Te Odeio Tanto Quanto Te Amo escrita por gui


Capítulo 10
Capítulo 10: decisões




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Arrumo minha mala, nem vi o tempo passar, eu fui ao trabalho dizer que eu iria me transferir e quando voltei já era de noite, alguém bate na porta.

- entra. – eu grito estava com preguiça de levantar, quando ouço a porta se abrir eu inclino minha cabeça para ver que era ela, me volto à televisão, seria difícil dizer isso a ela.

- Tudo bem? – ela me diz colocando sua bolsa no outro sofá e se aproximando de mim.

- tudo e você? Muito trabalho? – pergunto a ela sorrindo.

- o de sempre. – ela se senta no sofá ao meu lado. Ficamos em silêncio por um momento e eu decido que era hora de falar. Eu me viro para ela.

- preciso te falar uma coisa importante. – eu começo sabendo que não seria nada fácil. Ela se vira para mim curiosa. – recebi uma proposta de emprego em Los Angeles, e já aceitei. Ela faz uma cara de surpresa.

- isso é muito bom, você vai se mudar para lá?

- vou.

- mas...e...a gente? – ela me pergunta tirando seu sorriso do rosto.

- Catherine, você precisa de um tempo, você vai saber onde me encontrar, se quiser, depois que você se decidir.

- mais que merda, eu já me decidi. Por que é tão difícil entender? – ela se irrita, sabia que ia ser difícil.

- por que não é isso que parece. Eu sei que você ainda sente alguma coisa por ele. Eu não posso me colocar entre vocês dois. – eu explico pacientemente, sabendo que ela não iria entender.

- por que você acha que eu ainda não tive alguma coisa com ele? Por que eu não estou mais disposta a tentar.

- quem me garante que você não teve nada com ele antes deu aparecer?

- ele está casado.

- viu é isso que te impede, na hora que ele largar a mulher ai tudo estará resolvido, e vocês serão felizes para sempre... E onde eu fico nisso? Nick me disse que ele já entrou com o processo de divórcio, seja feliz Cath, isso é tudo que importa para mim, mesmo doendo é a coisa certa que eu devo fazer.

- não Brian, eu gosto muito de você!

- não mais do que ele.

- por favor, me dá uma chance. – os olhos dela estavam cheios de lágrima isso estava sendo pior do que eu imaginava talvez eu a ame mais do que eu acho que amo, e é exatamente por eu a amar que eu não iria voltar atrás. Eu tinha que a deixar livre.

- eu já tomei minha decisão. Não torne as coisas piores. – eu me levanto e vou para a cozinha, não aquentava olhar para ela quase chorando. Mas para meu azar ela vai atrás de mim.

- quando você vai?

- amanha de manhã.

- nossa, e você me conta agora? - ela pergunta levantando suas mãos para cima.

- eu recebia a proposta antes de ontem.

- e já se decidiu assim? Sem pensar? Isso é por minha causa? Você está largando seu trabalho para se afastar de mim?

- é melhor assim.

- você não precisa mudar de cidade, é só me pedir e eu sumo da sua vida. – ela fica me encarando como se quisesse que eu dissesse a ela.

- vamos, me diz.

- eu não vou fazer isso.

- por quê? Não é isso que você quer?

- claro que não! – nós falávamos alto, a raiva contrastava com o amor. Eu tinha vontade de desistir, agarrar ela e esquecer tudo aquilo. – eu não quero que você suma da minha vida, eu só quero te dar espaço para escolher.

- mas eu já escolhi você, por que você não acredita?

- por que não é isso que eu vejo em seu olhar.

- ok, eu ainda sinto alguma coisa por ele, mas eu estou tentando não é fácil, ainda mais agora que temos a chance de ficar junto, mas você tem que entender que eu não quero, não é por sua causa, não é por causa da mulher dele é por mim, eu não quero, eu. – ela olhou fundo nos olhos, era verdade eu pude ver e isso deixava tudo ainda pior.

- mas mesmo assim eu me sinto culpado, eu me sinto como uma barreira.

- eu posso te garantir que se você voltar aqui depois de cinco, dez, vinte anos eu não vou estar com ele.

- não, você não pode me garantir... Escuta – eu seguro na mão dela e nos sentamos nos bancos que tinha na cozinha eu começo a falar mais baixo tentando me controlar e acalmar ela, pois ela estava bem nervosa. – eu vou a gente espera passar um tempo e depois a gente vê o que faz.

- não por que você esta me testando, você precisa confiar em mim.

- eu estou tentando eu juro.

- não está não se não você não iria me deixar.

- Catherine...

- Brian, se você não me ama o suficiente para confiar em mim talvez seja melhor mesmo. – minha garganta se ficha e fica difícil respirar, eu realmente estava a perdendo, talvez por uma bobeira. Ela se levanta do banco, as lagrimas escorriam em seu olhar e a dor aumentava no meu peito.

- só saiba que eu te amo. – ela vira as costas e vai embora. Eu ameaço levantar e ir atrás dela, mas desisto.

- droga! – eu digo vendo o tamanho da minha idiotice.


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