E O Avatar Resurge escrita por Nati


Capítulo 7
Capítulo 7 - Treinando a dobra de ar


Notas iniciais do capítulo

Gente não me matem O_O eu estava sem internet... mas agora tem esse capitulo ^^



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 Encontramos todos os dobradores de ar na mesa do café, Meigh, Bendi, Jungi, e outros que eu não conhecia ainda.

  -Gente, eu tenho uma coisa importante pra falar. – me sentei ao lado da mesa.

  -Pode falar Nikki, é importante? – Bendi perguntou.

  -Muito importante, sonhei de novo com os dobradores de terra. – todos me olharam interessados. – E não foi só isso, tive uma visão do dia e do momento em que Ahpi morreu.

  Meigh arregalou os olhos e parou de comer na hora.

  -Espera, e o que os dobradores de terra têm a ver com a morte de Ahpi? – Masami ficou preocupado.

  -Os dobradores de terra que estiveram aqui na semana em que Ahpi morreu a mataram.

  Ouve muitos cochichos e Bendi parecia estar em outro mundo.

  -Como assim mataram? Isso é muito sem sentido. – Meigh estava tão focada no assunto que até dava para ver as engrenagens na cabeça dela.

  -Eu sei, mas eu vi. E eu sei que está certo, sei que é verdade. – dei um suspiro triste. – Ahpi não morreu por doença ou maldição, ela foi assassinada.

  -Então não podemos deixar esses assassinos livres! – Lee deu um soco na mesa. – O que estamos esperando?

  -Lee, eu nunca vi esses caras, não tenho nem idéia de onde estejam. – segurei o braço dela puxando ela pra sentar-se de novo.

  -Mas ainda temos uma vantagem. – Masami estava pensativo.

  -Qual? – todos perguntaram juntos.

  -Se esses caras tiverem a idéia de virem atrás da Nikki, podemos dar um sustinho neles. – ele deu de ombros.

  -Isso se eles vierem atrás da Nikki mesmo. – disse Meigh.

  -Mas eles não vir aqui e simplesmente tentar matar Nikki e ir embora belos e formosos. Eles devem estar planejando outras coisas. – Ming olhou pra mim. – O que disse mesmo sobre dominação?

  -Na primeira vez que sonhei com os dobradores de terra, eles estavam em uma tenda de acampamento no Reino da Terra e estavam falando sobre dominarem os Nômades do Ar e a Nação do Fogo. – expliquei.

  -Quer dizer que eles podem estar em algum lugar do Reino da Terra? Legal, depois de acharmos eles vamos procurar uma agulha em um palheiro. – ironizou Masami.

  -Mas não deve ser difícil achar um acampamento no reino da terra. – franzi a testa.

  -Em outras épocas pode ser, mas nas épocas de veraneio acampamentos é o que mais se encontra lá. – disse Masami.

  -Ah que legal! – bufei.

  -Eu acho que devemos deixar isso de lado, se algo estranho acontecer nas nações todos ficam sabendo e podemos investigar. – Ming sugeriu.

  -Concordo com a minha irmã. – disse Lee.

  -Que seja. – Meigh levantou e foi em direção da porta. – Nikki, te vejo no campo de treinamento, em dez minutos. – ela saiu cabisbaixa.

  -Mas o que deu nela? – Ming perguntou confusa.

  -Meigh fica muito sensível quando se fala na morte de Ahpi, ela era muito nova quando viu a prima morrer. – Bendi falou.

    Terminei o café-da-manhã e fui para o campo de treino, Meigh estava em uma pedra alta, estava abraçando as pernas e com a cabeça encostada nos joelhos. Lee, Ming e eu chegamos perto da pedra e eu gritei:

  -Como chegou ai em cima?

  Ela olhou pra baixo com o olhar longe e saltou, ela iria se esborrachar no chão, mas Meigh dobrou o ar que amorteceu o pouso.

  -Legal... – murmurei.

  -Acho que devemos começar logo. – Meigh ainda estava triste. – Vocês podem ficar olhando dali. – ela apontou uns banquinhos perto de árvores.

  -Tudo bem. – Masami foi em direção ao banco junto com Ming e Lee.

