estava dormindo, e conseguiu a informação que seus pais estavam enterrados aí desde um tempo depois do acidente, uns dois anos depois quando você só tinha 16 anos.

- Desculpe-me é porque não sei o que faço agora.

- Que tal chorar, eu não choro mais você ainda tem esse dom.

- Acha que chorar é um dom?

- Sim, quando nos sentimos tristes, guardamos aquela mágoa em nossos corações. E quando você se transformar não vai ter mais esse dom.

- Você acha mesmo que eu vou me transformar?

- Claro, já está previsto, só não sei como vai acontecer.

- Jennifer irá me morder já sonhei com isso.

Ele ficou espantado, mas continuou com sua pose de garoto amigo. Nós nos sentamos perto do túmulo dos meus pais, no chão e eu comecei a chorar nos ombros deles. Até que depois de chorar bastante ele disse espantado:

- Temos que sair daqui, agora!

Antes que eu pudesse dizer algo ele me pegou pelos braços e me levou em um segundo até o carro e saiu em disparada, e quando eu olhei pra trás, havia quatro lobisomens, um cinza; um meio avermelhado; um branco; e um bem grande cinza com preto.

Chegamos até á casa e Arhtur que veio me puxando pelo braço com violência, eu nem liguei, eu estava pensando eu quanto apavorada eu estava por ver que aqueles lobisomens, eles poderiam ter me matado. Arthur disse, com um tom frustrado:

- Eles estavam lá!

David disse:

- Como?

Ele veio até mim e me perguntou se eles não me machucaram, e eu disse que não, até que Arthur falou:

- Eles a querem, pra poderem saber onde está o baú!

Todos ficaram calados e apreensivos, inclusive Jennifer. Eu decidi falar alguma coisa:

- Eu já sei, eles pensam que eu já me transformei que meus poderes amadureceram e que eu possa ver mais detalhadamente onde está o baú, pois eu me lembro que o Sr. Berry disse que eu só voltasse lá na biblioteca, após minha transformação. Ele acha que vocês estão me mantendo aqui por causa do baú, porque querem saber onde está.

Jennifer disse:

- Até que fim, você disse alguma coisa que ajude.

Eu nem liguei para o que Jennifer havia falado, nós já sabíamos o que o Martin queria e agora só faltava eu me transformar. Então falei em voz alta para que todos pudessem ouvir.

- Tudo bem, agora quem vai me transformar em uma vampira?

Todos ficaram calados, até que eu insisti dizendo:

- E então, David você se ofereceria?

Arhtur falou:

- Não, quem tem que fazer isso é a Jennifer, afinal não foi você mesma quem disse que era ela que te transformava nos seus sonhos.

 Jennifer falou algo:

- Tudo bem to doida pra morder de uma vez essa garota, pra ela não ficar o tempo todo se fazendo de vítima.

Ela veio pra cima de mim com realmente a intenção de me morder, mas David a encarou e ela se sentou no sofá, então ele disse:

- Ninguém vai morder ninguém aqui tá? Se a Sara sonhou com ela virando vampira, quer dizer que ela vai virar uma, mas sem a antecipação das coisas.

Ele veio me dar um beijo, e o recusei dizendo agora não, não to com cabeça. Eu vi quando Arhtur e Jennifer ficaram felizes por isso e começaram a rir da cara dele, já era de tarde e eu resolvi dar um passeio pelo campo. Abri a porta e sentei no meio da grama, mas ainda ouvi Arthur dizendo pra David:

- Agora não, deixa ela esfriar a cabeça. Ou você quer receber outra descartada dessa.

Depois de pensar em como eu iria seguir daqui pra frente sem meus pais, antes pelo menos eu vivia com a esperança de eles ainda estarem vivos, mas agora nem isso eu tenho mais, quando já era de noite eu fui pra minha cama sem dar boa noite a ninguém, percebi que David estava na cozinha e o resto estava na sala, foi quando ouvi Jennifer dizendo pra Arthur:

- Se eu fosse você não perdia a chance de ir lá confortá-la.

Ouvi Arhtur devolvendo pra ela:

- É mais você não sou eu e ela precisa ficar sozinha.

E ela disse novamente em quanto eu estava subindo as escadas:

- É mais o namoradinho maluquinho não pensa assim.

Depois disso não escutei mais nada, fui até minha cama e escutei alguém subindo as escadas era Arhtur, e a sua voz confortante disse:

- Se quiser chorar ainda mais, tem um ombro amigo esperando pra ser usado como apoio.

Deitei-me em seu colo e comecei a chorar novamente, foi quando David entrou com uma bandeja de comida na mão e encarou Arthur e nada contente disse:

- Você não tem nada melhor pra fazer Arthur?

E antes que Arhur respondesse eu disse:

- Chega, já estou sem paciência pra aturar briguinha de vocês e resolvam isso lá fora.

Peguei a bandeja das mãos de David, afinal eu estava com fome e espuçei os dois do meu quarto, fui dormir e sonhei com os mesmos olhos verdes, agora não era mais assustador eu já sabia que eram os de Jennifer, e dormir sem me acordar até o outro dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Postei essa história já a um tempo e ninguém leu mais tudo bem como eu disse vou continuar postando pois algum dia vão ler e essa fic num ai ficar salva no meu computador sem ninguém ler é isso *--*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sara Potter E O Baú Dos Segredos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.