Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 21
Então...


Notas iniciais do capítulo

Estava sem ideia, então o nome vai ser esse mesmo.
Estou muito triste. Perdi 5 leitores!!! Eu não sabia que a história estava ficando tão ruim, desculpem.
De qualquer jeito, o cap está ai e eu espero que gostem.
Beijos e boa leitura pra vcs



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-Seu namorado estava de tramoia contra mim. –Foi a primeira coisa que eu falei quando a Nat pisou no meu quarto. Eu estava deitada na cama, de pijama e minha pantufa, muito confortável por sinal.

-Explique. –Ela respondeu, tirando o sapato e se jogando na minha cama, o que fez o Lobo levantar a cabeça pra olhar pra ela, antes de deitar de novo no meu pé, ou na minha pantufa. Entreguei o gato de pelúcia, que eu acho que eu devia informar que eu chamei de Gato Felix, por que Felix é um nome legal para um gato e como ele é um gato vai ficar Gato Felix. O gato é meu e eu escolho, pronto, acabou.

Eu tava aonde na história? Me perdi. Que merda cara!

Tá, sim, ai eu entreguei o Gato Felix e o cartão que estava do lado dele e deixei ela entender a história sozinha.

-Ain que lindoo!! –Ela falou. –Mas ainda quero entender onde meu namorado entra nisso.

-Ele estava ajudando o Daniel a tramar todo esse plano contra mim. –Fiz bico.

-Ai que drama amoiu. Foi lindinho.

-Ai bolinha cor de rosa, ele sabia de tudo e não me contou. –Ela fez uma careta quando eu usei o ‘apelido’ dela, e depois começou a rir. –Você sabia também?

-Nops baby, eu não faria isso com você. –Ela falou e como eu conheço a Nat eu suspeito que se ela soubesse eu também já saberia. –Os meninos vem pra cá depois da Facul?

-Não sei, devem vir. O Vincent tem que vir alguma hora, já que ele mora aqui.

-O Daniel vem? –Tá mais preocupada com o meu namorado que eu, que ideia!

-Não sei.

-Que horas eles devem chegar? –Onde deixa essa criatura no mudo?

-Não sei Natacha, cacete, que saco.

-Porra Emily, tu não sabe de nada.

-Liga pra o teu namorado e pergunta.

-Perguntar o que? –Ela me olhou confusa. É muito lerda mesmo.

-Perguntar o que Natacha? Perguntar se tem algum peixinho no laguinho aqui perto.

-Que pergunta inútil Emily, é claro que tem, você já viu esses peixinhos umas trinta vezes. –Bati com a mão na testa. Ela deve estar de sacanagem. É muito besta. –Eles vem ou não?

-PORRA NATACHA, LIGA PRO VINCENT E PERGUNTA! –Gritei, o que fez o Lobo latir.

-Cachorrinho bonitinho. –Nat falou, coçando a cabeça do bicho que virou de barriga pra cima pra ganhar carinho. Se um dia eu precisasse de um cão de guarda eu teria um problema viu. Lobo bobo, como diria a Jia.

No final, não foi preciso ligar para os meninos, por que cinco minutos depois a gente ouviu o barulho da porta abrir e o Lobo saiu correndo e latindo.

-Uma vez quando ele era filhote ele tropeçou na escada fazendo isso. –Comentei, esticando os braços pra Nat me puxar pra eu conseguir levantar da cama. –Foi engraçado.

-Que maldade, Emy. –ela comentou.

-Mas foi ué.- Dei ombros. Não é como se eu tivesse empurrado a besta do cachorro escada a baixo pra ver ele cair.

A minha cara ficou tão vermelha quanto a primeira vez que eu vi o Daniel quando ele sorriu pra mim, vindo na minha direção. Só que nessa situação eu estava usando uma blusa. Sabe aquela pergunta ‘como você descreve o vermelho, sem falar a palavra vermelho’? Se descreve assim ‘a cor que a Emy fica quando ela está com vergonha’ mas é um vermelho, muito vermelho mesmo. Eu acho que tinham que criar uma cor com esse nome, só acho.

Abracei o Dan, escondendo o rosto na curva do pescoço dele, obviamente fazendo ele rir, por que eu estava morrendo de vergonha, por que eu estou sempre morrendo de vergonha e essa budega me dá nos nervos.

-Poxa, eu não ganho nem um beijo da minha namorada? –Ele falou, com aquele tom brincalhão de sempre.

