Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 29
Dia 21 e 22 de dezembro.


Notas iniciais do capítulo

Oiees meus amores!!!! Nem demorei tanto pra postar dessa vez.
Então, aproveitem bem esse capitulo que no próximo tem.... é bem, eu não digo mais nada.
Por favorzinho deixem reviews pra eu saber que vocês estão lendo e o que estão achando.
Os CDs mencionados no cap são
The 2 Law, do Muse
Songs About Jane, do Maroon 5
Ambos muito recomendados por mim.
Beijos, boa leitura e até lá em baixo.



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Eu e o Daniel andávamos de mãos dadas num parque que estava no caminho da minha casa para a casa da Nat no dia 21 de Dezembro.

–O que você vai querer fazer amanhã? –Perguntei. – Já que é seu aniversário e tudo mais.

–Não sei. –Ele suspirou. – Não sei se vou nem sair de casa.

–Ah fala sério! –Resmunguei, andando de costas para olhar pra ele. –Seu aniversário de 19 anos e você não vai fazer nada?!

–Eu briguei com a minha mãe ontem. –Ele falou e deu ombros. Eu achei esquisito, por que o Dan costuma brigar com o pai dele e não com a mãe dele. –Sei lá, perdi a vontade de comemorar meu aniversário.

–Então você não vai fazer NADA?! –Perguntei incrédula.

–Eu tava pensando em passar o dia vendo filme no meu quarto. –Ele riu. –Se você quiser, é claro.

–Acho um desperdício de aniversário, mas se é o que você quer fazer, de boa. –Falei, voltando a andar do lado dele.

–Como você é uma namorada compreensiva. –Ele murmurou rindo.

–Sabe que você não faz 19 anos todo dia, né? –Perguntei.

–Sério?! –Ele respondeu com um falso tom de surpresa. –Que merda! Eu achava que eu ia fazer 19 ano que vem também!

–Idiota!- Resmunguei, acertando o ombro dele com o meu, mas eu ri. Palhaço.

Nós continuamos até que um labrador veio correndo e parou para me cheirar e eu parei pra brincar com o cachorro.

–Oi bonito! –Falei, esfregando o pelo dourado dele. O Daniel revirou os olhos. –Você tá perdido? -O cachorro latiu pra mim, abanando o rabo e se esfregando nas minhas pernas. –Você tá sentindo o cheiro do Lobo?

Uma moça com roupa de ginastica veio correndo até mim com uma coleira na mão.

–Desculpa! Desculpa! Ele saiu correndo e eu não consegui segurar. –Ela falou ofegante.

–Que nada. Eu entendo. Eu tenho um Pastor Alemão. –Nós duas rimos.

–Desculpa mesmo. –Ela falou de novo, prendendo a coleira no cachorro. –Você não pode fugir assim, Daniel. –Ela falou, enquanto se afastava com o cachorro na coleira.

–O nome do cachorro é Daniel?! –Dan perguntou ofendido, mas tudo que eu conseguia fazer era rir da cara dele. –Daniel?! Eu estou ofendido agora.

–Tadinho. –Falei, dando dois tapinhas no ombro dele. Ele me olhou meio puto, mas eu estava as gargalhadas.

–Oi Emy. –A Tia Mãe da Nat cumprimentou quando ela abriu a porta.

–Oi tia. –Respondi com um sorriso. Eu gosto da Tia Mãe da Nat. –Eu combinei de sair com a Nat hoje, ela já acordou?

–Hum, meio dia de um domingo. –Ela falou, fingindo que estava pensando no assunto. –Você pode ir lá acordar ela se quiser.

–Brigada tia. –Falei, indo na direção do quarto da Nat. A mãe dela acenou pra mim quando eu entrei no quarto.

O quarto da Nat se constituía de paredes multicoloridas mal pintadas por mim e por ela. Um ano a Nat resolveu dar a louca e que uma cor não era o suficiente então a gente fez vários borrões de tinta de várias cores na parede. Não ficou feio, considerando que duas meninas de 14 anos pintaram sozinhas. Um armário de roupas enorme com uma penteadeira ficavam numa parede e uma prateleira estava pendurada na parede em cima de onde ficava a cama dela, onde se encontrava a criatura, com a cara enfiada no travesseiro.

–Nat?- Chamei uma vez. Sem resposta. Cheguei perto da cama. –Natacha? –Chamei de novo. Ela grunhiu alguma coisa que eu não compreendi. –NATACHA! –Berrei.

–Sai demônio. –Ela resmungou, virando pro outro lado na cama. Ah isso não ia ficar assim. Tirei os sapatos e subi na cama dela, pulando pra cima e pra baixo.

–Nat! Nat! Nat! Nat! Nat! Nat! Nat! Nat! Nat!

