Chego na porta da boate, e encontro Carolina, Thales e Beatriz. Ele usava uma camisa branca e calça jeans, Beatriz um vestido vermelho a altura do joelho, um batom bem forte e os cabelos presos em um rabo de cavalo, e Carolina usava um vestido tomara-que-caia amarelo, uma sandália rosa e os cabelos cheios de cachos.

Nós entramos e já fomos pegar uma bebida. Pedi uma vodka sem gelo, e fiquei sentada no bar enquanto os três iam pra pista de dança. Fiquei apenas assistindo eles dançarem.

Quando olho para o lado, bom na verdade mal acreditava no que via.Era Paulo entrando pela porta da boate, e estava acompanhado, de um homem pelo menos.Pensei em ir cumprimentá-lo, mas lembrei do mico que paguei saindo correndo da cafeteria, e resolvi ficar ali mesmo. E não é que ele tinha me visto. Enquanto ele se aproximava não pude deixar de notar o rapaz que estava com ele, era lindo, e aqueles olhos, eu já tinha visto antes.

–        Oi, que conhecidência te encontrar aqui! Diz ele.

–        Verdade. Digo um pouco nervosa.

–        Esse é o meu primo, lembra dele? Do acidente.

–        Essa é a garota que me salvou? Diz o rapaz que estava com Paulo.

Eu sabia que conhecia ele de algum lugar, aquilo realmente era inacreditável Carolina, Thales e Beatriz logo que notaram a presença deles se aproximavam!

–        Sim sou eu! Disse com um sorriso meio torto.

Logo todos nós sentamos e começamos a conversar. E foi praticamente impossível não notar David olhando o tempo todo pra mim, enquanto Paulo e Beatriz discutiam sobre os melhores restaurantes da cidade.

Levantei e fui até o bar pegar outra bebida.

–        Sede? Disse David, enquanto sentava no banco em frente ao balcão do bar.

–        Sim! Disse.

Ele pediu um whisky e ficamos ali mesmo conversando, assuntos iam surgindo a todo tempo o que fazia com que a conversa não ficasse tediosa.

Cansada de ficar ali sentada, resolvi puxa-lo para pista de dança, começamos a dançar igual loucos, depois como sempre era meu costume nas festas, comecei a dançar na frente dele para provoca-lo , o que funcionou muito bem, então criei coragem e fui pra cima dele, começamos a nos beijar ali mesmo no meio de todo mundo .

Mas como tudo que é bom dura pouco...Meu celular toca, era uma mensagem de Thales ‘’ Carolina bebeu demais e está mal, nos encontramos na saída’’.

–        Droga!

–        O que aconteceu? Diz ele.

–        Carolina bebeu demais e está mal, preciso ir.

Nos despedimos com um beijo rápido, então fui em direção a saída da boate.

Eu estava indignada, não era  a primeira vez que Carolina estragava uma noite com suas bebedeiras.

Ajudei eles a porem ela no carro, e fomos embora.

–        Vou levar ela para minha casa, se a mãe dela vê-la assim me mata! Diz Thales enquanto dirigia.  – Vou levar você praça casa e depois levo Beatriz.

Carolina estava mal mesmo, na verdade nunca tinha visto ela tão acabada, seja o que for que ela tivesse bebido não tinha feito bem mesmo.

–        Chegamos! Diz Thales enquanto parava o carro em frente ao meu portão.

–        Até amanhã, eu vou ligar mais tarde pra ver como ela está! Digo.

Desço do carro e entro correndo, era mais ou menos 1:30 da manhã  e estava um frio típico do inverno.

Tirei a sandália para não fazer barulho, e fui para o quarto, Tirei o vestido e coloquei uma roupa mais leve, deitei de maquiagem mesmo. A cena daquele beijo não saia da minha cabeça, e lembrei também que nem me despedi de Paulo. Aconteceu tudo tão rápido, espero poder vê-los novamente. Logo adormeci, apesar da noite não ter sigo longa, estava realmente muito cansada.