Esperando O Fim escrita por Chiisana Hana


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Considerações iniciais: O que vai acontecer aqui é uma sequência dos eventos das fanfics "O Casamento" e "Escute Seu Coração", então é altamente recomendável ter lido as duas. Seria interessante ter lido também "Sorrisos, Segredos e Enganos", que complementa a história.
A história começa exatamente depois dos fatos do epílogo de "Escute Seu Coração", então é bom dar uma lida nele para relembrar.
Sobre o título, escolhi "Esperando o Fim" porque sempre que eu começava a escrever algo dessa história, lembrava duas músicas: "Waiting for the End", do Linkin Park, e "I Still Haven't Found What I'm Looking For", do U2. O espírito dessa fic está contido nessas duas letras.
Como já deu pra notar, optei por não fazer essa continuação em formato de roteiro, porque a narração se encaixa melhor no que eu pretendo fazer.
Pra terminar, eu só ia postar quando tivesse uns dez capítulos prontos, mas a estreia de Saint Seiya Omega me empolgou tanto que resolvi começar agora, com quatro e meio escritos...
É isso, pessoal!
Boa leitura!



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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. O resto é meu, e eu não ganho nada além de diversão.

ESPERANDO O FIM

Chiisana Hana

 

"A parte mais difícil do final é começar de novo."(1)

 

Capítulo I

Lima, Peru.

"Esmeralda, eu vou tirar você daquela ilha... eu prometo", Ikki pensou enquanto deixava o aeroporto. Hospedou-se numa pousada ali perto apenas para o pernoite. Deitou-se na cama um tanto desconfortável mas limpa, entretanto não conseguiu dormir. Tirou um pequeno cochilo e acordou sobressaltado, tamanha era a ansiedade que sentia.

— Vou enlouquecer se ficar aqui – ele murmurou depois de alguns minutos e resolveu sair para dar uma volta. Caminhar sozinho, sem rumo, sempre foi uma das coisas que ele mais gostava de fazer. Antes, porém, resolveu ligar para Shun. Normalmente não se importaria em dar notícias a ninguém, mas dessa vez sentiu vontade de fazê-lo, não sabia o porquê.

— Ikki! – surpreendeu-se o outro ao atender o telefonema. – Onde você está? Está tudo bem? Você não devia ter voltado a fazer essas coisas comigo... Sumir não é nada legal.

— Acabou o sermão, moleque?

— Desculpa… Eu estou preocupado com você.

— Estou bem, não se preocupe. Só liguei pra você saber disso.

— E onde você está?

— Por aí, cara. Tenho uma coisa importante para resolver. Só posso dizer que se tudo der certo, não vou demorar a voltar, ok?

— Está bem – suspirou o mais novo. – O que é eu posso fazer, afinal? Você é assim mesmo.

— E você, como vai?

— É... estou levando... – disse o garoto com a voz embargada. – É difícil sem você... sem vocês.

— Deixa de drama, você tem o Shiryu e o pateta do Seiya sempre por perto.

— Não tenho, não. Os dois ficaram em Atenas, o Seiya por tempo indeterminado.

— O que deu no pangaré? – perguntou impulsivamente, mas logo ele mesmo deu a resposta. – O de sempre, claro... Senhorita Saori.

— Sim. Você sabe, eles ainda têm algo mal resolvido...

— Aqueles dois precisam é tomar jeito... Bom, era isso, irmão. Até mais.

— Até, Ikki – despediu-se o garoto, sem conseguir mais conter as lágrimas. – Cuide-se.

"Pelo menos dessa vez ele deu sinal de vida", pensou, enxugando o rosto. June veio para a sala e, pela expressão do namorado, deduziu com quem ele estava falando. Abraçou-o carinhosamente.

— Meu querido – disse ela, acariciando os cabelos claros de Shun. – Esse seu irmão, hein? Você não devia ficar tão mal, você sabe que ele é assim mesmo. Logo, logo ele volta.

