The Perfect Ball escrita por Rocky


Capítulo 15
Luau


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Finalmente acabaram minhas provas o/ então agora vou poder escrever mais rápido um pouco. Espero que gostem desse cap pq eu gostei muito de escrever haha

Música do capítulo (Smash! - Ummet Ozcan): https://www.youtube.com/watch?v=O4kbwMxKy4k



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Frank estacionou o carro em uma casa grande e luxuosa, e então descemos para a praia. Já havia uma fogueira gigante e o som estava tão alto que parecia vibrar em meu corpo todo. Ele tinha passado na casa de algumas pessoas para pegarmos roupas, eu estava com um vestido branco meio hippie emprestado de Hazel, outra garota do treino que ao contrário de Reyna, era muito simpática. Um garoto chamado Dakota ocupava o último assento do carro. Ele era o único que já estava bêbado antes mesmo de chegar ao luau. Na verdade, eu tinha acabado de descobrir que “luau” era o nome que eles davam para uma festa quase rave na praia. Para uma cidade pequena, festa era o que não faltava.

Leo cumprimentava quase todo mundo e eu me sentia um pouco perdida. Então Hazel me chamou para ir ao bar que era na varanda da casa e assim que chegamos já nos entregaram um copo de plástico com um líquido desconhecido. Hazel virou o copo todo e eu fiz o mesmo. Não era minha intenção ficar bêbada a ponto de não lembrar o que tinha feito, mas era bom ter um pouco mais de coragem que o normal.

A música continuava alta e várias pessoas pulavam na piscina, que estava cheia de balões coloridos. Hazel e eu fomos dançar junto a todo mundo na praia e nem o vento úmido que vinha do mar conseguia esfriar o calor de tantos corpos juntos. Ela me apresentava um monte de gente que eu nunca iria decorar o nome ou o rosto. Não sei exatamente quantos copos de bebida eu tomei depois disso, mas sabia que já não estava exatamente consciente.

Me misturei no meio da multidão e comecei a dançar no ritmo da batida animada. Deixei que ela penetrasse em todos os meus sentidos e quando vi já estava indo ao chão ao lado de uma garota que eu nem conhecia.

Avistei Jason dançando com Reyna a alguns metros de distância com um copo de bebida na mão, parecendo já estar bêbado. Parecia que ele era bem contraditório, considerando que achou o que fiz quase uma atrocidade. Bem engraçadinho. Vi que me olhava agora e rebolei olhando diretamente para ele. O loiro conseguia me afetar de um jeito que eu não conseguia entender. Pouco me importava com o que Reyna iria fazer depois, eu não desistiria de Jason Grace.

A garota atrás de mim passava a mão pelo meu corpo, e eu não achei ruim. Me virei e ela passeou os dedos pelo meu rosto, colando os lábios aos meus. Abri os olhos por um segundo para ver a expressão assustada de Jason junto a algo mais que variava entre desejo e negação. Reyna fazia de tudo para chamar sua atenção de volta, vê-la assim me enchia de satisfação.

A garota loira me beijava cada vez mais intensamente e eu senti seus lábios macios com cheiro de maconha invadirem minha cabeça. Ela era gostosa pra caralho. Toquei-a assim como ela fazia comigo, encontrando uma bunda que qualquer garota invejaria. Ela pegou meu braço e me puxou de volta para a escadinha que levava ao bar, parando para me beijar várias vezes pelo caminho. Quando me afastei um pouco, avistei Leo acenando de dentro da piscina. Deixei a garota gata de lado e fui até ele.

– Pipes, entra aqui! – gritou ele acima do som da música.

– Tá doido?!

Eu caminhei até a borda da piscina e me abaixei onde ele estava. Então dei um grito quando Leo me agarrou e me puxou para dentro da água, sem nem se importar com a minha roupa.

– Vai se fuder, seu desgraçado! – gritei, enquanto me esforçava em parar de rir e não beber água. Fiquei com raiva por Frank não ter passado na minha casa, assim eu pegaria algo mais legal no lugar desse vestido.

– Qual é, Pipes! Acha que vai ficar só na vida boa? – ele me puxou e juntos mergulhamos. Leo também parecia ter bebido, mas não tanto quanto eu. Ele estava sem camisa, só com uma bermuda jeans e eu tinha que falar, as pessoas daquela cidade eram abençoadas.

– Você é um idiota! – gritei.

– Você também! Preciso pegar mais bebida! – ele gritou de volta e saímos da água para voltar ao bar. O líquido que antes descia com dificuldade, agora me satisfazia de uma forma que eu não era capaz de negar.

Por coincidência ou não, Jason estava ali perto também. Ele não ousava falar comigo, mas sempre estava onde eu podia ver. Eu não conseguia entendê-lo e isso estava me deixando louca.

Voltei a dançar na frente de um cara gato pra caramba após virar outro copo. Seus cabelos eram escuros e encaracolados, assim como a barba. Ele estava com as mãos em minha cintura e eu me divertia ao ver suas reações conforme eu me mexia.

– Você é gostosa demais, garota. Como nunca te vi aqui? – ele falou no meu ouvido.

– Não sou daqui. – respondi, virando de frente para ele e beijando-o.

