(...)

Acordei com raios de luz que entrava nas pequenas janelas da casinha, James ainda estava dormindo como um anjo. Tão calmo como sua respiração agora. Ainda não tinha esquecido o que aconteceu de madrugada, mas preferi não ficar tocando no assunto.

Me levantei com um pouco de dificuldade para não acordar James, o que foi em vão, pois o mesmo foi abrindo os olhos calmamente e logo em seguida os fechando por conta dá claridade.

- James, nós precisamos ir. – comentei vendo ele se espreguiçar.

- Tudo bem. – James se levantou e eu arrumar e pegar os travesseiros que havia trazido. Olhei em volta e nada de achar o James, abri um pouco à janelinha e o vi de costas em uma cena não muito agradável. É galerinha, ele estava se “aliviando” se podemos dizer assim. Espero que ele consiga lavar as mãos depois. Ri fechando a mesma e arrumando os meus cabelos que se encontravam em uma situação nada legal.

James logo entrou novamente na casinha e eu não me contive de rir dá cara dele.

- O que foi? – perguntou tanto quanto confuso.

- Nada... Só acho que deveríamos ter um banheiro aqui, o que você acha? – vi James ficar um pouco corado, terminou de causar seu tênis e riu.

- Pode deixar, eu vou lavar minhas mãos. – eu ri.

- Certo, assim eu espero. – ele assentiu.

Deixamos a casinha que acostumávamos ir e seguimos em direção ao nosso bairro, o que foi meio constrangedor, eu ainda estava de pijama e isso não foi legal, pois tinha algumas pessoas por lá.

(...)

- Posso ficar na sua casa? – perguntou James.

- Claro! Mas e sua mãe? – James me olhou um pouco desconfortável e disse:

- Eu prefiro evita-la um pouco, você sabe...

- Sim, eu entendo. Bom, vamos entrar. – dei passagem para James, que como sabia cada canto da minha casa foi direto para o banheiro lavar suas mãos. Ah, e como eu sabia disso? Ele veio até a mim e quase fez com que eu comesse a mão dele de tanto que ele esfregou ela na minha cara só pra mim ver que estava com cheio de sabonete. Fomos interrompido pela minha mãe, que chegou na sala e pigarreou:

- Ah, oi mãe... – disse um pouco sem graça.

- Oi filha e James, quanto tempo não o vejo. – James se levantou indo até ela para dar-lhe um abraço.

- Pois é, senhorita Rose e então, como à senhora está? – perguntava James, gentilmente e logo se voltou a sentar ao meu lado.

- Estou bem, querido, melhor do que estava. – riu fraco e James assentiu.

- Eu vou deixar vocês aí. Filha, sua tia Mole está vindo para me buscar, preciso ver sua avó, se cuida ok?

- Tudo bem mãe, vai lá, e pode deixar que eu irei me cuidar. Ah mãe, será que James pode ficar aqui por uns tempos?

Minha mãe olhou meio confusa para mim e eu torcia mentalmente para que ela falasse um breve “sim”, ao menos.

- Por que, está acontecendo alguma coisa grave? – perguntou.

- James e Patricia se desentenderam. Não é, James?

- Sim, eu estou preferindo não gerar mais problemas, se a senhora me entende. – James pronunciou-se ao meu lado.

- Então tudo bem. – sorriu e pegou a sua bolsa, logo minha tia estava a sua espera do lado de fora da nossa casa. Estava feliz por minha mãe estar fora da cama e disposta a dar breves caminhadas por aí. Me despedi dela e voltei para dentro com James.

- Bom, agora a casa é nossa! – comemorei o fazendo rir.

- O que foi?

- Nada, é que você fica engraçada fazendo essa dançinha.

- Ah para. – falei dando um soco de leve em seu braço.

- Que tal chamarmos os meninos aqui? – perguntei.

- Ótima ideia, espera aí. – James pegou seu celular e me entregou.

- Toma, pode ligar. – assenti e disquei o número dos meninos.

Por volta de 10 minutos todos já estavam ali. Eles ficaram jogando vídeo-games enquanto eu fazia pipoca para vermos um filme, a bagunça era tanta que quando voltei para a sala, David e Logan estava praticamente brigando pra ver quem ia ganhar de quem ali, tirando as apostas e adivinha que era o prêmio? Sim, eu.

- Tá, tá chega de palhaça! – tentei parecer brava quando cheguei lá com os potes de pipoca nas mãos.

- Iihhh... Nem vem moçinha. – disse Ryan.

- Há, moçinha você vai ver quando a minha mão estiver na sua cara. – fiquei séria e os meninos fizeram um “uhhh...” para nós dois, me fazendo rir, dei um beijo na bochecha de Ryan e me sentei junto com eles.

- O que vocês querem ver? – perguntou Logan.

- Não sei, vai falando o que tem aí... – James roubou um pote de pipoca dá minha mão e David fez o mesmo.

- Luna? – Ryan me chamou.

- Sim...?

- Por que está de pijama? – perguntou e eu corei. Pronto, agora deu!

- Nada. – nem dei tempo deles fazerem piadinhas e corri pro meu quarto para me trocar. Após estar finalmente apresentável, voltei até a sala e os folgados já estavam vendo filme.

- Aé, então é assim? Nem me esperaram. – disse fazendo birra.

- Ah para sua chata, vem aqui. – James me chamou para sentar ao seu lado e assim fiz, não me importei de deitar ali no meio dos meninos colocando minhas pernas no colo dos mesmos.

- Depois é a gente que somos folgamos! – Logan disse fazendo graça, eu ri e finalmente conseguimos assistir o tal filme.