Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 35
Sono


Notas iniciais do capítulo

Então gente, eu tenho estado MUITO RIDICULAMENTE sem tempo. Eu mal entro em casa já tem que sair, mas estou aqui, humildemente postando um cap pra vocês, e vocês nem pra comentar e me dizer se está legal e se vcs tão gostando, poxa!!
Pras meninas que comentaram, muito obrigada e mil beijinhos.
Pros fantastiminhas, se quiserem dar um oi, eu juro que eu não mordo :3
Espero que vocês gostem
Beijos, boa leitura e nos vemos lá em baixo



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Eu só acordei por que o Vince tinha me chamado. Eu não ia abrir os olhos. Eu sabia que eu tinha, mas eu não queria. Agora que eles finalmente tinham resolvido se fechar, eles não queriam abrir mais.

–Emy, você tem que comer alguma coisa. –o Vince falou, me cutucando. –Você não come nada já faz uns dois dias.

–Vai embora Vincent. –Resmunguei, afundando a cara no travesseiro.

–Não vou sair daqui antes de você comer alguma coisa. –Ele respondeu.

–O quão difícil é pra você entender que eu não quero comer nada? –Perguntei, sem levantar a cabeça, a voz abafada pela fronha. O Lobo tinha vindo e estava deitado no meu pé.

–Emy, são duas da tarde. Você está dormindo desde que você chegou. Você não come nada desde que a gente voltou do hospital, há dois dias! –Ele me puxou pelo braço, me forçando a sentar. –Você vai comer alguma coisa.

–Vince, eu não ligo pra que horas são. Eu não ligo pra quanto tempo eu estou dormindo ou há quanto tempo eu não como nada. Me deixa dormir!

Ele me soltou e saiu do quarto sem falar nada. Eu deitei e fechei os olhos, caindo na escuridão do meu sono.

A próxima pessoa que voltou a me acordar foi um pouco mais sutil. Ela me deu um cutucão nas costelas e deitou do meu lado na cama. Eu abri os olhos o suficiente somente para reconhecer a forma magra da pessoa, antes de eu fechar os olhos novamente.

–Emy, você precisa levantar. –Nat murmurou baixinho.

–Não preciso. –Respondi, dando as costas pra ela. –Aqui tá bom.

–Emy, pelo amor de Deus, eu não to bem o suficiente para te arrastar lá pra baixo. –Ela falou. –A gente desce, você come alguma coisa e depois a gente te deixa voltar aqui pra cima, tá bom assim?

Levei um minuto para decidir antes de jogar os pés pra fora da cama. O chão estava gelado sob o toque da minha pele e me deu vontade de me encolher de novo na minha cama, mas eu levantei. Quase caí no chão quando me coloquei de pé. Eu estava tonta de passar tanto tempo deitada e tive que me segurar na Nat para me manter em pé. Todo o meu corpo estava pedindo pra eu voltar para a cama, mas eu deixei que ela me guiasse devagar até a cozinha.

O Vince estava sentado na mesa com um prato com torradas na frente dele, que ele empurrou pra mim no momento que eu sentei. Os dois ficaram me encarando até eu tirar uma mordida da torrada.

–Como está a sua mãe? –Perguntei pra Nat.

–Os médicos acham que o estado pode ser crítico e querem ficar de olho nela para observar se a infecção se manifesta de novo. –Ela respondeu com um suspiro. Ela parecia estar tão mal quanto eu, mas ninguém estava empurrando torradas no estomago dela.

Terminei o primeiro pedaço e meu estomago já estava resmungando para que eu parasse. Empurrei o prato para o outro lado da mesa, mas o Vince colocou ele na minha frente de novo.

–Você precisa se alimentar Emy. –Ele falou

–Eu não aguento comer mais. –Respondi.

–Você não vai levantar antes de comer pelo menos mais um pedaço. –Ele decidiu. Encarei ele irritada.- Eu só to fazendo isso pro seu bem Emy.

–Que nem quando você deu um soco no Dan e não falou pra mim? –Perguntei deixando o veneno escorrer pela minha pergunta. Os olhos do Vince estavam arregalados de surpresa e a Nat olhou confusa dele pra mim.

–Você deu um soco no Dan? –Ela perguntou.

–Como você sabe disso? –Ele perguntou, ignorando a pergunta da Nat.

–Não interessa. –Respondi, não querendo revelar o que tinha acontecido na festa da Liz. –Você fez isso pro meu bem também?

–Eu perdi a cabeça. –Os ombros dele caíram e ele focou o olhar na mesa.