— Não é só isso que está mexendo comigo, June – ele disse, aconchegando-se no colo dela. – Eu acho que devia estar lá em Atenas com o pessoal.

— Mas e a escola, as aulas de piano?

— Quando for possível eu retomo, Ju. Agora sinto que preciso estar lá com eles, cumprindo meu dever de cavaleiro.

— Que dever, meu amor? O mundo está em paz.

— Eu não sei explicar, apenas sinto... Você vai comigo?

— Claro, meu bem. Se é isso que deseja, então vamos voltar. Afinal, também sou uma amazona de Athena, não é?

Os dois sorriram cúmplices e permaneceram abraçados por mais alguns minutos.

— É bom estarmos juntos – Shun disse. – Seria ainda mais difícil sem você.

June o abraça mais forte.

“Sim, é muito bom”, ela pensou. “É bom que eu esteja aqui cuidando de você como sempre fiz desde a ilha de Andrômeda”.

—S-A-I-N-T-S-

Atenas, Grécia.

No quarto de hóspedes da casa de Dohko, onde têm vivido nos últimos meses, Shiryu e Shunrei descansam.

— Não está sentindo falta da nossa casa no Japão? – ele perguntou a certa altura.

— De verdade? Não. Gosto de estarmos os três juntos de novo, eu, você e o Mestre. Me sinto em casa assim, Shi. Estou tão à vontade que até já comecei uma horta no quintal.

Shiryu sorriu ternamente. Amava nela essa capacidade de encarar com serenidade as mudanças e aceitá-las, de ser feliz com pequenas coisas.

— Você gostaria de morar aqui definitivamente? – ele perguntou.

 

— Hum... acho que sim – ela respondeu depois de pensar um pouco. – Você sabe, se estivermos juntos não importa muito onde moramos, mas aqui é um bom lugar e ainda é perto do Mestre.

— Eu sei, mas tínhamos acabado de nos mudar para a casa nova em Tóquio. Seria prudente mudarmos de novo?

— Você quer ficar aqui por causa da Saori, não é? – Shunrei arguiu, intuindo a razão pela qual o marido puxou aquele assunto. Conhecia-o tão bem que sabia que ele estava mais preocupado com a deusa do que procurava aparentar.

Ele suspirou longamente.

— Não tem como esconder nada de você, não é mesmo?

Shunrei assentiu e ele continuou:

— Você acha que não há perigo nenhum e que o Julian está mantendo a Saori presa por simples pressão psicológica?

— Acho – ela respondeu com firmeza. – Uma mulher é capaz de muita coisa para proteger as pessoas que ama, inclusive de se prender a um homem a quem não ama.

— Não consigo entender...

— É muito simples! De alguma forma, ele a convenceu que pode fazer mal a vocês.

— Não pode ser só isso, Shunrei.

— Pois eu aposto que é.

— Estou preocupado com ela e com o Seiya. Acho que devíamos ficar aqui e tentar ajudá-los de alguma forma, mas se você quiser voltar...

— Por mim está tudo bem – ela interrompeu –, eu sei que é importante pra você e também quero ajudar os dois. Aliás, eu tive uma ideia...

— Ah, é? Então me conte.

— Veja só…

Shiryu ouviu com atenção todo o plano arquitetado por Shunrei. Não estava muito certo de que seria uma boa ideia, mas com certeza era algo que podia ser trabalhado.

—S-A-I-N-T-S-

Mansão Solo, Atenas.

Em sua suíte, Saori se exasperava ao telefone.

— Tatsumi, eu já disse que não vou voltar agora! Não insista!

— Mas senhorita...

— Não vou voltar para o Japão, Tatsumi! Eu não posso!

— Então quer que eu vá para Atenas? – o mordomo questionou.

A herdeira de Mitsumasa Kido era quase como uma filha para ele, e apenas pela entonação ele sabia que não se tratava de capricho dela, havia algo de muito errado nessa história. Ela soava aterrorizada e ele sentia que precisava fazer alguma coisa.

