Preciso de você agora escrita por Cici


Capítulo 2
Te achei!!


Notas iniciais do capítulo

Ahhh, eu levei anos (exagero) pra escrever esse cap, mas tá pronto e eu acho que ficou legal.
Reencontro deles.
Cês não tem ideia de como eu fiquei feliz com as reviews que eu recebi gente. Amei, brigada. Continuem deixando mais.
Beijos, boa leitura e até lá em baixo.
Cici



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 Thomas teve que segurar o passo pelo corredor do lugar chamado “Casa Psiquiátrica para jovens Francoir”. Ele teve que se perguntar o que Brenda estaria fazendo num lugar desses.

Ele parou em frente ao balcão, onde uma mulher loira, com uns aparentes vinte anos estava sentada atrás do balcão, com uma daquelas revistas de fofoca desprezíveis.  Ela levantou os olhos e pareceu subitamente interessada, pois fechou a revista.

-Posso ajudar? –Ela perguntou, com uma voz incrivelmente aguda, que incomodou os ouvidos de Thomas.

-Sim, por favor, eu estou procurando uma pessoa. –Ele falou, batendo com o pé contra o rodapé do balcão. –Brenda.

-Desculpe querido, nenhuma Brenda aqui. –Ela respondeu, sem mesmo olhar o arquivo, mas ele não iria desistir tão fácil assim.

-Tem certeza? Uma menina com cabelo loiro escuro, castanho claro, uma mistura dos dois, olhos verde esmeralda, uns 16 anos, adora ler, desenha muito bem...

-Talvez esteja falando da Brittany Manson? –Ela falou, olhando para ele incerta.

-Ah sim, é ela. –Ele respondeu. Como tinha sido tolo, é claro que Brenda estaria usando esse nome.  

-Vou te levar até ela. O seu nome seria? –A mulher perguntou, levantando da cadeira de rodinhas.

-Timothy Banes. –Ele respondeu, sem mesmo pensar.

-Ok senhor Banes, por aqui. –Ele a seguiu por um largo corredor, passando por várias pessoas, algumas balançando em cantos, uma menina de aparência bem jovem, gritava com um vaso, e um cara, mais ou menos da idade de Thomas passou correndo por ele, segurando uma caneta. A cada segundo, parecia menos e menos provável que Brenda estaria num lugar daqueles.

Uma mulher conversava no telefone, com lágrimas nos olhos. Por que será que Brenda nunca tinha tentando contatar ele? Essa pergunta fazia o peito de Thomas doer.

A mulher parou numa porta branca, como todas as outras no corredor comprido, batendo de leve.

-Brit, você tem uma visita. –Ela murmurou.

-Visita? –Ao ouvir a doce voz do outro lado da porta, o coração de Thomas disparou. Claro que era Brenda, sua voz era a mesma, não tinha como ele não a reconhecer. –Que estranho.

-Pode entrar? –A loira perguntou.

-Ah sim, claro. –A mulher abriu a porta devagar. A imagem da menina de 14 anos dormindo com uma mão encostada no rosto e cabelos curtinhos passou pela mente de Thomas fazendo-o sorrir. –Bom dia.

Nesse momento, o coração de Thomas parou. Na frente dele estava Brenda. Ela estava mais velha, sim, isso era claro. Seus cabelos, que antes eram curtos em um corte Chanel, agora caiam livres pelas costas. Um sorriso doce estampava seus lábios, dando uma imensa vontade de correr até ela e abraça-la. Por um momento, ela pareceu não perceber Thomas, e sorria para a mulher loira.

Depois seus olhos se focaram nele. O sorriso desapareceu, deixando claro em seu rosto, uma expressão de surpresa. Os olhos de Thomas olhos encaravam seus olhos verdes em um estado de hipnose. Ela parecia em choque demais para falar qualquer coisa.

 –Pode nos dar licença? –Thomas perguntou, sem desviar o olhar de Brenda.

A mulher loira lançou aquele mesmo olhar incerto para ela. Por um momento, ele pensou que ela fosse pedir pare ELE se retirar, mas ela simplesmente concordou com a cabeça. A mulher se retirou.

-Thomas. –Brenda falou, quase num sussurro.

-Brenda, ou será Brittany? –Ele perguntou, com um sorriso de canto de lábio.

-Como me encontrou? –Ela perguntou, cruzando os braços e assumindo aquela postura de mandona que Thomas sempre achou engraçada.

-Foi bem difícil.- Ele respondeu. –Levei alguns anos. Eu achava que tinha morrido. Por que fez isso? Não vale dizer que não dá para se comunicar com o lado de fora daqui, por que eu sei que isso é mentira. Ah sim, como você veio parar NESSE lugar? –Ele esperou ansioso por uma resposta, mas Brenda simplesmente o encarava.

-Você é real? Quero dizer, está aqui mesmo? –Seu tom incrédulo fez Thomas sorrir.

-Acha que sou uma ilusão? Pois não sou. Pode encostar se quiser. –Ele falou, esticando o braço para que Brenda pudesse toca-lo, mas ela continuou parada no mesmo lugar.

-Eu...