–Sai maldita! –Ela falou, acertando a minha perna, me fazendo cair sentada em cima das pernas dela. –Ai como eu te odeio, Emily Silver. –Ela resmungou, sentando na cama. –Sai de cima das minhas pernas, sua puta.

–Bom dia pra você também. –Falei, mandando um beijinho pra ela. Ela me olhou de cara feia. –Já é meio dia e a gente combinou de ir pro shopping por que você é uma amiga linda e vai salvar a minha vida, lembra.

–Ainda não descobriu o que comprar pro Daniel de aniversário? –Ela falou, bocejando e passando a mão pelo cabelo bagunçado dela. –Você é uma merda de namorada.

–Eu queria comprar alguma coisa legal, poxa. –Falei, fazendo biquinho.

–Deixa pelo menos eu me arrumar, né? – Ela resmungou, levantando e puxando as roupas de dentro do armário. Deitei na cama dela e esperei a senhorita ir ao banheiro, trocar de roupa, lavar a cara, escovar o cabelo e fazer mais as coisas que ela faz depois que acorda.

Meia hora depois, eu e a Nat estávamos saído pro shopping.

–Tchau tia! –Falei, acenando pra mãe da Nat. Eu sei o nome da Tia Mãe da Nat, okay?! É Suzana, mas eu chamo ela de Tia Mãe da Nat desde que eu tinha sete anos de idade. E ela chama a minha mãe de Tia Mãe da Emy, então tá tudo certo.

–Natacha, seu pai vem te buscar as seis, então cinco e meia em casa. –Ela falou. –Tá tudo pronto pra ir?

–Infelizmente, né? –Ela respondeu. –Beijo mãe, a gente volta as sete.

–Natacha...

–Eu vou estar aqui as cinco e meia mãe. –A Nat resmungou.

O shopping estava lotado, o que é de se esperar para as vésperas do natal. Nós estávamos rodando a um bom tempo e eu ainda não tinha achado nada legal.

–Ele tem uma blusa igual a essa. –Resmunguei, quando a Nat puxou uma blusa azul marinho do cabide. –Na verdade, eu acho que o guarda-roupas dele se baseia em preto, azul marinho, cinza, vermelho escuro e branco. Eu acho que ele tem uma blusa verde escura também....

–Então leva uma roupa colorida. –Ela falou, começando a ficar impaciente.

–Ain, mais não tem nada legal aqui. –Choraminguei.

–Eu já falei que te odeio hoje? –A Nat perguntou enquanto a gente saia da loja sem um presente pro meu namorado.

–Umas quatro vezes nas ultimas cinco lojas. –Respondi, concordando com a cabeça.

–Então, a gente já viu roupa. Você não gostou de nada. Relógio, ele só usa o mesmo o tempo todo, ele não lê e perfume também não. Assim fica complicado.

Sentamos num banco que miraculosamente estava vazio, e eu escondi o rosto nas mãos.

–Eu sou uma péssima namorada. –Resmunguei. A Nat passou o braço por cima do meu ombro.

–Eu sei. –Levantei os olhos pra ela e ela deu ombros. –A verdade dói amiga. –Continuei encarando ela. –Tá bom, você não é uma péssima namorada. Você só é lerda.

–E você não tá ajudando Natacha. –Choraminguei.

–Tá, a gente vai pensar em alguma coisa. Não se preocupa.

–Tive uma ideia! –Falei, 20 minutos depois.

–Graças as céus! –A Nat resmungou.

–Esse cara não está acostumado a ver muitas garotas, né? –A Nat comentou baixinho enquanto a gente saia da loja de games onde eu tinha conseguido o jogo que tinha saído a duas semanas e era para estar esgotado, mas o cara olhou a Nat de cima a baixo e conseguiu um que ainda tinha no estoque.

–Para de reclamar que agora a gente pode ir embora. –Falei, saltitando.

–Amém aleluia senhor!- A Nat falou, jogando os braços para cima e nós duas rimos.

–Tá levando a escova de dentes? –Perguntei, jogada na cama da Nat.

–Yep, e o shapoo e o condicionador e a escova de cabelo e casaco extra e carregador do celular e...

–Pijama? –Ela balançou a cabeça em confirmação. –Um livro? –Ela concordou. –Tampão de ouvido pra quando a Meredith começar a falar?

–Como eu ia me esquecer disso? –Ela puxou o fone da bolça.

–Então você está pronta para me abandonar pelo natal e o ano novo. –Falei, fazendo biquinho.

–Ain rainha do drama. –Ela falou, me abraçando. –Eu não queria ir, mas eu não tenho opção.

–Natacha, seu pai tá aqui! –A Tia Mãe da Nat chamou. Nós descemos, carregando a mala pesada da madame.

