Deus Deve Odiar-me! - 1 Temporada escrita por BouvierDesrosiers


Capítulo 11
Estou cansado de me sentir triste


Notas iniciais do capítulo

Capítulo um pouco divertido... xD Boa leitura :)



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O Jeff tinha razão. O ambiente é agradável. É um bar espaçoso e bastante acolhedor. Não há muita gente nem rapaziada a cair de bêbedos, para meu grande alívio. Não gosto de confusões. A decoração é simples e toda em vários tons de laranja. Tem uma cabine, onde está um rapaz com enormes headphones. Suponho que seja o DJ. O balcão imita a pedra, condizendo com as paredes e com a meia dúzia de mesas, ao lado da pista de dança. Ao fundo existe um espaço mais reservado, com sofás. A música está serena.

De uma porta ao lado do balcão, surgiu um rapaz bem-parecido. Cabelo não muito curto, castanho e algo despenteado propositadamente. Não é tão alto quanto o meu irmão, mas é mais do que eu. Tem olhos castanhos e um ar amistoso. Encaminhou-se na nossa direcção e aproximou-se do Jeff, dando-lhe uma palmadinha nas costas.

- Então, já chegaram! – Disse ele.

- Chegámos agora mesmo. – Referiu o Jeff. – Estes são os meus amigos, a Magda e o Pierre.

- Finalmente tenho o prazer de vos conhecer! – Disse, sorrindo. – Sou o Samuel, mas tratem-me por Sam.

- Olá Sam. – Disse eu, sorrindo. – Tens um bar mesmo simpático.

- Obrigado. – Agradeceu, devolvendo o sorriso. Ouviu-se alguém a chamá-lo. – Se precisarem de alguma coisa, chamem. Ah, e a primeira rodada é por conta da casa!

- Isso é que é falar, Sammy! – Disse o David, animado.

- Vá, estejam à vontade! – Respondeu, afastando-se depois.

Gostei do amigo do Jeff. Olhei à minha volta, procurando pela Vanessa. Convidei-a para vir connosco e ela disse que vinha cá ter, mas pelos vistos ainda não chegou. Caminhei para a beira dos rapazes, que já estavam no balcão a pedir as bebidas.

- À passagem à fase seguinte! – Disse o meu irmão, levantando o copo sendo seguido de todos nós. Brindamos. O shot arde na garganta, mas nem isso nos impede de pedir mais uma rodada.

- É bom que não o deixem beber demais. – Avisei, apontando para o meu irmão. – Ele tem manias estranhas, quando está bêbedo…

- Como por exemplo? – Perguntou o Chuck, fazendo uma cara de assustado.

- Despir-se. – Sussurrei ao ouvido do Chuck, e ele arregalou os olhos e olhou o meu irmão, que abanava a cabeça e se ria.

- É mentira! – Disse o Pierre. – Calúnias!

- Deixem-no beber e depois digam que eu não avisei!

Havia de ser giro, mais uma daquelas cenas em que o meu irmão fica bêbedo e sobe para as mesas a dançar e começa a despir-se. Bem, ele pode aproveitar para fazer isso quando estiver a dar um concerto mas não creio que saísse de lá vivo. As fãs não iriam deixar. Ainda por cima com o meu irmão, que atributos não lhe faltam. Corpo atlético, carisma, energia. Ele vai fazer imenso sucesso com as raparigas, tenho a certeza disso. Aliás, ainda não é famoso e já está a arrancar olhares de um grupo de quatro raparigas que estão na pista de dança.

- Acho que já temos fãs... – Comentou o Jeff, afastando-se do balcão e fazendo um ar de engatatão.

- Eu acho que elas estão a olhar para o Pierre. – Disse o Chuck, parecendo analisar os ângulos. O meu irmão parou de beber e olhou para as raparigas, que cochichavam e sorriam.

- Estão? – Perguntou o Pierre, sorrindo e acenando para elas. Foi sempre tão convencido! – Vamos lá?

- Estou a ir! – Disse Jeff, encaminhando-se para a mesa das raparigas, sendo seguido por Pierre e Chuck que puxou o Seb, quando percebeu que ele se preparava para ficar.

