Depois do jantar, eu comecei a desenhar minha futura espada, eu devo ter feitos mais de 10 esboços mais ainda não era o suficiente. Eu queria uma coisa espetacular, bem elaborada, coisa que poucas ou nenhuma pessoa teria. Então as coisas estavam começando a ficar do meu gosto. Eu não queria sair por aí carregando uma espada enorme e pesada. Pensei em uma coisa que se transformasse, eu tinha em mente tipo o Pokémon, você jogava a bola e dentro saia o ‘animal’, mais com algumas modificações. Em vez de bola, seria um colar, e em vez de sair um ‘animal’, o meu colar se transformaria em minha espada. Eu sei é meio confuso, mas se você e filho (a) de Atena, não terá dificuldade em entender aonde eu quero chegar. Então eu quero que a minha espada seja um colar e que ele se transforme em minha espada. OK, já tinha a ideia, agora só tenho que fazer acontecer, ou seja, desenha o projeto.

Eu não era fã de matemática, e pra fazer minha espada eu precisava calcular uma série de números. Eu não estava conseguindo formular meu projeto e já passara da meia noite, eu não estava com sono, mais de repente eu dormi.

Aconteceu o que eu não queria, eu estava sonhando e minha mãe, Atena, estava nesse sonho, ela estava em um lugar muito bonito, simples, mas elegante ela estava sentada em um trono grande com duas olivas desenhadas em cada lateral de seu trono. Eu estava meio confusa então eu disse:

–Que... Que lugar é esse?

Atena se levantou de seu trono, e disse de braços abertos:

–Bem vinda à minha casa, ou melhor, meu palácio, O Palácio de Atena.

–Você é Atena? - ela estava com um vestido vermelho de algum tecido ‘chique’, estava com o cabelo castanho ondulado solto e com duas presilhas, estava simples, mas elegante. Uma ideia bizarra passou pela minha cabeça naquele momento ‘simples, mas elegante’ devia ser o esLOGAN de Atena. Eu pensei num esLOGAN pra Afrodite mais é muito pervertido, é melhor eu não falar ou talvez eu nunca terei um amor.

–Sim, sou Atena, mas pode me chamar de m-ã-e – ela disse o ‘mãe’, bem devagar, como uma indireta pra mim.

–Ah me desculpe pelo ‘mamis’, é porque naquela época eu era nova no Acampamento e eu não acreditava em deuses.

–O que a fazia acreditar que deuses não existiam?

–Não sei talvez a ciência, os humanos...

–Humanos... Não sabem a mera metade da verdade escondida atrás de seu mundo fútil. –disse Atena.

–então porque vocês não se revelam para eles?

–por que seria idiota da nossa parte, se a gente se revelasse os humanos nos tratariam como monstros, os cientistas iriam querer fazer experimentos com a gente e os deuses não deixariam que isso acontecesse. Haveria guerra, então preferimos fazer as coisas as escondidas.

–É, faz sentido.

–Tudo um dia vai fazer sentido... –disse Atena.

–Tá, mais o que eu estou fazendo aqui?

–Já estava esquecendo. Vaiolett eu a trouxe aqui, para lhe ajudar com seu projeto da sua primeira arma de batalha.

–sério? eu não preciso...

–Nem comece, eu vou lhe ajudar e ponto.

Resolvi não discutir, então ela me chamou para uma mesa que estava lotada de projetos diferenciados, espadas, arco-flecha, bigas, tinha até alguns projetos para o olimpo e para o mundo inferior.

–Nossa que incrível isso... Isso... –eu disse maravilhada.

–Está sem palavra né? todos ficam assim. Deixa-me ver...

Atena saiu procurando algum projeto, e no meio de tantos ela pegou uma folha, que me parecia antiga então ela disse feliz:

–Achei meu primeiro projeto de uma espada, toma é pra você. Ela ainda não foi forjada, eu estava esperando a pessoa certa para dar, você ainda vai fazer muita história com essa espada.

–Pra mim? - eu disse estupefata- Muito Obrigada, mas eu já estou fazendo minha espada, ela não esta pronta ainda...

Atena não me deixou terminar e já foi me entregando o papel com o projeto da sua primeira espada.

–Tome, olhe.

Quando eu olhei o projeto, eu quase tive um desmaio (se é que isso é possível em um sonho), mas o desenho era exatamente o que eu tinha desenhado naquela noite, as mesmas coisas, os mesmos traços, só que estava bem mais bonito e estava com os cálculos prontos para os filhos de Hefesto.

–Mas como? Isso só pode ser... –eu disse abismada.

–Não diga ‘coincidência’ nada é coincidência, tudo acontece por algum motivo. Obviamente isso influenciará no seu futuro.

–Espera aí, isso não é coincidência, isso influenciará no meu futuro. Isso quer dizer que você sabe o meu futuro?

–Eu não, mas o Oráculo sim. E não me pergunte, por que eu não vou responder. Agora você tem que ir. –disse Atena.

–Mas... –eu disse, querendo protestar.

–Mas nada, amanhã quando você acordar, entregue este desenho aos filhos de Hefesto, eles conseguirão forjar. E em breve você usará ‘Sabedoria’.

–Em breve usarei ‘Sabedoria’?

–sim esse foi o nome que eu dei ao projeto, e a espada.

–Gostei do nome, mas em breve?

–Se prepare Vaiolett, Pedro está lhe ajudando muito bem, mas sempre se lembre disso: ‘A Sabedoria Vence a Força. ’ Agora você tem que ir.

Eu estava prestes a perguntar mais, quando meu sonho se desfez e eu acordei. Estava na minha cama, com uma folha na mão. Eu não me lembrava de ter ido pra cama, e nem de estar com algo na mão, então me lembrei do sonho (que eu já estava achando que foi real) em que minha mãe me dera o projeto de sua primeira espada. Lembro-me de suas palavras “A Sabedoria vence a Força”. E algo como em breve usará “Sabedoria” (a espada).

E como previ, a folha em minha mão era o projeto que eu tinha feito naquela noite, era o primeiro projeto da minha mãe que havia me dado em meu sonho, mas que agora estava comigo de verdade. Eu tinha que levar aquele projeto para os filhos de Hefesto, mas antes preciso tomar meu café, ou melhor, alimentar meu Niall interior.