 Depois que os três se afastaram perguntei para Meigh se ela queria treinar mais tarde ou chamar outro dobrador ela não parecia estar bem, mas ela negou e começou o treino.

  Dobra de ar era a coisa mais estranha que eu já havia visto, era bonito, mas era estranho. Movimentos tão leves que Meigh parecia estar flutuando, me perguntei se eu conseguiria dobrar daquele jeito.

  -Agora é sua vez, você não vai começar a dobrar o ar de uma hora para outra, vai aprender os movimentos de pés e mão e depois passar pelo movimento corporal e só ai vai dobrar o ar. Entendido? – Meigh olhou pra mim.

  -É... acho que sim. – franzi o lábio.

  Definitivamente os movimentos eram diferentes, Meigh era tão leve e eu era tão pesada com os pés que me sentia até gorda. Apesar de parecer um urso-ornitorrinco eu decorei os movimentos que Meigh me ensinou, eles eram mais difíceis do que pareciam.

  Depois do dia inteiro de treino consegui fazer uma corrente fraca de ar, apesar de tudo me diverti, durante a tarde Meigh estava mais animada e conseguiu ganhar de Masami em uma luta. Foi muito engraçado quando ele foi parar na copa de uma árvore.

  Jantamos e depois fizemos uma fogueira no bosque, Lee e Ming não paravam de falar sobre o próximo passeio á cidade com Meigh, elas queriam fazer compras. Apesar de parecerem diferentes de garotas comuns Lee e Ming eram típicas garotas de cidade grande. Eu e Massami apenas olhávamos, volta e meia ele me dava um doce na boca e tentava fazer um coração com as pedras. Nunca dava certo.

  Masami não era rude como os garotos da Tribo da Água, ele era tão gentil que de vez em quando eu me sentia uma troglodita perto dele, o que me deixava sem graça.

  As meninas foram para o templo me deixando sozinha com Masami.

  -Agora estamos sozinhos, podemos namorar a vontade. – Masami sorriu.

  -Mas como você é saidinho! – apertei e balancei o nariz dele de um lado para o outro.

  -Eu não tenho culpa se a minha namorada é muito meiga, linda, forte e ainda por cima é o Avatar! – ele sorriu. – É que eu gosto de ficar sozinho com você, eu fico mais feliz.

  -Owwwnnt... você é o namorado mais fofo de todas as nações! – dei um abraço apertado nele.

  -E você é a mais forte. – a voz dele parecia de alguém sendo esmagado.

  Deitamos um do lado do outro olhando as estrelas, as vezes dava para ver algumas estrelas cadentes e constelações, a noite estava muito linda e tudo estava perfeito com Masami ali do meu lado. Mas tudo o que é bom dura pouco.

  -Vamos Nikki, está ficando tarde e amanhã você tem treino de novo. – Masami estava de pé com as mãos esticadas pra me ajudar a levantar.

  -Ah papai, só mais um pouquinho! – ironizei.

  -É sério Nikki, Meigh daqui a pouco aparece aqui brava. – ele começou a olhar para os lados. – E eu ouvi barulhos estranhos.

  Segurei as mãos dele e ele me puxou me deixando de pé.

  -Barulhos estranhos? Vamos ver, estamos em uma ilha perto de uma cidade grande, esses barulhos são os navios atracando no porto da Cidade da República. Dãã! – dei um tapa de leve na testa dele.

  -Então você me bate e vai ficar por isso? – ele começou a correr atrás de mim.

  -Sim, eu sou a garota. Em uma relação a garota sempre manda! – comecei a rir e correr dele.

  -Vamos ver se vai ficar assim quando eu te pegar! – ele estava rindo também.

  Percorremos uns quinze metros entre as árvores e eu consegui a façanha de  tropeçar em uma pedra e cair quase de cara no chão. Me virei de barriga pra cima pra ver as mãos machucadas e quando dei por mim Masami não tinha visto que eu cai e tropeçou no meu pé caindo também por cima de mim. Minhas mãos estavam no peito dele, os olhos dele fixaram-se nos meus e eu sentia o meu coração acelerado e o dele. Ficamos de cara um para o outro quase um minuto, Masami arriscou me beijar, mas eu virei o rosto, o empurrei pro lado e fiquei de pé. Meu rosto estava pegando fogo e eu não conseguia olhar para Masami e ele também parecia sem graça.

