A Arma De Esther escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Este capítulo é super romântico!
Capítulo 53 – I Love You
Teresa saiu do quarto, acompanhada de Elijah, que tinha um braço em redor da sua cintura, com medo que ela tropeçasse ou caísse.
-Podes largar-me.
-Nem pensar – disse Elijah e começaram a descer as escadas. – Não te vou largar nem um segundo que seja.
-Eu só quero apanhar um pouco de sol. Faz bem para o bebé.
-Eu sei disso. Foi por causa disso que concordei. Desde que não seja em demasia. Aí teremos problemas.
Teresa suspirou alto quando passou o último degrau da escadaria.
-És um ótimo médico, mas estás a dar-me cabo dos nervos.
Elijah deu um meio sorriso e continuou a acompanhá-la até ao exterior, onde uma espreguiçadeira tinha sido colocada com um colchão e uma toalha a cobri-lo. Ao lado estava uma mesa-de-cabeceira com sumo de morango fresco e estava tudo à sombra por causa da palmeira. A piscina estava límpida e azul. Teresa desejou por ir dar logo um mergulho, mas sabia que Elijah jamais aprovaria.
-Pronto, vou sentar-me – disse ela, fazendo beicinho num ato inconsciente. Elijah assentiu, dando um meio sorriso, notando que Teresa queria ir para a água, mas como ele era o seu médico agora, não lhe disse nada.
Teresa sentou-se na espreguiçadeira e abriu o livro que trazia na mão.
-Agora vou ler, posso?
O Original acenou, achando piada ao facto de Teresa estar a fazer tanto drama.
-Se precisares de alguma coisa, diz.
-Claro – falou, mas no fundo, estava desejosa de se ver livre de Elijah por alguns momentos. Não a interpretem mal, ela adorava o irmão mais velho de Klaus, mas acontece que ele estava a ser sufocante, com tanto cuidado ao redor dela.
Assim que Elijah lhe virou as costas, abriu o livro City of Bones, um livro que Liliana já tinha lido, amado e recomendado.
As horas foram passando e sem notar, acabou por adormecer. Acordou com o som de um splash vindo da água. No início, não viu quem é que tinha mergulhado, mas quando esse alguém veio à superfície, cerrou os dentes. Klaus levou uma mão aos seus cabelos e limpou a água dos olhos.
-Desculpa, não queria interromper a tua sesta – falou.
-Não interrompeste – mas continuou com os dentes cerrados.
-Não te vou matar, fica descansada. Eu já liguei as emoções.
-E tenho a certeza que adoras atirar-me isso à cara, não é?
Klaus riu e abriu os braços.
-Vem.
-Elijah não me deixa – naquele momento, as ordens de Elijah eram uma bênção.
-Ele não quer que venhas sozinha. Podes escorregar nos degraus da piscina e isso não seria muito agradável. Não sei se sabes, mas alguns dos meus híbridos ainda não sabem controlar-se muito bem perto de sangue fresco.
-Confio mais neles do que em ti – disse ela, mas mordeu o lábio inferior. – Então eu posso ir mergulhar.
-Claro que sim. Aliás, a hora de maior calor já terminou há muito tempo. São quase oito da noite.
-A sério? O tempo passou muito rápido.
-Demasiado rápido – Klaus engoliu em seco, lembrando-se dos seis meses em que passara encarcerado, a ser torturado. Abanou a cabeça, afastando tais pensamentos. – Vem. Prometo que não mordo – e lançou um sorriso travesso na direção de Teresa.
Ela suspirou, derrotada. A água estava demasiado apetecível e aquela atração pela água era maior do que o facto de estar magoada com as palavras de Klaus. Não conseguia esquecer-se em como ele tinha ferido o seu orgulho. Sim, ela agora não tinha a certeza de quem era o pai, mas não foi necessário chamá-la de vadia.
Teresa levantou-se e tirou a sua túnica branca. Klaus ficou com os olhos fixos no enorme barrigão que ela já tinha. De certeza que ele estava prestes a nascer. A morena desceu os degraus da piscina cautelosamente, sentindo a água fria passar pelo seu corpo. Sorriu e Klaus estendeu-lhe uma mão. Ela pegou-a com cuidado e caminhou até ele.
Klaus trouxe-a para os braços, abraçando-a com cuidado, dando-lhe hipótese de se afastar caso quisesse. Mas Teresa não queria. O amor que tinha por ele ultrapassava todo o orgulho ferido que havia no mundo, só que tentava não pensar nisso muitas vezes. Preferia estar afastada dele do que ter o seu coração partido de novo.
-Não me podes partir o coração de novo – murmurou, encostando a cabeça no ombro.
-Oh, querida, quem ficou com o coração partido fui eu. Durante seis longos meses tu eras a única imagem que me aparecia na cabeça, a minha humanidade. O meu amor por ti é a única humanidade que me resta e era isso que queria que eu voltasse a ligar.
-Mas não podias.
-Não, não podia. Porque se eu fizesse isso, seria obrigado a desligar e tornar-se-ia tudo num ciclo vicioso. A culpa era demasiada. Ainda é. Desculpa – beijou o topo da sua cabeça e depois colocou as suas mãos no rosto dela, obrigando-a a fitá-lo. – Eu amo-te.
-Eu também te amo – disse ela. – Mas eu agora não estou sozinha. Céus, isto é tão estranho de dizer, mas eu já não viajo sozinha. E não posso ficar contigo, sabendo que tu pensas que eu sou uma vadia e sabendo que tu nunca irás aceitar o meu filho. Não importa quem é o pai, o que importa é que ele é meu.
Klaus acenou.
-E eu estou pronto para assumir a paternidade, mesmo que não seja o pai de sangue dele.
-Tens a certeza disso? Porque eu não passo de uma estudante universitária que vai ter um bebé e tem um emprego. Não… - Teresa suspirou, com lágrimas nos olhos. – Eu já não sou a doce e inocente Teresa que conheceste há dois verões atrás.
-E eu já não sou o mesmo Klaus. Eu nunca estive tão apaixonado em toda a minha imortal vida. Tu mudaste-me. Tu fizeste-me ver que eu consigo ser mais forte amando alguém. Eu tenho um motivo por que lutar que não é egoísta. Por favor, deixa-me ficar contigo. Deixa-me ser o pai do teu filho. Deixa-me viver isso contigo. Deixa-me ser a pessoa para quem tu regressas todos os dias a casa. Para além do teu filho, claro.
-Eu… eu preciso de pensar. Deixas-me pensar sobre o assunto? – pediu, deixando uma lágrima cair.
Klaus acenou.
-Claro que sim – desceu as suas mãos para os ombros e para a cintura, parando-as na barriga de Teresa. – Quando é que ele está para nascer?
-Daqui a duas semanas, de acordo com Elijah.
E os olhos de ambos arregalaram-se. O bebé tinha chutado.
-Ele…
-Eu senti – confirmou Klaus. Outro chute. Klaus sorriu, assim como Teresa. – Eu senti!
Teresa gargalhou, com lágrimas a escorrerem pelo seu rosto.
-Sim.
Klaus abraçou-a e rodou-a. A água moveu-se, como se fosse um véu, atrás de Teresa.
-Eu amo-te e amo-o também – sussurrou ele ao seu ouvido, não conseguindo esconder a sua alegria. – Ou será uma ela?
©AnaTheresaC
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado!
Desculpem não ter postado a semana passada, mas não pude.
XOXO