Damon aumentou a velocidade, o vento ficou mais forte e gelado, mas era uma sensação tão boa, abri meus braços e sorri. Percebi que passamos do Grill, mas não falei nada, seria melhor não ir lá mesmo, porque tem muitas pessoas conhecidas e também o risco de ver Stefan, e isso me faria sentir um pouco culpada. 

Ele parou em um mercado, desceu da moto e pediu que eu esperasse, assenti e fiquei esperando ao lado da moto, depois ele voltou com uma sacola, e continuamos nosso caminho, mas agora ele estava indo mais devagar. Até que ele parou num lugar onde tinha um prédio abandonado. Ele desceu e me ajudou a descer. Olhei para o prédio confusa, então ele sorriu.

– Vem -ele pegou minha mãe e me puxou. Entramos no prédio, ele tirou uma lanterna da sacola e acendeu, estava um pouco escuro lá dentro, e parecia assustador, ele continuou me guiando, até chegarmos a uma escada, subimos vários lances até que paramos na cobertura. Ele então foi num canto da parede, e acendeu algumas luzes que ficavam no chão, deixando tudo mais iluminado.

– Chegamos -ele falou sorrindo.

– É lindo -falei olhando em volta. Cheguei na ponta e dava pra ver boa parte da cidade. A vista era realmente maravilhosa. Sorri olhando para ele.

– É meu lugar preferido -ele se sentou e fez sinal pra eu ir ao seu lado. Me sentei, então ele abriu a sacola tirando de lá, batatas fritas, doces e refrigerante. Sorri com isso.

– Nosso jantar -ele falou enquanto ajeitava as coisas, comecei a ajudar ele.

– Não acredito que está fazendo isso -falei de repente.

– Por que não? -ele perguntou sério.

– Não sei bem, só não acho que isso tudo tão romântico combine com você -falei envergonhada.

– Eu também não acho -ele riu. – Você é a primeira garota que me fez fazer essas coisas idiotas.

– Não é idiota - falei o encarando, seus olhos azuis me fitavam intensamente, então ele se aproximou e tocou nossos lábios rapidamente. Mas foi o suficiente pra meu coração disparar.

– Está com fome? -ele perguntou acariciando meu rosto. Assenti.

Comemos nosso jantar, e depois ficamos conversando um tempo. Damon realmente não parecia ser o cara mau, mas ele podia estar apenas fingindo, ou não. Mas mesmo não sabendo eu me diverti muito, e cada vez eu acreditava mais estar apaixonada por ele. Ficamos conversando até que eu peguei no sono.

Acordei depois de um tempo e ele estava acariciando meus cabelos, ele estava sentado no chão, e eu estava deitada com a cabeça em seu colo, e com sua jaqueta em cima de mim, abri meus olhos e sorri pegando sua mão.

– Eu me diverti hoje- falei me levantando.

– Eu também -ele falou baixo. – Eu não sei como fazer isso Elena -ele falou com a voz desanimada.

– O que? -perguntei.

– Isso -ele apontou pra mim e depois pra ele. – Eu nunca gostei de uma garota como acho que posso estar gostando de você e isso me assusta. -ele suspirou. – Você tem razão, quer dizer todos tem, eu realmente não presto.

– Isso não é verdade -falei pegando seu rosto. – Você pediu que eu tirasse minhas conclusões certo? -ele assentiu. –Então, minha conclusão é que você é um cara muito, muito bacana -sorri.

– Não, não sou. Meu irmão me odeia, e com toda razão, meus pais não me suportam e eu magoei muitas, muitas -ele deu ênfase em "muitas" – garotas, eu não sou bacana.

– Isso não importa, o que importa é agora -falei sorrindo. Ele então me encarou e sorriu. Depois colocou suas mãos envolta do meu rosto e me encarou alguns segundos antes de selar nossos lábios, novamente meu coração bateu acelerado, eu fiquei trêmula, e senti meu coração doer de tanto bater, mas não era uma dor ruim, era estranha, e boa.

Então coloquei meus braços em volta de seu pescoço e ele colocou uma das mãos em minha cintura me puxando pra mais perto, nossas línguas se moviam rapidamente, e depois o ritmo foi diminuindo e paramos o beijo com alguns selinhos, ficamos nos encarando um tempo, depois ele me puxou para seu peito e continuou acariciando meus cabelos, e foi assim que dormimos.