  -Acho que Meigh vai nos chamar se demorarmos muito. – pigarreei. – Vou indo na frente, pra chegar mais rápido no quarto ta?

  -Claro, vai na frente. – Masami tentava deixar a voz indiferente.

  -Boa noite então. – dei um beijo na bochecha dele e corri para o templo.

  Tentei deixar minha mente vaga, acho que o que acontecera ali era algo para se esquecer ou fingir que nunca aconteceu. O que aconteceu na floresta mesmo? Ah sim, eu me Masami ficamos ao lado da fogueira e depois cada um foi para o seu quarto, nada de mais.

  Quando amanheceu fui ao refeitório, tomei o café-da-manhã e Meigh e eu fomos treinar novamente, sem muita conversa. Massami, Ming e Lee ficaram assistindo o treino e no segundo dia eu já estava dobrando ar com facilidade, alguns erros e tropeços mas eu sabia que se treinasse mais uns dias eu aprenderia tudo o que Meigh sabia.

  -Isso Nikki! Você consegue! – Lee me encorajava.

  Masami falava um: “Isso ai!” De vez em quando e voltava a fitar o chão, ele devia estar envergonhado pelo que aconteceu na floresta.

  No fim da tarde eu estava melhor, até arrisquei uma luta com Meigh.

Masami narrando:

  Como Nikki aprendia tudo rápido, era incrível o potencial dela. Na luta com a Meigh ela não fazia os movimentos antigos de dobra, ela estava usando movimentos de luta, socos, chutes, saltos. Mal dava para ver as duas se movimentando, lufadas de vento vinham das duas fazendo uma ventania isolada no campo de treino. Lee não tirava os olhos da luta, Ming estava incomodada arrumando os cabelos que estavam sendo jogados para cima, para baixo e para os lados de acordo com o vento.

  -Lee você está vendo alguma coisa? – perguntei.

  -Não consigo ver nada! Estão muito rápidas, só borrões e olhe lá! – ela estava brava por não ver nada.

  -Então somos dois. – bufei.

  -Vocês estão preocupados com luta? Olha o estado do meu cabelo! – Ming gritou.

  Olhei para o cabelo dela e segurei o riso, mechas estavam erguidas, para os lados, espetados para os quatro cantos da cabeça.

  Nikki acabou perdendo para Meigh, mas era de se esperar Meigh era mais experiente do que ela.

  -Foi uma ótima luta! Estou feliz por você aprender rápido! – Meigh abraçou Nikki.

  -Quem está mais feliz sou eu! Nunca nem sonhei em dobrar outra coisa a não ser água e agora já sei dominar os quatro elementos! – Nikki vibrava de felicidade.

  -O que me lembra que podemos dobrar o fogo não é mesmo? – Lee se levantou do banco e foi na direção da Nikki.

  -Claro! Quer dizer, nosso treino acabou Meigh?

  -Sim, vamos continuar amanhã. – Meigh sorriu.

  -Maravilha. – Lee deu um sorriso malvado.

  -Vamos lá princesa! – Nikki socou a própria mão.

  Lee encheu as mãos com fogo azul e Nikki fez o mesmo, mas o fogo dela era laranja mesmo.

  A luta começou, Lee bombardeou Nikki com fogo azul, Nikki se defendeu e foi pra cima de Lee com socos e saltos seguidos de chutes aéreos, ver as duas ali lutando era incrível! Me animei tanto que quando vi a terra sob os meus pés estava rachando. Lee tinha tanta pericia nos movimentos que era difícil saber como Nikki sobrevivia aos golpes dela, Nikki tinha seus truques também, Lee ficava no chão enquanto Nikki apostava nos ataques aéreos. Ming ainda estava preocupada com o cabelo e Meigh estava indiferente.

  Depois de algumas árvores queimadas e eu quase ter virado churrasco quando Nikki correu para o meu lado e Lee atacou estava tudo beleza.

  -Eu não acredito que vocês não se mataram! – falei para Nikki.

  -Eu e Lee estamos acostumadas a lutas, o pessoal da Nação do Fogo é bem determinado. – ela sorriu.

