Diário De Uma Garota Meio Bipolar escrita por Cici


Capítulo 15
Um tapa e um soco e... Suspensão


Notas iniciais do capítulo

MEUS BEBÊSS!!! Vocês não tem ideia de como vocês deixam a sua escritora feliz com os reviews que vocês deixam.
EU PASSEI DOS 40 LEITORES!!! GENTE QUE ORGULHO!! Nunca achei que fosse passar dos 5 XD
Vocês que deixam reviews e acompanham a fic são MUITOOOOO importantes pra mim, cês não tem ideia. Eu adoro muito vocês.
Bom, vamos ao cap, me digam o que acharam depois em!!
Quem quiser falar da fic pros amiguinhos, eu ficariam MUITO, MUITO MUITO agradecida.
Música que eu ouvi (umas 30 vezes) enquanto eu escrevia http://www.youtube.com/watch?v=HjIwKzBg0aI Seven Devils Florence and The Machine
Bom, beijocas, boa leitura, e nos vemos lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/258543/chapter/15

–VOCÊ DISSE QUE TINHA CHUTADO TUDO! –Nathaha falou meio irritada e meio maravilhada olhando para o pedaço de papel na minha mão.

–Mas eu chutei TUDO! –Murmurei, observando o grande 8,8 em vermelho no meu teste de biologia.

–Então você é mágica, amiga. –Ela falou, balançando o 5,7 do teste dela. Quase ninguém na turma tinha ido bem, e eu tava acreditando que eu ia zerar aquele teste lindamente, mas aparentemente a sorte estava ao meu favor enquanto eu fazia uni-duni-te nas variadas múltipla-escolhas.

Era uma segunda feira fria e chuvosa, onde eu me encontrava enrolada no meu moletom azul marinho, sentada num canto mais isolado do pátio, com a Nat do meu lado, enquanto ela falava sem parar sobre o fato de eu ter tirado uma nota tão alta e não saber nem o nome do professor.

–Você dorme em todas as aulas de Biologia Emily, você não sabe nem o que é ATP. –Ela falou, me encarando.

–OTP? –Perguntei, levantando a cabeça pra olhar pra ela. –Eu tenho vários.

–ATP sua retardada! –Ela soltou um suspiro exasperado. –Adenosina Tri-Fosfática.

–Que diabos é isso? –Perguntei, confusa.

–Isso é quase dois terços da matéria de biologia. ISSO É UMA COISA QUE VOCÊ ACERTOU NA PORRA DO TESTE!

–Acertei, é? –Olhando pra o meu teste, onde dizia que essa budega ai era uma tal de uma fonte de energia pra célula. –Que bonitinho.

–Olha quem tá aqui. –Ouvi uma voz irritantemente aguda com risadinhas toscas no fundo. Por que, Deus, por que eu tenho que aguentar isso?

–Que é? –Perguntei, levantando pra encarar Heyva e seu grupo de pessoinhas que por algum motivo aleatório, não gostam da minha pessoa. Nunca fiz nada pra elas... bem, então... Nunca não, mas.... Ah irrelevante.

–Te vi ontem na porta do cinema. –Ela falou, com um olhar que dizia claramente “Estou te julgando” que era a especialidade dela.

–Que pena, minha capa de invisibilidade não devia estar funcionando. –Murmurei, fazendo a Natacha soltar uma gargalhada sonora, e recebendo vários olhares confusos.

–Tanto faz. –Heyva murmurou, e todas as meninas olharam pro chão. Olha que bonitinho, elas são treinadas. –Aquele garoto é seu namorado?

–Te interessa? –Perguntei, irritada. Ah ela não ia ficar de putaria pro lado do Daniel não.

–Se eu estou perguntando, é claro que interessa.

–Não, se você está perguntando é por que você é fofoqueira demais pra manter o seu nariz plastificado longe da vida dos outros. –Eu respondi, e ela me olhou ofendida por um minuto, antes de me surpreender com um tapa na cara. Ah, mas isso não ia ficar barato. Quem essa puta plastificada acha que é pra me dar um tapa? Tudo bem que eu não sou uma fofa com ela, mas ela não tem o menor direito de me bater.

