- Eu já volto. – disse James ao meu lado, assenti vendo os meninos concentrados no filme de terror que estávamos assistindo.

- Luna, tem mais pipoca? – perguntou Ryan.

- Sim, a de micro-ondas. – Ry se levantou indo em direção à cozinha, provavelmente iria fazer mais algumas pipocas para nós. Olhei de relance e David já estava no quinto sono, esse garoto não pode se ajeitar em um sofá ou cama que acaba dormindo.

Estava veio tenso ali, eu morria de medo de filme de terror e James e nem Ryan voltaram, estranho. Tentei prestar atenção no filme ao invés de me perder em meus pensamentos. Depois de alguns segundos, o telefone tocou. Levantei-me indo direção ao aparelho e o atendi.

- Sete dias... – disse uma voz meio rouca e estranha.

- O que? Ah, quem tá falando? – perguntei, firme.

- Você tem sete dias... – disse a voz, novamente. Já estava começando a ficar irritada. Olhei para a cozinha e nada de Ryan, logo a televisão fez um barulho irritante, quando olhei, era apenas o  filme, em uma das cenas que a televisão fica chiada. Ah sim... Havia me tocado que o telefonema era relacionado a isso.

- James, para de graça! – disse séria.

- Argg, sua chata! – e desligou.

Ryan voltou rindo de um dos corredores da minha cara com Ryan, que estava segurando um pacote cheio de pipocas já prontas.

- Há, há, há... Engraçadinhos! – comentei, ao vê-los.

- Você bem que poderia ter caído, nós estávamos filmando. – mostrou-me James, uma câmera atrás de suas costas.

Finalmente, tudo em paz e sem telefonemas maníacos no meio do filme, voltamos a vê-lo.

(...)

- O que vamos fazer agora?

- Não sei, que tal sair? – respondi a David.

- Certo, vamos sair do fim do mundo que é esse lugar. Será que encontramos alguma casa noturna por aqui?

- Não sei, mas já é quase 20hrs e então, acho que se procurarmos, vamos achar. – sorri.

Dito e feito, todos já estavam prontos em menos de uma hora, não sabíamos para onde realmente iríamos, porém, seria isso.

22:16 p.m, Los Angeles.

Pov's James On.

- Anda logo, cara. – disse David, me apressando, como sempre.

- Cala a boca, se eu fizer algum barulhinho aqui, tá tudo ferrado. – entrei pelos fundos de minha casa para que minha mãe não me visse. Logan que agora estava conosco, me ajudou a tirar o carro dá garagem sem eu ter que liga-lo, para evitar o barulho.

- Vamos logo antes que notem a gente. – disse apressadamente entrando no carro e logo, saindo dali o mais rápido que pude.

- Tá, ótimo, já saímos e estamos aqui na esquina com o carro ainda ligado sem saber para onde ir, eu não me arrumei atoa e eu não sei para onde vocês estão me levanto com um carro na mão de um garoto que nem ao menos tem uma licença. – Luna, disse surtando no banco de trás do carro. Essa garota é birrenta mesmo! Eu sorri.

- Relaxa, estaremos de volta antes mesmo do sol das cinco. – partimos em direção a uma das ruas mais movimentadas de Los Angeles, o que me fez ficar um pouco tenso, por mais que eu já pudesse dirigir, ainda não tinha tirado a minha carta oficialmente.

Depois de uma meia hora – e mais algumas reclamações de Luna -, estávamos em frente a uma boate, pelo menos, a única que era mais próxima. Assim que entramos, já pude inalar aquele cheiro de bebida alcoólica em qualquer um que passasse pela minha frente. Ryan arrastou Luna até a pista de dança – confesso que fiquei meio com ciúmes, mas não vamos falar sobre isso agora -, já eu e outros meninos fomos em direção ao bar.

- Então, o que os gatinhos iram querer? – perguntou a garçonete com um enorme decote do outro lado do balcão, Logan só faltou voar em cima dela.

- Uma dose de tequila e quem sabe, o seu telefone. – disse David, revirei os olhos e pedi o mesmo. Peguei aquele copo de tequila e virei com tudo fazendo minha garganta queimar. Enquanto os dois babacas – David e Logan – se divertiam com a “moça” do bar, fui atrás de Luna, que nessas horas já estava sem o Ryan. A abracei por trás.

- Nossa, que susto. – disse ao sentir minhas mãos em contato com a sua pele.