- E tu, não vais ter com as meninas? – Perguntei, num tom irónico a David, que permaneceu encostado ao balcão.

- Não. Devia? – Perguntou, olhando-me.

- Não sei. – Respondi. – Pois, se calhar a tua namoradinha não ia gostar!

- Mas qual namoradinha?! – Perguntou ele, exaltando-se. – Vais voltar a essa histó…

Deixei de o conseguir ouvir. A música “Hot N’ Cold” da Katy Perry abafava qualquer som emitido por nós. Ironia começar a tocar esta música logo agora… Fui tirada do meu devaneio absurdo, quando senti o David a agarra-me o braço e a puxar-me para a zona dos sofás. Sentámo-nos. Aqui, era possível conversar.

- Eu não vou voltar a ter esta conversa contigo. – Avisei.

- Vais! Tu vais ouvir aquilo que tenho para te dizer! – Disse o David. – Eu não sei o quê que o anormal do Dean te andou a dizer… Mas eu e a Nicole não temos nada!

- Não me mintas mais, David. – Pedi. – Não achas que já me desiludiste o suficiente? Eu pensei que tu eras outra pessoa… Que eras querido, sensível, que te importavas com os outros… Mas enganei-me!

- Mas eu…

- Tu és um playboy que não se importa com os sentimentos dos outros! – Interrompi. – Eu já percebi isso! E pára de me tentar enrolar porque eu não vou cair na tua cantiga!

- Mas qual cantiga? Eu não te minto. Nunca o fiz e não será agora que o farei!

- Mentiste. Também vais negar que roubaste a Nicole ao Dean?

- Deixa-me explicar! Não é o que tu estás a pensar!

- Nunca é, pois não, David?

- Neste caso não é! Deixa-me explicar.

- Eu não quero ouvir! – Respondi, levantando-me.

- Mas não é o que tu estás a pensar! – Insistiu o David, levantando-se também. – Por favor, deixa-me contar-te o que realmente aconteceu…

- Desculpa, David… Não consigo!

Sinto-me confusa. Travo uma luta entre a minha cabeça e o meu coração e não sei quem tem razão. O meu coração pede que o ouça, que lhe dê essa chance. A minha cabeça ordena-me que me afaste dele. Por agora, vence a minha cabeça, pois afastei-me dele, caminhando de novo para a beira do balcão. Ele deixou-se cair no sofá e ficou lá. Suspiro.

- Ui, eu conheço esse suspiro!

- Que susto! – Disse eu, levando a mão ao peito. – Finalmente chegaste!

- O aselha do taxista enganou-se na rua. – Resmungou a Vanessa, com ar de tédio, mas logo mudando a expressão para um sorriso. – E quem é aquele gato loiro com quem estavas a falar?

- É o…

- Não me digas… – Interrompeu. – É o David!

- Como sabes? – Perguntei, admirada.

- Fácil. – Sorriu. – Basta ouvir o teu suspirar.

- Oh. – Resmunguei e encolhi os ombros. – Não comeces!

- Nem começo, nem acabo! Tu já sabes o que eu penso.

- Sim, sim. Que eu estou apaixonada por ele… Tu és louca! – Despachei o assunto, puxando-a. – Anda, vou apresentar-te o resto do pessoal!

Embora eu não estivesse com muita vontade de me aproximar daquelas rapariguinhas, em que duas delas se estavam a babar pelo meu irmão, completamente derretidas e as outras duas pelo Jeff, encaminhamo-nos até eles. O Chuck estava com ar aborrecido, apenas abanando a cabeça ao que elas diziam e o Seb olhou-me com ar de quem pedia socorro.

- Desculpem interromper o enc…

- Não interrompem nada! – Interrompeu-me o Seb. – Olá Vanessa! Não se querem juntar a nós?

- Eu vim apresentá-la ao Chuck e ao Jeff. – Respondi. Percebi perfeitamente que o Seb estava a passar mal naquele encontro. Deu-me vontade de rir, mas controlei-me.