Saori ponderou um momento. Seria bom ter Tatsumi por perto. Ele sempre fora muito mais que um mordomo e ela mesma já havia afirmado isso para Julian em diversas ocasiões.

— Bom, você faria isso? – ela perguntou, agora mais calma.

— Mas é claro, senhorita.

— Então, venha, Tatsumi.

— Sim, senhorita. Chegarei o mais rápido possível.

— Obrigada.

— Ehr... senhorita... – ele disse, hesitante. – Seria possível levar comigo...

— Sua namorada? – Saori interrompeu. – Traga, Tatsumi, traga ela.

Quase no mesmo instante que ela desligou o aparelho, Julian entrou no quarto.

— Por acaso está sendo mal servida em minha casa? – ele perguntou.

— De forma alguma, meu senhor – Saori respondeu, curvando-se e fazendo uma reverência irônica.

— Então por que pediu ao seu mordomo que viesse?

Ela prosseguiu em tom irônico:

— Que bonito ouvir a conversa alheia atrás da porta, senhor meu noivo. Que bonito. Parabéns.

— Não respondeu minha pergunta.

— Primeiro, não chamei o Tatsumi. Ele fez questão de vir. Segundo, já lhe falei mais de mil vezes que ele não é um simples mordomo, ele é a minha família.

— Pois bem, se é isso que quer, assim seja. Providenciarei aposentos adequados para ele e a – fez uma expressão de asco – namorada no setor dos empregados.

— De forma alguma! Quero os dois aqui, num dos quartos de hóspedes, de preferência o vizinho ao meu.

Julian deu um sorrisinho que Saori considerou irritante.

— Certo, senhora minha noiva – ele continuou rindo. – Atenderei aos seus caprichos.

— Não espere que eu agradeça por isso.

— Eu não sou tão ingênuo assim – ele disse e fechou a porta atrás de si. Saori observou que, como vinha fazendo há dias, ele girou a chave pelo lado de fora.

—S-A-I-N-T-S-

Los Angeles, Estados Unidos.

Hyoga e Rumiko deixaram o restaurante onde jantavam, mas o clima entre eles não era dos melhores.

— Pelo amor de Deus – implorou a moça, enquanto caminhavam pela rua –, vamos pegar um táxi. Eu não aguento esse frio.

Hyoga gostava de caminhar no inverno, achava que seria melhor ainda se estivesse nevando, mas acabou cedendo e chamou um táxi. Dentro do carro, a moça manteve o semblante fechado.

— O que houve? – ele perguntou a Rumiko, estranhando o comportamento da japonesa que normalmente era muito falante.

Ela dirigiu a Hyoga um olhar ofendido.

— E você ainda pergunta?

— Se eu soubesse não perguntaria, né?

— Você passou a noite inteira flertando com aquela garçonete! E na minha frente! Não teve a decência de disfarçar!

— Ah, foi isso? Por favor, né, Rumiko? Não é pra tanto! A moça só quis ser gentil e eu retribuí a gentileza. Além do mais, gostei muito de ser reconhecido por ela.

— Gentil, Hyoga? Não me venha com essa!

— Ora, vamos lá, deixe de invenção. Não aconteceu nada demais.

— E o papelzinho que ela colocou na sua mão? Acha que eu não vi? Com certeza era o telefone dela.

— Eu nem percebi, Rumiko!

— Joga fora – ela disse, incisiva.

— O quê?

— O papel, ora essa. Joga agora, quero ver você jogar fora o telefone da vadia.

— Rumiko, olha o escândalo que você está fazendo por nada...

— Não importa, tira o papel do bolso e joga pela janela.

Irritado, ele fez o que Rumiko queria. Segundos depois, mandou o taxista parar e abriu a porta do carro.

— Aonde vai? – Rumiko perguntou.

— Não interessa – ele disse e desceu do carro, não sem antes deixar uma nota de cem dólares para o taxista e dar-lhe instruções para levar a moça onde ela desejasse.

