Passei a tarde inteira esperando a ligação de Stefan, mas ele não ligou. Isso me deixou aliviada, mas ao mesmo tempo chateada. Ele havia desistido de mim? Meu celular tocou me despertando de meus devaneios, era ele. Sorri e depois atendi.

– Oi! - falei animada.

– Oi Elena -ele falou com um tom animado. –Que tal a gente ir no Grill?

– Tudo bem -respondi.

– Ok, eu passo ai na sua casa às 18h, tudo bem?

– Uhun, vou esperar.

– Até lá.

– Até.

Desliguei o celular, ele parecia um tanto estranho...mas o que importa é que ele ligou. Eram 17hs ainda, então fui tomar um banho, depois coloquei uma calça escura, uma blusa de listras pretas e vermelhas e meu allstar. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto, e deixei minha franja caindo pro lado. 

Depois fiquei na sala sentada esperando ele chegar, deixei a TV em um programa qualquer. Meus pensamentos estavam em Damon. Eu fiquei pensando o tempo todo se ele tinha sentido o mesmo que eu senti...eu sabia que aquele não foi um simples beijo, significou muito mais pra mim. Eu me perguntava se foi pra ele, o mesmo que foi pra mim...mesmo sabendo agora que ele era um galinha metido a badboy, eu não conseguia acreditar que ele me usou, eu sentia, mas talvez eu só esteja fantasiando coisas, é, deve ser isso.

Fiquei um tempo vendo TV, até que escutei um barulho lá fora, então me levantei rapidamente, olhei pela janela e havia uma moto parada lá, nunca parei pra reparar se Stefan andava de moto, mas ela me lembrou de Damon, e quando eu o vi pela segunda vez, sorri com esse pensamento e depois fui abrir a porta.

Talvez eu estivesse mesmo ficando louca, mas eu não sabia como agir, eu simplesmente não sabia se era real, ele estava ali, não, não era Stefan, era Damon. Ele estava na minha porta com um sorriso torto me encarando, e eu não sabia o que fazer, quer dizer, era mesmo real?

– Elena? -ele perguntou me fazendo acordar.

– O que você quer aqui?! -falei um pouco irritada, sim eu estava feliz, mas também irritada, afinal ele não se importava comigo, porque eu só fui mais um pra ele.

– Eu avisei que viria te pegar às seis, lembra? 

– Mas...eu pensei que fosse Stefan! O que você quer?

– Talvez eu tenha roubado o celular dele -ele balançou o celular no ar. –E quero roubar outra coisa -ele me encarou sorrindo. fiquei o encarando perplexa.

– Vai embora- falei baixo.

– Hey, vamos sair. Prometo que vai ser divertido! -ele falou com aquele sorriso que não saía nunca de seu rosto.

– Não! Pra que? Acha que eu não sei como você é?

– Vai acreditar no que as pessoas dizem? -ele falou sério. –Olha, venha comigo e me conheça, depois tire suas conclusões, verá que eu não sou o monstro que dizem.

Eu realmente não sabia o que dizer, minhas pernas estavam bambas e meu coração acelerado. Eu sabia que a minha decisão poderia me fazer sofrer no futuro, e que talvez ela fosse totalmente errada, mas quando eu olhava para ele, eu não conseguia pensar em mais nada, eu só conseguia pensar nele, desde o momento em que o vi, era ele, eu sabia. E não adianta eu tentar esquecer, não adianta simplesmente negar, não posso fingir, não posso magoar Stefan, então por impulso, ou talvez não, simplesmente segui meu coração, e o tempo diria se ele está certo ou não.

– Vamos -falei com um sorriso no rosto. Ele pegou minha mão e me levou até a moto. 

Eu nunca tinha andado de moto antes, e a sensação era tão boa, a sensação do vento batendo no meu rosto tão rápido e eu segurando na cintura de Damon com força, pela primeira vez na minha vida, eu não tive medo. Eu me senti livre.

Talvez seja cedo pra dizer isso, eu não tenho certeza, mas eu acho, acho que o amo.