O pai da Nat estava parado na sala, com a chata da esposa dele do lado, com um sorriso falso na cara e o cabelo mais louro falso do que eu lembrava.

–Oi filha. –Ele falou, abraçando a Nat. –Tudo bem Emy?

–Tudo de boa, tio. –Sorri. O pai da Nat é legal. Insuportável é a mulher dele.

–Vamos deixar bem claro aqui e agora que eu estou sendo obrigada a ir e que eu não queria ir, certo?

O pai da Nat fingiu que anotava alguma coisa na mão.

–Certo, anotado. –Ele falou. Ela fez uma careta.

–Você está pronta querida? –A Meredith perguntou. Ela estava mascando um chiclete cor de rosa, estourando bolinhas.

–Nunca. –Ela suspirou dramaticamente. –Tchau mamãe amada. Vou sentir muito a sua falta durante esse natal. - Despedidas a parte, ofereceram uma carona até a minha casa e eu estava bem feliz em aceitar. – Tchau amoui. Vou sentir sua falta. –Nat falou fazendo cara de choro.

–Te vejo ano que vem magrela.

O Daniel estava jogado na cama dele com uma toalha cobrindo o rosto, o gato preto deitado em cima da camisa de manga cumprida cinza. O CD The 2 Law estava tocando no som que ficava no canto do quarto. Eu entrei no máximo silêncio que eu consegui, e quase cai pra trás quando ele falou.

–Eu não to afim de conversar e você não vai me convencer. –Ele resmungou.

–Bom, eu podia descobrir que você não estava dormindo sem morrer do coração, mas já que já foi... –Comentei. Ele levantou a toalha de cima dos olhos e meio que sentou na cama, se apoiando nos cotovelos, fazendo o Sombra escorregar. O gato olhou pra ele de cara feia (se é que gatos podem fazer cara feia pra uma pessoa) antes de levantar e ir deitar perto dos pés dele.

–Eu achei que fosse a minha mãe. –Ele explicou, meio que pedindo desculpas.

–Tendi. –Balancei a cabeça e sentei na cama do lado dele, colocando a minha bolsa no chão ao pé da cama. –Oi né?

Ele riu, sentando direito e me dando um beijo.

–Oi né.

–Feliz aniversário. –Falei, puxando o jogo que embrulhado bonitinho de dentro da minha bolsa. –Conta como presente de natal também por que se eu tiver que escolher outro presente pro natal eu nunca mais saio do shopping tentando achar alguma coisa. Ah e o Vince falou que ele só vai te dar o chaveiro do Capitão América que ele comprou pra te dar de aniversário quando você tomar vergonha na cara e aparecer lá pra ele te entregar ele mesmo. Palavras dele.

Ele riu enquanto tirava o jogo do embrulho. Depois ele encarou o jogo e me encarou de boca aberta.

–Só assim de curiosidade. –Ele falou, virando a capa nas mãos. –Onde você achou isso?! Tá esgotado em todas lojas da cidade e mais algumas também! -Eu dei ombros e deixei quieto. Eu não ia dizer que eu comprei o presente ontem.- Como eu provavelmente não vou estar aqui no natal, já que a meus queridos pais resolveram viajar pra casa da minha tia no meio do nada pro natal sem informar necas a minha pessoa... Bom, feliz natal adiantado Emy.

Ele puxou um embrulho colorido escondido debaixo da cama e me entregou. Em cima tinha um cartãozinho que estava escrito “Feliz natal Emy. Te amo.” Que fez meu coração fazer uma pequena dancinha no lugar.

–Minha vez de perguntar onde você achou! –Falei, um pouco mais alto do que eu planejava, encarando a capa vermelha do Songs About Jane.

–Numa loja de CDs no centro, perto daquele subway. –ele falou, dando ombros como se não fosse muita coisa. –Eu fui procurando o outro e vi esse e lembrei que você tava louca atrás desse CD.

Foi ai que eu percebi que tinha outro CD junto com o Songs About Jane.

–Panic! At The Disco! –Murmurei.

–Era o que tinha mais músicas que você gostava. –Ele falou, rindo da minha cara de surpresa. – Infelizmente não é o que tem The Ballad of Mona Lisa mas...

–É perfeito. –Falei, dando um beijo suave nele. –Eu amei.

–Eu nem preciso falar do meu né? –Ele perguntou, me puxando pra deitar do lado dele. Ele passou o braço em volta de mim e eu apoiei a cabeça no ombro dele.

–Então... A gente vai fazer alguma coisa ou... –Ele deu ombros.

–Nah. Assim tá bom. –É, eu não podia discordar.


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Notas finais do capítulo

O que acharam???
Preparem os corações para o próximo cap.... vou calar a meus dedos.
Deixem reviews gentemmmmmmm!!!
beijocas da Cici



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