— Hyoga! – vociferou Rumiko. – Volta para o carro!

— Eu quero ficar sozinho – ele respondeu e seguiu andando. Caminhou um pouco mais sem destino, sentindo o vento frio no rosto, até resolver voltar ao restaurante.

—S-A-I-N-T-S-

Atenas, Grécia.

— Julian, eu quero sair! – Saori implorou quando o noivo entrou no quarto no começo da tarde.

— Aonde quer ir, senhora minha noiva?

— Quero ir ao condomínio ver a Shunrei! – ela respondeu. – Ela me ligou agora há pouco. Fiquei tão feliz, Julian! Preciso mesmo vê-la. Preciso de um pouco de ar!

A deusa já estava mesmo maquinando um jeito de conversar com Dohko e alegrou-se quando Shunrei, por coincidência ou não, telefonou, criando-lhe a oportunidade.

— Eu a acompanho – Julian disse, desconfiado.

— Está bem – Saori respondeu, segurando o braço dele. – Já estou pronta. Vamos?

Julian surpreendeu-se. Esperava que Saori protestasse, mas ela parecia satisfeita por ter companhia.

No condomínio, foram diretamente para a casa de Dohko, onde o criado os recebeu e subiu para chamar Shunrei. Desceu pouco depois, informando que a chinesa logo desceria. De modo casual, Saori perguntou por Dohko.

— O senhor Dohko não se encontra – informou o criado.

— Ah, mas que pena que não vou vê-lo – lamentou-se a deusa, sinceramente. – Será que ele demora?

— Creio que sim, senhorita. Ele saiu com os senhores Shiryu e Seiya.

À menção do nome do cavaleiro de Pégasus, Julian sentiu um tremor de raiva percorrer-lhe face. Observou a reação de Saori e não notou qualquer alteração nela.

Alguns minutos depois, Shunrei finalmente apareceu no alto da escada.

— Saori! – ela exclamou com alegria.

— Shunrei!

O olhar de Saori iluminou-se. A chinesa desceu e as duas trocaram um abraço.

— Temos tanta coisa para conversar! – Shunrei exclamou.

— É verdade. Mal tivemos tempo de conversar na última festa.

— Ah, sim, todo mundo requisitando você! Tanta gente conversando, querendo chamar sua atenção. Não deve ser muito fácil ser deusa!

— Verdade – assentiu Saori. O comentário perspicaz de Shunrei seria bom para Julian acreditar que ela passou mais tempo na festa do que realmente ficou.

— Você vai ficar para o almoço, não vai? – Shunrei perguntou deliberadamente excluindo Julian. –Vou adorar ter sua companhia. Os rapazes foram ao Santuário e só vão chegar no final da tarde!

Julian pigarreou em sinal de advertência para Saori. Ela entendeu.

— Acho que seria mais interessante se saíssemos – Saori disse, sabendo que a mera possibilidade de Seiya aparecer na casa seria um empecilho para Julian permitir que ficasse.

— Por que não passam o dia no shopping? – Julian sugeriu. – Eu deixo vocês duas lá.

— Ótima ideia! – Shunrei assentiu, percebendo que Julian seria difícil de convencer. – Só vou colocar uma roupa melhorzinha, certo? Fiquem à vontade, eu não demoro.

— Obrigada, Shunrei.

— Você não vai ficar grudado na gente, vai? – Saori perguntou assim que Shunrei subiu.

— Teria algum problema?

— Claro que teria, Julian. É muito chato. Shunrei é minha amiga, quero conversar com ela e ela jamais ficaria à vontade com você no pé. Além do mais, se vamos ao shopping, com o que você se preocupa, afinal? Acha que eu vou sair correndo como uma louca?

— Está bem, Saori, não vou ficar com vocês. Mas o meu motorista vai ficar lá esperando-as. Se você não voltar, sabe que haverá consequências.

— Claro, meu querido, claro. Sei muito bem. Não se preocupe. É só um passeio.