O Jeff levantou-se e cumprimentou a Vanessa, com o seu sorriso simpático estampado no rosto, para desagrado das duas raparigas loiras, que estavam à sua beira. Elas fitaram-nos como se nos comessem com os olhos. Sorri para elas de propósito para as provocar. Odeio este tipo de raparigas. O Chuck também se levantou para cumprimentar a Vanessa. Tenho um pressentimento de que estes dois ainda vão dar caso. O Chuck ficou parado a olhar a Vanessa, como se lhe tivessem acabado as pilhas e ela ficou corada e sem jeito. A Vanessa nunca cora, muito menos por causa de um rapaz. Tem demasiado à vontade para tal coisa. Sorrio para o ar. Fazem um casal engraçado.

Começou a soar uma balada e toda a gente se juntou a alguém. A pista estava cheia de casalinhos. As duas “fãs” do meu irmão quase andavam à porrada para decidirem quem dançava com ele. Isto é grave, ele vai ficar ainda mais convencido! O ego dele está do tamanho do mundo.

O Seb puxou-me e fomos para o meio da pista também. A música era realmente calma, o que pedia proximidade entre os pares. Ele agarrou-me e subtilmente colocou as suas mãos na minha cintura. Levei as minhas até aos seus ombros. O ritmo era lento. Por cima do ombro do Seb, vi a Vanessa e o Chuck a dançar juntinhos. Fico feliz por eles se estarem a dar bem e ainda mais ficarei se se conseguirem entender amorosamente. Eles merecem.

Ergui um pouco a cabeça e o Seb estava a sorrir de forma ternurenta, observando-me. Não consigo tirar os meus olhos dos dele. Sem eu contar, ele colou os nossos lábios num beijo rápido mas doce. Sempre achei que os beijos roubados eram os melhores. Mas, de repente, senti o meu coração a parar e a bater depois, a uma velocidade que pensei que me saltaria do peito. Quase involuntariamente olhei à volta, procurando o David mas sem que o Seb se apercebesse. E lá estava ele, encostado ao balcão, imóvel, fitando-nos. Não consigo explicar, mas mal a música parou, afastei-me do Seb, com a desculpa de que tinha de ir à casa de banho. Dirigi-me para a mesma. Apoiei as mãos no lavatório e encarei-me no espelho.

- O quê que se passa contigo? – Perguntei-me, como se o reflexo me fosse responder, dar-me as respostas de que necessito antes de dar em doida.

Passo água pelo rosto e volto para o bar. Caminho para o balcão. Quero beber. Vou beber até cair para o lado. Pelo menos, não penso. Pedi uma vodka e sentei-me num das mesas. Ainda nem bebi e já sinto a cabeça a explodir. Flashes de momentos passados com o David vêm-me à mente. Levo o copo à boca. Quem me dera descobrir as respostas. Os porquês. Eu sempre me dei bem com o David. Conversamos sempre de tudo. Era o meu melhor amigo. Assim como o Sebastien. Mas com o Seb era diferente. Sentia algo diferente por ele. E agora que finalmente tenho o que desejei durante anos… Não sei o que sinto. Sinto-me bem ao seu lado mas…

- Magda? – Chamou o Seb, abanando a mão à frente da minha cara, o que me fez sair do transe. – Estava a chamar-te dali, mas estavas a olhar para o ar!

- Estava distraída, desculpa…

- Não faz mal. – Disse ele, sentando-se na cadeira ao meu lado. Parece-me um pouco incomodado. – Acho que precisamos de falar… Não achas?

- Sim… – Respondi, atrapalhada. Contudo, não sei se estou preparada para falar do que tem acontecido entre nós.

- Bem… Eu… qu-queria… – Soou ele, tropeçando nas palavras. Consigo ver que está nervoso. Eu também. Não tenho jeito para isto. Apetece-me fugir, sair daqui. Não quero ter esta conversa. Não agora.

- Desculpem interromper…

Eu e o Seb olhamos para o rapaz que se aproximou de nós. Eu não me apercebi da sua chegada e pelo ar do Seb, ele também não. Era um rapaz alto, moreno e com um corte de cabelo que me faz lembrar o Adam Lambert.

- Sim? – Perguntou o Seb, de sobrancelha erguida, soando aborrecido.

- Vocês conhecem aquele rapaz ali, não conhecem? – Perguntou, apontando na direcção do meu irmão, do David e do Jeff, que estavam a dançar como se fossem maluquinhos.

