Do You Speak Italian? escrita por Caroline Lemos, Caco


Capítulo 26
Tom - parte 13


Notas iniciais do capítulo

Boa noite minhas lindíssimas!
Espero que tenham curtido bastante o feriado. Muito obrigada pelos reviews, tiveram alguns maravilhosos, eu amei!
Sejam bem vindas novas leitoras!
Ah, gente, eu troquei a capa. Me digam se gostam mais dessa ou da antiga, ok? É que eu achei esse casal tão parecido com o quanto imagino eles quando escrevo!
Outra coisa, eu tenho dois perfis aqui no nyah, devido a alguns problemas pra logar com a conta do facebook por aqui, então vou usar os dois, tanto pra postar quanto pra responder vocês, mas dá na mesma. Meu apelido é "Caco" haha
Espero que estejam gostando!



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-Tom! – ouvi minha mãe gritar do outro lado da cozinha. Minha cabeça não estava definitivamente ali. -Quem era no telefone? – ela perguntou.

-Telefone? – me fiz de desentendido. Ela me olhou de cara feia. –Ah. Era a menina da escola que eu te falei – respondi depressa. Ela me encarou com um sorrisinho. –Nem começa, mãe – eu ri, assim como ela.

-Seu pai te falou que a Cecília vem passar o feriado aqui em casa? – ela não sorria agora. Não escondia sua implicância com a garota.

-Não. Mas ela me disse. –respondi, sem animação.

-Achei que isso te deixaria feliz – ela ergueu uma sobrancelha.

-Eu também. – respondi enfiando uma grande quantidade de comida na boca. Eu estava mesmo morrendo de fome. Ela não questionou minha atitude, apenas ficou me encarando como se esperasse eu admitir que estava brincando. Meu irmão jogava videogame na sala, apesar da insistência da minha mãe em chama-lo para jantar. Meu pai estava trancado no escritório, pra variar. Por um momento eu cheguei a pensar que a mudança pra Livepool faria as coisas mudarem, mas estava tudo praticamente igual a minha vida na Itália. Pelo menos dentro de casa. Terminei de comer o mais depressa possível e subi as escadas de volta para o quarto. Ainda tinha que arrumar todo ele, porque eu não tinha sequer terminado de esvaziar as caixas da mudança. Sentei na cama sem tirar os olhos da gaveta onde eu tinha deixado o celular da Claire. Ainda não sei por que joguei fora a oportunidade de pelo menos ler as mensagens de texto. Mas ia valer a pena, eu tinha certeza. Tinha conseguido um jeito de ficar a sós com a morena outra vez, e de um jeito muito melhor do que eu esperava. Ela não ia me escapar.

Levei pelo menos umas duas horas para arrumar todas as coisas e finalmente me livrei da última caixa. Esta eu tinha deixado por último, já que nela estavam os porta-retratos e bugigangas que ficariam na prateleira. Um deles, em especial, me chamou a atenção. Naquela foto eu estava lá, sorridente, cheio de casacos nas férias de inverno. Estávamos esquiando. Cecília estava lá também. Senti um aperto no peito pela maneira como eu tinha tratado ela mais cedo. Mas ela ia entender quando eu explicasse tudo a ela. Ela tinha que entender. Ou pelo menos eu esperava que sim. Não era o momento certo pra ela aparecer aqui, mas paciência, eu ia dar um jeito de resolver tudo. Me joguei na cama e peguei no sono bem rápido. Aquele dia tinha sido completamente diferente do que eu achei que seria quando sai da cama pela manhã. Tinha sido um dia perfeito. E o dia seguinte seria ainda melhor.

Meu pai ficou em silêncio durante todo o caminho até a escola. Acho que ele ainda estava chateado pelo jeito como eu agi com ele no dia anterior, mas eu não conseguia pensar em nada bom o suficiente para fazer ele me desculpar.

-Me desculpa por ontem – eu disse, por fim. Aquele silêncio todo estava me dando nos nervos. Ele me olhou, surpreso.

-Ta tudo bem, Tom. Sei que está sendo difícil pra você. – ele não me encarava.

-Eu achei que seria mais difícil. – respondi, sincero.

-Você já fez algum amigo? – ele perguntou depois de um tempo. Eu assenti.

-Pai, sabe a garota do restaurante? Filha do teu colega de trabalho?

-Claire? – ele lembrou.

-É. Ela é minha colega de aula – eu sorri.

-Isso é ótimo filho. – ele sorriu de volta. –Ela é muito bonita. - ele disse, estacionando o carro.

-Muito – eu ri. Ele me encarou, tentando medir minha expressão. -Te vejo de noite, pai – eu desci do carro. Ele apenas riu e acenou, saindo em seguida.

Eu estava com uma sensação boa sobre aquela escola. Bem, parece que eu não iria detestar tanto assim aquele lugar, afinal. Procurei a Claire por todo o corredor, mas não a encontrei em lugar nenhum. Talvez tivesse se atrasado. Um garoto que estava andando na direção contrária esbarrou em mim, de propósito, e eu tentei me segurar para não cair na provocação. Eu lembrava de tê-lo visto me encarando de cara feia ontem, na aula de biologia. Se me recordo bem, era Jason seu nome. Jason ficou rindo com os amigos. Que coisa mais idiota, pensei, cerrando meus punhos com raiva. Sorte que a Claire apareceu antes e eu acabei me acalmando quase instantaneamente. Seu sorriso era tão bonito quanto eu me lembrava. Ela estava usando uma camiseta do Green Day e estava mais linda impossível. Tratei de puxa-la imediatamente pra mim e a garota juntou seus lábios aos meus. Foi um beijo rápido e ela logo se separou. Eu não gostei disso. Eu ia protestar, mas ela falou antes.

