– O que está fazendo aqui? – Pergunta Kanon, surpreso –

– Eu sou dona da loja. – Responde Miya, sorrindo falsamente – O que deseja senhor?

– Comprar um capacete novo. – Começa Kanon, olhando a prateleira de capacetes – E preciso que dê uma olhada na minha moto.

– Miya, sabia que ele é irmão daquele Saga que eu atropelei? – Comenta Yukihime, rindo – Eu confundi os dois.

– Faça companhia ao seu cunhado, por favor. – Pede Miya, colocando suas luvas – Eu vou dar uma olhada na moto.

– Ele não é meu cunhado! – Briga Yukihime, furiosa –

Miya sai da loja para ver a moto. Ao começar a olhar, ela resolve fazer uma pequena brincadeira com Kanon: Ela mexe levemente nos freios, para dar um sustinho nele. O que ela não pensava era nas consequências que aquilo poderia ter.

Após mexer na noto, ela entra na loja.

– Sua moto está em perfeito estado. – Diz Miya, tirando as luvas – Já escolheu o capacete?

– Já está aqui comigo. – Responde Yukihime, que estava recebendo o pagamento de Kanon – Volte sempre!

– Quer que eu mande algum recado para Saga? – Insinua Kanon, com um sorriso malicioso –

– Engraçadinho. – Ironiza Yukihime – Não, não precisa.

– Até outro dia. – Fala Kanon, acenando –

Kanon sai da loja. Ao sair da loja, coloca o capacete e sobe na moto, dando partida. Enquanto andava em sua moto, Kanon sentia o vento bater em seu corpo. Já não chovia mais na cidade.

– ‘Acho que não vejo nenhum guarda, posso acelerar mais. ’ – Pensa Kanon, animado –

Ele começa a acelerar mais e mais, quando, de repente, começa a escutar um barulho estranho vindo de sua moto.

– ‘Que barulho estranho é esse? ’ – Pensa Kanon, preocupado –

Ele tentar acionar o freio, mas não consegue.

– ‘Droga! ’ – Resmunga Kanon, com raiva – ‘Ela falou que estava tudo bem com a moto! ’

Kanon começa a chegar perto de uma curva e ele não consegue frear e nem desacelerar a tempo. Sendo que nessa curva, na esquina, estava cheio de material de obra. Kanon, com suas habilidades vampirescas, poderia se livrar dessa enrascada. Porém, com muitas pessoas perto, a única saída para Kanon, era “sofrer” o acidente. A moto bate no material de obra e Kanon voa longe.

– Ai meu Deus! – Exclama uma senhora, que estava perto –

– Não mexam no rapaz! – Nega um homem, indo até Kanon – Ele está sem ferimentos aparentes, mas pode ter quebrado alguma coisa. Liguem para a ambulância!

– Já estou ligando! – Avisa uma mulher, com o telefone no ouvido –

O homem que estava perto de Kanon, pega o celular dele e liga para a última chamada recebida. O número era de Saga.

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Saga estava dirigindo, quando seu celular toca. Ele o pega.

– Kanon, não estou podendo falar. – Atende Saga –

– Você conhece o dono desse celular? – Pergunta o homem –

– Claro que conheço, é do meu irmão. – Concorda Saga, parando o carro – Aconteceu algo com ele?

– Ele sofreu um acidente. – Responde o homem – Mas não se preocupe, ele já vai ser levado para o hospital principal de Atenas.

– Eu vou até a loja de motos. – Diz Saga, preocupado – Ele falou que ia dar uma revisada na moto dele.

– Ele estava com uma sacola de uma loja de motos nova. – Alerta o homem –

– Obrigado por avisar. – Agradece Saga –

Ele e o homem desligam. Saga dirige rapidamente até a loja de Miya.

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Loja Motos e Cia.

Alguém entra na loja.

– Seja bem vindo! – Deseja Yukihime, gentil –

– Yukihime? – Pergunta Saga, surpreso – Sou eu, Saga.

– Você não dirige moto. – Lembra Yukihime –

– Kanon sofreu um acidente. – Explica Saga, desesperado – E ele falou que ia vir aqui fazer uma revisão.