  Que sorriso lindo, o sorriso de Nikki combinava com os olhos azuis cor de gelo. Ela aparentava ter só a pupila, tinha olhos lindos e letais, apesar de ser meiga ao seu jeito eu sentia que todos que olhavam pra ela começavam a tremer... era hilário.

  -E ai? Vamos fazer o que? – perguntei segurando as mãos dela.

  -Podemos ir pra Cidade da Republica, tomar sorvete e ir ao cinema de novo. – ela sugeriu.

  -O que quiser, posso pedir uma coisa?

  -Acho que pode. – Nikki deu de ombros.

  -Podemos ir de barco? Alguns monges vão para a cidade no barco, podemos ir com eles. – dei o meu melhor sorriso e ela sorriu de volta.

  -Se isso faz você se sentir melhor. – ela me beijou.

  -Vai ser muito melhor. – a beijei de novo.

  -E ai casal feliz? – Lee entrou no meio de nós dois.

  -E ai dobradora de fogo azul. – falei.

  -Vocês vão pra cidade? – ela ficou ao lado da Nikki.

  -Vamos sim. Vocês querem... carona? – Nikki perguntou.

  -Acho que sim, Ming que ir trocar algumas peças de roupa e comprar mais. – Lee revirou os olhos. – Sabe, péssima idéia trazer a Ming pra cá, ela nunca mais vai parar de comprar.

  -Dê limites a ela, você é a irmã mais velha! – Nikki franziu a testa.

  -Como se ela me ouvisse. – Lee olhou para o píer. – Acho que o barco vai zarpar.

  Olhei também e vi alguns monges embarcando.

  -Estão indo mesmo, vamos? - segurei a mão da Nikki.

  Chegando a Cidade da Republica percebi algo estranho, a cidade estava agitada como se algo ruim estivesse acontecendo. Nikki também ficou inquieta.

  -Tenho que ver o que está acontecendo. – ela foi até um senhor e perguntou alguma coisa.

  Quando voltou os olhos estavam assustados como se tivesse lembrado de alguma coisa.

  -O que aconteceu? – Ming perguntou.

  -Os dobradores de terra, estão na cidade. – a voz dela falhou.

  -Você quer ir atrás deles? – perguntei.

  -Temos que ir atrás deles! Estão destruindo tudo! Aquele senhor disse que os moradores estão guardando coisas com medo de serem roubados ou que destruam o comércio. – ela ainda parecia aflita.

  -E o que estamos esperando? – Lee abriu a mão e uma bola de fogo azul surgiu flutuando por cima da mão dela.

  -Onde eles estão? – Ming perguntou.

  -No centro, estão perto da delegacia! – Nikki começou a correr.

  Depois de uma grande corrida encontramos os tais dobradores de terra. Eles eram todos corpulentos e estavam sujos, tinham um olhar perverso e tinham pinta de lutadores.

  -Ali! – Nikki gritou um pouco alto de mais e os homens viraram para vê-la.

  -O que quer aqui garota? Vá embora antes que se machuque! – um grandão falou, parecia ser o líder do grupo.

  -Eu acho que quem vai se machucar é você! – Nikki correu em direção dele começou a soltar labaredas no homem.

  O feioso se esquivou dos ataques de Nikki e fez grossas estacas no chão para quando Nikki pousasse... bem acho que não é legal comentar isso.

  Para minha surpresa e do grandão Nikki dobrou a terra fazendo as estacas voltarem para o chão.

  Lee atacou alguns homens que estavam chegando perto, Ming estava atacando com toda a força que eu não sabia de onde tinha saído. Eu fiquei parado, não estava sobrando nenhum para mim e também eu me sentia mal em atacar os dobradores de terra pelo fato de eu também ser um dobrador de terra.

  Continuei estático enquanto Nikki atacava o líder. Nikki mal encostava no chão, só pousava pra pegar impulso e continuava no ar, conseguia pular a mais de cinco metros de altura e golpear o sujeito com pedras e fogo.

  Ming estava com problemas com os dobradores e eu entrei na briga, acertei uma pedra no rosto de um e ele caiu desmaiado. Consegui derrubar mais um e Ming derrubou dois.

  -Bom trabalho! – ela bateu na minha mão.