-Espera. –Murmurei, com a voz abafada pela camisa dele. Quando eu senti que o meu rosto estava começando a ficar menos vermelho, eu levantei a cabeça. –Pronto.

Ai eu beijei ele. Ele me beijou. Nós nos beijamos. Não importa. Foi um beijo, pronto! Um beijo perfeito, devo eu dizer, como todos são. A gente deve ter ficado assim por um tempo, por que quando a gente separou os rostos, meus pulmões imploravam por ar. O Vincent estava parado num canto abraçado com a Nat, falando alguma coisa pra ela em voz baixa.

-Você é um puto, tá? –Murmurei, apontando pra ele, sem soltar do abraço do Dan, que estava rindo, como sempre.

-Assim você me magoa, maninha. –Ele falou, com um sorriso besta. Tá todo mundo besta hoje.

-Você tava de tramoia contra mim. É pra magoar mesmo. –Falei fazendo bico.

-Ah é? Tá bom, então eu não vou te entregar isso que chegou pelo correio agora e... –Não deixei ele terminar por que eu já tinha visto o pacote na mão dele, e meus olhinhos já estavam brilhando. Soltei do Dan e corri até ele.

-Me dá, me dá. –Falei, que nem criança, tentando alcançar o meu livrinho novo lindo, mas ele levantou a mão pra eu não pegar.

-Fui trocado por um livro. –Dan resmungou, vindo parar do meu lado. –Muito obrigado Vince.

-Me dá meu livro, Vincent. –Choraminguei, fazendo bico.

-Não. Você não falou que eu sou um puto e tudo mais. –Ele deu ombros, colocando o livro mais alto enquanto eu pulava pra conseguir pegar.

-Vince!! Me dá.  Eu vou chorar.- Me dá a porra do livro cacete!

-Dá o livro da menina, Vincent. –Daniel falou, puxando o livro da mão dele, enquanto a Nat rolava de rir.

-Perdeu a graça. –Vince fez bico, olhando feio pro Dan e depois pra Nat, que só fez ela rir mais.

-Dan, me dá, me dáaaa, por favorrr. –Pedi, pulando pra cima e pra baixo. Ele me entregou o livro e eu dei um selinho nele, correndo pro sofá pra abrir o pacote. –Ahhhhhh.

-Esse não é.... –Nat arregalou os olhos, sentando do meu lado. Vince estava parado do outro lado da sala, de braço cruzado e o Dan estava apoiado nas costas do sofá, espiando por cima do meu ombro.

-É. –Respondi.

–ME DÁ, EU QUEROOO!!! –Nat berrou, tentando pegar o livro da minha mão.

-Não! É meu! –Abracei o livro com força. É meu bebê novo.

-Vê a árvore, vê a árvore!! –Ela falou, enquanto eu abria o livro procurando a parte que vinha com a árvore genealógica. O Dan olhou confuso para o Vince que balançou a cabeça como quem diz “sei tanto quando você”

-Achei! –Abri o livro no colo, observando o livro no meu colo, enquanto a Nat olhava toda animada. Ai ela leu e fechou a cara.

-Mas Jessa... – Ela choramingou, cruzando os braços, fazendo bico, com cara de quem ia chorar.

-O que houve? –Vince perguntou, sentando do lado da Nat, e abraçando ela pelo ombro.

-O que é Jessa? –Dan perguntou, tentando ler o que estava escrito no livro.

-Eu queria Jessa. –Ela choramingou.

-Jessa é Jem e Tessa. –Expliquei, dando dois tapinhas no ombro dela.

-Vocês descobriram o final do livro? –Dan perguntou, me olhando. Concordei com a cabeça. –Qual a graça.

-Concordo, não tem graça nenhuma. –Nat falou, apoiando a cabeça no ombro do Vince.

-Meus casais ficam juntos. –Comentei, com um sorriso.

-Sua sem coração! –Nat exclamou. –Eu aqui deprimida por causa de Jessa e tudo que você consegue pensar é que os seus ships ficaram juntos.

-Os seus o que? –Vince perguntou. Ele olhou para o Dan que deu ombros.

-Nem olha pra mim, eu achava que ship era barco. –Ele respondeu, me fazendo rir.

-É o casal do livro. –Ai, ai, pessoas. –Relaxa que eu vou ler e eu te conto se você vai sofrer muito no fim ou não.

-Não quero ler esse antro de sofrimento e dor. –Nat falou, virando a cara, recebendo um beijo no nariz, do Vince.