– Miya, vem aqui! – Chama Yukihime, gritando para o interior da loja –

Miya aparece.

– O que aconteceu, Yukihime? – Pergunta Miya –

– Foi ela que fez a revisão da moto. – Diz Yukihime para Saga – Miya, esse é o Saga, irmão de Kanon. Quer saber da revisão.

– A moto estava em perfeito estado. – Comenta Miya – Por quê? Aconteceu alguma coisa?

– Ele sofreu um acidente. – Responde Saga –

– Como ele está? – Pergunta Miya, preocupada –

– Não sei ainda. – Nega Saga, angustiado – Quando me ligaram, falaram que iam levar ele para o hospital principal. Estou indo para lá.

– Vou fechar a loja e sigo para lá. – Fala Miya, tirando o avental – Yukihime vá com Saga na frente.

– Deixa que eu fecho a loja, Miya. – Pede Yukihime. Não queria ficar sozinha com Saga –

– De jeito nenhum. – Responde Miya, fechando o caixa – Se a fiscalização passa aqui e vê uma menor de idade cuidando da loja, eu me encrenco. Saga está nervoso, vá com ele.

– Está bem. – Concorda Yukihime, pegando sua mochila – Vamos, Saga.

Saga e Yukihime saem da Loja.

– ‘O que eu fui fazer? ’ – Pensa Miya, desesperada –

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No caminho de Saga e Yukihime para o hospital, Saga estava dirigindo em alta velocidade.

– Saga, vai com calma. – Diz Yukihime, nervosa – Ficar nervoso não adianta nada.

– Você também está nervosa. – Comenta Saga, dirigindo – Eu quero chegar logo no hospital.

Saga diminui a velocidade e eles chegam ao hospital. Após estacionar o carro, Saga e Yukihime sobem para a emergência.

– Por favor, meu irmão deu entrada no hospital. – Começa Saga – Ele é meu gêmeo.

– O do acidente de moto? – Pergunta a recepcionista, olhando no computador –

– Sim. – Responde Saga, ansioso – Como ele está?

– Ele só está desacordado ainda. – Informa a recepcionista – Fez todos os exames e não deu nada. Se quiser saber algo mais, doutor Smith está de plantão na enfermaria. É no quarto andar.

– Obrigado. – Agradece Saga. Ele se vira para a Yukihime – Vem comigo?
 – Não. – Nega Yukihime – Vou esperar a Miya.

Saga concorda com a cabeça e vai. Yukihime vai até a sala de espera e se senta no sofá. Um pouco depois, Miya chega e vai falar com Yukihime.

– Alguma notícia? – Pergunta Miya, preocupada –

– Parece que ele não sofreu nada, mas está desacordado ainda. – Responde Yukihime – Saga foi buscar mais notícias.

– Saga acabou de descer. – Avisa Miya – Onde Kanon está?

– Quarto andar, enfermaria, doutor Smith. – Diz Yukihime –

Miya vai.

– ‘Saga desceu? ’ – Pensa Yukihime, estranhando –

Ela se levanta e vai até a janela. Ao olhar pela janela, vê Saga sentado em um banco na área verde do hospital. Ela então desce para ir até Saga.

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Área verde do hospital…

Saga estava vendo as crianças do hospital brincando, quando uma flor que estava na mão de uma das meninas, voa até um galho alto de uma árvore.

– Ah, minha florzinha. – Choraminga a menina, tentando pular para pegá-la –

Saga dá um riso e se levanta, indo até a árvore. Lá, ele pega a flor que estava no galho, a pega e se abaixa, estendendo a flor para a menina.

– Tome cuidado, está bem? – Aconselha Saga, sorrindo –

– Obrigada, tio. – Agradece a menina, pegando a florzinha, feliz –

A menina vai até as outras crianças, sendo observada por Saga.

– Haha, foi chamado de tio. – Ri uma voz vindo de trás da árvore – Por que desceu sem me avisar?

– Desculpa. – Pede Saga, se virando para Yukihime – Eu queria ficar um pouco sozinho.