- Conhecemos, mas a qual deles estás a referir-te? – Perguntei.

- Ao moreno.

- Ah, é meu irmão. Porquê?

- E… – Soou ele, alternando o olhar entre ele e nós. – Ele tem namorada?

- What the f… – Disse o Seb, de olhos esbugalhados. Calquei-lhe o pé, para que se calasse.

- Não tem namorada… – Informei, tentando ser o mais simpática possível. – Desculpa… Mas ele não joga nesse campeonato…

- Ah... – Entoou o rapaz, ficando corado. – Desculpem… É que acho-o lindo e… Bem, pensei que talvez pudesse conhecê-lo… E quem sabe…

- Lamento… – Disse eu, fazendo um sorriso meigo. Fiquei com pena do rapaz, mas logo tinha de escolher o Pierre. De repente, surgiu-me uma ideia e como falo mais depressa do que penso... – Mas olha, talvez tenhas sorte com o loiro.

- Ele…?

- Aproveita! – Encorajei. O Seb virou a cara para o lado, tentando não se rir. – Mas vai com calma, ele ainda não se assumiu… É tímido.. Sabes como é!

- Sei. Obrigado! – Disse o rapaz, afastando-se e indo na direcção do David.

- Tu és terrível! – Comentou o Seb, rindo. – Lembra-me de nunca discutir contigo.

Ri-me. Eu sei que estou a ser má, não só para o David como para o rapaz. Mas porque não? Ficamos atentos ao que estava a acontecer. O Jeff e o meu irmão voltaram a ir dançar com as raparigas e como o Chuck, para meu espanto, estava na zona dos sofás a conversar animadamente com a Vanessa, o David ficou sozinho com o rapaz.

Estavam a conversar e o David até parecia estar a ser simpático. Parece que também consegue fazer disso. Ao fim de algum tempo, reparei que o David finalmente percebeu as intenções do moço, quando este lhe começou a passar a mão pelo braço e a aproximar-se mais dele. O pânico do David deu-me vontade de rir. O Seb também não se controlou. Era impossível controlar o riso ao ver aquela cena.

O rapaz afastou-se, pois o David deve-lhe ter dito que estava com a pessoa errada. O Jeff e o Pierre também se aperceberam e também se estavam a rir. A cara do David foi algo impagável de se ver! Ele é capaz de estar um bocadinho chateado. Talvez eu devesse fugir!

O David olhou na nossa direcção e caminhou até nós, com ar sério. Acho que estou em maus lençóis! Ainda assim, não consigo parar de rir. Quando chegou à nossa beira, começou a resmungar e ainda ficou pior por eu e o Seb apenas nos rirmos.

- Foste tu! Eu sei que foste!

- David, tem calma! – Pediu Seb, tentando ficar sério, mas inutilmente, acabando por se rir.

Fiquei a olhar para o David. Ele está mesmo chateado. Franze os olhos ao fitar-me. Senti o coração acelerar, perante o seu olhar intenso. Serão remorosos por causa da brincadeira? Não. Então, o que é?

Reparei que por momentos desviou o olhar para o Seb. Vi que a expressão do rosto do David mudou. Senti o coração a amarfanhar. Não me parece mais a expressão chateada de antes, mas sim uma expressão amargurada. Talvez eu tenha ido longe demais na brincadeira e ele tenha ficado magoado comigo.

 Decidi pedir desculpa, mas quando ia a falar, apareceu o Dean à nossa beira. Não sabia que ele cá estava e não me parece que isto vá correr bem, pois o David deitou-lhe um olhar que quase o fuzilava.

- Oh Desrosiers, não sabia que eras desses! – Comentou o Dean, rindo.

- O quê que estás a insinuar? – Perguntou o David, irritando-se.

- Nada. Toda a gente viu!

- Mas qual é o teu problema? – Perguntou o David, aproximando-se do Dean, que o encarou.

- Nenhum. Tu é que parece que estás muito nervosinho. – Respondeu o Dean, com ar mais sério.

- Tenham lá calma! – Pediu o Seb, levantando-se e tentando afastá-los.