  -Quem diria princesa! Você sabe bater muito bem! – falei rindo.

  -Eu tenho meus truques, mas a melhor aqui mesmo é a garota que você chama de namorada.

  Ming apontou pra Nikki que estava segurando o homem pela gola com a mão direita e a esquerda em chamas pronta pra dar um soco bem no meio do rosto do homem.

  Corri pra perto dela, mas ela me deu um olhar de: “Fique longe!”

  -Fala o que quer na cidade! – ela colocou o punho em chamas mais perto do rosto do homem.

  -Eu já disse que não sei ao certo! Fui mandado para fazer estragos na cidade e ele me disse que era pra chamar a atenção do Avatar, e pelo jeito consegui. – vi um sorriso escapando dos lábios dele.

  -Eu juro que se não me disser o que pretendem fazer na cidade eu faço sua cara virar sorvete derretido! – ela aproximou mais a mão.

  -Mas eu estou dizendo que não sei! Só me mandaram fazer isso! – o homem berrou.

  Nikki olhou mais ferozmente pra ele e o jogou longe o fazendo bater a cabeça em uma quina.

  -Masami, chame a policia, vou ficar aqui e garantir que não vão fugir. – Nikki rosnou.

  Corri em direção a delegacia e deixei Nikki e as princesas juntos com os caras.

Nikki narrando:

Masami correu para a delegacia e eu tratei de aprisionar os dobradores de terra, eram sete homens e a maioria eram grandalhões. Decidi interrogar o chefe do grupo de novo.

  -Vou te dar mais uma chance de me falar. Quem mandou você vir pra cá? – me abaixei ao lado dele.

  -Eu já disse menina...

  -Nikki. – interrompi.

  -Nikki, me mandaram pra fazer um estrago e assustar a população chamando atenção do Avatar. – a voz estava culpada.

  -Essa não foi a pergunta, eu perguntei quem te mandou pra cá.

  -Eu nem sei! Foi por telefone! – ele alterou a voz.

  -Mas como você recebe ordens de um cara por telefone?! – me espantei.

  -Eu vou te explicar, eu tenho um chefe e esse chefe recebe ordens de um outro chefe que eu não conheço.

  -Nossa, é uma rede. – coloquei a mão na testa. – Você vai me falar agora quem é o seu... chefe.

  -Vai ter que me obrigar! – ele estreitou os olhos tentando ser ameaçador, mas só meu deu vontade de rir.

  Meu punho direito se incendiou e eu o aproximei do rosto do cara.

  -Vai falando. – deixei minha voz firme.

  -Tá bom! Meu chefe se chama Sassak e fica no Reino da Terra. – ele abaixou os ombros, derrotado.

  -Onde no Reino da Terra? – forcei.

  -Em um acampamento perto de Ba Sing See.

  -Muito obrigado pela ajuda. – sorri e o fogo do meu punho se apagou. – Eu nem iria te queimar mesmo.

  A policia chegou e prendeu os dobradores.

  Masami chegou perto de mim sorridente.

  -Ué, viu o passarinho verde? – perguntei passando o braço nas costas dele.

  -Não vi o passarinho, mas vi o Chefe de Policia Beifong.

  -Mas achei que só você e sua mãe eram os únicos da família Beifong. – fiquei confusa.

  -Não. – ele riu. – Eu tenho tios. O atual chefe de policia é o tio Nakan. Quando eu ficar um pouco mais velho vou ter aulas com ele pra aprender a dobrar o metal. – Masami explicou.

  -Que legal! – beijei a bochecha dele.

  -Mas e você, conseguiu alguma coisa? – ele me perguntou.

  -Já sei pra onde vamos. – ele me olhou curioso. – Ba Sing See.

  -Tão longe? – a voz dele soou queixosa.

  -Sim, mas tome coragem! Vamos para a sua terra, literalmente. – nós rimos.

  -Pelo menos um prêmio de consolação. – ele olhou pra mim sorridente. – Quer continuar o nosso passeio? – ele estava esperançoso.

  -Claro que quero! – dei um abraço forte nele.

  -Sorvete primeiro ou cinema?

  -Cinema. – toquei o rosto dele e o beijei.


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Notas finais do capítulo

Só eu que gosto de Nisami?