–Você perdeu a cabeça! –Eu soltei uma risada seca e sem humor. –Parece que tá todo mundo perdendo a cabeça recentemente!

–Ele veio falar comigo, se explicar, eu não sei. –O Vince falou. –Eu me irritei. Eu estava puto pelo que ele fez pra você e eu dei um soco nele. Foi isso. Tá feliz agora? –Ele perguntou derrotado.

–Não. Eu não estou nem um pouco feliz. –Dei mais duas mordidas na torrada antes de me levantar e seguir em direção do meu quarto cambaleando.

Quando eu acordei de novo já estava escuro do lado de fora da janela e eu continuava tão cansada quanto eu estava quanto eu deitei para dormir, praticamente vinte quatro horas antes.

A Nat, a Valentina e o Felipe estavam todos sentados no meu quarto, conversando baixo e em um tom preocupado. Se a minha cabeça não estivesse rodando de exaustão e irritação, eu entenderia a preocupação deles. Eu dormia muito, é verdade, mas eu nunca tinha passado tanto tempo dormindo. Doze horas, claro, eu fazia isso fácil. Mas nunca mais do que isso. Eu sempre parava mais ou menos na marca de doze horas dormindo direto.

–Ela acordou. –A Valentina murmurou e os três viraram pra olhar pra mim.

–Vocês não tem o que fazer não? -Perguntei, continuando deitada e sem a menor vontade de levantar.

–Não. –O Felipe falou e a Valentina balançou a cabeça de um lado pro outro.

–Vocês não vão embora se eu pedir, né?

–Nops.

–Ai paciência. –Resmunguei, me puxando para uma posição sentada com as costas apoiadas na cama.

–Você passou o dia todo dormindo. –A Nat murmurou. –É estranho até pra você Emy.

–Eu só queria que todo mundo parasse de se preocupar tanto comigo! –Comentei irritada. -Eu queria que vocês deixassem eu resolver os meus problemas sem se meter, sabe?

–Então é pra gente deixar você dormir por dias e dias sem levantar da cama? –A Valentina resmungou. –É uma ótima ideia, essa sua.

–Que nem aquela sua de parar de falar com o seu primo pelo que ele fez pra mim. –Respondi friamente.

–Eu parei de falar com ele por que eu não concordo com o que ele fez! –Ela elevou a voz.

–E você teria feito isso se você não conhecesse a pessoa com quem ele estava saindo? –Perguntei.

–Não sei! Talvez não! –Ela jogou os braços pro alto. –Merda, provavelmente não!

O quarto inteiro ficou em silencio por um minuto.

–Eu só preciso de um tempo. –Murmurei. –Vai passar. Eu só quero um tempo sem a ajuda de ninguém. Eu não queria que você parasse de falar com o Daniel. Eu não queria que o Vince desse um soco nele. Eu não queria que a Nat estivesse aqui em vez de estar lá com a mãe dela. –Choraminguei. –Eu só quero voltar a dormir. Eu juro que eu falo com vocês amanhã, o que quer que aconteça, okay?

Eles se entreolharam por alguns momentos, decidindo se essa era a melhor ideia. Depois, um por um, eles se despediram de mim (A Nat pode fingir que não, mas eu vi que ela estava chorando.) e foram saindo.

Eu deitei assim que a última pessoa que saiu apagou a luz e saiu e depois de um minuto eu voltei pro meu sono meio coma.

–Emy? –A voz do Vince me despertou. –Você tem que ir pra escola.

Eu sentei e esfreguei os olhos antes de encarar o Vince. Ele me olhava, esperando pra ver a minha reação ao fato de que eu tinha que acordar. Joguei os pés pra fora da cama e me arrumei, como eu fazia todo dia de manhã.

O Vince estava me esperando no carro dele, enrolado num casaco azul claro.

–Bom dia. –Ele falou hesitante, quando eu entrei e me joguei no banco do passageiro.

–Bom dia. –Respondi com meio sorriso. Ele deu partida no carro e eu empurrei pro fundo da memória o que tinha se passado nas noites anteriores, como se os últimos dois dias não tivessem nem acontecido.


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Notas finais do capítulo

tá pequenininho, eu sei eu sei.
Então, eu mal tive tempo pra escrever, quanto mais pra corrigir, então podem surgir alguns erros.
Deixem reviews gente.
Juro que não vai ficar nessa de Emy deprimida, okay? As coisas já já vão voltar pro "normal"
Beijocas da Cici



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