Lá em cima, Shunrei rabiscou um bilhete para Shiryu e trocou o conjunto de seda chinesa que usava por um vestido leve, já que usou essa desculpa para subir, sendo que o verdadeiro motivo era deixar o recado para o marido. Pouco depois, ela desceu e Saori observou que uma pequena barriguinha já despontava. Sentiu um aperto no peito. Em breve a sua estaria do mesmo jeito...

Julian levou as duas até o shopping conforme prometeu.

— O motorista vai me levar para casa, depois volta para esperar vocês – Julian repetiu, quando elas desceram do carro.

— Eu já sei – Saori respondeu contrariada e deu um beijo no noivo, antecipando-se ao pedido que ele certamente faria.

Quando Julian finalmente foi embora, ela deu um suspiro aliviado.

— Agora me conte o que está acontecendo – Shunrei disse antes mesmo de Saori pensar em falar alguma coisa.

— Bom, eu vou ser bem direta. Até porque com certeza o Julian vai mandar alguém para nos observar muito em breve, então é melhor falar logo.

Ela respirou fundo e soltou a bomba:

— Estou grávida.

— Imaginei que estivesse – Shunrei disse e sorriu com cumplicidade. – Eu vi como você olhou para mim. Mas creio que o problema não é exatamente esse, é?

— É... é que o pai pode ser o Seiya...

— Isso eu também imaginava...

— Mas como eu vou esconder isso do Julian? Se for do Seiya, só um milagre para o bebê não nascer com feições orientais!

— Sim, mas ainda há outra coisa, não? – Shunrei resolveu insistir. Queria saber tudo. – Falo sobre você e o Julian. O relacionamento de vocês parece um tanto estranho.

Saori ficou claramente nervosa.

— Estranho? – retrucou, hesitante. – Imagina! Ele é só um pouco irritante às vezes, mas está tudo bem.

— Às vezes? Pelo amor de Deus, Saori, me diga a verdade. Por que você está com ele? Está mais do que claro que você não o ama. E seja lá o que ele sente por você, não parece ser um sentimento muito saudável.

— Isso é outra questão, Shunrei. Agora eu preciso resolver o problema do bebê.

— A solução para tudo passa necessariamente por essa questão.

— Como assim?

— Ora, a solução é deixar o Julian e ficar com o pai do seu filho, que é o homem que você ama e que também a ama. Simples assim.

— Não, não é simples... você não entenderia... Eu não posso deixar o Julian.

— Por que não? Do que você tem medo?

Saori surpreendeu-se por estar tão claro o que sentia. Hesitou em responder. Preocupar Shunrei não seria uma coisa certa a fazer, mas sabia que ela não desistiria tão facilmente.

— Eu não posso colocar as vidas de vocês em risco outra vez – Saori finalmente confessou. – Não agora que tudo se ajeitou.

Shunrei compadeceu-se mais do tom aterrorizado da outra que da remota possibilidade de colocar a vida de alguém em risco.

— Não existe esse risco, Saori – ela disse. – O Mestre me garantiu que não vai acontecer nada.

— Ele garantiu? – surpreendeu-se Saori.

— Sim. Conversamos sobre isso e ele me garantiu que não há perigo. Se é por isso que está com Julian, e eu tenho certeza que é, não tem fundamento.

— Não, o Julian me disse que começaria outra guerra se eu o deixasse, ele me disse. E eu sei que ele pode. Não quero que os rapazes se envolvam nisso, não agora que estão cuidando das vidas deles. Shiryu e Hyoga vão ser pais!

— E talvez o Seiya também – completou Shunrei –, embora ele não saiba.

— E nem vai saber! Você não vai contar, vai?

— De jeito nenhum. Mas Saori, não tem risco. Você tem que pensar na sua vida e na do seu filho também.

— Eu não posso, Shunrei...

— Você pode. Eu vou ajudar você.

— Como?

— Você vai ver. Venha comigo...

Continua...

 


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Notas finais do capítulo

(1) Linkin Park, Waiting for the End.



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