Eu não tinha mais noção do que estava acontecendo. Ele me puxou e me botou em cima de uma bancada, e encaixei minhas pernas em seu quadril, subindo uma boa parte do vestido molhado. Seu beijo não era tão bom quanto o da garota loira, mas era tremendamente bom. O moreno segurava meu pescoço e minha cintura, fazendo com que eu me arrepiasse. Procurei Jason com o olhar enquanto o garoto dava um chupão em meu pescoço, e o encontrei me encarando do outro lado do bar. Perfeito.

As mãos do gato agora apertavam minha bunda com força e eu dei um gemido leve. Quase comecei a rir, sem acreditar que ainda de manhã eu estava chorando. Ele me afastou desses pensamentos imediatamente quando enfiou a mão debaixo do meu vestido, que já não era muita coisa, e o puxou para cima, me deixando só de biquíni. Então tudo parou abruptamente e quando abri os olhos quem estava lá não era o garoto, era Jason Grace.

– Qual o seu problema, Grace? – gritou o moreno gato e fui perceber que ele estava no chão com a mão segurando a boca, de onde começava a escorrer sangue. Um desperdício, pois eu queria continuar beijando-o.

– Você é o problema, Bennett! – Jason gritou e partiu para cima do garoto de novo.

– Ei, calma aí! - falei mas não conseguia me mexer da bancada. – Jason, você até que fica gostoso com raiva. – completei e comecei a rir.

Leo apareceu e segurou os braços de Jason antes que ele pudesse bater mais em Bennett.

– Jason, para! – ele gritou e eu fiquei impressionada por ter conseguido segurar o amigo.

– Por que fez isso, Grace? – o garoto se levantou e encarou Jason do lugar que estava. Um filete de sangue escorria de seu lábio superior o deixando bem sexy.

Jason não respondeu, por incrível que parecesse. De repente eu me irritei pra caramba. Quem era ele para achar que podia fazer aquilo comigo? Pulei da bancada e nem me importei de estar só de biquíni, mas não consegui dar muitos passos, pois Jason pegou meu braço e me puxou para um canto isolado do jardim onde ninguém estava.

– Para com isso! Realmente, qual o seu problema Jason? – gritei, puxando meu braço com força para me desvencilhar de seu aperto. Ele se afastou um pouco e passou as mãos pelos cabelos. Percebi nesse momento que ele estava muito bêbado, muito mesmo.

– Aquele cara não presta! Você não tinha que estar com ele! – ele gritou, voltando a atenção para mim de novo.

– Você não tem que opinar sobre quem eu fico ou deixo de ficar! – senti a raiva vindo e não ia conseguir parar nem se quisesse. – Eu não te entendo! Uma hora penso que quer ficar comigo, então você acaba com tudo que eu tinha começado a sentir! E agora faz isso. O que você quer de mim, Jason?!

– Ele estava tirando sua roupa na frente de todo mundo, Piper!

Dei uma gargalhada.

– Era com isso que estava preocupado? – alcancei a ponta do biquíni e puxei, deixando a parte da frente frouxa e permitindo-lhe uma visão privilegiada dos meus seios. Ele parou estático. – Tarde demais, gatinho. – disse e amarrei o biquíni no lugar de volta. Não sabia onde meu vestido estava e também não queria ir procurar.

– Porra, Piper! Eu não sei o que você tem! Parece que nada faz sentido quando estou perto de você, então lembro que não posso... E você não para de me provocar!

– É mesmo? – me fingi de ofendida.

Me aproximei mais dele, vendo que ele tinha fechado os punhos. Isso mais me parecia um desafio. Virei de costas e segurei os braços dele ao meu redor. – Está tudo bem, Jay.

Vi que seus pelos do braço se arrepiaram quando eu me esfreguei na sua bermuda. Segurei suas mãos enquanto as passava pela minha barriga e sua respiração se tornou ofegante. Virei de frente para ele e conseguia sentir o hálito de álcool que vinha de sua boca. Passei a língua pelos lábios, impressionada com o desejo que vinha de mim mesma. Balancei a cabeça tentando espantar esses pensamentos, lembrando do que eu realmente tinha que fazer.

– Pena que não sou Reyna, Jason.

Me virei e saí andando para longe, mas mais uma vez ele segurou meu pulso. Então foi a minha vez de ficar espantada quando ele me puxou para seus braços e me beijou. Seus lábios eram suaves, ao mesmo tempo que tinham uma brutalidade, pressa.

Encarei os olhos de Jason sem entender o que tinha acabado de acontecer. Então o beijei de volta, sentindo seu sorriso entre um beijo e outro. Tive a sensação de que esses tinham sido os melhores segundos da minha vida. Porém, isso não durou muito e eu quase pulei no lugar quando alguém gritou atrás de nós:

– QUE PORRA É ESSA?

Não me virei pois já tinha certeza de quem era, eu estava muito ferrada. Minhas pernas estavam moles e quase caí quando Jason me soltou e se virou, eu me vi obrigada a encarar uma Reyna com lágrimas escorrendo dos olhos.

– Rey, deixa eu explicar! – tentou Jason, mas sua voz não era exatamente de arrependimento. Ela saiu correndo e logo ele foi atrás.


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Notas finais do capítulo

1 pão de queijo pra quem deixar um comentário