– Está bem. – Concorda Yukihime –

Yukihime se vira para voltar, só que Saga a impede, pegando-a pela mão.

– Fica. – Fala Saga, apertando a mão dela – Por favor.

Yukihime fica surpresa pelo pedido de Saga, mas cede. Os dois vão se sentar no banco e ficam em silêncio.

– Por que ficou tão nervosa no carro? – Pergunta Saga, curioso – Não gosta de velocidade ou tem outro motivo?

– Meus pais morreram em um acidente de carro. – Responde Yukihime, vendo as crianças brincar – Já tem dois anos. Eu estava no carro. Fiquei seis meses no hospital.

– Eu não devia ter te perguntado. – Diz Saga, arrependido – Desculpa.

– Não tem problema. – Nega Yukihime –

– Por que veio para a Grécia? – Pergunta Saga –

– Miya ganhou a loja de herança e, como eu morava com ela, vim junto. – Explica Yukihime – Agora estamos morando em uma casa que era do tio da Miya, dono da loja.

Silêncio.

– Pelo jeito que teve com a garotinha, deve se dar bem com criança. – Comenta Yukihime, olhando para ele –

– Tenho um irmão adotivo de oito anos. – Ri Saga –

– Mesmo você sendo chato, idiota e outras coisas… – Começa Yukihime – Sua namorada tem sorte de ter alguém como você ao lado dela.

– Namorada? – Repete Saga, ainda rindo – Eu não tenho namorada.

Yukihime fica surpresa e vermelha pela resposta de Saga.

– Acha que eu ia te beijar se fosse comprometido? – Pergunta Saga, tocando no rosto dela – E, se permitir, beijo de novo.

Saga se aproxima ainda mais de Yukihime e encosta seus lábios nos dela, começando um beijo. Ela se entra completamente ao beijo de Saga. Ele, na intenção de aprofundar o beijo, a puxa pela cintura, só que Yukihime o empurra levemente.

– Saga, têm crianças perto. – Briga Yukihime, dando um tapinha de leve no ombro dele –

– Pensei que ia fugir de mim. – Comenta Saga, aliviado –

– Não vou fugir de você. – Nega Yukihime, vermelha – Naquele dia você me pegou desprevenida.

Saga se lembra que, depois do primeiro beijo trocado por ele e Yukihime, Hades tinha aparecido.

– Aquele homem apareceu de novo? – Pergunta Saga, preocupado –

– Hades? – Pergunta Yukihime. Saga faz que sim com a cabeça – Não, só naquele dia.

– Assim fico aliviado. – Diz Saga,suspirando –

Yukihime cruza os braços, já que estava esfriando.

– É melhor a gente voltar. – Aconselha Saga, olhando o tempo – Está começando a esfriar.

Eles se levantam e Saga pega na mão dela, entrelaçando seus dedos aos de Yukihime, deixando-a vermelha.

Recepção da enfermaria…

Saga e Yukihime chegam e vão até Miya.

– Alguma notícia, Miya? – Pergunta Saga –

Miya faz que não com a cabeça.

– Vou ao banheiro. – Avisa Saga. Ele dá um selinho em Yukihime – Já volto.

Saga vai e Yukihime se senta ao lado de Miya.

– Estão juntos? – Pergunta Miya, surpresa –

– Não sei. – Responde Yukihime, com ar de felicidade – Mas acho que sim.

– Fico feliz, Yuki. – Sorri Miya, sincera – Há muito tempo não vejo você com esse ar de felicidade.

Saga volta e se senta ao lado de Yukihime. Uma enfermeira vai falar com eles.

– Parentes do senhor Kanon? – Chama a enfermeira –

Saga, Yukihime e Miya se levantam.

– Ele acabou de acordar. – Informa a enfermeira – Ele falou que gostaria de falar primeiro com a senhorita Miya.

– Sou eu. – Diz Miya –

– Venha comigo, por favor. – Pede a enfermeira –

Miya segue a enfermeira até um quarto particular da enfermaria.

– Pode entrar. – Fala a enfermeira –

Miya entra no quarto e fecha a porta em seguida.