-Estamos no meio do corredor. – ela repreendeu.

-E o que é que tem demais? – eu disse e ela me encarou com os olhos semicerrados. Eu apenas ri, girando os olhos. Fomos andando juntos até a sala.

Aquela manhã passou arrastada, e foi até um pouco chata, uma vez que Claire sempre dava um jeito de se esquivar quando tinha alguém por perto. Mal podia esperar para ficarmos sozinhos mais tarde.

Claire insistiu mesmo na ideia de ir pra minha casa de táxi e eu concordei sem mais protestos. Em pouco tempo já estávamos em frente ao portão. A morena segurou minha mão quando descemos do taxi e eu me senti muito bem com isso. Ela parou em frente ao portão e ficou me encarando, seu sorrido tão lindo.

-É linda! – ela sorria, seus olhos brilhando.

-Fique a vontade – eu disse quando abri o portão, dando espaço para que ela fosse na frente. A garota hesitou um pouco, mas foi na frente, andando devagar.

Ficamos um tempo em silêncio, enquanto ela ficou inspecionando cada detalhe. Não sei por que ela estava tão encantada, não tinha nada demais naquela casa.

-Se você gostou dessa – eu disse, segurando sua mão levando ela até as escadas – precisa ver como era a minha casa na Itália.

-Eu morei num apartamento a minha vida toda. – ela manteve o olhar fascinado – E eu acho casas simplesmente maravilhosas.

-Faz sentido – eu ri. –Esse é o quarto dos meus pais, ali é a biblioteca. – eu apontei.

-Sua casa é realmente muito bonita – a morena disse e eu ia puxando-a pela mão.

-E esse – eu abri a porta do quarto – é o meu quarto. Aquele ali é o do Will – apontei para o quarto do pirralho. Claire entrou primeiro, olhando tudo com curiosidade. Eu vi que ela foi direto até os porta-retratos. Tarde demais pra me arrepender por não ter tirado a foto com a Cecília de lá. A garota olhou-os um a um e eu vi que ela se demorou mais naquela foto, mas não comentou nada. Virou-se para mim com um de seus sorrisos de tirar o fôlego. Tentei o meu melhor sorriso sedutor e me aproximei da morena. Ela sorriu quando aproximei meu rosto do dela e passou seus braços por cima dos meus ombros. Eu precisava dos lábios daquela garota como nunca. Quando eu estava quase encostando minha boca na dela, o celular dela tocou alto na gaveta.

-Pra não perder o costume – eu ri, me separando dela.

-Deixa isso pra lá, vai. – Claire disse, me puxando de volta –Não deve ser tão importante.

-Se você diz... – eu disse, beijando-a com vontade. Puxei-a firme pela cintura, trazendo seu corpo pra perto do meu. Em resposta, Claire intensificou o beijo, nossas línguas brincavam em sincronia. Era um beijo diferente daqueles no parque. Talvez por que agora estávamos sozinhos. A morena descolou seus lábios dos meus para respirar, não antes de dar uma leve mordida no meu lábio inferior, puxando-o um pouco. Passei a distribuir alguns beijos no pescoço dela e perto da boca e a morena sorria, apertando suas unhas contra as minhas costas. O telefone tocou novamente, mas ela pareceu nem ligar. Claire voltou a me beijar, com um pouco mais de ousadia, passando suas mãos por dentro da minha camiseta. Arrepio nas costas era meu ponto fraco. Notei que ela riu quando eu mordi o lábio dela e apertei minhas mãos contra a sua cintura com um pouco mais de força. A garota separou sua boca da minha e levou-a até o meu ouvido.

-Isso te dá arrepio? – ela sussurrou, a boca colada no meu ouvido, enquanto passava suas mãos de leve pelas minhas costas por baixo da camiseta. Eu fechei os olhos, aquilo estava me deixando fora de controle. Minhas mãos desceram da cintura para as coxas da morena, que passou suas pernas ao redor da minha cintura. Segurei-a firme, andando de costas até sentar na cama, com ela no meu colo. Foi quando o celular dela tocou outra vez. Claire parou desta vez, separando-se de mim e me deixou lá sentado com cara de bobo.

No próximo capítulo...

(...)

-Claire! - Tom gritou no final do corredor. Eu não tive a mínima vontade de responder. Continuei andando, segurando uma lágrima que insistia em cair. Não acredito que ele estava fazendo isso comigo. Não acreditava que ele tivesse a capacidade de ser tão cínico e cretino a esse ponto. O garoto correu até me alcançar e passou a andar ao meu lado. -Não me ouviu, Claire? - le sorria de maneira doce. Mas eu não cairia mais naquele sorriso. Ele me olhou confuso pela minha falta de resposta. Continuava fingindo que ele não existia. -O que aconteceu? - ele ergueu uma sobrancelha.

-Quando pretendia me contar que você tem uma namorada? - disparei, com raiva, não contendo mais as lágrimas.

(...)


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Notas finais do capítulo

Gente, esse capítulo ficou uma grande MERDA, pelo menos pra mim. Mas ele é um mal necessário pra história, porque algumas coisas precisavam ser esclarecidas antes do capítulo da Claire, que vai ser importantão pra história. Vocês vão ver, ele ta emocionante. Pretendo postar ele na quarta.
Não deixem de mandar reviews, por favor ):
Beijos e até o próximo!



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