-Você sumiu Bren, não deu notícias. Por que? –Nenhum dos dois se mexeu. A vontade de Thomas de correr até Brenda e a envolver em seus braços era enlouquecedora. Ela por outro lado, parecia chocada de mais para fazer qualquer movimento.

-Você saiu... eles chegaram... eu chamei por você... –Ela falou, seus olhos verdes perdidos nos olhos de Thomas. Ela parecia em transe.

-E eu não estava lá pra você. –Ele respondeu, baixando a cabeça.

-Você prometeu que estaria. –Ela respondeu.

-E você também prometeu. –Ele murmurou, fazendo ela parecer extremamente envergonhada.

-Eu acreditei... Não, nunca acreditei, mas eu achava que você... que você tinha... –Agora era a vez de Thomas parecer chocado.

-Você achou que EU tivesse alguma coisa a ver com o que aconteceu? –O choque se transformou em horror em segundos. Como ela poderia acreditar em uma coisa daquelas? Ela simplesmente absurdo.

-Eu não sabia o que pensar Thomas. –Ela falou, num tom que suplicava por desculpas. –Eu estava desesperada e você tinha saído de fininho...

-Eu normalmente conseguia sair sem acordar você. –Ele murmurou, esperando que ela não conseguisse ouvir, o que aparentemente foi o caso.

-Eu não sabia o que fazer Thomas. –Sua voz estava chorosa e as lágrimas beiravam seus olhos. –Eu estava sozinha, com medo. Eu não sabia...

-Não chora Bren... Eu não consigo ver você chorar. Por favor?

-Eu achei que estava segura aqui, e você também. –Ela murmurou, escondendo o rosto nas mãos.

-Senti sua falta Brenda. –Ele falou, o que saiu mais como um sussurro. Ela levantou os olhos, encarando Thomas por alguns segundos, depois fez algo que o surpreendeu.

Com alguns passos rápidos, Brenda correu até o outro lado do pequeno quarto, onde Thomas estava parado, se jogando em seus braços, e enterrando o rosto em seu ombro.

-Também senti. –Ela respondeu com a voz abafada pela jaqueta de Thomas.

Ele apertou os braços em volta da cintura de Brenda, com medo de que ela fosse fugir. Seu cabelo cheirava a uva. Ele depositou um beijo no topo de sua cabeça. Ela deixou escapar um soluço.

-Não faz isso Bren. –Ele falou, passando a mão de leve em seus cabelos. –Não chora. Ei, olha pra mim. –Ele falou, separando um pouco seus corpos, para que ela pudesse o encarar. –Não chora, por favor. Quero te pedir uma coisa. –Ela o encarou por um segundo. –Vem embora comigo.

-Não posso. –Brenda foi para trás, saindo dos braços de Thomas. –Eu estou segura aqui. Nós dois...

-Não Brenda, ai que você se engana. –Ele murmurou, balançando a cabeça em forma de negação. –Se eu te encontrei, eles também vão. –Os olhos de Brenda começaram a marejar de novo. –Ah não, não começa a chorar de novo não, por favor. –Ele falou, abraçando ela novamente.

-Não vou Thomas, não posso... –Ela sussurrou.

-É melhor eu ir. –Ele murmurou, a soltando. Ela o olhou aterrorizada.

-O que? Mas já? –Ele riu com o desespero momentâneo dela.

-Eu volto amanhã, pode ser? –Brenda não pareceu muito feliz, mas concordou de leve com a cabeça. Ele beijou sua testa. –Até amanhã.

-Até amanhã. –Ele andou até a porta, parando para olha-la por um momento. Ele não queria ir embora, não mesmo. Ele queria ficar com Brenda em seus braços e nunca mais na vida perde-la de vista, mas se forçou a sair.

Do lado de fora, a mulher loira esperava junto com uma menina ruiva, que dava batidinhas constantes na parede. Assim que Thomas saiu, a menina entrou correndo no quarto de Brenda, fechando a porta trás de si.

-Vou te levar a saída. –Ela falou, antes que Thomas pudesse falar qualquer coisa. Ele concordou com a cabeça e os dois seguiram pelo corredor que vieram.

-Por que ela está aqui? –Thomas perguntou de repente.  

-Eu lembro quando ela chegou. –A mulher respondeu pensativa.

 “Não foi isso que perguntei” Thomas pensou, mas se manteve calado.

-Ela ficou dias encolhida no quarto, não queria comer, nem dormir, e falava em um tal de Thomas. Com o tempo ela foi melhorando, mas ainda tem alguns... hum, “surtos”.

-Que tipo de “surtos”?

-Ela acorda de madrugada gritando e chamando por esse tal de Thomas. Todos já tentamos falar com ela, mas quando alguém se aproxima, ela começa a gritar. Mas é uma boa menina. –Thomas sorriu internamente. Ela pensava nele. É claro que pensava.

-Obrigado. –Ele falou antes de sair pelas portas de vidro para as ruas de Paris.


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Notas finais do capítulo

Cabo :(
To com uma ideia diva para o próximo caps hehe.
Ah, e também to aceitando ideias de nomes para a menina ruiva.
E então, mereço Reviews?