Os paramédicos entram e cuidam dela, mas ela não aceita que a levem

- eu não preciso disso, eu estou bem. – ela diz e se solta do Warrick que ainda a segurava e vem em minha direção, ela se ajoelha na minha frente, e me abraça, eu a abraço de volta, forte era a melhor sensação do mundo, saber que ela estava bem e nos meus braços.

- desculpa. – eu peço a ela, tinha sido tudo minha culpa. Ela chorava muito, soluçava e meus olhos escorriam lagrimas em silencio o medo era enorme ainda. – desculpa, desculpa. – eu insisto e ela olha para mim respirando fundo para tentar parar de chorar, em vão.

- isso não foi sua culpa. – ela se aproxima de mim, coloca sua mão no meu rosto limpando as lagrimas que escorreram e me beija, isso me acalma, seus lábios macios fazem o mundo parecer bem menos assustador do que realmente é. Nos beijamos levemente, devagar como se fosse a primeira vez, como se nada daquilo tivesse acontecido. Ela para e olha para mim depois olha para o lado e Warrick olha para ela e sai balançando a cabeça. Ela olha para mim e depois para o chão. Coloco minha mão no queixo dela e levanto a cabeça dela fazendo com que ela olhe para mim.

- Ele está preocupado é melhor você falar com ele. - ela pensa um instante tentando ver se eu estou mesmo dizendo aquilo de verdade ou só por educação, ou coisa assim.

- tem razão – ela me dá mais um beijo e sai. Eu não queria que ela achasse que eu tenho razão, mas fazer o que? Eu a olho enquanto ela sai, fico um pouco em silencio ainda sentado no chão, July aparece e puxa minha mão para me ajudar a ficar de pé.

- bom trabalho! – ela me diz enquanto me levanto. – aonde ela foi? Ela deveria estar com seu herói!

- não estou em clima de piadinhas July. – eu saio e ela grita para mim: - desculpa, era só para descontrair.

Eu saio do galpão e um paramédico se aproxima de mim.

- Você está bem? Precisa de alguma coisa?

- eu estou legal amigo! – ele sai e Grissom se aproxima de mim.

- obrigado e desculpa.

- desculpa?

- eu não confiei em você e na sua equipe, eu poderia ter estragado tudo.

- eu também não confiaria na sua. – eu digo e dou a volta no galpão, estava procurando por ela, pois já havia dado meu depoimento e eu iria levá-la para casa. Quando viro para o lado vejo Warrick beijando Cath, ela não tentava sair e eu fiquei olhando para eles escondidos, depois de alguns segundos ela se separa dele o empurrando. aquilo doeu, mas eu meio que sabia que aquilo poderia acontecer, ela sempre o amou e agora ele estava disposto a ficar com ela, é tentador alguem que você ama querendo uma chance e é horrivel você ter que negar por causa de outra pessoa no caso dela por causa de mim.

- nunca faça isso, você não entendeu é tarde demais, eu agora amo outra pessoa.

- Brian? Você o conhece ao o que? Três dias? Vai trocar um amor de anos por uma paixão de três dias?

- você já teve a sua chance e ele não me fez sofrer como você! Fique longe de mim e só me dirija à palavra para falar de trabalho. – eu percebi que ela ia saindo e voltei para frente do galpão. Ela se encosta em um canto e fica pensando, eu não vou atrás, ela precisa mesmo pensar, ela esta confusa eu sei ela se vira e limpa mais uma vez suas lágrimas.

Um cara que eu nunca vi antes me chama e se aproxima de mim fazendo com que eu desvie o olhar dela, eu era o centro das atenções e estava odiando aquilo.

- sou George, S.W.A.T. quero te oferecer um emprego em Los Angeles, nós vamos embora depois de amanha, você tem até lá para pensar, me ligue – ele tira um cartão do meu bolso e sai então à única pessoa que eu queria que se aproximasse de mim naquele momento se aproxima, eu coloco o cartão no bolso antes que ela veja, não queria pensar naquilo agora. Ela me abraça, e eu a abraço de volta.

- vamos embora daqui. – ela me pede, eu aceno com a cabeça, envolvo minha mão em vota da cintura dela e vamos embora. No carro estávamos em silencio, eu tinha vontade de xingar ela por ela estar beijando Warrick, mas eu não iria fazer isso, não agora ela tinha acabado de ser refém, eu só queria cuidar dela.

- posso dormir com você? – ela me pergunta, me tirando de meus pensamentos.

- claro! – coloco minha mão em cima da dela e ela sorri fraco para mim. Chegamos a minha casa e entramos, ela toma um banho e coloca uma blusa minha, pois ela não tinha roupa confortável na minha casa. Eu estava assistindo TV quando ela saiu do banheiro, ela tinha olhos vermelhos eu ainda podia ver o medo nos olhos dela, eu olho para ela que se aproxima do sofá.

- vem cá! – eu a puxo pela mão e ela deita no sofá se encostando no meu peito.

- eu estou com medo!

- eu sei, foi assustador. – eu digo a ela me lembrando de tudo. – mas passou! Ok? O que importa é que você está bem.

- obrigado!

- não precisa me agradecer. É o meu trabalho.

- Sam me disse que você ficou apavorado.

- Sam é um mentiroso, não confie nele, nunca. – ela sorri.

- então você não ficou apavorado?

- o que? Eu quase morri! Eu tive vontade de aparecer e trocar de lugar com você foi injusto você ficar no meu lugar, eu nunca vou me perdoar por isso. – ela se levanta ficando sentada do meu lado virada para mim.

- não se culpe por isso ouviu? Eu sei o que o Warrick disse e...

- não vamos falar do Warrick ok? – eu digo com a cara fechada, não queria falar se não eu iria querer uma justificativa para aquele beijo e eu sei que iria me arrepender de ouvi-la.

- ok! – ela diz simplesmente e desvia o olhar, deveria ser o peso na consciência, eu espero. Ela volta a olhar para mim com um olhar de determinação, eu não sei o que significava, mas eu amo como ela é determinada e forte, diferente de muitas mulheres que já fiquei. Me aproximo dela e a beijo até ela perder o ar, então eu paro e beijo seu pescoço, passo meus dedos no braço dela, coloco seu cabelo para trás e sussurro no ouvido dela: - eu te amo! – ela se distancia de mim para me olhar nos olhos, tive medo da reação dela ela parecia assustada, também não queria dizer isso a ela, ela estava em duvida entre mim e o Warrick, ela poderia ficar comigo por pena, sei lá! O que eu estou pensando, ela é linda e eu a amo e farei de tudo para ficar com ela.

- desculpa! – eu peço a ela, pois ela demorou de mais para responder.

- não! eu também te amo. - Nós fomos para o quarto e fizemos amor, eu adormeci com o cheiro dela, como é bom ter ela perto de mim e a salva, só para mim.