– Como soube do meu acidente? – Pergunta Kanon, olhando para Miya –

– Saga foi até a minha loja para avisar – Responde Miya, encostada na porta –

Silêncio.

– Foi você que mexeu na minha moto, não foi? – Pergunta Kanon, quebrando o silêncio –

– Fui eu sim. – Concorda Miya, baixando a cabeça, arrependida –

Silêncio.

– Não vai fazer nada? Falar para a polícia que fui eu? – Questiona Miya, indo até ele – Me acusar por tentativa de homicídio doloso? Kanon…!

– Se você quisesse me matar realmente, teria cortado os fios do freio totalmente. – Interrompe Kanon, pegando-a pela mão – Eu não devia ter falado o que falei quando te sujei.

– Não mesmo. – Nega Miya, emburrada. Porém, ela estava com os olhos cheios d’água, e, ao piscar os olhos, uma lágrima rola em seu rosto – Desculpa…

– Está chorando… – Comenta Kanon. Ele leva sua mão ao rosto dela e seca as lágrimas dela –

– Eu estava preocupada! – Explica Miya, chorando – Seu bobo!

– Saga está aí? – Pergunta Kanon –

– Está com a Yukihime aí fora. – Responde Miya, secando suas lágrimas – Eles estão juntos.

– Sabia que não ia demorar muito. – Ri Kanon – Fico feliz pelo meu irmão.

– Também fico feliz pela Yuki. – Diz Miya, feliz – Faz tempos que não a vejo assim, tão feliz.

– Vamos deixá-los um pouco sozinhos. – Aconselha Kanon, rindo –

Recepção da enfermaria…

– Ei, Saga, vou lá na banca de jornal aqui em frente ao hospital para recarregar os créditos do meu celular, tá? – Avisa Yukihime –

– Quer que eu vá com você? – Pergunta Saga, sorrindo –

– Não precisa. – Nega Yukihime, levemente vermelha – Vai ser rápido.

– Se demorar dez minutos, vou atrás de você. – Fala Saga, rindo –

Yukihime ri, concordando com a cabeça e vai.

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Pouco depois, Yukihime ia saindo da banca de jornal, com o celular com créditos, toda feliz, quando é abordada por Hades.

– Olá, Yuki-chan. – Cumprimenta Hades, gentil –

– Oi. – Diz Yukihime, nervosa ao ver Hades – Tenho que voltar ao hospital.

Yukihime ia passando por Hades, só que o mesmo a pega pelo braço.

– Me solta, tá me machucando! – Reclama Yukihime, tentando se soltar –

– Aquele malvado do Saga tentou fazer algo com você de novo? – Pergunta Hades, ainda segurando o braço dela –

– Ele e eu estamos juntos agora. – Responde Yukihime, olhando para ele – Me solta!

Saga, que estava na porta do hospital, esperando Yukihime, a vê sendo importunada por Hades e atravessa rapidamente.

– Hades! – Chama Saga, furioso – Bem que eu estava estranhando você estar quieto demais. Solte a minha namorada agora!

– E se eu não soltar? – Pergunta Hades, desafiando-o, aproximando seu rosto do de Yukihime –

– Soltará à força! – Responde Saga, partindo pra cima dele –

Hades solta Yukihime e desvia do ataque de Saga facilmente. Ele o acerta com um chute, fazendo-o voar longe.

– Saga! – Grita Yukihime, desesperada –

Hades vai até Saga e o pega pelo colarinho. Ele soca Saga, sem soltá-lo.

– Solta ele, Hades! – Grita Yukihime, indo até eles –

Fingindo não ouvir os protestos de Yukihime, Hades joga Saga longe.

– Hades! – Chama Yukihime, insistindo – Farei o que quiser, se parar de bater nele!

– O que eu quiser…? – Pergunta Hades – Gostei da ideia.

– Yuki, não. – Nega Saga, se levantando –

– Jante comigo, amanhã à noite. – Diz Hades, olhando para ela –

– Isso é mole, tiro de letra. – Ironiza Yukihime –

– Mas não pense que é só jantar. – Ri Hades – O jantar é só o início do que eu vou querer.

Continua.