O Lobo surgiu na sala uns minutos depois, e eu não sei bem o que ele estava fazendo antes. Eu estava sentada no colo do Dan, com o livro aberto no colo, e ele estava conversando com o Vince sobre um assunto do qual ele não entendia, enquanto ele fazia carinho no cabelo da Nat que ainda estava com cara triste. Ai ele rosnou pro Dan. 

Não o Vince, o Lobo. Eu levantei a cabeça, por que o cachorro maluco não era de rosnar pras pessoas, e o Dan não tinha nem se mexido. Ele estava me abraçando pela cintura.

-Esse é o seu cachorro? –Ele perguntou, e o Lobo rosnou de novo.

-É, bicho maluco. –Falei, passando a mão na cabeça dele. Ela não desviou os olhos do Dan.

-Ele não gosta de mim. –Ele comentou.

-Estranho, ele não é de não gostar das pessoas. –Vince falou.

-Deve ser por causa do cheiro do meu gato. –Dan murmurou, se ajeitando no sofá, fazendo o cachorro rosnar mais alto.

A Nat sentou no chão, atraindo a atenção do Lobo pra ela, que foi deitar do lado dela, implorando por carinho.

-É maluco que nem a Emy. –O Vince falou, rindo.

-Que nem a Emy não. –Daniel defendeu.

-É. A Emy gosta do Dan. –Murmurei, voltando meus olhos pro livro.

-Gosta, mas tá mais interessada no livro dela. –Ele resmungou. Fiz bico, fechando o livro e colocando ele do lado.

-Tá feliz? –Perguntei, enquanto ele tirava uma mecha de cabelo do meu rosto.

-Não. –Ele respondeu. –Desfaz o bico.

-Não. –ele me deu um beijo. –Tá bom. –Desfiz a droga do bico, mas ainda não tinha acabado a graça.

-Dá um sorriso.

-Não quero. –Cruzei os braços. Ele me deu outro beijo. Eu to gostando desse jogo. –Você vai continuar me beijando se eu continuar não sorrindo, por que eu sei fazer uma cara feia muito boa.

-Não, só beijo se você sorrir. –Abri o maior sorriso e ele riu, me beijando de novo. O Lobo rosnou mais uma vez, mas eu estava deliberadamente ignorando aquele bicho chato.

-O melado dessa cena tá me dando diabetes. –Vince murmurou.

-Você é muito chato, que saco!! –Resmunguei.

A gente deve ter passado mais uma meia hora nessa história de eu e o Dan de coisa melosa, a Nat tristinha, e o Vince trocando entre encher o meu saco e consolar a Nat, quando o Dan disse que tinha que ir.

-Não deixo. –Falei, levantando com ele e abraçando ele pelo pescoço, o que fez o Lobo latir. –Cala a boca, coisa irritante!

-Eu não quero, mas eu tenho que ir. –Ele falou, passando a mão pelo meu cabelo. Eu já comentei que isso é uma coisa que eu gosto muito?

-Mas eu não deixo. –Falei, teimosa.

-Diz isso pra minha mãe. –Ele respondeu.

-Eu não. Tenho medo da sua mãe. –Resmunguei, enquanto a gente andava até a porta.

-Todo mundo tem medo da mãe do Dan. –Vince comentou do sofá.

-Não é verdade. –Dan respondeu.

-Claro que é. Até você tem medo da tua mãe.

-É a vida, fazer o que. –Ele deu ombros, rindo.

-Você vem amanhã, né? –Perguntei, ainda abraçada com ele.

-Você quer que eu venha? –Ele perguntou, passando a mão no meu cabelo. Como isso é bom!!

-Não, eu perguntei pra saber se eu fujo ou não. –Falei, carregando a voz no sarcasmo. –Claro que eu quero.

-Então eu venho. –Ele falou, me dando um beijinho de leve, e abrindo a porta.

-Ah não, eu quero um beijo direito. –Resmunguei. Ele rir, me puxando pela cintura, e me beijando. Eu fico sentindo que eu vou derreter quando ele me beija assim, falando sério, virei sorvete. Falando em sorvete, eu quero.... –Boa noite, Dan. –Murmurei.

-Boa noite Emy.

 Ele foi embora, e eu deixei o Vince tentando animar a Nat lá em baixo, e subi por que eu estava com soninho.

Foi a primeira vez em vários anos que eu dormi com um bichinho de pelúcia, e por algum motivo muito peculiar, o Gato Felix tinha o cheiro do Dan.


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