- Eu estou calmo. – Disse o Dean, levantando os braços. – O teu amigo é que parece que não reagiu muito bem à tampa do namoradinho.

O David afastou o Seb e agiu tão rapidamente que quando me apercebi, o Dean estava no chão agarrado à cara. Afastou a mão e podia ver-se o sangue a escorrer pelo nariz e pela boca, tal o soco que levou. Levantou-se e ia na direcção do David, mas o Seb agarrou-o. O Pierre e o Jeff viram o que estava a acontecer e correram, agarrando o David.

- Diz lá isso outra vez! – Gritou o David, tentando livrar-se do Jeff e do Pierre.

- Pára quieto, Dave! – Pediu o Jeff.

- Tu não ouviste o que esse idiota disse! – Resmungou o David.

- Eu só constatei factos! – Defendeu-se Dean, preocupando-se agora mais com o sangue que estava a perder.

- Larguem-me! – Exigiu David, estrebuchando. – Eu dou-te os factos, dou!

Do fundo do balcão, apareceu o Sam, que fez sinal ao segurança para o acompanhar.

- Tu outra vez, Dean? – Perguntou o Sam. – Só arranjas confusão!

- Eu fui agredido! Não estás a ver? – Disse Dean, apontando para a cara.

- Estou, estou. E deves ter merecido! – Contrapôs o Sam. – Agora se fazes o favor, põe-te a andar, antes que leves outro!

O Dean ainda barafustou, mas o segurança agarrou-o pelo braço e levou-o até à rua. O David livrou-se bruscamente dos braços do meu irmão e do Jeff, que ainda o estavam a agarrar. Sinto-me culpada. Como é que uma pequena partida pôde dar nesta confusão toda? O David afastou-se e caminhou para a porta de saída, mas o Pierre agarrou-o.

- Não vais atrás dele, pois não?

- Não! – Respondeu, rudemente. – Vou para casa! Não estou aqui a fazer nada!

Antes de sair, olhou para mim por segundos e depois virou costas, caminhando para fora do bar. Deixei-me cair na cadeira, e apoia a cabeça na mão, respirando fundo. O quê que quis dizer aquele olhar? Estará assim tão chateado comigo?

- Este gajo é sempre a mesma coisa. – Comentou o Sam. – Já não é a primeira vez que arranja confusão.

Não é? O Dean, em confusões? Ele parece-me tão calmo e tão pacato. Ou estou enganada? Também me parece que o Sam não gosta muito dele. Será que o David tinha razão? Quando penso que não posso ficar mais confusa, eis que fico. Tapo a cara com as mãos e logo a seguir sinto umas mãos puxarem-me os braços. Abro os olhos. Era o Seb.

- Eu avisei! – Resmungou o Pierre. – Eu disse-te que não queria que te desses com ele!

- Percebes agora, por que te avisamos? – Perguntou o Seb, carinhosamente. – Ele não é de confiança. Nunca foi.

- Sim. – Respondi e abracei-o. – Desculpem.

- Ouve o que te dizemos!

- Pierre, já chega. Ela já entendeu! – Declarou o Jeff.

Acenei com a cabeça. Sei que neles posso confiar cegamente. E agora tenho de pedir desculpa ao David. Ele avisou-me e eu ainda me virei contra ele. Acho que está na hora de ouvir o que ele tinha para me dizer. Já não sei se o que o Dean me contou é verdade. Posso estar a ser injusta demais com o David e não quero isso. Não consigo explicar, mas sinto que preciso dele.

- Então, o quê que se passa aqui? – Perguntou o Chuck, que se tinha aproximado juntamente com a Vanessa. – O David?

- A sério? – Perguntou o Pierre, fazendo cara de aparvalhado. – A sério que não se aperceberam do que aconteceu?

- De quê que estás a falar? – Perguntou a Vanessa, confusa. – O quê que aconteceu?

Ficamos todos a olhá-los, com ar de espanto. Como é que é possível não terem ouvido nem visto nada? Um homossexual meteu-se com o David, ele resmungou connosco, houve porrada… E eles não se aperceberam? Ri-me sozinha, com o ar envergonhado deles os dois. Nem quero saber o estiveram a fazer!



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