Ela olhou pra minha cara de choque com um sorriso triunfante, antes de receber um lindo de um soco no nariz, onde um filete de sangue começou a escorrer. Será que quebrou? Tomara que sim.

Ai, eu não era tão malvada assim não. Isso é culpa da raiva. E da Heyva. Quem mandou ela ma dar um tapa.

Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, os inspetores já tinham vindo separar a gente. A Hayva estava sentada no chão, chorando, com a mão sobre o nariz sangrando, e eu estava de pé, ofegante, com a mão sobre a marca vermelha que ela tinha deixado no me rosto, que estava ardendo um pouquinho.

Fomos levadas para a direção, e a Natacha, é claro foi atrás. Eu, Heyva e a Nat tomamos o resto do dia de suspenção, eu e a Heyva por causa da briga e a Nat por ter mandado o inspetor que tava enchendo o saco dela pra que ela voltasse pra aula pra puta que pariu. Que fofa.

Nós fomos andando até a minha casa com a Nat rindo por que a minha bochecha estava vermelha e um pouco inchada. Será que ela não queria um soco também não?

–Vocês não fazem nada da vida não? –Perguntei, quando chegamos na minha casa e o Vince e o Daniel estavam sentados no sofá jogando videogame.

–Vocês não deviam estar na escola? –Vince perguntou levantar os olhos da tela por um instante, enquanto eu fui até o Daniel, sentando no colo dele, provavelmente atrapalhando o jogo, o que era mais ou menos a minha intenção. Ele me deu um beijo no rosto, sem tirar os olhos da TV também.

–Vocês não devia estar na faculdade? –Perguntei, e o Vince finalmente pausou o jogo.

–Não, hoje tem uma reunião lá, então nada de aula. –Ele falou, dando um selinho na Nat, que tinha se jogado no sofá do lado dele e virando pra olhar pra mim.-Qual a sua desculpa? E por que uma parte da sua cara tá vermelha?

–A gente tomou uma suspenção. –Nat respondeu, dando ombros, como se fosse uma comsa bem simples, o que, na verdade era.

–Motivo? –Dan perguntou, brincando com o meu cabelo.

–Eu por que mandei o inspetor chato pra puta que pariu. –Nat falou, com um sorriso travesso.

–E eu por que eu não bati com força o suficiente pra quebrar o nariz de uma certa pessoa. –Resmunguei.

–Ela tomou um tapa na cara e devolveu um soco no nariz. Foi lindo ver a Heyva chorando e sangrando no chão.

–Ah bom. –Vince falou, e os dois meninos voltaram a atenção para o jogo de tiro. Eu continuei sentada no colo do Daniel, ocasionalmente apertando algum botão no controle, e a Nat estava deitada, com a cabeça no colo do Vince e as pernas jogadas por sobre o braço do sofá, voando completamente, até eu ouvir a porta abrir.

–Emília! –Fodeu. Minha mãe entrou irritada. Vince pausou o jogo e eu e ele levantamos num pulo. Não se irrita mãe braba.

–Oi mãe. –Murmurei. Minha mãe é legal, até ela se irritar, por que quando ela se irrita, fujam para as colinas.

–Eu recebi uma ligação da escola. –Ela falou. Realmente, agora as colinas são muito próximas pra fugir. Tem algum lugar mais longe? –UMA SOSPENSIONE PER HIT SU UNA RAGAZZA, EMILIA? –E ela começou esbravejar em italiano. Como eu mencionei antes, a minha mãe nasceu e viveu na Itália até os 7 anos, e quando ela está irritada, ela começa a gritar em italiano. O problema da questão é o seguinte. Eu não falo italiano.

–Mãe... –Murmurei, enquanto ela continuava falando, e eu continuava não entendendo, mas pelo tom, a coisa tava feia pro meu lado. –Mãe, calma.

– Devi essere tutto il tempo così irresponsabile?-Ela falou.

–Mãe, eu não falo italiano. –Murmurei.