- Calma, sou só eu. – sorri e ela riu fraco.

- Vem, vamos dançar. – Luna me puxou novamente até a pista em que estava com Ryan minutos atrás, começamos a dançar uma música dá Dev com Timbaland, Don’t Hurt It.

A música um tanto quanto “animadinha”, deixou Luna com uma certa liberdade que nunca tinha visto nela. Bom, não posso negar que estava amando aquilo.

Yeah, Timbo em seu quintal

Trouxe as garotas, trouxe o álcool

E me divirto para valer

Gosto quando começam a tirar a blusa

E você diz que não faz coisa errada

E você adora a rebatida

Sem pensar muito, choquei meu corpo com o dela e roubei-lhe um beijo voraz, ao menos, não me importava naquele momento se aqueles três estariam olhando para nós, o mesmo foi quebrado pela maldita falta de ar e ficamos ali, um fitando o outro enquanto nossos corpos se mexiam por conta própria. Quando a música acabou, fomos para perto de alguns puffs que ficava logo à frente.

- Eu já volto. – disse Luna, antes que ela pudesse se levantar, a puxei colando nossos lábios e ao separarmos ela saiu rindo em direção ao bar.

A fitando de longe, vi ela pedindo um drink no bar ao lado de David, que ainda paquerava a loira do bar. Esse aí não tem vergonha na cara mesmo. – pensei comigo e depois ri. Meu sorriso se desmanchou ao ver um cara alto e moreno se aproximar de Luna, coisa que eu não gostei muito, mas resolvi ficar na minha, pois ela já estava voltando. O mesmo a puxou pelo braço e pude ouvi-la falar um “me solta, seu babaca!”.

Fui em direção dos dois com a raiva já brotando em minha face e eu não sei o que deu em mim, mas empurrei aquele cara com tanto força que ele foi parar de costas para o balcão, provavelmente havia batido as coisas.

- Ei cara, o que você está fazendo com ela? – perguntei indo pra cima dele.

- O que? Ah sim, saí daqui otário, não tá vendo que eu estou querendo conversar com aquela ali.

- Cala a tua boca! – disse dando-lhe um soco no rosto, o mesmo levou a mão até um de seus olhos, irritavelmente.

- Cara, vadias como essa você encontra em qualquer lugar. – Ele me empurrou, revidando o soco que havia lhe dado, me fazendo ver estrelinhas e voltar à realidade em questão de segundos. Luna tentava me acalmar, o que não estava adiantando muito.

- Vadia? Você só pode estar brincando com a minha paciência mesmo! – fui pra cima dele novamente, dando alguns chutes em seu estomago, o cara que tinha um pose de valentão estava agora no chão, gemendo de dor enquanto eu o batia sem dó, minha raiva era visível.

Logan e Ryan me puxaram pra cima daquele otário dizendo que precisávamos ir o mais rápido possível antes que aqueles seguranças nos pegassem ali.

  - Vamos cara! – disse David.

- Vem Luna, vamos embora. – a chamei e ela me acompanhou sem dizer uma palavra. Entrei no carro batendo a porta com força. Meu olho esquerdo estava com um formigamento não muito confortável, o fechava para tentar dar um basta no formigamento e com o tempo foi melhorando.

- Nossa cara, o que foi aquilo? Ainda bem que saímos antes mesmo daqueles tios enormes virem pra cima de nós. – comentou, David.

- Ah claro, pensa que eu não vi você e aquela loira no bar? – disse Ry, debochando do mesmo.

- Isso aí, vai rindo, mas pelo menos eu consegui um bom papo e um telefone. – David tirou um papel do bolso o abrindo, sim, havia um número ali. Luna bufou e revirou os olhos. Ela tinha ciúmes de todos nós e isso era estranho, mas ao mesmo tempo fofo vindo dela. É bom quando vemos uma pessoa sentir ciúmes de você, mas quando é você que está sentindo...

- Para aí, James!

- Tudo bem, Luna. – estacionei o carro e olhei para ela.

- O que você vai fazer aí? – perguntei, me referindo a uma das lojas.

- Relaxa... – revirei os olhos.

- Logan, dá licença, eu preciso passar. – Luna pulou os bancos e saiu pela porta do passageiro, logo adentrando na loja. Eu não sabia o que ela iria fazer, mas como ela é meio doidinha dá cabeça às vezes, eu nem quero imaginar!