–Ela te chamou de coisa irresponsável. –Daniel esclareceu. Ah, faz sentido. Pera...

–Desde quando você fala italiano? –Perguntei, esquecendo da minha mãe por um momento.

–Desde o dia que a minha mãe me colocou pra aprender. –Ele deu ombros.

–EMILIA!-Minha mãe gritou.

–Mãe, na minha língua, por favor!

–Você pode começar a se explicar. –Ela falou, e continuou sem me dar tempo para eu “começar a me explicar”. Sabe que eu sinto que ela não vai gostar da explicação? –Uma suspenção por bater numa garota Emily? O diretor falou que você quase quebrou o nariz dela.

–Ela tava me irritando. –Resmunguei.

–E por causa disso você vai dar um soco nela?-Minha moms me lançou um olhar e a uma frase começou a rodar na minha cabeça “Não fale merda, não fale merda.”

–Mas ela bateu primeiro tia. –A Nat falou, levantando a cabeça do sofá pra olhar pra minha mãe. Por algum motivo perturbado, minha mãe gostava da Nat e achava que ela era uma boa menina e uma boa companhia. Ah tá, sei. –Eu tava lá, eu vi. Ela tava implicando com a Emy, e a Emy foi ignorar ela e ela deu um tapa na cara da Emy. Tá vermelho até agora, tia. Fui em defesa própria.

–Ah. –Inacreditável como a Natacha consegue recontar uma história, fazendo parecer que eu tava sendo coberta de pancadas quando eu dei o soco. –Isso é verdade, Emily?

–Claro mãe. –Respondi, balançando a cabeça.

–Nesse caso... –Ela falou, olhando em volta. –Estão todos vivos? Eu não sei como essa casa consegue ser tão arrumada.

–É que você não entrou no quarto da Emy. –Vince murmurou.

–Eu imagino. Então, eu tenho que ir indo, que eu tenho uma consulta no médico. –Ela deu um beijo no rosto do meu irmão, e depois no meu e saiu pela porta.

–Inacreditável. –Falei, me virando para encarar o Daniel, que adivinhem? Estava rindo. –Ela arma todo esse fuzuê e depois vai embora como se NADA tivesse acontecido.

–Tenho que ir. –Ele falou, levantando e me abraçando. Fiz bico.

–Mas já? –Ele passou a mão pelo meu cabelo.

–Minha mãe vai participar de um bazar e quer que eu ajude a carregar as coisas pesadas pra ela. –Ele me beijou de leve, e era como se as coisas em volta sumissem, só sobrando eu e ele. To ficando muito melosa, Jesus.- Então, eu achei os meus DVDs do Star Wars, e eu vou passar a tarde toda tediosamente fazendo nada, se você quiser ir lá assistir comigo.

–Oba! –Respondi, dando um selinho nele. –Já falei que eu AMO Star Wars?

–Acho que só ums 30 ou 40 vezes. –Ele riu. –Ela pode Vince?

–Se você prometer trazer ela de volta sã, salva e não muito tarde. –Vince deu ombros.

–Então, eu te vejo por volta das 3, pode ser? –Concordei com a cabeça, e ele me beijou de novo, seus braços em volta da minha cintura, me segurando perto dele. Minhas mãos correram pelo seu cabelo, deixando-o mais bagunçado do que ele já estava. Separamos o beijo a procura de ar, que de um momento para o outro tinha se tornado rarefeito. –Tchau Emy.

–Tchau Dan. –Ele beijou o meu rosto, antes de me soltar e sair pela porta.

–Tchau dois. –Ele falou, antes de fechar, acenando para a Nat e o Vince, que estavam no sofá, mais ou menos na mesma posição de antes, conversando baixinho.

–Estarei no meu quarto. –Murmurei. –Comportem-se, os dois. –E subi as escadas, entrando no meu quarto e me jogando na cama, e abrindo o livro mais próximo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, ficou legal?
No próximo cap do Diário teremos a apresentação de uma personagem nova, a Valentina. Não vou falar mais que isso XD
Mereço Reviews gentem??
Beijocas da Cici pra vocês, suas lindas!